Quando o corinthians joga na copinha

24 Jan, 2022

O Palmeiras está a um jogo de acabar com um tabu que foi parar em uma música que parece conseguir mesmo provocar o torcedor alviverde.

Nesta terça-feira, com a vantagem de atuar em seu estádio, o Palmeiras enfrenta o Santos para tentar enfim conquistar seu primeiro título na Copa São Paulo de júniores, que existe há mais de 50 anos.

Jogadores do sub-20 do Palmeiras comemorando classificação na Copinha 2022 Fabio Menotti/Ag.Palmeiras

Em caso de uma nova decepção, o palmeirense terá que aguentar novamente um monte de provocações e ouvir a música que seu time "não tem Copinha". 

Pode até incomodar, mas a verdade é que maioria dos rivais do Palmeiras é que deveriam estar incomodados com suas categorias de base.

Com um projeto brilhante, que começou há muito tempo, o Palmeiras tem hoje o que interessa de verdade quando se fala de base: produção de ótimos jogadores em série, que podem entrar e ajudar o time profissional a ganhar Liberadores e valem uma fortuna.

Bastar ver os rankings dos jogadores mais valiosos do Transfermarkt, site especializado no assunto.

O Palmeiras tem hoje 5 dos 10 jogadores mais caros do futebol brasileiro. Quatro (Danilo, Patrick de Paula, Gabriel Menino e Gabriel Verón) foram formados no clube.

Dos 20 atletas mais valiosos de clubes brasileiros com até 23 anos, sete saíram da base palmeirense (e nessa lista nem aparece ainda o candidato a fenômeno Endrick).

Maior rival do Palmeiras, o Corinthians é o recordista de títulos da Copinha, com dez taças.

Claro que o corintiano ficou muito feliz quando seu time ganhou a competição.

Mas hoje o Parque São Jorge tem uma base sucateada, com mais empresários que talentos.

E sabe quantos jogadores o Corinthians tem entre os 20 mais valiosos do país? Um só (Lucas Pitón).

Paulo Cobos15 Sep, 2022

Nas últimas semanas, critiquei a forma como Rogério Ceni se comunica e seu desempenho medíocre no Campeonato Brasileiro, em que seu São Paulo ganhou apenas 6 dos 26 jogos disputou.

Mas quem acompanha o blog há mais tempo já leu aqui inúmeras vezes que considero Ceni com um potencial extraordinário para ser o melhor treinador do futebol brasileiro.

Trabalhador, estudioso, moderno, um cara que conhece o campo como poucos.

Rogério Ceni em Flamengo x São Paulo pela Copa do Brasil Rubens Chiri/São Paulo

Nesta temporada, ganhei mais argumentos para defender a ideia que Ceni vai ser o melhor da profissão no seu país e um dia vai comandar até a seleção brasileira.

O São Paulo de 2022 tem um elenco mediano. Mas com a estratégia de seu treinador foi capaz de encarar os dois times mais poderosos do país.

Perdeu a final do Paulista para o Palmeiras, mas com uma atuação exuberante no primeiro jogo da decisão. Eliminou o rival na Copa do Brasil.

Contra o Flamengo, Rogério Ceni só perdeu em quatro confrontos. Mas, nas semifinais da Copa do Brasil, foi capaz de amassar o rubro-negro com posse de bola e mais do que o dobro de finalizações.

Seu time foi eliminado por que o Flamengo individualmente é muito, mas muito mesmo, melhor que o São Paulo.

Rogério Ceni tem todas as armas na mão para se tornar o melhor treinador brasileiro da sua geração, e isso seja no São Paulo ou em qualquer outro grande clube do país.

Só precisa parar de fazer algo como uma espécie de autossabotagem, como entrevistas desastrosas, relacionamento ruim com jogadores e algumas vezes ousar de forma demasiada quando pode ser mais conservador.

Paulo Cobos14 Sep, 2022

A Espanha parece que sempre vai buscar algo para implicar com Vinicius Jr.

Primeiro, o brasileiro era detonado (muitas vezes com exagero e falta de respeito) pelos erros nas finalizações. Mas trabalhou duro, evoluiu, passou a fazer uma penca de gols e se tornou titular absoluto do Real Madrid, o mais clube do mundo.

Agora, o problema é o jeito de jogar do brasileiro que incomoda adversários, torcidas adversárias e muita gente na imprensa.

O que leva ao caminho natural de comparar Vinicius Jr. com Neymar, que irritava, nos tempos de Barcelona, mais de metade da Espanha por seus dribles, que muitas vezes seriam feitos apenas por deboche e para provocar os rivais.

Vinicius Jr. e Carlo Ancelotti durante partida do Real Madrid Angel Martinez/Getty Images

Neymar, um pouco mais, e Vinicius Jr. realmente escorregaram algumas vezes, com firulas desnecessárias. Mas, na maioria esmagadora das vezes, o que acontece em campo é simplesmente o talento e a forma deles de jogar que irrita zagueiros.

Vinicius Jr. tem uma sorte que Neymar, que já passou dos 30 carregando as mesmas polêmicas do seu estilo de jogos dos tempos de Santos e Barcelona, nunca teve. 

