As células vegetais apresentam algumas características peculiares, tais como a presença de plastídios, vacúolos e parede celular. Essa última estrutura é responsável principalmente por conferir proteção contra a entrada excessiva de água e patógenos, bem como por garantir forma e rigidez à célula. Além disso, apresenta relação com a absorção, transporte e secreção de substâncias.
A parede celular das células vegetais encontra-se externamente à membrana plasmática e é composta principalmente por celulose, hemicelulose e pectina. A celulose, que é formada exclusivamente por ligações de moléculas de glicose, é o principal componente das paredes celulares e é responsável por garantir sua arquitetura.
A parede celular pode ser classificada em parede primária e parede secundária. Vale destacar, no entanto, que nem todas as células apresentam parede secundária, sendo essa característica encontrada principalmente em células do xilema e esclerênquima que estão envolvidas, respectivamente, com o transporte de água e sustentação da planta.
A parede primária é encontrada em todas as células vegetais, sendo depositadas durante o processo de divisão celular, mais precisamente na telófase. É bastante fina, porém resistente o suficiente para evitar uma possível ruptura.
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As paredes primárias são formadas principalmente por celulose, hemicelulose e pectinas e apresentam cerca de 70% de água em sua composição. Além dessas substâncias, são encontradas glicoproteínas e algumas enzimas.
A parede celular primária de uma célula une-se à célula vizinha através de uma camada formada principalmente por substâncias pécticas conhecidas como lamela média. Essa camada é dificilmente visualizada em microscópios tradicionais.
A parede secundária, por sua vez, é aquela depositada posteriormente ao crescimento e está localizada entre a membrana plasmática e a parede celular primária. Normalmente ela é formada por três camadas distintas: S1, S2 e S3, sendo essa última a camada mais interna. De uma maneira geral, as células com parede secundária apresentam-se mortas na maturidade.
A parede secundária é formada principalmente por celulose e hemicelulose e cerca de apenas 20% de água. Além desses compostos, frequentemente é encontrada lignina, que garante uma resistência ainda maior que a apresentada pela parede primária. As substâncias pécticas não estão presentes nessas paredes.
Curiosidade: Apenas os gametas e as células formadas no início da divisão do zigoto não apresentam parede celular.
A parede celular é um envoltório extracelular presente em todos os vegetais e algumas bactérias, fungos e protozoários. Sua composição varia conforme o hábito de cada organismo perante os processos evolutivos e adaptativos.
Essa estrutura impossibilita alterações morfológicas dos organismos, em razão de seu caráter semirrígido, ou seja, as células não conseguem alterar a forma em consequência do impedimento espacial limitado pela rigidez da parede celular.
→ Diferenças na composição das paredes celulares
Nas plantas, a parede celular é composta basicamente pelo polissacarídeo celulose, que forma a parede celulósica. Na maioria dos fungos, a parede é formada por quitina, podendo apresentar celulose.
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Alguns protistas secretam substâncias que, associadas a minerais silicatos (sílica), constituem rudimentares ou elaboradas paredes celulares, também denominadas de exoesqueleto. Já as bactérias e cianobactérias apresentam parede celular formada por peptídoglicano (açúcares ligados a aminoácidos).
As bactérias também possuem parede
celular, que é composta basicamente por peptidioglicanos
→ Formação da parede celular dos vegetais
Sua formação nas células vegetais tem início com a deposição de uma fina camada elástica de celulose primária, permitindo nesse estágio o crescimento da célula. Depois de cessado esse crescimento, a parede recebe novas camadas de celulose e outras substâncias (suberina e lignina), o que confere maior resistência e resulta na parede secundária.
Para permitir o intercâmbio, troca de substâncias entre células adjacentes, existem pontes citoplasmáticas (falhas) ao longo da superfície da parede chamadas de plasmodesmos.
A função primordial dessa estrutura é conferir resistência e proteção celular, impedindo a lise osmótica em meio hipotônico.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia