A líder do partido pós-fascista, Irmãos da Itália, Giorgia Meloni, foi oficialmente nomeada primeira-ministra nesta sexta-feira (21/10) e se torna, assim, a primeira mulher a ocupar o cargo no país. A nova premiê anunciou logo em seguida seu gabinete e tomará posse neste sábado (22/10), no palácio do Quirinal, diante do presidente da República, Sergio Matarella. Show
A nova premiê italiana tem o apoio do líder populista Matteo Salvini, da Liga, e de Silvio Berlusconi, da Força Itália, o que garante a maioria absoluta na Câmara dos Deputados e no Senado. Esta é a primeira vez, desde Mussolini, há 100 anos, que um partido de tendência fascista assume o poder. O gabinete da primeira-ministra é formado por 24 ministros, entre eles, seis mulheres. O ex-presidente do Parlamento europeu, Antonio Tajani, membro da Força Itália, foi nomeado chanceler e vice-primeiro-ministro, cargo que dividirá com Salvini, que assume a pasta da Infraestrutura e Transporte. Giancarlo Giorgetti, representante da ala moderada da Liga e que já foi ministro de Mario Draghi, será o novo ministro da Economia. O prefeito de Roma, Matteo Piantedosi, ficará com a pasta do Interior. A terceira economia da zona do euro enfrenta, como seus vizinhos, uma situação econômica difícil, provocada pela crise energética e a inflação, e nova primeira-ministra deverá gerenciar, além dessas dificuldades, dissidências dentro do partido. Salvini e Berlusconi têm dificuldades em aceitar a autoridade de Giorgia Meloni, cujo partido obteve 26% dos votos nas eleições legislativas de 25 de setembro, contra 8% para o Força Itália e 9% para a Liga. Bem vindo às páginas de conteúdoVocê está acessando uma das centenas de páginas disponíveis no Portal Clickideia. Através desse tour, você conhecerá as diversas ferramentas que estão disponíveis para que você possa organizar melhor seus estudos, testar seus conhecimentos e explorar inúmeros conteúdos exclusivos do Portal! Continue clicando em "Próxima dica". Marque para ler mais tardeAo clicar em "Ler mais tarde", você estará salvando a página no seu perfil para poder consultá-la uma outra hora. 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Seria o seu sucessor, D. Manuel I que iria designar Vasco da Gama para esta expedição, embora mantendo o plano original. Porém, este empreendimento não era bem visto pelas altas classes. Nas Cortes de Montemor-o-Novo de 1495 era bem patente a opinião contrária quanto à viagem que D. João II tão esforçadamente havia preparado. Contentavam-se com o comércio da Guiné e do Norte de África e temia-se pela manutenção dos eventuais territórios além-mar, pelo custo implicado na expedição e manutenção das rotas marítimas que daí adviessem. Esta posição é personificada na personagem do Velho do Restelo que aparece, n'Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, a opor-se ao embarque da armada. O rei D. Manuel não era dessa opinião. Mantendo o plano de D. João II, mandou aparelhar as naus e escolheu Vasco da Gama, cavaleiro da sua casa, para capitão desta armada. Curiosamente, segundo o plano original, D. João II teria designado seu pai, Estêvão da Gama, para chefiar a armada; mas a esta altura tinham ambos já falecido. A 8 de Julho de 1497, iniciava-se a expedição semi-planetária que terminaria dois anos depois com a entrada da nau Bérrio rio Tejo adentro, trazendo a boa-nova que elevaria Portugal a uma posição de prestígio marítimo. Contexto[editar | editar código-fonte]As especiarias eram, desde sempre, consideradas o ouro das Índias. A canela, o gengibre, o cravo, a pimenta e açafrão eram produtos difíceis de obter, pelos quais se esperavam caravanas e mercadores experientes vindos do Oriente. Um mercador de Lisboa descreve a rota terrestre da especiaria da seguinte forma:
Dos mercados de Veneza e Génova só então eram espalhadas para toda a Europa estas especiarias, acrescidas imensamente no seu custo, e sem chegada garantida. Em 1453, com a tomada da cidade de Constantinopla pelos Otomanos, as trocas comerciais de Veneza e de Génova ficaram muito reduzidas. O proveito dos portugueses em estabelecer uma rota marítima, portanto praticamente isenta de assalto — não obstante, coberta de perigos no mar —, mostrava-se recompensador e esboçava no futuro um grande rendimento à Coroa. Portugal iria ligar diretamente as regiões produtoras das especiarias aos seus mercados na Europa. Cerca do ano de 1481, João Afonso de Aveiro, ao fazer exploração do reino de Benim, colhera informações acerca de um quase lendário príncipe Ogané, cujo reino situava-se muito para o Oriente do de Benim. Seria cristão e gozava de grande veneração e poder. Dizia-se em Benim que o reino de Ogané distava vinte luas de andadura, o que, segundo o relato de João de Barros, corresponderia a duzentas e cinquenta léguas. Animado com tais notícias, D. João