A eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido ocorre pela incompatibilidade sanguínea do Fator Rh materno e do bebê.
A eritroblastose manifesta-se durante a gravidez de mulheres Rh- gerando filhos Rh+. Ela pode causar a morte do bebê durante a gestação ou depois do nascimento.
Como ocorre a eritroblastose?
Um casal cuja mãe possui Rh- (rr) e o pai Rh+ (R_) terão probabilidade de gerar uma criança com Rh+ (R_).
Durante a primeira gestação o bebê não será afetado. Porém, o contato do sangue da mãe e do bebê no momento do parto faz com que o organismo materno receba as hemácias do filho e comece a produzir anticorpo anti-Rh.
Assim, em uma segunda gestação, se o bebê for Rh+, o organismo materno possui anticorpo anti-Rh. É na segunda gestação que o bebê pode apresentar eritroblastose.
Durante a gestação e no momento do parto, os anticorpos anti-Rh presentes no sangue da mãe, atravessam a placenta e promovem a aglutinação das hemácias do feto.
Isso ocorre porque o Rh+ do bebê é visto com um "agente estranho" no organismo materno.
O bebê que nasce com eritroblastose apresenta anemia e icterícia. Ainda pode apresentar retardo mental, surdez e paralisia cerebral.
O tratamento da criança consiste em fazer a troca do seu sangue por sangue Rh-.
Como evitar a eritroblastose?
Para evitar a eritroblastose, a mulher deve tomar um soro contendo anti-Rh para destruir as hemácias do filho que entraram em seu organismo. Isso impede que a mãe fique sensibilizada.
Nesse caso, a mulher poderá engravidar novamente sem riscos para o feto, mesmo ele sendo Rh+.
Saiba mais, leia também:
Sistema ABO e Fator Rh
Tipos Sanguíneos
Licenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.
Para resolver estes exercícios sobre o fator Rh, relembre a sua importância no que diz respeito à transfusão de sangue e na eritroblastose fetal.
Publicado por: Vanessa Sardinha dos Santos em Exercícios de Biologia
Questão 1
(UNESP) Uma mulher com útero infantil, Rh+ homozigota, casa-se com um homem Rh-. Impedida de ter filhos, o casal decide ter um “bebê de proveta” e contrata uma “mãe de aluguel” para receber em seu útero o zigoto formado por aquele casal. O que o casal não sabia é que a “mãe de aluguel” tivera três filhos, e que o último apresentara a doença hemolítica do recém-nascido. A probabilidade de o “bebê de proveta” nascer com a doença hemolítica do recém-nascido é:
a) mínima, visto que seu pai é Rh-.
b) mínima, visto que sua mãe genética é Rh+.
c) alta, já que o “bebê de proveta”, com absoluta certeza, será Rh+.
d) nula, visto que a doença hemolítica do recém-nascido só ocorre quando a mãe é Rh- e o pai Rh+.
e) alta, pois a “mãe de aluguel” é Rh+.
ver resposta
Questão 2
Uma mulher pretende ter um filho e teme que seu filho tenha a doença hemolítica do recém-nascido. Essa mulher fez os exames necessários para descobrir qual seu tipo sanguíneo e descobriu que era O+. Qual a probabilidade do filho dessa mulher ter a doença?
a) A probabilidade dependerá do fator Rh do pai da criança.
b) 50% de chance de ter a doença, pois a mulher é Rh positiva.
c) Nenhuma, pois o sangue dessa mulher é O, o que impossibilita a doença.
d) Nenhuma, pois a eritroblastose fetal só ocorre em mulheres com Rh-.
c) 100% de chance de ter a doença, pois a mulher é Rh positiva.
ver resposta
Questão 3
Durante uma aula de genética, um aluno perguntou se seria possível uma pessoa com Rh negativo ser filha de pais com Rh positivo. A professora disse que seria possível sim, desde que os pais possuíssem o genótipo:
a) Rr e Rr.
b) RR e rr.
c) Rr e rr.
d) RR e Rr.
ver resposta
Questão 4
Sabemos que para uma pessoa ser Rh positiva, basta que ela apresente um alelo dominante. Sendo assim, indivíduos Rr e RR apresentam o fator Rh em suas hemácias. Partindo desse princípio, podemos afirmar que o sistema Rh é condicionado por alelos com:
a) codominância.
b) dominância completa.
c) dominância incompleta.
d) pleiotropia.
ver resposta
Questão 5
(FEI-SP) Para que ocorra a possibilidade de eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém-nascido), é preciso que o pai, a mãe e o filho tenham, respectivamente, os tipos sanguíneos:
a) Rh+, Rh-, Rh+.
b) Rh+, Rh-, Rh-.
c) Rh+, Rh+, Rh+.
d) Rh+, Rh+, Rh-.
e) Rh-, Rh+, Rh+.
ver resposta
Respostas
Resposta Questão 1
Alternativa “c”. A probabilidade é alta, pois a mãe de aluguel é negativa, uma vez que seu último filho apresentou a doença hemolítica do recém-nascido e a criança terá com certeza Rh+.
voltar a questão
Resposta Questão 2
Alternativa “d”. Não existe nenhuma probabilidade de o filho apresentar a doença hemolítica do recém-nascido, pois ela só ocorre em mães Rh negativo que estão esperando um bebê Rh positivo.
voltar a questão
Resposta Questão 3
Alternativa “a”. Um filho Rh negativo só pode ser filho de pais positivos se estes forem heterozigotos. Nesse caso, a probabilidade de o casal heterozigoto ter um filho rr é de 25%.
voltar a questão
Resposta Questão 4
Alternativa “b”. Esse é um caso de dominância completa, pois o indivíduo heterozigoto apresenta o fenótipo condicionado pelo alelo dominante.
voltar a questão
Resposta Questão 5
Alternativa “a”. O pai precisa ter Rh+, a mãe, Rh-; e o filho, Rh+, pois a doença só ocorre em mulheres Rh negativas que estão grávidas de um bebê Rh positivo.
voltar a questão
Leia o artigo relacionado a este exercício e esclareça suas dúvidas
Assista às nossas videoaulas