Quais os pilares da Política Nacional de atenção integral à saúde da criança?

A criança é um ser humano em pleno desenvolvimento. As experiências vividas nos primeiros anos de vida são fundamentais para a formação do adulto que ela será no futuro. Por isso, é muito importante que a criança cresça em um ambiente saudável, cercada de afeto e com liberdade para brincar. 

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Para cuidar da criança, educar e promover sua saúde e seu desenvolvimento integral, é importante a parceria entre os pais, a comunidade e os profissionais de saúde, de assistência social e de educação.

É importante estimular desde cedo o desenvolvimento da criança para que ela adquira autoconfiança, autoestima e desenvolva capacidade de relacionar-se bem com outras crianças, com a família e com a comunidade. Desse modo, terá maior possibilidade de tornar-se um adulto bem adaptado socialmente.

Vigiar o desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida é de fundamental importância, pois é nesta etapa da vida extrauterina que o tecido nervoso mais cresce e amadurece, estando, portanto, mais sujeito aos agravos. Devido a sua grande plasticidade, é também nesta época que a criança melhor responde aos estímulos que recebe do meio ambiente e às intervenções, quando necessárias.

O vídeo "Apurando o Olhar para a Vigilância do Desenvolvimento Infantil", uma iniciativa da Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM/DAPES/SAS/MS) e produzido em parceria com o BID  e Alana, apresenta recomendações para a Vigilância do Desenvolvimento na faixa etária de 0 a 36 meses, baseada nos componentes anamnese, exame físico e vigilância dos marcos do desenvolvimento, ilustrando um marco para cada área do desenvolvimento: interação social, motora grossa, motora fina e linguagem.

Os Marcos do Desenvolvimento a serem alcançados por faixa etária e o instrumento de classificação e conduta para o desenvolvimento integral da criança estão disponíveis na Caderneta de Saúde da Criança.

Crianças brincam! Brincam sozinhas, acompanhadas, animam objetos, imitam sons, são heroínas, choram e riem em suas brincadeiras. E porque estão brincando, podem amar e odiar livremente, protegidas pelo círculo mágico do jogo ou do ambiente lúdico. Costumamos ouvir que as crianças brincam na infância, mas seria mais preciso dizer que as crianças têm a infância para brincar. Ofereça à criança um pedaço de pau ou papel e logo haverá um maravilhoso mundo imaginativo pronto para tomar forma. O lúdico é fator constituinte da vida. É através dele que a criança se constitui como sujeito.

Nos primórdios de sua existência, o eu, num processo criador de interpretação do mundo, criou um território interno para sua realidade psíquica. Interpretar o mundo é “inventar” e dar-lhe um sentido. O lúdico é o primeiro movimento da criança em direção ao seu potencial criador. A brincadeira é, para ela, um dos principais meios de expressão que possibilita a investigação e a aprendizagem sobre as pessoas e o mundo. Valorizar o brincar significa oferecer locais e brinquedos que favoreçam a brincadeira como atividade que ocupa o maior espaço de tempo na infância.

Com o objetivo de promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC). A política abrange os cuidados com a criança da gestação aos 9 anos de idade, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento.

A política se estrutura em 7 (sete) eixos estratégicos, com a finalidade de orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território nacional, considerando os determinantes sociais e condicionantes para garantir o direito à vida e à saúde, visando à efetivação de medidas que permitam o nascimento e o pleno desenvolvimento na infância, de forma saudável e harmoniosa, bem como a redução das vulnerabilidades e riscos para o adoecimento e outros agravos, a prevenção das doenças crônicas na vida adulta e da morte prematura de crianças.

O vídeo aborda os sete eixos estratégicos da Política Nacional de Atenção Integral à saúde da Criança, com a finalidade de orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território. A Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM) é responsável por coordenar e implementar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) mediante a articulação interfederativa com os gestores estaduais e municipais. A PNAISC tem por objetivo promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados, da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção, à primeira infância e populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e contribuir para um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento.

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) foi instituída pela Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015, após 4 anos de construção coletiva do Ministério da Saúde com as Coordenações de Saúde da Criança das Secretarias Estaduais de Saúde e Municipais das capitais, com o apoio metodológico da Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis EBBS/IFF/FIOCRUZ.

