Capitalização simples e composta, semelhanças e diferenças.
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Título: Capitalização simples e composta, semelhanças e diferenças.Disciplina: Matemática Financeira
Introdução
O estudo das diferentes formas de capitalização tem em vista apontar a importância da fixação de juros, uma vez que estes juros possibilitam a transformação de valores ao longo do tempo e desta forma geram um crescimento dos recursos financeiros.
Partindo do pressuposto de que temos variadas opções de investimentos disponíveis, é necessário que se compreenda como funcionam as diferentes formas de capitalização de juros, para que se tire o melhor proveito dos recursos existentes.
Justificativa
Na busca por um ganho de capital, deve-se manter clara a idéia de que todo capital parado perde o que poderia estar recebendo em forma de juros, o que nada mais é do que uma oportunidade de ganhos sendo desperdiçada.
A implantação de controles financeiros que resultem em ganhos, ou na prevenção de perdas dentro das empresas, é o que justifica a importância do estudo das diferente formas de aplicação de capital através dos juros; pois somente a partir do conhecimento dos regimes financeiros é que se pode tomar a melhor escolha quanto ao tipo de capitalização a ser adotado por uma organização.
Desenvolvimento A partir do momento que o homem notou a existência de uma relação entre o dinheiro e o tempo, surgiu o conceito dos juros.
O acúmulo de capital e a desvalorização dos recursos através do tempo, deram início a idéia dos juros, pois o homem passou a relacionar esses fatores ao valor momentâneo e inconstante do dinheiro.
Para que se compreenda os diferentes tipos de juros, precisamos, primeiramente compreender os termos que os compõe: Valor Presente (VP) é o capital que se tem no momento da aplicação, antes da incisão dos juros; Valor Futuro (VF) representa o montante que se obtém após a aplicação dos juros num determinado período de tempo. O período de tempo decorrido será representado por “n”, e o valor obtido com a aplicação dos
Bastante falado desde que foi sugerido como parte da Reforma Previdenciária, o regime de capitalização existe há algum tempo.
Porém, esta não foi a primeira vez que se falou em regime de capitalização, quando o assunto é investimentos e aplicações a longo prazo no mercado financeiro.
O que é o regime de capitalização?
O regime de capitalização é um modelo de aplicação financeira que pega as contribuições e valores pagas pelos contribuintes e as redireciona para diferentes investimentos, funcionando como uma espécie de poupança.
Com isso, uma aposentadoria ou investimento que esteja nesse modelo variará de acordo com o valor que o titular conseguiu depositar e o quanto este montante rendeu ao longo do tempo.
Vale lembrar que, no Brasil, a Previdência Social sempre trabalhou com regime de partição.
Ou seja, os trabalhadores ativos atualmente pagam pela aposentadoria de quem não está mais no mercado, com suas contribuições previdenciárias.
O mesmo ocorreu com as pessoas que estão aposentadas hoje, cujas contribuições pagaram os benefícios de quem saiu do mercado antes deles. E assim sucessivamente.
Já a rentabilização do regime de capitalização trabalha de uma forma diferente.
As contribuições deixam de ser coletivas e passam a ser individuais. Com isso, cada pessoa se torna responsável pela própria aposentadoria.
Regime de capitalização e a previdência privada
Apesar de o assunto ser novidade no tocante à Previdência Social, o regime de capitalização já é utilizado nos programas de previdência privada.
Isso inclui modelos como fundos de pensão e aplicações como PGBL e VGBL.
Os regimes de capitalização funcionam de duas formas diferentes:
• Regime de capitalização de juros simples
• Regime de capitalização de juros compostos.
Regime de capitalização de juros simples
O regime de capitalização simples, também conhecido como regime de juros simples, tende a ter um rendimento menor.
Isso porque a taxa de juros incide apenas sobre o valor originalmente aplicado.
Ou seja, quem fez um depósito inicial de R$ 500 terá juros apenas sobre este valor, ainda que o montante aumente a cada rendimento.
Isso significa que não há o reinvestimento dos juros.
Regime de capitalização de juros compostos
Já o regime de capitalização composta, mais comumente utilizada pelo mercado financeiro, aplica juros sobre juros.
Com isso, os juros são calculados sobre a soma de capital inicial e rendimento já existente.
Então, quem depositou inicialmente R$ 500 e teve um rendimento de R$ 80 ao longo do período, terá juros calculados sobre R$ 580.
Vale lembrar que juros e taxa de juros são conceitos diferentes. A taxa de juros é a percentagem equivalente aos juros.
Já os juros são um valor monetário, ou seja, são calculados em moeda (seja real, dólar ou euro, por exemplo).
Regime de capitalização e investimentos
O regime de capitalização não está restrito às aposentadorias, funcionando também como um investimento.
Afinal, o conceito de capitalização é a aplicação de valores em investimentos. Com isso, é possível escolher títulos de capitalização ou demais papeis com diferentes valores e rendimentos.
A escolha deverá considerar o capital a ser aplicado e o objetivo do investidor em adquirir aquele título.
Toda capitalização tem incidência de juros. Esse rendimento costuma ser mensal e a taxa de juros varia de acordo com o papel.
Há a possibilidade de o rendimento dos juros, ou seja, a capitalização, ser diária. Logo, o que seria negativo em uma dívida se torna lucrativo em um investimento.
Porém, é importante não confundir capitalização com liquidez. Por mais que o rendimento seja diário, é possível que só seja possível sacar o dinheiro após o fechamento do período. Neste meio tempo, o montante aplicado, bem como o seu rendimento, fica inacessível.