Com quantos anos pode beijar na boca

Com quantos anos pode beijar na boca
 Serpeblu/Thinkstock/Getty Images

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Sim, crianças são fofas por natureza e realmente é difícil conter a vontade de abraçá-las o tempo todo. Mas será que existe um limite para as demonstrações de carinho entre os pais e pequenos? Muitos pais costumam dar “selinhos” na boca de seus filhos como forma de carinho.

Na maioria das vezes, essa prática nada mais é do que uma manifestação de afeto. Apesar disso, ela é vista como desnecessária por muitos especialistas, que acreditam que há outras maneiras de representar o amor pelos baixinhos. “O beijo na boca é uma forma de relação entre duas pessoas que têm ligação erótica – como um casal – e isso pode confundir a cabeça das crianças. A gente precisa entender que a sexualidade existe desde sempre, mas é preciso marcar essa diferença para que elas saibam o que é selinho e o que não é”, comenta Renata Bento, psicóloga e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro.

Mas pode beijar todo mundo?

Outro problema apontado pelos profissionais é o fato do baixinho começar a reproduzir essa conduta com outras pessoas. Como entende que se trata de uma confirmação do sentimento que os pais têm por ele, pode passar a dar selinhos nos coleguinhas e não estranhar quando desconhecidos solicitam o mesmo – o que é extremamente perigoso. Nesse sentido, o melhor caminho é sempre optar pelo diálogo. “Se você explicar que o papai e a mamãe beijam na boca, mas que ela não pode porque é criança e que só adultos fazem isso, ela vai entender. É preciso esclarecer que só namorados têm esse hábito e que crianças não namoram. O risco é ‘adultizar’ precocemente os pequenos”, ressalta a psicanalista.

Carol Braga, psicóloga de São Paulo especializada em infância e família, também não recomenda que os cuidadores sigam esse costume porque acredita que ele pode, sim, trazer consequências comportamentais. “Muitos pais me questionam dizendo que é uma forma de demonstrar carinho, que não há segundas intenções, mas eu acredito que eles são responsáveis por passar para a criança os papéis que temos em sociedade: de filho, amigo e, quando for adulto, namorado. Temos outras formas de manifestar o amor que não é só pelo beijo na boca”, afirma. Também é por esse motivo que conteúdos destinados aos adultos – como novelas, que mostram relacionamentos amorosos – não devem fazer parte da infância.

Ciúmes dos pais? Acontece!

Há casos em que o pequeno pode se sentir excluído por ver os pais beijando na boca e não fazer parte disso. E ele pode reagir de formas diversas: fazendo birra, chorando e, quando é maior, até mesmo verbalizando o problema. Mais uma vez, conversar é a melhor alternativa.

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“A criança pode sentir ciúmes, mas não porque tem um desejo inapropriado e, sim, por não ter maturidade para avaliar a questão. Mesmo assim, os pais não devem ceder. Não é recomendado dar selinhos nos filhos em nenhuma idade”, aconselha Carol.

E faz mal pra saúde?

Na maioria dos casos, o que leva os pais adotarem esse tipo de comportamento é o fato de não resistirem à fofura do filho. E, muitas vezes, o hábito é criado quando ele ainda é recém-nascido. Maria Zilda, pediatra e coordenadora do Pronto Atendimento Infantil do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, explica que essa demonstração de carinho não é indicada. “Até os primeiros 30 dias de vida, recomendamos cuidado porque o sistema imunológico do bebê é muito frágil. Depois disso, ele começa a ser formado e a criança vai desenvolvendo com o tempo as suas defesas. Mas há, sim, o risco de adquirir infecções derivadas da boca dos adultos“, afirma.

E há duas maneiras dos vírus serem passados para os baixinhos: pelas mãos (como o caso do rotavírus) e por gotículas da saliva – que acarretam, principalmente, problemas respiratórios como a bronquiolite. “Temos também o influenza que, de tempos em tempos, trazem surtos com o H1N1. A gente não deve beijar o bebê na boca porque podemos colonizá-los por esses vírus. Por isso falamos que, quando o pequeno tem alta do hospital, os cuidadores precisam ser firmes com as visitas e evitar ficar passando o filho de colo em colo”, afirma Teresa Uras, coordenadora do Núcleo de Perinatalogia e da UTI Neonatal do Hospital Samaritano Higienópolis, também da capital paulista.

Na hora de conhecer o pequeno que acabou de chegar ao mundo, as pessoas devem conter a vontade de beijá-los no rosto e nas mãozinhas, que frequentemente são levadas à boca. Além disso, é necessário que todos lavem bem as mãos, passem álcool gel e, preferencialmente, retirem os acessórios como anéis e pulseiras. Os médicos são unânimes em dizer que os selinhos podem, sim, trazer prejuízos sérios para a saúde das crianças. Teresa ressalta, ainda, que os anticorpos são passados para o filhote pela placenta e, posteriormente, pelo leite materno e as vacinas.

“É errado os pais acharem que está tudo bem beijar os filhos na boca. Por exemplo, a mãe pode sair para trabalhar, contrair o vírus influenza, chegar em casa e dar um selinho no bebê, que também vai ficar doente. Quando falamos de aconchego, não precisamos passar por essa questão. O sentimento pode estar relacionado com outras medidas de conforto como o aleitamento materno e a participação ativa do pai nos cuidados”, informa a neonatologista do Samaritano.

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Quantos anos pode beijar na boca?

"O artigo 217-A do Código Penal estabelece que a prática de atos libidinosos (e aqui pode ser até um beijo mais quente), bem como a conjunção carnal com menor de 14 anos é crime de estupro de vulnerável, mesmo que haja consentimento por parte da pessoa menor de 14 anos ou de seus pais.

Pode beijar com 11anos?

o estatuto da criança e do adolescente diz que apenas adolescente com idade igual ou superior a 14 anos pode ter o consentimento para relações! Os pais dela não podem autorizar nada, a lei está acima.

Pode beijar na boca com 9 anos?

Especialistas não recomendam a prática e alertam para consequências comportamentais, além de outros riscos.

Pode beijar na boca com 7 anos?

Demonstrações de afeto pelas crianças não têm contraindicações se ocorrerem num contexto de amor saudável. As demonstrações de afeto pelas crianças, como os beijos ou selinhos na boca, não têm contraindicações se ocorrerem em um contexto de amor saudável e forem bem acolhidas pelos pequenos.