A primeira infância é o período que vai desde a concepção do bebê até os 6 anos de idade. Pesquisas têm demonstrado que essa fase é extremamente sensível para o desenvolvimento do ser humano, pois é quando ele forma toda a sua estrutura emocional e afetiva e desenvolve áreas fundamentais do cérebro relacionadas à personalidade, ao caráter e à capacidade de aprendizado.

A ciência tem comprovado que as experiências vividas na Primeira Infância, desde o período de gestação, influenciam diretamente na formação do adulto que a criança será no futuro. Essa fase é uma janela de oportunidades para que o indivíduo desenvolva todo o seu potencial. Nos primeiros anos de vida, a arquitetura do cérebro começa a se formar.

Esse processo continua ao longo do tempo, moldado pelas experiências positivas ou negativas vividas e compartilhadas, principalmente, com seus pais, parentes e cuidadores em geral. Por isso, a proteção é essencial: problemas graves logo no início da vida, como violência familiar, negligência e desnutrição, podem interferir no desenvolvimento saudável do cérebro.

Por outro lado, o estímulo adequado gera benefícios, que vão desde o aumento da aptidão intelectual, que favorece o acompanhamento escolar e diminui os índices de repetência e evasão, até a formação de adultos preparados para aprender a lidar com os desafios do cotidiano.

A primeira infância, de zero a 6 anos, é um período muito importante para o desenvolvimento mental e emocional e de socialização da criança. É fundamental estimular bem a criança nessa fase, para que ela tenha uma vida saudável e possa desenvolver-se bem na infância, na adolescência e na vida adulta. Acompanhe o desenvolvimento da criança com o profissional de saúde. Se achar que algo não vai bem, não deixe de alertá-lo para que possa examiná-la melhor.

Do nascimento até 2 meses de idade  

  • Para que o bebê se desenvolva bem, é necessário, antes de tudo, que seja amado e desejado pela sua família e que esta tente compreender seus sentimentos e satisfazer suas necessidades. A ligação entre a mãe e o bebê é muito importante neste início de vida; por isso, deve ser fortalecida.  
  • Converse com o bebê, buscando contato visual (olhos nos olhos). Não tenha vergonha de falar com ele de forma carinhosa, aparentemente infantil. É desse modo que se iniciam as primeiras conversas. Lembre-se de que o bebê reconhece e se acalma com a voz da mãe. Nessa fase, o bebê se assusta quando ouve sons ou ruídos inesperados e altos.
  • Preste atenção no choro do bebê. Ele chora de jeito diferente dependendo do que está sentindo: fome, frio/calor, dor, necessidade de aconchego.
  • Estimule o bebê mostrando-lhe objetos coloridos a uma distância de mais ou menos 30cm.
  • Para fortalecer os músculos do pescoço do bebê, deite-o com a barriga para baixo e chame sua atenção com brinquedos ou chamando por ele, estimulando-o a levantar a cabeça. Isto o ajudará a sustentá-la.

1 ano e 3 meses a 1 ano e 6 meses

  • Continue sendo claro e firme com a criança, para que ela aprenda a ter limites.
  • Conte pequenas histórias, ouça música com a criança e dance com ela.
  • Dê ordens simples, como “dá um beijo na mamãe”, bate palminha.
  • Dê à criança papel e giz de cera (tipo estaca, grosso) para que ela inicie os seus rabiscos. Isto estimula a sua criatividade.
  • Crie oportunidades para a criança andar não só para frente como também para trás (puxando carrinho etc.).

2 anos a 2 anos e 6 meses

  • Continue estimulando a criança para que ela se torne independente em atividades de autocuidado diário, como, por exemplo, na alimentação (iniciativa para se alimentar), no momento do banho e de se vestir.
  • Comece a estimular a criança a controlar a eliminação de fezes e urina, em clima de brin- cadeira, sem exercer pressão ou repreender. Gradativamente, estimule o uso do sanitário.
  • Estimule a criança a brincar com outras crianças.