O jogador do Real Madrid é comandado por um treinador que Neymar nem de perto contou em seus quase dez anos de Europa.

Carlo Ancelotti, craque como jogador e multicampeão em vários países como treinador, tem o tamanho e a sabedoria para fazer com que Vinicius Jr entenda os limites do que pode fazer em campo.

Em público, defender seu jogador, como fez nesta semana.

"Vinicius é um jogador especial. Pela maneira como ele joga, pode às vezes acontecer dos rivais se irritarem. Mas todos têm que entender que ele sempre tenta o drible, não importa se sua equipe estiver ganhando ou perdendo", salientou. "Às vezes, eu entendo que os rivais se irritem um pouco mais do que o normal, mas isso são coisas que acontecem no futebol. Com experiência, ele irá aprendendo pouco a pouco sobre tudo", acrescentou.

Tenho certeza que, antes dessa defesa pública, chamou Vinicius Jr. para uma conversa privada e apontou os perigos para ele não fazer firulas desnecessárias.

Duvido que os seis treinadores que Neymar teve na Europa, Gerardo Martino, Luis Enrique, Unai Emery, Thomas Tuchel, Mauricio Pochettino e Christophe Gaultier, poderiam fazer o mesmo que Ancelotti faz com Vinicius Jr.

Assim como Tite não foi capaz na seleção brasileira.

Paulo Cobos13 Sep, 2022

O sorteio da Champions League 2022/2023 tornou quase instantâneo o reencontro da torcida do Bayern de Munique com Lewandowski, ídolo do clube por 8 anos.

Nesta terça-feira, o clube alemão recebe o Barcelona, novo clube do atacante polonês, pela segunda rodada da fase de grupos da Champions.

E existe uma grande expectativa sobre como Lewandowski será recebido em Munique, com vaias ou aplausos e de forma indiferente.

Lewandowski comemora após marcar para o Barcelona sobre o Cádiz EFE/Román Ríos

Rummenigge, que foi ídolo e cartola do Bayern, tem bons argumentos para defender que o polonês seja bem recebido.

"Gostaria que o Bayern e o público recebessem ele com gratidão. Não se deve esquecer que ele estava aqui há oito anos, ganhou tudo o que podia e marcou 35 a 50 gols por temporada. Ele veio de graça e saiu por 45 milhões de euros, ele contribuiu para o sucesso do Bayern".

O atual presidente do Bayern, Herbert Hainer, também não quer vaias para o polonês. 

"''Espero, e esse é o meu grande desejo, que as pessoas sejam simpáticas com o Robert e que ele tenha uma recepção amigável, porque jogou oito anos conosco, marcou muitos gols e decidiu muitos jogos. E ganhamos todos os grandes títulos'

Pensando racionalmente, realmente a torcida do Bayern não tem argumentos para receber Lewandowski com vaias.

Mas é fato também que ele tinha ainda um ano de contrato com o clube, um dos maiores do mundo e hoje muito mais competitivo que o Barcelona.

Mas o polonês resolveu antecipar sua saída, dizendo que "sua história no Bayern" já tinha acabado e em guerra aberta com os dirigentes do clube.

Lewandowski poderia ficar mais um ano no Bayern, encerrar seu contrato e ir jogar onde quisesse.

Mas ele tinha sim todo o direito de querer mudar de clube mesmo com contrato assinado.

Só que isso tem um preço a se pagar. Ouvir vaias da torcida do Bayern de Munique é um deles.

Paulo Cobos12 Sep, 2022

Quando um jogador custou mais de R$ 80 milhões, uma fortuna para os padrões do futebol brasileiro, se espera que ele chegue arrebentando imediatamente.

Isso muitas vezes é injusto, já que mudar de país exige um tempo de adaptação. Mas, no caso de Everton Cebolinha, que trocou o Benfica pelo Flamengo, não dá para qualificar sua performance até agora no clube carioca com outra palavra que não seja decepção.

Já são 16 partidas pelo clube, metade começando como titular e outra metade entrando vindo do banco.

Everton Cebolinha durante jogo entre Flamengo e Goiás, pelo Brasileirão Gilvan de Souza/Flamengo

Segundo o TruMedia, a ferramenta de estatísticas da ESPN, Cebolinha soma 800 minutos com a camisa rubro-negra. 

A produção ofensiva é muito modesta, com apenas um gol marcado e uma assistência para gol.

Para deixar mais evidente o mau futebol de Cebolinha, melhor mostrar sua posição nos rankings na produção por minuto comparado com a dos outros jogadores do clube no Brasileiro, na Copa do Brasil e na Libertadores.

Acertar um passe para o atacante é uma dificuldade. Seu aproveitamento é de 78,2%, o que o coloca na 30ª posição na lista de melhores passadores do Flamengo.

Everton Cebolinha tem 1 gol em 800 minutos pelo Flamengo. Nada menos do que 15 jogadores do time são mais eficientes que ele. O zagueiro Fabrício Bruno, por exemplo, marca um gol a cada 393 minutos.

Nas assistências, o ex-jogador do Grêmio também tem a marca de uma unidade para longos 800 minutos. É superado por 14 colegas de time. Rodinei dá uma assistência para gol a cada 268 minutos.

