Os alimentos transgênicos são, basicamente, frutos de modificações genéticas realizadas a partir de ciência e mecanismos laboratoriais
Assessoria UniAmérica Descomplica
Os alimentos transgênicos são, basicamente, frutos de modificações genéticas realizadas a partir de ciência e mecanismos laboratoriais que visam maior rendimento na produção agrícola através do melhoramento genético. Os aprimoramentos são realizados nos genes da espécie, integrando a ela alguma característica desejada.
A grande questão da produção de transgênicos fica à mercê de questões socioambientais e da saúde humana de quem ingere estes alimentos. Ainda há muita falta de conhecimento sobre o assunto de parte da população geral, bem como pouca informação divulgada sobre testes e pesquisas apuradas, o que deixa muitas dúvidas sobre o assunto.
Prós
- Custo baixo devido à produção e larga escala.
- Torna acessível diversos tipos de alimento a toda a população. tornando-a acessível para toda população.
- Facilita a vida do agricultor, que quando compra uma semente transgênica, tem menos gastos com pesticidas e outros produtos químicos.
Contras
- Há desgaste do ambiente e alterações que podem tornar-se irreversíveis, como a aplicação de agrotóxicos, que penetra na terra e através da chuva atinge os rios e toda fauna e flora que está interligado.
- Dúvidas geradas quanto à própria saúde humana e os riscos que podem se desencadear a longo tempo.
- Os transgênicos são cruzamentos que não acontecem ou aconteceriam naturalmente no ambiente, conduzindo o modelo agrícola para um caminho insustentável – levando a alimentação e a qualidade de vida ao descaso, cada vez mais.
A importância que se dá à alimentação e ao estilo de vida é de suma importância, uma vez que nossos atos decorrem ao longo do tempo e desencadeiam consequências boas ou ruins. Então podemos relembrar a máxima: “Nós somos o que comemos.”
Este texto é parte do Projeto Integrador das acadêmicas de Nutrição: Analía Sarchetti, Jéssica Sandes da Silva, Kaiane Tamara Bergmann, Nathali Miranda Piacquadio, e Vanessa Caroline Gabrie.
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Em 2013 completam-se dez anos desde liberação para a produção de transgênicos no Brasil (o primeiro alimento liberado foi um tipo modificado de soja, pela pressão de agricultores do Rio Grande do Sul). Até hoje, porém, não faltam polêmicas e discussões sobre quais seriam as reais vantagens e desvantagens dos alimentos transgênicos para o meio ambiente e para a saúde.
Não é por acaso que estes questionamentos merecem atenção especial por aqui: o Brasil é o segundo maior produtor de transgênicos do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Aproximadamente 90% de toda a soja cultivada em nossas terras é geneticamente modificada.
A principal vantagem para a utilização de sementes geneticamente modificadas, segundo apontado por organizações internacionais como a ONU, é o aumento da produtividade. Mais resistentes a pragas e também aos agrotóxicos, as culturas transgênicas podem ser colhidas mais rapidamente e com menos perda, o que resultaria no ganho para o agricultor e, também, na diminuição dos preços dos alimentos – um fator importante no combate à fome.
A modificação genética possibilita ainda a geração de alimentos enriquecidos, com maior quantidade de vitaminas, por exemplo, do que suas versões não modificadas. Com menos agrotóxicos, os transgênicos apresentariam características mais benéficas ao consumo humano, com alterações previstas de maneira mais controlada.
Os opositores aos transgênicos, porém, enxergam todo este cenário de forma bem diferentes e enumeram desvantagens bastante contundentes no cultivo e proliferação deste tipo de alimento. Do ponto de vista ambiental, a utilização de culturas modificadas provocaria um grande desequilíbrio nos ecossistemas agrícolas. Além de livrar as plantas de pragas, as modificações também abalariam toda uma delicada cadeia de outros animais benéficos ao ambiente e ao solo, quebrando uma cadeia harmônica e natural.
Outra questão é que a utilização dos transgênicos promove a diminuição da biodiversidade. Por causa da busca por maior produtividade em larga escala, espécies locais dos alimentos acabam sendo praticamente extintas do processo de cultivo, trocadas por versões modificadas geneticamente (mais resistentes e lucrativas). Além disso, as espécies transgênicas acabariam, exatamente por sua resistência, se proliferando de forma descontrolada, gerando, mais uma vez, vários focos de desequilíbrio ambiental.
Já pensando no consumo alimentar humano, o grande temor é de que, em longo prazo, as modificações genéticas implantadas em alimentos possam de alguma maneira levar a disfunções orgânicas, promovendo doenças.
Dentre as enfermidades poderiam estar desde alergias – no consumo de um alimento modificado com alguma substância retirada de outro alimento ao qual se é alérgico – até modificações celulares mais sérias, como o câncer. Atualmente, todos os alimentos modificados são testados antes em animais, justamente para que se prevejam e evitem estas alterações.
Vantajosos ou desvantajosos, o fato é que os transgênicos estão cada vez mais presentes em nossas vidas. A agência da ONU para Alimentos e Segurança Alimentar (FAO, da sigla em inglês) estima que aproximados 150 milhões de hectares no mundo são plantados com cultivares geneticamente modificados. Grande parte deste total é dedicado a plantações de soja, milho, canola (usado em forragem/ração) e algodão nas Américas e de algodão na Ásia e África. Os maiores produtores são Estados Unidos, Brasil, Argentina, Canadá, Índia e China.