II enviou, em 1487, Frei António de Lisboa e Pedro de Montarroio para colherem no Oriente novas informações que permitissem localizar o Preste João, ao qual parecia corresponder, afinal, a descrição que lhe chegava desse príncipe Ogané. Mas a missão desses enviados não passou de Jerusalém, porque esses dois portugueses desconheciam a língua árabe e por isso temeram continuar, e regressaram a Portugal. Com muito cuidado e segredo preparou dois novos homens da sua confiança, Afonso de Paiva, de Castelo Branco, e Pêro da Covilhã. Iniciando caminho por Valência, Barcelona, Nápoles, Rodes, Alexandria, Cairo, Adem. Aqui se deveriam separar para destinos diferentes: Afonso de Paiva para a Etiópia e Pêro da Covilhã para a Índia. Nenhum dos homens voltou, mas as informações que D. João necessitava retornaram ao reino e serviriam de base de sustentação à eventual épica aventura marítima que se avizinhava. O plano de viagem teria então que prever a segurança da rota. Para isso seria necessário instalar feitorias ao longo do caminho, e criar fortalezas. A missão caberia ao capitão da armada que ia munido de muitos presentes e equipamento para desbravar os mares e atestado de diplomacia e perseverança para criar elos com os monarcas desconhecidos que eventualmente encontrasse pelo caminho. Mas já não seria no reinado de D. João que este empreendimento, com forte oposição da corte, seria iniciado, mas sim no de seu sucessor, D. Manuel I que não partilhava da opinião geral e via nas rotas marítimas uma boa — senão a melhor — forma de dominar o comércio com o Oriente. A armada[editar | editar código-fonte]
Entre os mareantes, incluíam-se dois intérpretes, Fernão Martins e Martim Afonso de Sousa, e dois frades, João Figueira e Pêro da Covilhã. Ao todo, as tripulações perfaziam 170 homens. Os marinheiros dispunham de cartas de marear onde estava marcada toda a costa africana conhecida até então, de quadrantes, astrolábios de vários tamanhos, de regimentos e de tábuas com cálculos — como as tábuas astronómicas de Abraão Zacuto —, de agulhas e prumos. Um dos navios transportava exclusivamente mantimentos para três anos: biscoitos, feijão, carnes secas, vinho, farinha, azeite, salmouras e outras coisas de botica. Estava previsto o reabastecimento contínuo ao longo da costa de África. A viagem à Índia foi realizada por três naus e um navio de mantimentos. Nessas três naus ia um capitão, um piloto. No navio de mantimentos ia só um capitão. Nas duas naus ia também um escrivão. Na primeira nau ia um mestre. A viagem[editar | editar código-fonte]Caminho percorrido pela expedição (a preto). Nesta figura também se pode ver, para comparação, o caminho percorrido por Pêro da Covilhã (a laranja) separado de Afonso de Paiva (a azul) depois da longa viagem juntos (a verde). Iniciava-se, assim, a expedição a 8 de Julho de 1497. A linha de navegação de Lisboa a Cabo Verde foi a habitual e no oceano Índico é descrita por Álvaro Velho: «rota costeira até Melinde e travessia directa deste porto até Calecute». Durante esta expedição foram determinadas latitudes através da observação solar, como refere João de Barros. Relatam os Diários de Bordo das naus muitas experiências inéditas. Encontrou esta ansiosa tripulação rica fauna e flora. Fizeram contacto perto da baía de Santa Helena com tribos que comiam lobos-marinhos, baleias, carne de gazelas e raízes de ervas; andavam cobertos com peles e as suas armas eram simples lanças de madeira de zambujo e chifres de animais; viram tribos que tocavam flautas rústicas de forma coordenada, o que era surpreendente perante a visão dos negros pelos europeus. Ao mesmo tempo que o escorbuto (carência de vitamina C) se instalava na tripulação, cruzavam-se em Moçambique com palmeiras que davam cocos. Apesar das adversidades de uma viagem desta escala, a tripulação mantinha a curiosidade e o ânimo em conseguir a proeza e conviver com os povos. Para isso reuniam forças até para assaltar navios em busca de pilotos. Com os prisioneiros, podia o capitão-mor fazer trocas, ou colocá-los a trabalhar na faina; ao rei de Mombaça pediu pilotos cristãos que ele tinha detido e assim trocou prisioneiros. Seria com a ajuda destes pilotos que chegariam a Calecute, terra tão desejada, onde o fascínio se perdia agora pela moda, costumes e riqueza dos nativos. Sabe-se, por Damião de Góis, que durante a viagem foram colocados cinco padrões: São Rafael, no rio dos Bons Sinais; São Jorge, em Moçambique, Santo Espírito, em Melinde; Santa Maria, nos Ilhéus, e São Gabriel, em Calecute. Estes monumentos destinavam-se a afirmar a soberania portuguesa nos locais para que outros exploradores não tomassem as terras como por si descobertas. Chegada a Calecute[editar | editar código-fonte]Em 17 de Maio de 1498, a frota alcançou Kappakadavu, próxima a Calecute, no actual estado