Quando o custo total médio de curto prazo não varia com aumento da produção existem retornos crescentes de escala?

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Quando o custo total médio de curto prazo não varia com aumento da produção existem retornos crescentes de escala?

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os  seus  custos  devem  ser  administrados  da 
forma mais  racional para não cair no erro de produzir grandes volu‐
mes de produção a um custo unitário elevado. 
Em um horizonte de tempo mais longo, de dois ou três meses, a maio‐
ria dos  custos é variável. A  longo prazo, a  firma pode  reduzir a  sua 
produção,  pode  diminuir  o  número  de  trabalhadores  e  reduzir  as 
compras de matérias‐primas. 
9.1 O que é custo de produção no longo prazo? 
Os custos de produção variam no curto e no longo prazo. As decisões 
voltadas à produção devem levar em consideração uma avaliação clara 
dos  custos. Essa  questão  é muito  importante  porque,  a  curto  prazo, 
alguns  custos  são  fixos  e, a  longo prazo, variáveis. A  longo prazo, a 
produção  trará maior  flexibilidade para as decisões a  serem  tomadas 
pela empresa. 
Por esse motivo, as curvas de custo de curto prazo são diferentes das 
de longo prazo. O motivo é que a empresa tem maior dificuldade para 
adequar a produção no curto prazo e também porque no curto prazo é 
mais difícil realocar os trabalhadores e os investimentos. 
É complexo saber quanto tempo a instituição vai demorar para chegar 
ao longo prazo. Isso depende muito do tipo de produção. Uma empre‐
sa de vestuário, por exemplo, pode levar meses para montar sua fábri‐
ca, isto é, a construção de um local para a produção, a compra de equi‐
pamentos e contratação de trabalhadores. 
 
 
118 
Uma  outra  empresa,  que  venda  produtos  mais  fáceis  de  produzir, 
pode adequar a sua produção mais facilmente. Podemos pensar, nesse 
caso, no produto  “cachorro‐quente”,  cujo produtor pode  comprar os 
seus  insumos mais  facilmente  e  adequá‐los  rapidamente  a uma mu‐
dança no mercado. 
Embora as curvas de custo médio e as de  longo e de curto prazos  te‐
nham o mesmo  formato em u, elas diferem porque o  formato a curto 
prazo  se deve à  lei dos  rendimentos decrescentes  (ou custos crescen‐
tes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de 
longo prazo se deve aos rendimentos de escala, quando varia o tama‐
nho da empresa. 
A  Figura  9.1,  a  seguir,  nos  apresenta  as  curvas de  curto  e de  longo 
prazos. Nela, podemos verificar que a curva de custo  total médio no 
longo prazo tem formato de U e é muito mais plana do que as curvas 
de curto prazo. Essas propriedades   devem‐se ao fato de as empresas 
terem flexibilidade maior no longo prazo. 
Figura 9.1 – Custos de produção no curto e no longo prazo 
 
Fonte: VASCONCELLOS, 2001. 
Nas curvas apresentadas na Figura 9.1, a empresa  tem economias de 
escala em baixos níveis de produção, retornos constantes de escala em 
níveis  intermediários de produção e deseconomias de escala em altos 
níveis de produção. 
 
119 
 
9.2 Economias e deseconomias de escala 
O  comportamento do  custo  total médio, no  longo prazo,  contém  in‐
formações importantes em relação à tecnologia aplicada à produção de 
um bem. 
Segundo Pindyck  e Rubinfeld21,  a  curva de  custo marginal de  longo 
prazo  (CMgLP)  é determinada  a  partir da  curva de  custo médio de 
longo prazo, a qual mede a mudança nos custos totais de longo prazo, 
à medida que a produção é aumentada  incrementalmente. Dessa  for‐
ma, podemos fazer a seguinte análise do custo marginal de longo pra‐
zo e do custo médio de longo prazo. 
 Se CMgLP < CMeLP, CMeLP está diminuindo. 
 Se CMgLP > CMeLP, CMeLP está aumentando. 
 Logo, CMgLP = CMeLP no ponto de mínimo do CMeLP. 
Quando o CTM de longo prazo declina, enquanto a produção aumen‐
ta, diz‐se que existem economias de escala. Quando o CTM de  longo 
prazo  aumenta,  enquanto  a  produção  aumenta,  diz‐se  que  existem 
deseconomias de escala. Quando o custo  total médio de  longo prazo 
não varia com o nível de produção, diz‐se que existem retornos cons‐
tantes à escala. 
As economias de escala podem ser calculadas assim: 
Ec = variação percentual do custo resultante de um aumento de 1% na 
produção. 
Logo: 
EC < 1: CMg < CMe = economias de escala 
EC = 1: CMg = CMe = economias constantes de escala 
EC > 1: CMg > CMe = deseconomias de escala 
Economias de escala 
Quando a curva do custo  total médio de  longo prazo decresce com o 
aumento da produção, dizemos que há economias de escala; isso acon‐
 
 
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tece porque o custo médio de longo prazo cai com o aumento da quan‐
tidade produzida. 
O que facilita o surgimento de economias de escala é a especialização. 
Numa grande escala de produção, os trabalhadores geralmente se são 
mais  especializados  e  usufruem  de  toda  a  capacidade  produtiva  da 
empresa. 
Quando há economias de escala, a produção torna‐se mais eficiente, há 
uma maior especialização, flexibilidade na organização e compras mais 
eficientes, como podemos observar a seguir, na Figura 9.2. 
Figura 9.2 – Economias de escala 
 
 
Deseconomias de escala 
Quando a curva do custo  total médio se eleva com a produção, dize‐
mos que há deseconomias de escala, que ocorrem porque o custo total 
médio de longo prazo aumenta com o aumento da quantidade produ‐
zida. Nas deseconomias de escala, ocorre sobrecarga no sistema produ‐
tivo, os custos de coordenação aumentam e há restrição na oferta dos 
produtos, como apresentado a seguir, na Figura 9.3. 
Figura 9.3 – Deseconomias de escala 
 
121 
 
 
Retornos constantes de escala 
Quando o custo total médio de  longo prazo não varia com o nível de 
produção, dizemos que há retornos constantes de escala. Elas se refe‐
rem à propriedade segundo a qual o custo total médio de longo prazo 
se mantém constante enquanto a quantidade produzida varia. 
 
 
122 
Na Figura 9.4  , a  seguir,  temos um  resumo do que apresentamos até 
aqui.  
Figura 9.4 – Economias e deseconomias de escala 
 
( . ) Ponto final 
Na análise dos custos de  longo prazo, devemos diferenciar os custos 
fixos dos custos variáveis. Os custos a curto e a longo prazos são rele‐
vantes na determinação do tamanho ótimo da fábrica. A longo prazo, 
as empresas  se  caracterizam,  inicialmente, por  retornos  crescentes de 
escala e, mais tarde, por retornos decrescentes, de modo que as curvas 
de custo apresentam formato de u. 
 
 
 
 
 
123 
Figura 9.5 – Resumo dos custos no curto e no longo prazo 
 
Indicações culturais 
MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo: Pioneira Tho‐
mson Learning, 2006. 
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 6. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2006. 
No capítulo 13 da obra de Mankiw (2006), e no capítulo 7 da obra de 
Pindyck e Rubinfeld (2006) o leitor poderá saber um pouco mais sobre 
o assunto proposto neste capítulo. 
Atividades 
1. A curva de custo marginal é ................ no trecho em que se verifica a 
lei dos rendimentos ................. 
a. horizontal – decrescentes; 
b. crescente – decrescentes; 
c. crescente – constantes; 
d. decrescente – decrescentes; 
e. decrescente – constantes. 
 
 
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2. Qual é a diferença entre o curto e o longo prazo na análise de custos 
na microeconomia? 
3. Aponte a alternativa incorreta, conforme Mankiw (2006). 
a. A longo prazo, não existem custos fixos. 
b. Uma curva de custo médio de  longo prazo constante  indica a exis‐
tência de rendimentos constantes de escala. 
c. A  isoquanta  representa  infinitas combinações de mão‐de‐obra e de 
capital que representam o mesmo custo total de produção. 
d.  Rendimentos  decrescentes  de  escala  têm  o mesmo  significado  de 
deseconomias de escala. 
e. Os custos de longo prazo representam horizontes de planejamento e 
não os custos efetivamente incorridos. 
4. Considere  a  seguinte  tabela de  custo  total de  longo prazo de  três 
empresas diferentes. 
Quantidade   1   2   3   4   5   6   7 
Empresa A   60   70   80   90   100   110   120 
Empresa B   11   24   39   56   75   96   119

Quando a quantidade produzida aumenta muito o custo fixo médio tende a zero?

Observa-se que, como o custo fixo médio tende a zero, quando aumenta o volume de produção, o custo total médio tende, no limite, a se igualar ao custo variável. Finalmente, pode ser notado que a curva do custo marginal corta as curvas do custo médio e variável no ponto mínimo dessas duas.

Quando o custo total médio ou custo médio está declinando?

A curva de custo total médio é decrescente quando ela está acima da curva de custo marginal e é crescente quando está abaixo da curva de custo marginal.

O que diferencia o curto prazo do longo prazo na teoria da produção?

Curto prazo refere-se ao período no qual a quantidade de um ou mais fatores de produção não pode ser modificada. O longo prazo corresponde ao período necessário para tornar variáveis todos os insumos. Não há um período específico, por exemplo, um ano, que separe o curto prazo do longo prazo.

Quando a produtividade marginal é maior que a produtividade média está é decrescente?

Quando a produtividade marginal é maior que a produtividade média, esta é decrescente. O produto total passa a ser decrescente quando a produtividade marginal é igual a zero. A produção total encontra-se em seu ponto máximo quando a produtividade marginal é máxima.