2 anos e 6 meses a 3 anos

  • Converse bastante com a criança, peça para ela comentar sobre suas brincadeiras e nomes de amigos, estimulando a linguagem e a inteligência.
  • Dê oportunidade para ela ter contato com livros infantis, revistas, papel, lápis, giz de cera. Leia, conte historinhas, brinque de desenhar, recortar figuras, colagem.
  • Mostre para ela figuras de animais, peças do vestuário, objetos domésticos e estimule a criança a falar sobre eles: o que fazem, para que servem (ex.: quem mia?).
  • Faça brincadeiras utilizando bola e peça para a criança jogar a bola em sua direção, iniciando, assim, brincadeira envolvendo duas ou mais pessoas. Percebendo alterações no desenvolvimento.
  • É importante observar como a criança reage ao contato com as pessoas e com o ambiente: se responde ao olhar, à conversa e ao toque dos pais/cuidadores quando amamentada/alimentada, colocada no colo, acariciada. Na criança maior, é importante observar se ela habitualmente se isola, recusa-se a brincar com outras crianças, tem dificuldade na linguagem ou apresenta gestos/movimentos repetitivos.
  • É importante também observar se há atraso no desenvolvimento de atividades motoras (como sustentar a cabeça, virar de bruços, engatinhar e andar), na linguagem e comunicação, em memorizar, em realizar alguma tarefa até o fim, na aprendizagem e na solução de problemas práticos relacionados aos hábitos da vida diária. Se a criança não age como você espera e seu desenvolvimento causa dúvidas ou ansiedade na família, converse com o profissional de saúde sobre isso. Quanto mais cedo um problema for identificado e tratado, melhor o resultado. Qualquer atraso ou transtorno de desenvolvimento pode ser minimizado se a criança receber atenção e estimulação adequadas, com a participação da família e de profissionais.
  • O diagnóstico de uma deficiência na criança pode gerar momentos difíceis e sentimentos como medo, dúvidas, angústias e dificuldades de aceitação. Todos esses sentimentos são normais diante de um fato novo e não esperado.
  • No caso de crianças com deficiência, informações sobre os cuidados com a saúde e o conhecimento sobre os seus direitos são muito importantes para o fortalecimento da família e para o desenvolvimento de habilidades e capacidades que facilitem a independência e a participação social dessas crianças.

Toda criança nascida em maternidades pública ou privada no Brasil tem direito a receber gratuitamente a Caderneta de Saúde da Criança que deve ser devidamente preenchida e orientada pelo profissional por ocasião da alta hospitalar. A Caderneta é um documento importante para acompanhar a saúde, crescimento e desenvolvimento da criança do nascimento até os 9 anos de idade.

A primeira parte da caderneta é mais direcionada a família/quem cuida da criança. Contém informações e orientações sobre saúde, direitos da criança e dos pais, registro de nascimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de violências e acidentes, entre outros.

A segunda parte da Caderneta é destinada aos profissionais de saúde, com espaço para registro de informações importantes relacionadas à saúde da criança. Contém, também, os gráficos de crescimento, instrumentos de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registro de vacinas aplicadas. 

As Cadernetas de Saúde da Criança são distribuídas pelo Ministério da Saúde diretamente para as Secretaria de Saúde Estaduais, de capitais e do Distrito Federal, que distribui para as maternidades públicas ou privadas.

A primeira parte da caderneta é mais direcionada a família/quem cuida da criança. Contém informações e orientações sobre saúde, direitos da criança e dos pais, registro de nascimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de violências e acidentes, entre outros.

A segunda parte da Caderneta da Criança é destinada aos profissionais de saúde, com espaço para registro de informações importantes relacionadas à saúde da criança. Contém, também, os gráficos de crescimento, instrumentos de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registro de vacinas aplicadas. 

Toda criança nascida em maternidades públicas ou privadas no Brasil tem direito a receber gratuitamente a Caderneta de Saúde da Criança, que deve ser devidamente preenchida e orientada pelo profissional por ocasião da alta hospitalar. 

Toda criança nascida em maternidades pública ou privada no Brasil tem direito a receber gratuitamente a Caderneta de Saúde da Criança que deve ser devidamente preenchida e orientada pelo profissional por ocasião da alta hospitalar.

Três milhões e meio (3,5 milhões).

O aleitamento materno é uma das prioridades do Governo Federal. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família, mas não deve parar.

O leite materno é um alimento completo. Isso significa que, até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). Ele é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite e funciona como uma vacina*, pois é rico em anticorpos, protegendo a criança de muitas doenças como diarreia, infecções respiratórias, alergias, além de diminuir o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. É limpo, está sempre pronto e quentinho. A amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê. Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.