Os goleiros rivais pouco trabalham nas finalizações de Cebolinha. O atacante só acerta 28% de seus chutes, Nada menos do que 23 jogadores do Flamengo são melhores do que ele nesta estatística.

Everton Cebolinha custo muito dinheiro por que realmente é muito acima da média. Acredito que ele ainda vai arrebentar no Flamengo. Mas isso está demorando demais para acontecer.

Paulo Cobos11 Sep, 2022

São Paulo e Corinthians empataram neste domingo, no Morumbi. Até que era fácil prever o resultado.

Com Rogério Ceni, o São Paulo sofre para ganhar um jogo no Brasileiro. Com Vítor Pereira, o Corinthians ganhar um clássico é quase um milagre.

Depois de 26 rodadas do Brasileiro, o tricolor paulista ganhou míseras seis vezes. Menos do que isso, apenas Juventude (quatro) e Atlético-GO (cinco). Sobram empates para o time de Ceni (13).

Ceni e Vítor Pereira Montagem com São Paulo e Corinthians

O retrospecto corintiano em clássicos sob o comando do treinador português é medonho, com apenas uma vitória (diante do enfraquecido Santos), seis derrotas e três empates em dez confrontos.

A escassez de vitórias de Ceni no Brasileiro e de Vítor Pereira em clássicos não tem justificativas.

O São Paulo tem um elenco que deveria colocar o clube pelo menos entre os 8 melhores do Brasileiro, e não na 13ª posição, a apenas cinco pontos da zona do rebaixamento, como é sua situação atual.

O Corinthians depois de investir tanto dinheiro não poderia, nas mãos de Vítor Pereira, ser tão inofensivo nos grandes jogos.

O São Paulo está na final da Sul-Americana e o Corinthians tem a chance de ser campeão na Copa do Brasil. Eventuais títulos não vão apagar a mediocridade do trabalho de Ceni no Brasileiro e de Vítor Pereira nos clássicos.

Paulo Cobos09 Sep, 2022

Gabriel Jesus passou muito tempo na reserva do Manchester City. Mesmo assim, é um dos três jogadores mais convocados nos quase seis anos em que Tite comanda a seleção brasileira.

O treinador do time nacional, sabiamente, soube reconhecer o talento do ex-jogador do Palmeiras mesmo quando ele não marcava gols, assim como Guardiola, o maior técnico do planeta.

Há poucos meses, Gabriel Jesus trocou o City pelo Arsenal. E está arrebentando no novo clube. 

Gabriel Jesus e Tite em jogo da seleção brasileira Luis Acosta/AFP/Getty Images

Em seis jogos na Premier League, já marcou três gols e deu outras três assistências, se tornando um ídolo instantâneo no time inglês.

Nesta sexta-feira, Tite convocou a seleção brasileira pela última vez antes de anunciar a lista final para a Copa, e pela primeira vez depois da ida de Jesus para o Arsenal.

E o jogador, em uma lista com nove atacantes, foi esquecido.

Muita gente achou que Jesus só ficou fora por que Tite queria testar outros jogadores, o que já seria um disparate (todo mundo que o treinador tem certeza que vai ao Mundial foi chamado).

Mas o próprio treinador deixou claro depois que Gabriel Jesus é só mais um concorrente.

"Gabriel Jesus, especificamente, está em um grande momento e concorrendo. Absolutamente sim. Esta convocação serviu para dar oportunidades a outros".

Pedro entendo ter uma oportunidade. Mas como Gabriel Jesus, no melhor momento da carreira, pode ficar de fora enquanto Matheus Cunha, testado várias vezes e  pouco jogando no Atlético de Madrid, está na lista?

Como qualquer treinador da seleção, Tite tomou várias decisões incoerentes.

Mas a de Gabriel Jesus é sua maior insanidade no comando do time brasileiro.

Paulo Cobos09 Sep, 2022

Imagine um atacante que já foi considerado, de forma exagerada, um dos melhores jogadores do mundo comece a fazer gols sem parar em uma das ligas mais importantes do futebol mundial.

Virar o craque do time. Quem sabe até o melhor jogador do mundo da temporada.

E ainda assim, mesmo sem qualquer problema físico, jogar no máximo 30 minutos por partida.

Antoine Griezmann, uma das estrelas do Atlético de Madrid, em ação pela Liga dos Campeões Getty Images

Vítima de um contrato nojento entre Atlético de Madrid e Barcelona, é isto que pode acontecer com o atacante Griezmann.

Pelo acordo entre os dois clubes, o Atlético será obrigado a pagar 40 milhões de euros ao Barcelona se o francês, jogando no time de Madri emprestado, participar de mais de 50% dos jogos da equipe.

Mas o time de capital espanhola já decidiu que Griezmann não vale esse dinheiro (ou simplesmente não tem caixa para pagá-lo)

Assim, independente dos desejos do técnico Simeone, decretou que ele só pode entrar em campo a partir dos 15 minutos do segundo tempo.

O Barcelona pressiona, e lembra que no primeiro ano do empréstimo ele já havia ultrapassado a marca de 50% de participação. E diz que o Atlético já deve pagar os 40 milhões de euros.

O gigante catalão também não quer o francês de volta.

