Quais são as consequências da diversidade étnica no continente africano?

O Continente Africano

Resumo

Este trabalho tem por objetivo apresentar algumas reflexões sobre a Geografia da África, bem como o processo de ocupação territorial, a exploração econômica e domínio político do continente. Com a Conferência de Berlim, em 1884, foram instituídas normas para a ocupação, onde as potências coloniais negociaram a divisão do território africano, modificando significativamente sua paisagem, pois, essa divisão, não respeitou as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano, tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram unidas. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, na busca de compreender os efeitos das colonizações e suas respectivas imposições culturais na regionalização desse extenso continente.

PALAVRAS-CHAVE: África, Geografia, Paisagem.

Introdução

Historicamente, as colônias de exploração foram feitas de forma violenta e muitas das populações sofreram por causa das guerras pela posse da terra. Os inúmeros choques sociais, políticos e culturais causados pela exploração humana, comercial e pela divisão arbitrária do território pelos países europeus, explicam em parte a fragilidade dos Estados nacionais africanos.

Para satisfazer suas necessidades, a sociedade demanda bens e serviços que, para serem ofertados, provocam impactos de diferentes ordens. O processo de utilização dos recursos naturais das colônias para satisfazer essas necessidades humanas, após o processo de industrialização, trouxe consigo consequências indesejáveis de violência, utilizando a exploração pela força e submissão racial, menosprezando os povos colonizados. Esse processo foi feito de forma arbitrária, juntando diversos grupos etnoculturais rivais, que foram forçados a coabitar sobre a mesma fronteira. Esse procedimento acentuou ainda mais as transformações da paisagem cultural na África.

Para Santos (1997, p. 201), o processo de construção de "objetos modernos – ou pós-modernos" é apresentado como uma maneira fundamental para o desenvolvimento de um país. Contudo, as alterações no espaço a partir da apropriação e exploração dos recursos naturais, na maioria das vezes, não levam em consideração as mudanças sociais.

As paisagens são históricas, pois sempre resultam das ações das pessoas sob o ambiente ao longo do tempo e, como ocorrem em determinadas áreas, apresentam uma dimensão espacial. A paisagem é portadora de significados, expressando os valores, as crenças, os mitos e as utopias dos seres que as habitam, tendo, portanto, uma dimensão cultural. (CORRÊA e ROSENDAHL,1998).

A paisagem é apresentada pelo uso impresso por meio das pessoas que nela vivem, portanto está estritamente ligada ao político e ao econômico. Os indivíduos e os grupos não vivenciam os lugares do mesmo modo, não os percebem da mesma forma e possuem distintas maneiras de construir o espaço em que vivem. A paisagem é resultado da implantação espacial das técnicas uma vez que:

A paisagem é uma marca, pois, expressa uma civilização, mas e também matriz porque participa dos esquemas de percepção, de concepção e de ação – ou seja, da cultura – que canalizam, em um certo sentido, a relação de uma sociedade com o espaço e com a natureza e, portanto, a paisagem do seu ecúmeno. (BERQUE, 1984, p. 84-85).

Na concepção de Augustim Berque, a paisagem é uma marca, “deve ser escrita e inventariada”, pois, a marca nos remete ao uso que se dá ao espaço das articulações sociais que envolvem diversas ações humanas. Enquanto a paisagem matriz nos remete a modelos para transformações e construções padronizadas, que são repassadas e reproduzidas, principalmente por meio de classes dominantes, que impõem seus modos, suas culturas, como no caso dos colonizadores que induziram para as colônias seus modos de vida:

As diferentes paisagens geográficas se constituíram conforme a cultura, mas principalmente de acordo com as decisões tomadas pelo Estado, que passou a atuar através de variadas formas de planejamentos. (MOREIRA e MOREIRA, 2008, p. 93).

A intervenção de um Estado, especialmente sobre uma região colonizada, transforma consideravelmente a paisagem, provocando diversas modificações nas relações sociais na construção do espaço. Os símbolos introduzidos pelos colonizadores e adotados pela população nativa refletem na cultura e no modo de vida da comunidade local. Conforme as políticas implementadas, estas estimulam ganhos ou perdas em áreas específicas. Nesse caso, optou-se por abordar os efeitos causados pela chegada dos europeus e do colonialismo, que aconteceu de maneira rápida e inesperada, mudando consigo a vida, o cotidiano e a identidade das pessoas inseridas nesse contexto.