*O aleitamento materno não exclui a necessidade de cumprimento do calendário de vacinação da criança.

Benefícios para o bebê: O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes, há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo.

Recomenda-se que a criança seja amamentada na hora que quiser e quantas vezes quiser. É o que se chama de amamentação em livre demanda. Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com frequência e sem horários regulares. Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia. Muitas mães, principalmente as que estão inseguras e as com baixa autoestima, costumam interpretar esse comportamento normal como sinal de fome do bebê, leite fraco ou pouco leite, o que pode resultar na introdução precoce e desnecessária de complementos. A mãe deve deixar o bebê mamar até que fique satisfeito, esperando ele esvaziar a mama para então oferecer a outra, se ele quiser.

O leite do início da mamada tem mais água e mata a sede e o do fim da mamada tem mais gordura e por isso mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso. No início da mamada o bebê suga com mais força porque está com mais fome e assim esvazia melhor a primeira mama oferecida. Por isso, é bom que a mãe comece cada mamada pelo peito em que o bebê mamou por último na mamada anterior. Assim o bebê tem a oportunidade de esvaziar bem as duas mamas, o que é importante para a mãe ter bastante leite. O tempo de permanência na mama em cada mamada não deve ser fixado, haja vista que o tempo necessário para esvaziar uma mama varia para cada dupla mãe/bebê e, numa mesma dupla, pode variar dependendo da fome da criança, do intervalo transcorrido desde a última mamada e do volume de leite armazenado na mama.

O Ministério da Saúde NÃO recomenda o uso de mamadeiras e chupetas, que devem ser evitadas. Água, chás e principalmente outros leites devem ser evitados, pois há evidências de que o seu uso está associado com desmame precoce e aumento da morbimortalidade infantil. A mamadeira, além de ser uma importante fonte de contaminação, pode influenciar negativamente a amamentação. Observa-se que algumas crianças, depois de experimentarem a mamadeira, passam a apresentar dificuldade quando vão mamar no peito.

Alguns autores denominam essa dificuldade de "confusão de bicos", gerada pela diferença marcante entre a maneira de sugar na mama e na mamadeira. Nesses casos, é comum o bebê começar a mamar no peito, porém, após alguns segundos, largar a mama e chorar. Como o leite na mamadeira flui abundantemente desde a primeira sucção, a criança pode estranhar a demora de um fluxo maior de leite no peito no início da mamada, pois o reflexo de ejeção do leite leva aproximadamente um minuto para ser desencadeado e algumas crianças podem não tolerar essa espera. Não restam mais dúvidas de que a complementação do leite materno com água ou chás nos primeiros seis meses é desnecessária, mesmo em locais secos e quentes. Mesmo ingerindo pouco colostro nos primeiros dois a três dias de vida, recém-nascidos normais não necessitam de líquidos adicionais além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação tecidual relativamente altos.

Atualmente, a chupeta tem sido desaconselhada pela possibilidade de interferir negativamente na duração do aleitamento materno, entre outros motivos. Crianças que usam chupetas, em geral, são amamentadas com menos frequência, o que pode comprometer a produção de leite. Embora não haja dúvidas de que o desmame precoce ocorre com mais frequência entre as crianças que usam chupeta, ainda não são totalmente conhecidos os mecanismos envolvidos nessa associação.

É possível que o uso da chupeta seja um sinal de que a mãe está tendo dificuldades na amamentação ou de que tem menor disponibilidade para amamentar. Além de interferir no aleitamento materno, o uso de chupeta está associado a uma maior ocorrência de candidíase oral (sapinho), de otite média e de alterações do palato. A comparação de crânios de pessoas que viveram antes da existência dos bicos de borracha com crânios mais modernos sugere o efeito nocivo dos bicos na formação da cavidade oral.

Com alguns cuidados, a amamentação não machuca o peito. A melhor posição para amamentar é aquela em que a mãe e o bebê sintam-se confortáveis. A amamentação deve ser prazerosa tanto para a mãe como para o bebê. O bebê deve estar virado para a mãe, bem junto de seu corpo, bem apoiado e com os braços livres. A cabeça do bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo. Só coloque o bebê para sugar quando ele abrir bem a boca. Quando o bebê pega bem o peito, o queixo encosta na mama, os lábios ficam virados para fora, o nariz fica livre e aparece mais aréola (parte escura em volta do mamilo) na parte de cima da boca do que na de baixo. Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, o que deve ser respeitado.

Caso a mulher ou família tenha dificuldades na amamentação é importante procurar ajuda de um profissional de saúde e/ou Unidade de Saúde do SUS mais próxima.

Passo 1 - Ter uma política de aleitamento materno escrita que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde;

Passo 2 - Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias para implementar esta política;

Passo 3 - Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno;

Passo 4 - Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento; conforme nova interpretação: colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães, imediatamente após o parto, por pelo menos uma hora e orientar a mãe a identificar se o bebê mostra sinais de que está querendo ser amamentado, oferecendo ajuda se necessário;

Passo 5 - Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação mesmo se vierem a ser separadas dos filhos;

Passo 6 - Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica e/ou de nutricionista;

Passo 7 - Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e recém-nascidos permaneçam juntos – 24 horas por dia;

Passo 9 - Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a recém-nascidos e lactentes;

Passo 10 - Promover a formação de grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade; conforme nova interpretação: encaminhar as mães a grupos ou outros serviços de apoio à amamentação, após a alta, e estimular a formação e a colaboração com esses grupos ou serviços.

Os bebês não têm horário para mamar. Eles costumam mamar muitas vezes, de dia e de noite, principalmente nos primeiros meses. Nem todo choro do bebê é fome. Ele pode chorar porque está com frio ou calor, sentindo algum desconforto, fraldas sujas ou precisando de aconchego.

É comum o bebê engolir ar enquanto mama. Por isso, quando ele terminar de mamar, é importante segurá-lo junto ao colo, em posição vertical, para que ele não tenha desconforto.

O leite materno tem o sabor e o cheiro dos alimentos que a mãe come. Por isto, a criança que mama no peito aceita melhor os alimentos que serão introduzidos após os 6 meses .

É muito importante que o bebê esvazie bem a mama, porque o leite do fim da mamada tem mais gordura e, por isso, mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso.

A cor do leite pode variar, mas ele nunca é fraco. O leite materno é sempre adequado para o desenvolvimento do bebê. Nos primeiros dias, a produção de leite é pequena e este leite chamado de colostro tem alto valor nutritivo e é suficiente para atender às necessidades do bebê.

Fique atenta

• É importante a mãe cuidar-se bem, evitar bebidas alcoólicas e cigarro.

• Os remédios que a mãe toma podem passar para o leite; por isso ela só se deve tomar medicamentos com orientação médica.

• Se a mãe precisar usar algum método para evitar uma nova gravidez, ela deve procurar o serviço de saúde.

Onde buscar ajuda

Caso a mãe tenha dificuldade para amamentar, ela poderá buscar ajuda de profissionais nas Unidades Básicas de Saúde ou Bancos de Leite Humano. Lozalize o Banco de Leite Humano mais próximo da sua casa.

Apoio à amamentação

Como os profissionais de saúde podem apoiar?

• Acolhendo as mães, respeitando sua individualidade e transmitindo-lhe confiança.
• Escutando e aprendendo, trocando informações.
• Ajudando a mulher a acreditar na sua capacidade de amamentar o seu filho com sucesso.
• Dando informações que facilitem a amamentação.
• Criando grupos de apoio ao aleitamento materno.
• Ajudando na solução de problemas relacionados ao aleitamento materno.
• Respeitando e divulgando a Lei que protege a amamentação.
• Mantendo-se atualizados em assuntos relacionados ao aleitamento materno.

Como a família, vizinhos e amigos podem apoiar a amamentação?

• Tratando as mães com respeito e carinho.
• Reconhecendo o valor da amamentação.
• Acreditando que a mulher é capaz de amamentar, incentivando e encorajando o aleitamento materno.
• Transmitindo experiências positivas de aleitamento materno.
• Ajudando ou assumindo as tarefas domésticas para que as mães tenham tempo e tranqüilidade para amamentar.
• Facilitando a participação das mães nos grupos de apoio à amamentação.

Como as organizações sociais podem apoiar?