Griezmann é vítima da ganância e da falta de respeito de dois clubes tão grandes como são Atlético de Madrid e Barcelona.

Se houvesse justiça no futebol, o francês deveria ter o direito imediato de rescindir os contratos que assinou com os dois clubes, recebendo tudo que tem direito até o final de seu trato original com o Barcelona.

E ter o direito imediato de acertar com um novo clube, independente dos limites das janelas de transferência.

Para jogar os minutos que seu treinador desejar. E ter a chance de mostrar seu futebol por 90 minutos, não pelo tempo em que um contrato espúrio mandar.

Paulo Cobos08 Sep, 2022

"Rodinei é seleção"

Do mais famoso narrador da televisão brasileira até a torcida do Flamengo em coro no Maracanã lotado na semifinal da Libertadores contra o Vélez, foi criado um clamor para que Tite convoque o lateral-direito de 30 anos para a Copa do Qatar.

A opinião do gênio Galvão Bueno deve ser respeitada. A torcida do Flamengo, mesmo acreditando que muita gente gritou por Rodinei na Copa na base da brincadeira, também.

Rodinei em ação com a camisa do Flamengo Marcelo Cortes/Flamengo

Mas o fato é que seria uma maluquice sem tamanho Tite convocar o lateral do Flamengo para a Copa.

É fato que a lateral direita é a posição em que o Brasil tem hoje, disparado, menos talentos. Só o fato de Daniel Alves, se arrastando no México, ter chance de ir para a Copa mostra o quanto é dramática a situação.

Rodinei até pode ser o "melhor lateral-direito" do futebol brasileiro dos últimos dois meses. Mas achar que isso basta para ele disputar uma Copa do Mundo é outra coisa.

Em 1998, Zagallo também convocou um lateral já veterano apenas por uma boa fase passageira em um clube.

E, quando precisou entrar em campo, na semifinal contra a Holanda, o são-paulino Zé Carlos foi um desastre.

Só que, para Rodinei, dane-se a Copa.

O melhor para ele é ser a grande história de superação do Flamengo de 2022.

O jogador tido como baladeiro, grosso, autor de gol contra bizarro virou um dos jogadores mais importantes do time sob o comando de Dorival Jr.

Um número mostra sua importância: com o atual treinador, Rodinei já tem cinco assistências para gol, apenas duas a menos que Arrascaeta.

Se destaca também em passes, toques na bola. Vai bem na marcação.

Rodinei agora pode até se dar ao luxo de escolher onde vai jogar em 2023. Seu contrato com o Flamengo acaba em dezembro. Chovem propostas por ele. Nada mal para quem era um reserva no começo do ano.

'Fico sem palavras em saber que o pessoal da seleção está acompanhando meus jogos': Rodinei, após classificação do Flamengo à final da Libertadores

Paulo Cobos07 Sep, 2022

Não tenho dúvida que o Palmeiras de 2022 é o melhor time que Abel Ferreira montou no clube.

Mas, depois de ser eliminado pelo Athletico-PR, vai terminar o ano sem conquistar a Libertadores, como fizeram as equipes alviverdes comandadas pelo técnico português em 2020 e 2021.

O Palmeiras desta temporada também tem o jeito reativo de jogar de outros anos sob o comando de Abel. Mas sempre soube propor o jogo quando necessário, atacar, propiciar muitos dos melhores momentos do futebol sul-americano em 2022, incluindo goleadas históricas e golaços.

Fez um bom jogo nesta terça-feira contra o Athletico-PR, mas novamente viu um jogador perder a cabeça e ser expulso.

Abel Ferreira comandando o Palmeiras na Libertadores Fabio Menotti/Palmeiras

Detonado por muita gente por ser supostamente um "técnico resultadista", Abel apanhava quando era campeão da Libertadores com um futebol menos vistoso que o praticado por seu time em 2022. 

Agora, com ótimo futebol, espero que não apanhe do mesmo jeito.

Em geral, avaliação de trabalho de treinador é exagerada, supervalorizando seu papel nas vitórias e o culpando em excesso nas derrotas.

Com Abel Ferreira, isso é ainda mais forte.

O trabalho do português no Palmeiras não deveria ser avaliado apenas pelo tal "resultadismo". 

Deveria ser elogiado também quando o time joga bem. E criticado quando joga mal. Simples assim.

Paulo Cobos06 Sep, 2022

O Athletico-PR está na final da Libertadores-22. O time paranaense eliminou o Palmeiras no Allianz Parque e mostrou que existe mesmo uma "espanholização" do futebol brasileiro.

E este processo não significa apenas o predomínio da dupla Flamengo e Palmeiras, como se fossem os poderosos Barcelona e Real Madrid.

Nos últimos anos, só um clube conseguiu de forma constante desafiar o poder de Barça e Real na Espanha.

Com dois títulos espanhóis, conquistas da Liga Europa e duas finais de Champions League, o Atlético de Madrid foi capaz de se intrometer no topo do poder do futebol de seu país.

Athletico-PR comemora gol contra o Palmeiras na semifinal da Libertadores Pedro Vilela / Getty Images

Como faz o Athletico-PR no Brasil. O clube de Curitiba ganhou nos últimos anos Copa do Brasil, duas vezes a Sul-Americana. Agora, conseguiu sua maior façanha nos últimos dez anos, chegando na final da Libertadores.

