Publicidade Publicidade Devido a uma série de fatores históricos e políticos que fomentaram a pobreza
e os conflitos armados na região. Para ter uma ideia, o PIB somado de todo o continente é de US$ 2,1 trilhões, o que fica abaixo da Índia (US$ 2,2 trilhões) e do estado norte-americano da Califórnia (US$ 2,4 trilhões). A África subsaariana possui os menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo – dos 20 países mais mal colocados na lista, 19 são africanos. Cerca de um quarto da população africana (233 milhões de pessoas) está em estado de desnutrição, segundo a ONU, e apenas
31% possuem acesso à internet (na América do Sul, são 65%). Abaixo, você entende os motivos de a situação ter chegado a esse ponto – e por que ela dá sinais de estar mudando. 1. ColonialismoAs origens da pobreza africana estão no colonialismo europeu, que começou no século 15 e se intensificou no fim do século 19. Nessa época, mais especificamente em 1884 e 1885, aconteceu a Conferência de Berlim, uma reunião que dividiu a posse do continente entre países europeus. O colonialismo extraiu e retirou do continente riquezas naturais, além de atrasar o desenvolvimento estrutural e a organização política. A maior parte dos países do continente só conquistou sua independência na segunda metade do século 20 2. Tráfico de humanosO comércio de escravos no Atlântico, entre os séculos 15 e 19, retirou à força 10 milhões de africanos e os levou para as colônias europeias no continente americano. Nathan Nunn, professor de economia da Universidade Harvard (EUA), escreveu que o comércio escravocrata prejudicou a economia africana ao impedir a formação de grupos étnicos maiores, além de ter enfraquecido e evitado o desenvolvimento de estruturas políticas. Os países de onde mais escravos foram retirados são os mais pobres hoje 3. Divisão geográfica injustaA já citada Conferência de Berlim dividiu o território africano sem considerar as divisões culturais e sociais dos povos locais, já estabelecidas há séculos. Isso resultou em povos divididos ou agrupados à força, aliados separados e países sem coesão étnica. Essa divisão arbitrária explica, por exemplo, as fronteiras “retas” entre algumas nações. Foi de propósito: os conflitos eram aproveitados para manter os povos fragilizados e divididos Continua após a publicidade 4. Conflitos internosAs guerras locais foram determinantes para o subdesenvolvimento do continente. Após a 2ª Guerra Mundial, quando as potências europeias estavam enfraquecidas para manter seus domínios na África, eclodiram por ali diversos movimentos de independência. Depois disso, a evasão dos colonizadores e a desordem nas fronteiras favoreceram o surgimento de guerras civis em disputas de grupos rivais pelo poder. Exemplos são a Guerra Civil Nigeriana nos anos 60, a luta armada do Exército de Resistência do Senhor contra o governo de Uganda, que rola desde os anos 80, e a Guerra Civil da Somália, que acontece desde 1991, entre muitos outros 5. ApartheidOutra herança colonial foi o Apartheid na África do Sul. No século 20, o governo do país implementou leis que institucionalizaram o racismo, principalmente a partir de 1948, quando o Partido Nacional entrou no poder. Os direitos dos negros foram diminuídos e eles tinham menos oportunidades que os brancos. O Apartheid só foi abolido em 1991 e a economia não saiu ilesa: o país formou pouca mão de obra especializada, gastou demais combatendo opositores e sofreu com sanções da ONU 6. RenascimentoApesar de todos esses revezes históricos, a situação tem mudado. Em 2017, cinco das 20 economias que mais cresceram no mundo estavam na África. Isso se deve a uma onda emigracional desde a segunda metade do século 20, o que aumentou o envio de remessas de imigrantes ao continente. Além disso, o Ato de Oportunidade e Crescimento Africano, aprovado pelo Congresso dos EUA em 2000, eliminou tarifas em milhares de produtos subsaarianos, e a China estreitou os laços com a África: o mercado de importação aumentou 17 vezes desde 2000. Por fim, a força de trabalho africana será a maior do mundo até 2035 Pergunta do leitor – Igor Leitão, Sorriso, MT FONTES Artigo The Historical Origins of Africa’s Underdevelopment, de Nathan Nunn; documentário Uganda Rising; livro A Compacta História do Mundo, de Roshen Dalal; sites Exploring Africa, The Guardian, Global Finance, New York Times, InfoEscola, African Development Bank Group, World Bank Group e Internet World Stats Continua após a publicidade
Por que a África não é desenvolvida economicamente? O continente sofreu com o colonialismo no século 19, com o tráfico de humanos e com a divisão geográfica injusta das fronteiras entre os países Transforme sua curiosidade em conhecimento. Assine a Super e continue lendoQuais são os principais fatores que dificultam a industrialização no continente africano?Por que a África não é desenvolvida economicamente?. Colonialismo. As origens da pobreza africana estão no colonialismo europeu, que começou no século 15 e se intensificou no fim do século 19. ... . Tráfico de humanos. Publicidade. ... . Divisão geográfica injusta. Últimas. ... . Conflitos internos. ... . Apartheid. ... . Renascimento.. Como é a industrialização no continente africano?A industrialização da África do Sul apresenta algumas indústrias r. No pós-guerra, inicia-se uma política de substituição mais elaborada, em conjunto com a criação de estatais, outros incentivos e o apartheid.
Qual o motivo da pobreza na África?Na África, a falta de comida resulta de vários fatores como o processo colonial, a concentração de poder, as condições climáticas, a corrupção das autoridades, a baixa produtividade agrícola, o aumento populacional, entre outros.
Quais são as principais características do desenvolvimento económico africano na atualidade?A economia da África é pautada pela exploração de recursos naturais, como petróleo, gás e minérios como o ouro e diamantes. O continente, contudo, é o mais pobre do mundo, resultado da exploração colonial e neocolonialista.
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