Qual foi o método usado para ensinar a Helen entender as coisas ao seu redor?

Ludy 23/10/2014

A Hist�ria da Minha Vida - Hellen Keller
Em 1904 Helen Keller graduou-se bacharel em filosofia pelo Radcliffe College, institui��o que a presenteou com o pr�mio Destaque a Aluno. Tornou-se uma importante escritora, fil�sofa e conferencista, trabalhando tamb�m como jornalista, escrevendo artigos para um jornal feminino chamado The Ladies Home Journa. Em tempos de Guerra Industrial, suas ideias come�aram a trilhar um caminho para o socialismo indo contra o que o seu p�blico idealizava, come�ando assim a sua guerra contra as injusti�as. Seus
livros serviam de autoajuda e foram traduzidos para v�rias outras l�nguas. Algumas de suas obras s�o: Otimismo - um ensaio, A Can��o do Muro de Pedra, O Mundo em que Vivo, Lutando Contra as Trevas (Minha professora Anne Sullivan e Macy), Minha Religi�o e outros.

A primeira parte do livro A Hist�ria da Minha Vida, � uma nota do editor James Berger, um admirador e conhecedor da vida de Helen Keller. Ele destaca algumas linguagens usadas por Helen como simbolismo de sua comunica��o, registrando cada movimento, como um aperto de m�o � "n�o", um acenar afetivo da cabe�a "sim", um pux�o � "vem" e um empurr�o "vai". Helen era ativa, forte, curiosa e entendia boa parte do que acontecia ao seu redor pelo modo em que sentia as pessoas, por exemplo, a forma que elas vestiam, ela sabia se ia sair ou n�o, percebia que era diferente umas das outras.

Guardava muitas recorda��es dos seus primeiros anos de vida em sua mem�ria e em uma de suas lembran�as, a autora destaca o dia em que quase ficou gravemente queimada quando resolveu secar o avental em cima das cinzas quente e foi salva pela bab�, que ao avist�-la a cobriu com um cobertor, mas percebe-se que em muitas das recorda��es da autora se embaralham com as de outras pessoas.

Quando seu desejo de se expressar crescia, Helen n�o conseguia se conter e por muitas vezes nesses momentos ela se jogava nos bra�os da m�e que entendia a necessidade da comunica��o e a consolava. Seus pais a levaram a um oftalmologista de Baltimore que era reconhecido, mas nada pode fazer, apenas recomendou que ela pudesse ser educada. Seus pais escreveram uma carta para o Sr. Anagnos diretor da Institui��o Perkins em Boston e lhe perguntaram se havia um professor que pudesse ensinar sua filha, logo recebera a not�cia que havia uma professora, Sr.Sullivan, que s� p�de ajud�-la um ano depois. Sra. Sullivan come�ou a ensinar as primeiras palavras soletrando-as na m�o de Helen, que ficava im�vel com toda a aten��o fixada nos movimentos dos dedos de sua professora. Quanto mais aprendia as coisas mais autoconfian�a e proximidade com o mundo tinha. Sra. Sullivan a conduzia pelos campos, e lhe ensinava sobre a natureza.

No in�cio Helen n�o fazia perguntas apenas ouvia e tentava aprender, mas depois o seu campo de interroga��o ampliou-se e come�ou a interrogar palavras que n�o podia tocar, como "O amor". O importante passo foi Helen aprender a ler, ela tinha uma moldura em que poderia arrumar as palavras em pequenas frases, mas antes de colocar as frases na moldura ela transformava em objetos e em seguida em frases.

O segundo acontecimento mais importante em sua vida foi visitar Boston, onde fez amizades com crian�as cegas da Institui��o Perkins e ficava extasiada ao descobrir que elas conheciam o alfabeto manual. Alegre em conversar com crian�as em sua pr�pria linguagem fez v�rios amigos.