Igual ao seu quase xará espanhol, o sucesso do Athletico-PR não tem nada de sorte.

O clube turbinou suas finanças. As receitas estão longe ainda das obtidas por Flamengo e Palmeiras, mas são suficientes para contratar joias como Vitor Roque, medalhões como Fernandinho e pagar um treinador caro como Luiz Felipe Scolari.

Assim como o Atlético de Madrid, o Athletico-PR construiu um estádio que virou um orgulho para sua torcida e uma grande fonte de receitas.

Ser um clube grande é para poucos, ainda mais em uma época que dois clubes estão muito acima dos outros, como são Flamengo e Palmeiras no Brasil é hoje.

O Athletico-PR pode bater no peito e falar que é grande, mas muito grande mesmo.

Paulo Cobos06 Sep, 2022

O Flamengo enche Dorival Júnior de elogios, mas nem pensa em estender o contrato do treinador no meio da temporada, como fizeram o Palmeiras com Abel Ferreira e o São Paulo com Rogério Ceni.

Os cartolas flamenguistas sempre adotam a cautela para falar do assunto. "Na hora certa e na hora que o Flamengo entender que tem que conversar com ele, vai fazer, disse recentemente Marcos Braz, o todo poderoso homem forte do futebol rubro-negro.

Nesta segunda-feira, em entrevista para a ESPN, o braço direito de Braz, Bruno Spindel, foi na mesma linha.

O técnico Dorival Junior, do Flamengo Staff Images / CONMEBOL

"No momento certo as conversas que venham a ocorrer de renovação vão seguir por parte do clube ou a outra parte", afirmou Spindel.

Não é difícil imaginar qual é o "momento certo" para o Flamengo sentar com Dorival e tratar da renovação de seu contrato, que acaba em dezembro.

Isso vai acontecer no dia seguinte do time ser campeão em 2022, principalmente da Libertadores.

Não importa que Dorival arrumou a bagunça deixada pelo português Paulo Sousa, transformou o clube em favorito na Copa do Brasil e na Libertadores e levou o time de perto da zona de rebaixamento à vice-liderança do Brasileiro.

Nem que o Flamengo voltou a jogar o melhor futebol da América do Sul. E que Dorival conseguiu fazer o que muitos diziam ser impossível: colocar Pedro e Gabigol para jogarem juntos.

No Flamengo, dos torcedores até os cartolas passando por jornalistas ligados ao clube, nenhum trabalho vale continuar se ele não chegar junto com muitos títulos, ainda mais com um treinador sem uma grife como é Dorival Júnior.

Se quiser seguir na Gávea em 2023, Dorival Júnior só tem um caminho: ganhar títulos. De preferência, a Libertadores. Caso contrário, o eterno fantasma de Jorge Jesus estará de volta ao Flamengo.

Paulo Cobos05 Sep, 2022

Deyverson provocou meio time do São Paulo, fez simulações bizarras, apanhou, fez uma jogada que nada teve de humilhante para os rivais controlando a bola com a cabeça e terminou o primeiro tempo do jogo entre o time paulista e seu Cuiabá discutindo com Rafinha.

Na saída para o intervalo, antes de ser substituído, desabafou:

"Todo mundo já me conhece, sabe que meu temperamente é um pouco acima daquilo que tem que ter. Essa personalidade, esse meu jeito provocador, mas estou fazendo um jogo limpo. Se o futebol não tiver coisa bonita, vamos fazer o quê? Sermos robôs? O Ronaldinho Gaúcho fazia isso, Neymar faz. Por que eu não posso?", disse, para depois falar algo que vale uma discussão.

Deyverson durante jogo entre Cuiabá e São Paulo, pelo Brasileirão AssCom Dourado

"Por que não podemos jogar bonito, sem desrespeito? O drible foi para ser feito, não foi uma forma de desrespeito. O Rafinha disse para não ser palhaço, mas não sou palhaço. Sou profissional".

Mas afinal, Deyverson é mesmo um palhaço dentro de campo?

Difícil não afirmar que o ex-atacante do Palmeiras tem atitudes nos jogos que nem merecem ser chamadas de palhaçadas pela sua absoluta mediocridade, simulando até agressão feita por um árbitro.

Além de caricatas e de extremo mau gosto, elas vão contra o fair play, por querer levar vantagem de forma indevida.

Mas classificar  Deyverson como um palhaço apenas por esse comportamento lamentável é não estender o debate.

Como bem reparou Rogério Ceni, após o empate entre São Paulo e Cuiabá, o centroavante é inteligente provocando os rivais.

"Nosso time é jovem, tem muitos garotos, mesmo os que vem de fora. Ele é inteligente nesse sentido, bom jogador dentro de campo, tem bola aérea como ponto forte. Tem que tentar provocá-lo, eu faria isso aos 40 anos, aos 36. talvez aos 23 eu também discutiria", disse em coletiva o treinador são-paulino.

Ficamos assim: Deyverson comete palhaçadas que deveriam envergonhar um jogador profissional de futebol. Mas, contando que o jogo tem pelo menos 90 minutos, mais palhaço é quem cai nas suas provocações infantis.

