A coleta de frutos e raízes constitui uma das mais primitivas maneiras de extração dos meios de subsistência do homem. No entanto, essa atividade, chamada de extrativismo vegetal, ainda é praticada. Corresponde à coleta de produtos retirados da natureza.
Na região Norte, essa atividade foi por tempo a única fonte de renda. Hoje, outras atividades são praticadas, como a mineração, a agricultura e a pecuária. Mas ainda assim a extração vegetal é realizada, podemos destacar os principais tipos de extração:
• Extração de madeira: que são utilizadas especialmente na fabricação de móveis, produção de carvão e na construção civil. As madeiras mais exploradas são cedro, mogno e cerejeira.
• Cupuaçu: fruta usada na fabricação de sucos, cremes, geléias, doces, sorvetes, entre muitas outras aplicações.
• Açaí: fruta apreciada em diversas partes do Brasil, usada na fabricação de sucos, cremes, concentrados, polpas, entre outros.
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• Quina, jaborandi e copaíba: são vegetais com propriedades medicinais usados na fabricação de remédios e produtos de beleza.
• Látex: substância extraída de uma árvore denominada de seringueira, é usada na fabricação da borracha.
• Castanha-do-pará: é uma castanha oriunda da castanheira. Seu fruto serve para a fabricação de alimentos, cosméticos, óleos e remédios.
• A piaçava e a malva: são usadas na fabricação de fibras.
• A sorva e a balata: plantas usadas na fabricação de gomas não-elásticas.
A extração é uma atividade econômica que deve ser incentivada na região Norte, pois consegue aliar renda e conservação ambiental. A implantação de programas de orientação familiar na extração e a formação de cooperativas são de grande valia para melhorar a vida dos ribeirinhos, além dos mesmos contribuírem na preservação, tendo em vista que a floresta é que fornece o seu sustento.
Por Eduardo de
Freitas
Graduado em Geografia
Extrativismo é um conceito que dificilmente é relacionado com a sustentabilidade, sua definição é um conjunto de atividades econômicas baseada na extração de recursos naturais providos pela natureza. Suas formas mais comuns são o extrativismo vegetal e mineral e animal. Atualmente, o Brasil se destaca no cenário econômico mundial pela intensa a extração de minérios e produtos de ordem vegetal.
Para se ter uma ideia, o Brasil, em 2011, extraiu 410 milhões de toneladas de seus principais minérios, como ferro, bauxita, cobre, estanho. Este valor equivale ao triplo do valor combinado de todas as outras nações sul-americanas. Entre os maiores campos de extração de minério do país, podemos citar o Carajás e Rio Trombetas, no Pará e a Serra do Navio, no Amapá.
O impacto que a extração de minério traz ao ambiente é enorme, apesar das regulamentações. Este tipo de atividade modifica sensivelmente as áreas exploradas, pois dependem da abertura de grandes crateras, alterando o relevo e retirando sua cobertura vegetal. O resultado são grandes áreas sujeitas a erosões.
A poluição hídrica e do solo é outro fator negativo. A mineração faz uso de vários produtos químicos que contaminam o solo quando entram em contato com a terra, assim a chuva leva estas substâncias para os rios, além do risco de contaminação de lençóis freáticos.
A extração de produtos vegetais tem lados bem distintos, localizados na região Amazônica. Quando se trata da exploração de madeira o cenário é bem nebuloso. Como um dos maiores exportadores mundiais de celulose, o Brasil tem se organizado para criar áreas de uso consciente dos recursos naturais e próprios para o cultivo de árvores. O problema fica por conta do desmatamento que madeireiras ilegais promovem na floresta amazônica.
Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)
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O Extrativismo Vegetal no Brasil sempre foi uma constante, possuindo características que estão ligadas às respectivas regiões.
Foto: Dmitry Kalinovsky / Shutterstock.com
Desde o descobrimento do Brasil, nosso país esteve atrelado a atividades que envolviam o extrativismo. Este tipo de atividade consiste em obter da natureza os produtos que serão usados para comercialização direta ou indireta pelo homem. Ocorrem então dois tipos possíveis de extrativismo, o mineral e o vegetal.
A biodiversidade brasileira é uma das maiores do mundo, sua riqueza é incalculável. Mas as constantes atividades de extrativismo colocam em risco todo esse aparato natural disponível em território brasileiro, já que muitas vezes ocorre de forma ilegal ou então irregular. A exploração predatória coloca em risco de extinção várias espécies vegetais e animais. Hoje, pensa-se muito sobre o extrativismo sustentável, que consiste em explorar a natureza de maneira correta, impedindo que os recursos se esgotem e comprometam a humanidade do tempo presente e de gerações futuras.
O Extrativismo Vegetal no Brasil é bem menos importante do que as atividades de pecuária, por exemplo. Seja em valores de produção ou de mão-de-obra empregada. Porém a pecuária irresponsável acaba desmatando territórios com importantes recursos vegetais para fins de sua própria expansão. Em alguns lugares do Brasil, o Extrativismo Vegetal ainda possuem destaque, sendo que a madeira é o produto mais explorado. Além da madeira, há outros vários produtos integrantes do Extrativismo Vegetal no Brasil.
O Brasil é um país coberto por grandes porções de floresta que foram preservadas na colonização e no progresso de sua população. Por ser um país com vasta extensão territorial, há espaço suficiente para as reservas naturais. A Madeira é um dos produtos mais visados no Extrativismo Vegetal no Brasil. Normalmente, é extraída da Mata de Araucária ou Floresta Subtropical, com destino à produção de papel e celulose; da Mata Atlântica, que continua sendo explorada ilegalmente mesmo existindo proteção de lei; e da Floresta Amazônica, que gera muita madeira-de-lei. A extração de madeira está intimamente ligada com o problema do desmatamento no Brasil.
No leste do Pará, ocorre especialmente a extração da Castanha-do-pará que é um produto muito valorizado no Brasil e também na exportação.
Palmeiras típicas da região amazônica fornecem Açaíe Palmito que abastecem o mercado interno e servem ainda para exportação, já que dessas árvores se aproveita praticamente tudo.
O látex já teve importância bem maior em seu extrativismo para o Brasil. O produto obtido através da Seringueiraainda é utilizado na produção nacional de borracha, mas perdeu muito espaço com o avanço da tecnologia.
As madeiras menos nobres das florestas brasileiras são fontes para Lenha e produção de Carvão Vegetal, que possuem fins energéticos ou medicinais.
No Maranhão e em Tocantins, a extração do Babaçu é importante em aplicações industriais e alimentícias.
No Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a extração de Carnaúbafeita em grandes palmeiras tem como destino várias aplicações industriais.
O Nordeste ainda conta com o extrativismo de Piaçava, utilizada em vassouras e cordas de navios; o Coco, que possui ampla utilização; a Castanha-de-caju, que gera um óleo com propriedades especiais; e o Buriti, que tem funções alimentícias e medicinais.
Leia também:
- Extrativismo mineral
- Extrativismo na Amazônia
Fontes:
//www.scribd.com/doc/3371699/Geografia-Aula-12-Extrativismo-mineral-e-vegetal-no-Brasil
//pt.shvoong.com/social-sciences/education/2017156-brasil-extrativismo-vegetal/
//fmostardeiro.vilabol.uol.com.br/extrativismo.htm
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/geografia/extrativismo-vegetal-no-brasil/