Ap�s sua visita a Boston finalmente Helen aprendeu a falar. Ela descobriu que tinha parado de falar porque deixou de ouvir. Ela sabia que as pessoas em sua volta usavam um m�todo de comunica��o diferente do dela e mesmo antes dela ensinar uma crian�a surda a falar ela tinha a no��o de insatisfa��o que os meios de comunica��o possu�am. A sra. Sarah Fuller se ofereceu para ensin�-la a falar com um m�todo diferente. Ela passava a m�o de Helen no seu rosto e a deixava sentir a posi��o de sua l�ngua e l�bios quando ela emitia um som. Helen em pouco tempo aprendeu a falar e pronunciou sua primeira frase conectada "esta morno", em apenas 11 aulas com sua curiosidade e dedica��o aprendeu os elementos da fala, seu trabalho daquele dia em diante era praticar e repetir palavras por horas at� sentir a vibra��o certa da sua pr�pria voz , pois ela estava decidida a melhorar a fala.

Houve um momento que Helen perdeu o encantamento pelos livros e come�ou a escrever hist�rias sobre seus passeios, suas experi�ncias. Naquela �poca ela escrevia tudo o que lia sem se preocupar com a autoria por essa inoc�ncia, uma de suas hist�rias foi publicada no col�gio e por ser muito parecida com a de outra pessoa, foi acusada de pl�gio, este epis�dio foi sua segunda maior tristeza.

Sra. Sullivan sempre a incentivava a escrever novamente. Foi quando aos 12 anos
Helen escreveu um breve relato de sua vida para o Yout's Companion. Ela dedicava um
tempo consider�vel nos estudos e viajava com sra. Sullivan para assistir v�rias reuni�es
importantes dedicadas � linguagem e aprendizagem de cegos, surdos e mudos para a melhora da fala.

Helen estudou no Cambridge Scholl, teve aula de v�rias mat�rias em braile, inclusive �lgebra onde ela tinha uma maior dificuldade em entender os par�nteses, colchetes e radical. Ela achava braile um pouco confuso, mas conseguiu alcan�ar seus objetivos, entrar na faculdade, onde teve aula de alem�o, hist�ria, literatura inglesa, franc�s e composi��o em ingl�s, atrav�s de uma m�quina de escrever chamada Hammond, mas foi atrav�s dos livros que ela obteve desenvolvimento na faculdade, ajudando a enriquecer seu vocabul�rio al�m de ser tamb�m o seu laser.
E assim, podemos perceber na forma da escrita o progresso de Keller quanto � forma��o das frases, a pontua��o e a est�tica. No in�cio ela escrevia frases sem liga��o de uma palavra com a outra pelas normas da linguagem escrita, mas em pouco tempo, passa a escrever seus textos com o uso de verbos, o uso de palavras mais sofisticadas,descreve as situa��es do cotidiano com riqueza de detalhes, dando formas, cores, tamanhos e sua opini�o sobre as coisas. Suas cartas foram publicadas da mesma forma em que Keller escrevera, mantendo tudo, por isso � que podemos perceber que Helen se destacou brilhantemente em sua �poca.

Qual o método foi utilizado por Anne Sullivan no filme O Milagre de Anne Sullivan?

Anne resolve criar um método de comunicação entre elas: o tato seria o alfabeto. O tato serviria como o meio de comunicação, fazendo com que Anne e Helen desenvolvam uma sequência de palavras associadas aos gestos das mãos.

Como Anne Sullivan ensinou Helen Keller?

Anne Sullivan, Annie Sullivan, ou Johanna Mansfield Sullivan Macy, nasceu em Feeding Hills, Massachusetts, no dia 14 de abril de 1866 e morreu em 20 de outubro de 1936. Ficou conhecida por ter sido a professora de Helen Keller, uma mulher surda-cega a quem ensinou por meio da Língua de sinais através do tato.

Quem foi Helen Keller e qual sua ligação com a área de educação de pessoas com deficiência auditiva e visual?

Helen Keller (1880-1968) foi uma escritora e ativista social norte-americana. Cega e surda formou-se em filosofia e lutou em defesa dos direitos sociais, em defesa das mulheres e das pessoas com deficiência. Foi a primeira pessoa cega e surda a entrar para uma instituição de ensino superior.

Qual a importância da linguagem no filme Helen Keller e O Milagre de Anne Sullivan?

Através de uma linguagem bastante acessível, o filme procura retratar dentro de uma determinada época a descoberta do processo de comunicação para pessoas com deficiências graves, nesse caso, pessoas cegas/surdas/mudas, através de uma interessante linguagem de toque utilizando os dedos e as mãos.