Paulo Cobos02 Sep, 2022

Para escrever este texto, procurei a melhor definição da palavra sincericídio. Gostei desta:

"O sincericídio é um tipo de verdade relativa, onde a pessoa fala algo sem pensar nas consequências, ela não reflete sobre os sentimentos do outro, apenas fala. Assim, ela expõe fatos e opiniões sem considerar o que tais afirmações podem causar nas pessoas à sua volta".

Isso se aplica com perfeição ao jeito que Rogério Ceni se comporta nas entrevistas dos clubes em que é treinador.

Rogério Ceni em Atlético-GO x São Paulo Rubens Chiri/São Paulo

Por exemplo, como nesta quinta-feira, após seu São Paulo perder por 3 a 1 para o Atlético-GO no primeiro jogo das semifinais da Copa Sul-Americana.

Com o time correndo o risco de um fracasso absoluto na temporada, ficando fora até da Libertadores-23, Ceni afirmou que o "São Paulo tem obrigação" de passar para a final da Sul-Americana.

Como se não houvesse um adversário do outro lado e sem pensar no que torcedores com comportamento cada vez mais violento podem fazer com os jogadores se o São Paulo não cumprir a tal "obrigação".

Ceni novamente colocou a culpa nos jogadores pela derrota. "Foi um dos piores jogos individualmente falando", afirmou o treinador, que ainda culpou Igor Gomes por sua expulsão publicamente.

É uma marca da carreira do ex-goleiro apontar o dedo para as falhas dos seus jogadores em campo. Raro é ele assumir a culpa pelas derrotas.

Rogério Ceni muitas vezes diz verdades nas suas entrevistas. Mas quase sempre faz isso de forma desastrosa e irresponsável, colocando outras pessoas em situação delicada.

E acaba prejudicando a si próprio. Sua carreira nunca vai decolar de verdade com esse sincericídio tolo. E o São Paulo também acaba pagando pelo o que seu treinador fala.

Paulo Cobos01 Sep, 2022

O futebol brasileiro vai ganhar a Libertadores pelo quarto ano seguido (o Vélez não tem chance alguma de reverter no Maracanã o 4 a 0 que levou do Flamengo em casa).

Depois da decisão de 2022, o Brasil terá cinco dos últimos seis campeões do principal torneio de clubes da América do Sul. 

É questão de pouco tempo para o maior país da região ultrapassar a Argentina no número geral de títulos da Libertadores. Com a taça de 2022, serão 22 edições vencidas por brasileiros e 25 por argentinos.

Jogadores do Vélez Sarsfield após a goleada sofrida por 4 a 0 do Flamengo na Libertadores LUIS ROBAYO/AFP via Getty Images

O abismo financeiro só aumenta, impulsionado pela economia dos dois países e também pela incompetência maior dos cartolas argentinos.

Neste atual momento, parece impossível haver algo para os brasileiros aprenderem com argentinos no futebol.

Mas existe algo que devemos sim tomar os vizinhos do sul como exemplo.

A leitura dos jornais argentinos, seja nos tradicionais "Clarín" e "La Nacion" quanto no provocativo diário esportivo "Olé", será recheada de elogios e admiração ao Flamengo. Como acontece com o Palmeiras nos últimos anos.

Os argentinos são capazes de entender o sucesso dos clubes brasileiros, o que é muito mais raro deste lado da fronteira.

No Brasil, quando um clube argentino ganha um jogo ou o título da Libertadores é por que o "juiz ajudou", o "Boca manda na Conmebol", "deram porrada" ou "foram malandros". 

Vai demorar para o futebol argentino voltar a ser competitivo na Libertadores. Mas isso vai acontecer um dia. Espero que nesta hora o brasileiro também saiba elogiar e admirar o sucesso dos rivais.

HUMILHOU! Rodinei domina na lateral do campo e aplica caneta espetacular em jogador do Vélez

Paulo Cobos31 Aug, 2022

O Vélez Sarsfield é o vice-lanterna do Campeonato Argentino, que tem 28 clubes, com apenas uma vitória em 16 jogos. O Flamengo é o segundo colocado do Brasileiro e está nas semifinais da Copa do Brasil.

Na temporada 2019/2020 (os balanços dos clubes argentinos são feitos entre julho e junho), o Vélez faturou, pelo câmbio da época, cerca de R$ 100 milhões. Em 2020, muito mais afetado pela pandemia, o Flamengo teve receitas de R$ 668 milhões.

Vélez Sarsfield e Flamengo se enfrentam na semifinal da Conmebol Libertadores Staff Images / CONMEBOL

Segundo o site Transfermarkt, o elenco do clube argentino vale hoje 48 milhões de euros. O do Flamengo, quase 150 milhões de euros.

Seja pelo momento esportivo ou pela capacidade de investimento, pensar que o Vélez possa eliminar o Flamengo nas semifinais da Libertadores é uma insanidade.

Se isso acontecer, será, sem dúvida, uma enorme zebra.

Mas, respondendo o título deste post, o Vélez pode sim, em dois jogos, conseguir a façanha de bater o rubro-negro carioca.