• Exercendo o controle social, que é a participação da sociedade no acompanhamento da execução das políticas públicas de promoção, proteção e apoio à amamentação.

Como os meios de comunicação podem apoiar?

• Cumprindo a NBCAL e a Lei 11.265, que regulamentam a publicidade de alimentos e produtos que concorrem com a amamentação.
• Divulgando a importância do aleitamento materno.
• Divulgando experiências positivas sobre o aleitamento materno.
• Estimulando e promovendo campanhas sobre aleitamento materno.

Amamentação e trabalho

Como amamentar até os dois anos ou mais quando a mulher precisa trabalhar fora de casa?
Se você tem um emprego formal com carteira assinada, além de licença-maternidade de 4 meses, garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), você tem direito a dois descansos diários, de meia hora cada um, durante a jornada de trabalho, até o 6º mês de vida do bebê, além dos intervalos normais para repouso e alimentação. Você pode tentar um acordo com seu chefe para flexibilizar o horário, assim poderia juntar os dois intervalos de meia hora e entrar ou sair uma hora mais cedo ou mais tarde do trabalho.

Licença Maternidade de Seis Meses
Algumas empresas aderiram ao Programa Empresa Cidadã, da Receita Federal, e passaram a adotar a licença-maternidade de seis meses. As instituições que aderem a essa iniciativa recebem benefícios fiscais. Verifique com seu empregador se é o caso da sua empresa. Caso não seja, converse com ele sobre essa possibilidade. Além de você, muitas outras funcionárias poderão ser beneficiadas.

Sala de Apoio à Amamentação
Algumas empresas também já criaram ou estão criando Salas de Apoio à Amamentação, que são espaços em que a mulher, com privacidade e segurança, pode retirar e armazenar o seu leite para ser oferecido posteriormente ao seu filho.  Converse com a sua chefia, com suas colegas, discuta essa ideia!

Veja aqui quais são as salas de apoio certificadas pelo Ministério da Saúde no Brasil

Creches ou Berçários
Os estabelecimentos em que trabalham pelo menos 30 mulheres com mais de 16 anos de idade deverão ter local apropriado onde seja permitido às empregadas deixar, sob vigilância e assistência, os seus filhos durante a amamentação. As empresas e empregadores também podem adotar o sistema de reembolso-creche, em substituição à exigência de creche no local de trabalho, ou firmar convênio com instituição próxima.

Se você não possui vínculo formal de trabalho
Se for possível e desejado, leve o bebê pequeno com você ao trabalho, ou peça para alguém leva-lo no trabalho para ser amamentado. Converse com o patrão para ver a possibilidade de você ter maior flexibilidade nos horários de trabalho (chegar mais tarde, sair mais cedo, reduzir a carga horária, trocar de horário com alguma colega). Fale e explique ao seu patrão e seus colegas a importância de amamentar, explique especialmente que o leite materno protege seu filho, que ficará menos doente, e que, assim, você faltará menos ao trabalho e estará mais contente.

Saiba o que fazer para manter a produção de leite, mesmo após o retorno ao trabalho.

Para manter a amamentação é essencial esvaziar as mamas quando você estiver longe do bebê, extraindo o seu leite em intervalos regulares. Quanto mais você retira o leite, mais leite será produzido. Por isso, quando estiver com o bebê é importante oferecer o peito. Assim, você poderá continuar amamentando seu bebê de manhã, antes de sair de casa, e à noite, quando já estiver de volta.

Você pode fazer a retirada do leite em uma sala de apoio à amamentação próxima de onde estiver, em um banco de leite humano, onde poderá deixar o leite extraído para doação. Também pode utilizar uma Unidade Básica de Saúde.

Caso não seja possível acessar nenhum desses lugares, encontre um local onde você possa ter privacidade e tranquilidade.

Para retirar o leite, procure relaxar e massagear as mamas em movimentos circulares com a ponta dos dedos em toda a aréola.  Coloque o polegar acima da linha onde acaba a aréola e os dedos indicador e médio abaixo dela. Firme os dedos e empurre para trás em direção ao tronco. Aperte o polegar contra os outros dedos com cuidado, até sair o leite.  Não deslize os dedos sobre a pele. Aperte e solte  muitas vezes.

É possível manter seu filho com leite materno mesmo depois de voltar a trabalhar fora? Temos certeza que sim!

