Por que Getúlio Vargas pode ser considerado como um ditador?

Por que Getúlio Vargas pode ser considerado como um ditador?

Por que Getúlio Vargas era considerado um ditador?

Claramente porque era uma revolução encabeçada basicamente pela elite do Partido Republicano Paulista (PRP) que, por meios de propagandas eficientes, conseguiu galgar apoio de diversos setores da sociedade paulista — taxando Getúlio Vargas como um cruel ditador fascista.

Qual o objetivo do queremismo?

Queremismo foi um movimento político surgido em maio de 1945 com o objetivo de defender a permanência de Getúlio Vargas na presidência da República. A expressão se originou do slogan utilizado pelo movimento: "Queremos Getúlio".

Quais as acusações de populismo contra Vargas?

  • Acusações de populismo contra Vargas fazem parte do repertório comum tanto a liberais como a esquerdistas uspianos. Mas em que consistia, concretamente, esse populismo de Vargas? De que forma ele se justificava e por que ele era necessário? Abordamos isso aqui.

Como foi o governo de Getúlio Vargas?

  • Já no seu segundo governo Getúlio Vargas tomou decisões para aumentar o desenvolvimento econômico do país e para conquistar o apoio da população. Uma das principais medidas foi o lançamento da "Campanha do Petróleo", que tinha o objetivo de garantir que a exploração de petróleo no Brasil fosse feita pelo Estado.

Qual a origem do populismo?

  • No populismo é comum que o governante demonstre publicamente o interesse em solucionar problemas sociais, principalmente os que afligem as pessoas mais pobres. desenvolvimentismo, preocupação em fazer investimentos para o desenvolvimento local. Era Vargas é nome dado ao período em que Getúlio Vargas foi presidente do país.

Qual o mecanismo mais representativo do populismo?

  • Esse pode ser considerado o mecanismo mais representativo desse modo de governar. Pelo menos até o final dos anos 1970, o populismo foi encarado com desconfiança por diferentes correntes político-ideológicas, tanto de esquerda quanto de direita.

A Era Vargas gera interessantes debates sobre o caráter do regime de Getúlio, buscando analisar seu autoritarismo às luzes do fascismo e do populismo.

Por que Getúlio Vargas pode ser considerado como um ditador?
Getúlio Vargas, ao centro, com trajes militares na Revolução de 1930

A chamada Era Vargas marcou profundamente a estrutura do Estado e da sociedade brasileira no século XX, principalmente pelo impulso dado à modernização com a industrialização e os esforços para a gestão estatal pautada na administração científica. Porém, a organização dessa modernização gera controvérsias entre historiadores. Para alguns, a Era Vargas se insere no chamado populismo. Para outros, o varguismo é mais uma das vertentes do fascismo. O objetivo do texto é apresentar os elementos geradores desta controvérsia.

A Era Vargas é dividida em fases entre os anos de 1930 até a morte de Getúlio, em 1954. Ela se constituiu de um governo provisório, entre 1930 e 1934, dois governos constitucionais, entre 1934 e 1937 e 1951 e 1954, e, por fim, o Estado Novo, entre 1937 e 1945. As fases estão relacionadas aos arranjos econômicos e políticos realizados entre as classes sociais capitalistas brasileiras, que fizeram com que Vargas se mantivesse no poder nestes momentos. No texto, o interesse incidirá sobre a ditadura do Estado Novo, por ser o período mais importante.

O Estado Novo caracterizou-se pela constituição de um Estado centralizado e antiliberal, suprimindo o parlamento e criando as instâncias do corporativismo. A supressão do parlamento foi justificada pelo elaborador da Constituição de 1937, Francisco Campos, por serem as questões técnicas os parâmetros necessários às tomadas de decisões, relegando a ação política como um empecilho à modernização da sociedade. Corpos técnicos apresentariam soluções para que o ditador tomasse as decisões. Isto fortaleceu o papel centralizador do Estado, principalmente através do mecanismo do corporativismo, articulando a administração estatal, as associações de empresários e os órgãos de controle da força de trabalho, como os sindicatos. Dessa forma, poderia o ditador Vargas harmonizar os interesses sociais em prol do bem da nação.

Essa organização do Estado e da sociedade recebeu influências dos regimes fascistas polonês (a constituição foi apelidada de polaca) e italiano, através da Carta del Lavoro. Além das públicas declarações de admiração da condução social exercida pelos governos de Benito Mussolini, na Itália, e de Adolf Hitler, na Alemanha, aproximando-se ao Eixo no início da II Guerra Mundial, o Estado Novo se assemelhava a eles no apoio ao movimento sindical. Essa medida proporcionava a Vargas se apresentar como defensor dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que reprimia as atividades de organização trabalhista que fugisse deste mesmo controle.

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Como a burguesia nacional brasileira foi incapaz de impulsionar a industrialização por si só, foi necessário ao Estado Novo cumprir este papel, a única instituição capaz de realizar os investimentos necessários para a criação de condições gerais para a produção industrial, principalmente na área de energia e indústrias de base. Essas medidas ficaram a cargo de uma tecnocracia formada principalmente no exército brasileiro, que procedeu ainda a uma modernização da estrutura administrativa estatal, utilizando métodos de administração científica para minar as influências políticas pessoais nas várias regiões brasileiras.

A definição de que este regime é populista se baseia no fato de não ter havido no Brasil um partido único que ligasse os supostos interesses da nação ao Estado, de inexistir uma visão de história que legitimasse o governo e que a violência empregada não foi tão intensa quanto na Europa.

Por outro lado, a definição fascista dada ao Estado Novo pode ter respaldo no que é exposto pelo historiador português João Bernardo, em seu livro Labirintos do Fascismo. Para ele, o fascismo foi a revolta dentro da ordem. Vargas poderia se encaixar nesta definição principalmente pelo seu papel na revolução de 1930 (a revolta) e na manutenção dos interesses das classes capitalistas (a ordem), como a oligarquia cafeeira e a burguesia industrial, contra as quais ele havia se insurgido, apoiado em forças militares. É ainda a própria estrutura disciplinar hierárquica militar que irá modelar a estrutura do Estado Novo e fortalecer o discurso nacionalista e patriótico, transformando o Estado e o exército nas instituições da unidade e identidade da nação brasileira.

O debate sobre o caráter populista ou fascista de Vargas ainda está aberto, a certeza existente é que foi uma ação conservadora e repressora para a modernização da sociedade brasileira.

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Por Tales Pinto

Por que Getúlio Vargas era um ditador?

Após tomar o poder através de um golpe militar e instaurar uma ditadura, Getúlio Vargas usufruía de poderes quase ilimitados e, aproveitando-se deles, começou a tomar políticas de modernização do país.

Por que o Estado Novo é considerado um período de ditadura?

Estado Novo, ou Terceira República Brasileira, foi uma ditadura brasileira instaurada por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, que vigorou até 29 de outubro de 1945. Foi caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e por seu autoritarismo.

Quem foi o ditador do Brasil?

A posse de Castelo Branco ocorreu em 15 de abril de 1964, tendo permanecido na presidência até março de 1967. O presidente Castelo Branco iniciou o governo militar. Compôs o seu governo com predominância de políticos da UDN.

O que é ser um ditador?

1. Pessoa que reúne em si, temporariamente, e em circunstâncias excepcionais , todos os poderes públicos. 2. [Figurado] Pessoa autoritária, despótica.