Primeiro por que o futebol argentino sempre será gigante, independente da penúria financeira. E nunca vai entrar em campo derrotado contra um time brasileiro na Libertadores.

O Vélez não está entre os grandes argentinos. Mas tem uma larga tradição internacional. Nesta Libertadores, eliminou o River, que segue sendo o grande clube do país.

O bom senso diz que o Flamengo não pode ser eliminado pelo Vélez. Mas, no futebol, lógica não ganha jogo.

'Disputaria a Champions League', 'equipe que eu não quero enfrentar' e 'entre os melhores da América': Torcedores argentinos opinam sobre momento do Flamengo

Paulo Cobos30 Aug, 2022

Nenhum deles está vivo nas Copas, nem na zona de classificação para a próxima Libertadores no Brasileiro, o que ainda parece ser possível apenas para o Atlético-MG. O Red Bull Bragantino caminha para um final de campeonato na zona da pasmaceira. O Botafogo ainda tem agora o fantasma do rebaixamento para superar.

Esses três times alvinegros começaram o ano com grandes expectativas.

O Atlético-MG, com o dinheiro farto de seus mecenas para contratar mesmo sendo o clube mais endividado do país, queria repetir o sucesso de 2021 e também ganhar a Libertadores.

Vai terminar a temporada sem nenhum título grande e correndo o risco de fracasso absoluto se ficar fora da Libertadores-23, provando que só grandes jogadores não resolvem tudo em um clube de futebol.

Zaracho e Luan Cândido na partida entre RB Bragantino e Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro Pedro Souza/Atlético-MG

Com seu novo dono, o americano John Textor, o  Botafogo se transformou na sexta maior folha de pagamento do país para brigar na parte alta da tabela do Brasileiro e avançar muito na Copa do Brasil.

É hoje apenas o 14o colocado no Nacional, só dois pontos acima da zona do rebaixamento. Não passou das oitavas da Copa do Brasil, eliminado pelo América-MG de forma categórica.

Propriedade de um bilionário europeu, o Red Bull Bragantino tinha a receita certa para fazer bonito, como em 2021. O técnico há mais tempo no cargo na Série A. Boas contratações. Paz para trabalhar.

Mas não passou da primeira fase da Libertadores, foi eliminado pelo Goiás logo no primeiro mata-mata da Copa do Brasil e ocupa uma modesta 11a posição no Brasileiro.

Os fiascos de Atlético-MG, Botafogo e Red Bull mostram que, no futebol brasileiro, existem várias formas das coisas não darem certo.

A primeira é gastar sem ter recursos próprios e mesmo com uma dívida bilionária, como o Atlético-MG. A  segunda é contratar sem critério algum, como um novo rico que não sabe o valor do dinheiro. A terceira é a que melhor explica o futebol. O Red Bull é a prova que até fazendo a coisa certa se pode fracassar. Afinal, futebol não é ciência exata.

Paulo Cobos29 Aug, 2022

Até hoje, o máximo de jogadores de uma seleção brasileira em uma Copa do Mundo que atuavam na Premier League na época da convocação nunca passou de seis.

Isso aconteceu em 2014, no Brasil, e 2018, na Rússia.

Somando todas os Mundiais, apenas 14 vezes um treinador convocou um atleta que atuava em um clube inglês.

No Qatar, isso vai ser bem diferente.

Casemiro durante aquecimento para partida do Manchester United na Premier League Matthew Ashton - AMA/Getty Images

Com certeza absoluta, praticamente metade dos 26 atletas da lista de Tite atua ou provavelmente jogará na Premier League na época da Copa. E não será impossível que nada menos do que 15 dos escolhidos de Tite sejam de times ingleses.

A maioria é presença certa na lista, casos de Alisson (Liverpool), Ederson (City), Thiago Silva (Chelsea), Casemiro (United), Fred (United), Fabinho (Liverpool), Philippe Coutinho (Aston Villa) e Gabriel Jesus (Arsenal).

Lucas Paquetá e Antony, que devem acertar, respectivamente, com West Ham e United nesta semana também são nomes certos para a Copa.

Richarlison (Tottenham) e Bruno Guimarães (Newcastle) são quase certos.

E não será nenhum absurdo se Emerson Royal (Tottenham), Gabriel Magalhães (Arsenal), Martinelli (Arsenal), Renan Lodi (Nottingham) e Firmino (Liverpool) estiverem na lista de Tite para o Qatar.

A busca dos milionários clubes ingleses por jogadores brasileiros é um benção para Tite.

O treinador vai poder contar com mais de uma dezena de jogadores atuando na liga nacional mais competitiva do mundo. E muitos deles como protagonistas de seus clubes. 

Tirando a Inglaterra, nenhuma das seleções favoritas terá tantos jogadores de Premier League como o Brasil. Isso é uma vantagem. Sem dúvida.

Paulo Cobos28 Aug, 2022

Em abril, ante do começo do campeonato, o pessoal do ESPN.com.br perguntou a blogueiros e comentaristas da ESPN se algum clube fora do trio Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras poderia ganhar o Brasileiro de 2022.

Minha resposta, basicamente, foi esta:  "Mais fácil um rival do Bayern de Munique conquistar a Bundesliga do que o campeão brasileiro de 2022 não ser Atlético-MG, Flamengo ou Palmeiras.

