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A agricultura brasileira se iniciou na região nordeste do Brasil, no século XVI, com a criação das chamadas “Capitanias Hereditárias” e o início do cultivo da cana. Baseada na monocultura, na mão de obra escrava e em grandes latifúndios, a agricultura permaneceria basicamente restrita à cana com alguns cultivos diferentes para subsistência da população da região, porém de pouca expressividade. Só a partir do século XVIII com a mineração e o início das plantações de café, que a partir do século XIX seriam o principal produto brasileiro, é que o cultivo de outros vegetais começa a ganhar mais expressividade. Muitos engenhos são abandonados e a atividade canavieira se estagna devido à transferência da mão-de-obra para a mineração e o cultivo do café. Tal como ocorrera com o período de grande produção da cana-de-açúcar, o auge da cafeicultura no Brasil representou uma nova fase econômica. Por isso, podemos dizer que a história da agricultura no Brasil está intimamente associada com a história do desenvolvimento do próprio país. Ainda mais, quando se considera o período a partir do século XIX quando o café se tornou o principal artigo de exportação brasileiro, logo após o declínio da mineração. Mas o cultivo do café, que durante todo o século XIX faria fortunas e influenciaria fortemente a política do país, começa a declinar por volta de 1902 quando a crise atinge seu ponto culminante, o Brasil produzira mais de 16 milhões de sacas de café enquanto que o consumo mundial pouco ultrapassava os 15 milhões fazendo com que o preço do café, que já estava em queda, chegasse a 33 francos (bem menos que os 102 francos de 1885). Desta forma, houve uma necessidade de diversificação da economia que, entre outras atividades além das estreantes indústrias, começava a valorizar outros tipos de culturas. Além do que, o aumento da urbanização do país exigia também, o aumento do cultivo de matérias-primas. Mas, esta mudança tomaria forma mesmo, só a partir da década de 1940. Atualmente, segundo dados do último levantamento realizado pelo IBGE em novembro de 2007, no Brasil são cultivados 58.033,075 ha de terra. Sendo que a cana-de-açúcar ainda predomina: são produzidos 514.079,729t contra 58.197,297t da soja em grão. Quanto ao café em grão, este responde por cerca de 2.178,246t. Fontes Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/agricultura/agricultura-brasileira/ Arquivado em: Agricultura Existem diferentes tipos de sistemas agrícolas no país. Alguns modelos usam tecnologias modernas, outros são mais tradicionais, mas um ponto todos têm em comum: o compromisso de produzir alimentos
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No Brasil, a agricultura é um dos pilares da economia. O setor é responsável por abastecer o mercado interno e externo com alimentos e matérias-primas para indústrias e consumidores. Mas isso só é possível graças à produção de agricultores de Norte a Sul do País. E existem vários tipos de agricultura praticados por eles. O que têm de diferente? Eles se diferenciam, por exemplo, pelo tamanho da propriedade, pelo mercado consumidor que atendem e pelo nível tecnológico que adotam nas propriedades. A agricultura moderna e tradicional estão entre os tipos de agricultura mais conhecidos. Mas frequentemente outros modelos de produção agrícola são mencionados em revistas, jornais e em conversas do dia a dia. Vale a pena citar modelos como a agricultura intensiva e a extensiva, a agricultura familiar e a patronal, e a agricultura orgânica. No entanto, independente do tipo de produção agrícola que o produtor adota, ele sempre pode buscar o melhor desempenho de sua lavoura utilizando inovações como agricultura digital, Big Data, Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT). Boa leitura! +++ Você que leu nosso último post, sobre agricultura moderna e tradicional, pode se interessar em aprofundar mais no tema. Por isso, apresentaremos outros tipos de agricultura que são praticados pelos agricultores brasileiros. Alguns dos sistemas agrícolas preservam técnicas rurais antigas, outros buscam, cada vez mais, incorporar novas tecnologias e manejos, como máquinas inteligentes, digitalização das operações, drones, inteligência artificial e biotecnologia. O que eles têm em comum é a preocupação crescente com as práticas sustentáveis de produção e com a oferta de alimentos e fibras de qualidade para os mercados em que atuam. Para entender quais são esses tipos, suas características e qual a relação deles com os sistemas agrícolas tradicionais e modernos, continue com a gente! As características das regiões e a dimensão territorial brasileira, deram origem a vários tipos diferentes de agricultura, desde modelos mais tradicionais, a outros mais automatizados, atendendo os mais diversos tipos de cultivos. De fato, o mercado a ser atendido pelo agricultor também influencia no modelo de agricultura praticado pelo produtor. Veja a seguir quais são os principais tipos de agricultura no Brasil e a explicação de cada um deles. 1. Agricultura modernaCom a chegada de novas tecnologias no campo, a atividade agrícola mundial entrou numa nova fase: a agricultura moderna, marcada pela evolução dos sistemas de produção agrícola e pela mudança dos padrões de produção rural. Esse processo tomou forma com a Revolução Industrial e ganhou tração nos últimos 100 anos. Esse modelo de produção, baseado na incorporação constante de tecnologia e em pesquisas científicas, continua atual e tende a evoluir numa velocidade cada vez maior, conforme diferentes inovações são incorporadas pelo agricultor. Exemplo disso são a agricultura de precisão e a agricultura digital, que se tornaram realidade no dia a dia do produtor brasileiro a partir de 2010 e tendem a ganhar espaço ainda maior à medida que integram novas tecnologias, como a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas (IoT). O uso da tecnologia e de técnicas modernas de produção permitem a esse tipo de agricultura obter produtividades e rentabilidades cada vez maiores.
2. Agricultura intensivaAgricultura intensiva e agricultura moderna são termos quase usados como sinônimos. Afinal, ambos surgiram no século XX para atender à crescente demanda mundial por alimentos. Com auxílio de maquinário, defensivos, insumos e outras tecnologias, os agricultores finalmente conseguiram aumentar a produção e a rentabilidade da lavoura, potencializando o resultado obtido em cada metro quadrado da propriedade. No entanto, caso seja realizada de forma incorreta e com má gestão, a agricultura intensiva pode esgotar o solo, além de provocar outros prejuízos ambientais. 3. Agricultura extensivaA agricultura tradicional ou extensiva é aquela que utiliza técnicas básicas e tradicionais de produção, incluindo pouca mecanização e baixo investimento em tecnologia, nem sempre resultando em altas produtividades para os produtores Por isso, ela utiliza técnicas básicas e tradicionais de produção, incluindo pouca mecanização e baixo investimento em tecnologia, resultando em baixa produtividade. Vale lembrar que a agricultura extensiva ainda é muito empregada no Brasil por pequenos agricultores. Normalmente a produção é utilizada na alimentação de subsistência ou no abastecimento do mercado local.
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