indiano de Kerala,[1] ficando estabelecida a rota no oceano Índico e aberto o caminho marítimo dos Europeus para a Índia. As negociações com o governador local, Samutiri Manavikraman Rajá, Samorim de Calecute, foram difíceis. Os esforços de Vasco da Gama para obter condições comerciais favoráveis foram dificultados pela diferença de culturas e pelo baixo valor das suas ofertas -no ocidente era hábito os reis presentearem os enviados estrangeiros, no oriente esperavam ser impressionados com ricas ofertas. As mercadorias apresentadas pelos portugueses mostraram-se insuficientes para impressionar o samorim e os representantes do samorim escarneceram das suas ofertas, simultaneamente os mercadores árabes aí estabelecidos resistiam à possibilidade de concorrência indesejada. A perseverança de Vasco da Gama fez com que se iniciassem, mesmo assim, as negociações entre ele e o samorim, que se mostrou agradado com as cartas de D. Manuel I. Por fim, Vasco da Gama conseguiu obter uma carta ambígua de concessão de direitos para comerciar, comprovatória do encontro que dizia: Os portugueses acabariam por vender as suas mercadorias por baixo preço para poderem adquirir pequenas quantidades de especiarias e jóias para levar para o reino. Contudo a frota acabou por partir sem aviso após o Samorim e o seu chefe da Marinha Kunjali Marakkar insistirem para que deixasse todos os seus bens como garantia. Vasco da Gama manteve os seus bens, mas deixou alguns portugueses com ordens para iniciar uma feitoria. Regresso a Portugal[editar | editar código-fonte]A 12 de Julho de 1499, depois de mais de dois anos do início desta expedição, entra a caravela Bérrio no rio Tejo, comandada por Nicolau Coelho, com a notícia que iria emocionar Lisboa: os portugueses chegaram à Índia pelo mar. Vasco da Gama tinha ficado para trás, na ilha Terceira, preferindo acompanhar o seu irmão, gravemente doente, renunciando assim aos festejos e felicitações pela notícia. Das naus envolvidas, apenas a São Rafael não regressou, pois teria sido queimada por incapacidade de a manobrar, consequência do reduzido número a que se via a tripulação no regresso, fruto das doenças responsáveis pela morte de cerca de metade da tripulação, como o escorbuto (carência de vitamina C), que se fez sentir mais afincadamente durante a travessia do oceano Índico. Apenas 55 dos 148 homens que integravam a armada sobreviveram à viagem. Vasco da Gama retornava ao país em 29 de Agosto e seria recebido pelo próprio rei D. Manuel I com contentamento que lhe atribuía o título de Dom e grandes recompensas. Fez Nicolau Coelho fidalgo da sua casa, assim como a todos os outros, conforme os serviços que haviam prestado. D. Manuel I apressa-se a dar a notícia aos reis de Espanha, numa exibição orgulhosa do feito e para avisar, simultaneamente, que as rotas seriam doravante exploradas pela Coroa Portuguesa. Há notícia de um mercador italiano que espalhou por Florença a boa-nova: O mercador referia-se a Melinde. Com a abertura da rota marítima para as Índias Orientais, os venezianos, que controlavam o comércio do Mediterrâneo, passariam a comprar pimenta dos portugueses, pela metade do preço que pagavam aos árabes no Egito. A quebra do monopólio veneziano do comércio de especiarias na Europa e a consequente baixa nos preços das especiarias contribuiu para o desenvolvimento comercial do continente. [2] Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Qual foi a alternativa que a Espanha encontrou para chegar nas Índias?Para conseguir alcançar os mercados onde eram comercializadas as lucrativas especiarias orientais, na Índia, os espanhóis precisavam encontrar uma rota alternativa à dos portugueses. Para isso, os Reis Católicos contrataram o navegante genovês Cristóvão Colombo.
Como a Espanha chegou as Índias?Finalmente, em 3 de agosto de 1492, a bordo da caravela Santa Maria, Cristóvão Colombo partiu do porto de Palos rumo ao oeste, seguido pela Pinta e pela Nina. Setenta dias depois, a esquadra chegou à ilha de Guanahani, nas Antilhas, rebatizada como San Salvador pelo próprio "Almirante das Índias".
Quem foi que descobriu o caminho para as Índias?O navegador e explorador português Vasco de Gama tornou-se o primeiro europeu a atingir a Índia atravessando os oceanos Atlântico e Índico, quando chegou a Calicute, em 20 de maio de 1498, abrindo assim o caminho para as Índias.
Quais foram os principais fatores que levaram os espanhóis a iniciar a sua parte nas grandes navegações?Grandes navegações espanholas
Isso aconteceu porque, ao longo do século XV, os espanhóis tentavam consolidar-se territorialmente. Somente com a conquista de Granada (região no sul do território espanhol) pela Espanha, em 1492, que os espanhóis deram abertura para o investimento em navegações marítimas.
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