Não acertei, o que era óbvio, na mosca, mas quase.

Vidal comemora gol em Botafogo x Flamengo Gilvan de Souza/Flamengo

Depois da rodada deste final de semana, ficou claro que apenas dois times brigam pelo título da competição: o Palmeiras, com amplo favoritismo pela vantagem na classificação, e o Flamengo de Dorival Júnior,

O Atlético-MG, também com um elenco poderoso, ficou para trás por que simplesmente seu projeto, baseado no dinheiro farto dos mecenas, não tem a mesma solidez que os de Flamengo e Palmeiras.

Acabou a máxima que o Brasileiro é um campeonato diferente por que tem "13 times" que podem conquistá-lo todos os anos.

Campanhas heroicas como a do Fluminense de Fernando Diniz não bastam mais.

Pelo poderio financeiro, fruto do trabalho bem feito, Flamengo e Palmeiras vão dominar a competição nos próximos anos. A concorrência está muito atrás. Em um campeonato de 38 rodadas não existe sorte.

O Brasileiro tem hoje dois times muito acima dos rivais. Ruim, mas pelo menos melhor que acontece na França com o PSG e na Alemanha com o Bayern de Munique.

Paulo Cobos26 Aug, 2022

Os dois primeiros grandes clube brasileiros que correram para as SAFs na tentativa de se salvarem encontraram donos de personalidades bem diferentes.

O americano John Textor, novo proprietário do Botafogo, é falante, midiático. Parece adorar os holofotes que recebeu no Brasil.

Ronaldo Fenômeno é um dos jogadores de futebol mais famosos de todos os tempos. Mas, como dono do Cruzeiro, a discrição é sua marca.

Suas entrevistas são raras. Falando pouco, muitas vezes é difícil decifrar seus planos de longo prazo para o time mineiro.

Ronaldo Nazário e o norte-americano John Textor Quality Sport Images/Getty Images | Vito

E a personalidade dos dois influi claramente na forma como eles administram seus clubes.

Textor repete a eloquência com que fala para contratar, quase sempre sem critério, jogadores para o Botafogo.

Em entrevista para influenciadores do clube, afirmou que o Botafogo já tem uma folha de pagamento entre R$ 11 e 12 milhões mensais.

Segundo ele mesmo, o clube já é o sexto que mais gasta com jogadores no país. Isso para ocupar apenas a 14ª colocação do Brasileiro.

Na mesma entrevista, se orgulhou de dizer que já havia “feito o Pix” para contratar o atacante Jeffinho.

Ronaldo preferiu fazer o contrário com o Cruzeiro na Série B.

Mesmo com o gigante mineiro correndo o risco de pelo terceiro ano seguido fracassar na tentativa de voltar à Série A, ele diminuiu a folha de pagamento, dispensou figurões como o goleiro Fábio e fez contratações modestas.

Deu certo. O Cruzeiro lidera com folga a Série B e está virtualmente de volta para a elite.

Os planos continuam modestos, mas o trabalho interno faz com que o Cruzeiro tenha montado uma comissão técnica de sucesso e voltasse a pagar os salários em dia.

Textor é um americano que imediatamente adquiriu alguns dos muitos maus hábitos dos cartolas brasileiros no Botafogo, como gastar sem pensar. Ronaldo é um brasileiro que se importa com qualquer trocado no Cruzeiro.

Paulo Cobos25 Aug, 2022

Até o torcedor mais fanático do São Paulo deve achar que uma vaga na final da Copa do Brasil, depois da derrota por 3 a 1 para o Flamengo no primeiro jogo da semifinal, seria um milagre.

Mas, no que deve ser orgulho para a diretoria do clube, o time tem agora um título: é o campeão do ingresso mais caro para um jogo de futebol no Brasil em 2022.

Com ingressos até por mais do que o dobro da final do Paulista em alguns setores, o São Paulo bateu dois recordes no jogo contra o Flamengo.

Conseguiu a maior renda de um jogo de futebol no país na temporada, com arrecadação bruta de R$ 6,239 milhões.

Reinaldo em ação contra o Flamengo Reinaldo durante a partida entre São Pau

Teve também o maior valor de "tíquete médio do ano". Cada um dos 51.365 torcedores que foram ao Morumbi pagaram, em média, R$ 121 por uma entrada.

O recorde do Corinthians para um jogo na temporada é de R$ 119. No Palmeiras, R$ 109. Para o Flamengo, R$ 87. No caso do Atlético-MG, R$ 74.

Sedento por dinheiro para pagar dívidas que afundaram o clube, a diretoria do São Paulo deve estar comemorando esses números.

Mas o fato é que para o jogo mais importante do clube em anos o Morumbi não lotou. O clube diz que a capacidade de "público por ingressos comercializáveis" é de  66.435 pessoas.

Não sei dizer se o resultado contra o Flamengo seria outro se o Morumbi tivesse pelo menos dez mil são-paulinos a mais.

Mas, para um clube em que uma das raras boas notícias nos últimos anos é a fidelidade da sua torcida, foi triste ver um jogo tão decisivo com tantos lugares vazios como nesta quarta-feira.

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