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Considerada o berço da humanidade – teses indicam que o gênero homo tenha surgido no continente africano há mais de 2 milhões de anos – a África em sua história recente vive inúmeros conflitos políticos e uma grave crise social e econômica.

O continente africano possui uma das maiores diversidades culturais do planeta. Na chamada África Branca, ao norte, predominam os povos caucasóides e semitas e na chamada África Negra, ao sul do Deserto do Saara, encontram-se os povos pigmeus, bosquímanos, hotentotes, sudaneses e os bantos. Esta diversidade por sua vez, se reflete nas mais de mil línguas diferentes que existem no continente africano, sem contar os inúmeros dialetos. Em algumas regiões inclusive, fala-se o português com algumas influências locais, como Moçambique e Angola.

O terceiro maior continente da terra, situado entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, possui baixa densidade demográfica como conseqüência das características de seu território. Com uma extensão de cerca de 30 milhões de km² e mais de 800 milhões de habitantes em 54 países, a África é freqüentemente dividida em cinco regiões de acordo com características geográficas e demográficas: a África Oriental, África Ocidental, África Setentrional, África Central e África Meridional.

Quais são as consequências da diversidade étnica no continente africano?

Foto de satélite do continente Africano

Ao norte o continente é delimitado pelo Mar Mediterrâneo, na costa ocidental encontra-se o Oceano Atlântico, na costa oriental o Oceano Índico e o Istmo de Suez que a liga com a Ásia e, ao sul com os Oceanos Atlântico e Índico sendo cercada pelas ilhas de Madagascar, Reunião, Maurício, Cabo Verde, Seychelles, Canárias e Madeira.

Em torno de 20 países do continente africano a população sofre de subnutrição crônica. Com um PIB (Produto Interno Bruto) de 1% do total mundial, é na África Subsaariana onde se encontram os países considerados os mais pobres do mundo e os maiores índices de desnutrição e propagação de epidemias. Característica que se ameniza em regiões como a África do Sul e ao norte na Líbia, Argélia e Nigéria. O que acentua ainda mais as discrepâncias do continente.

O clima é equatorial ou tropical na maior parte do país, exceto no extremo norte e extremo sul onde é temperado. O deserto do Saara, ao norte, é uma das regiões mais áridas do planeta e ocupa um terço do território africano. Em contraste, na bacia do Rio Nilo (o maior do mundo, em extensão) se encontram as regiões mais férteis do planeta, onde surgiu a civilização egípcia (Egito Antigo). O Kilimanjaro é o ponto mais alto da África com 5.895m.

Quais são as consequências da diversidade étnica no continente africano?

Países Africanos

A vegetação africana constitui-se basicamente de savanas e florestas equatoriais onde se encontra uma grande variedade faunística. Nas savanas encontram-se os leões, girafas, leopardos e hienas, entre outros animais. E nas florestas equatoriais encontram-se principalmente símios, aves, anfíbios e répteis. A principal ameaça para esses ecossistemas já foi a caça predatória praticada pelos colonizadores, principalmente nas savanas. Mas, atualmente o maior problema encontrado é o processo de desertificação provocado pelo desmatamento nas florestas equatoriais. Nas savanas esse processo é ainda mais grave por causa das condições climáticas propícias ao processo de desertificação, como baixa densidade pluviométrica e solo frágil.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/africa/

Quais foram as principais consequências para o continente africano?

As principais consequências desses conflitos são diversidades étnicas e religiosas, enfraquecimento dos governos dos Estados, empobrecimento das populações imersas em crises humanitárias, crises econômicas, milhares de pessoas mortas e má assistência à população.

Qual foi a consequência da partilha da África para a diversidade étnica do continente?

Resposta. A partilha da África acabou separando famílias, colocando tribos inimigas em um mesmo país acabando causando guerras civis.

Quais foram as consequências da partilha da África para os grupos éticos?

Resposta: As consequências da partilha da África para os grupos étnicos que habitavam o continente há séculos, foram a instabilidade política e as guerras civis que ocorreram em diversos países africanos ao longo dos anos.

Como e a diversidade étnica na África?

O continente africano possui uma das maiores diversidades culturais do planeta. Na chamada África Branca, ao norte, predominam os povos caucasóides e semitas e na chamada África Negra, ao sul do Deserto do Saara, encontram-se os povos pigmeus, bosquímanos, hotentotes, sudaneses e os bantos.