Assista ao vídeo sobre Mulher Trabalhadora que Amamenta

Download arquivo formato mp4 (64M)

Banco de Leite Materno - Doação

O leite materno é essencial para a saúde e sobrevivência de bebês prematuros e de baixo peso (com menos de 2.500gr), que estão internados nas unidades neonatais do Brasil e não conseguem sugar o peito de suas próprias mães.

A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano está presente em todos os estados brasileiros, com mais de 220 bancos de leite materno e 190 postos de coleta.

No entanto, a Rede consegue suprir apenas 60% da demanda para os recém-nascidos internados nas UTIS neonatais do Brasil, ou seja, 40% dessas crianças não conseguem se alimentar dele e, por isso, toda ajuda é bem-vinda. Um pote de leite materno doado, por exemplo, é capaz de alimentar dez recém-nascidos internados por dia. Dependendo do peso do bebê, cerca de um ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez que ele for alimentado. 

Encontre o banco de leite humano mais próximo de você 

Saiba mais sobre doação de leite materno:

  • A produção do leite depende do esvaziamento da mama, por isso, quanto mais a mulher amamenta ou esvazia as mamas, mais leite ela produz
  • Todo leite doado é analisado, pasteurizado e submetido a rigoroso controle de qualidade antes de ser ofertado a uma criança
  • Todo leite descongelado não deve ser congelado novamente
  • Um litro de leite materno doado pode alimentar até dez recém-nascidos por dia. Dependendo do peso do prematuro, 1 ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez em que ele for alimentado
  • Bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os benefícios do leite materno com a sua doação. Com ele, a criança se desenvolve com saúde, tem mais chances de recuperação e fica protegida de infecções, diarreias e alergias.

O Banco de Leite Humano (BLH) é uma das estratégias de promoção do aleitamento materno e responsável pela execução das atividades de coleta, processamento e controle de qualidade do leite doado, para posterior distribuição para os recém-nascidos internados sob prescrição do médico ou nutricionista.

Restrição ao aleitamento materno

Situações em que há restrições ao Aleitamento Materno

São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno. Nas seguintes situações o aleitamento materno não deve ser recomendado:

  • Mães infectadas pelo HIV;
  • Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus da leucemia humana T-cell);
  • Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns fármacos são citados como contraindicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como por exemplo os antineoplásicos e radiofármacos, usados no tratamento contra o câncer.
  • Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose.

Amamentação e Hanseníase

  • As mulheres que estiverem amamentando seus filhos não devem parar de tomar a medicação.
  • A gravidez e o aleitamento não contraindicam o tratamento PQT (Poliquimioterapia) padrão.
  • Os remédios podem estar presentes no leite materno, mas não causam nenhum problema para a criança.

Às vezes o recém-nascido pode apresentar a pele avermelhada, se a mãe estiver tomando a Clofazimina (medicação utilizada no tratamento), mas esta coloração não prejudica a criança. Quando o tratamento da mãe termina, a cor da pele volta ao normal.

Atenção! Devido aos graves efeitos teratogênicos, o medicamento à base de Talidomida (medicação utilizada no tratamento), somente poderá ser prescrito para mulheres em idade fértil após avaliação médica com exclusão de gravidez através de método sensível e mediante a comprovação de utilização de, no mínimo, 2 (dois) métodos efetivos de contracepção para mulheres em uso de talidomida, sendo pelo menos 1 (um) método de barreira (Resolução RDC N° 11, de 22 de Março de 2011).

Pré-Natal e Parto

Os cuidados com o bebê começam a partir do momento em que a gravidez é confirmada, através do teste rápido e gratuito. A partir daí, a mulher passa a ter acesso a consultas de pré-natal, onde recebe orientações necessárias ao acompanhamento da gestação.

Nas consultas, a gestante é examinada e encaminhada para realização de exames, vacinas e ecografias. São recomendadas no mínimo 6 consultas de pré-natal durante toda a gravidez. O ideal é que iniciem nos primeiros três meses de gestação. Ainda durante o pré-natal, a mulher deve ser vinculada à maternidade em que dará à luz.

Conheça as vacinas que devem ser tomadas durante o pré-natal

Saiba mais sobre planejamento reprodutivo

Participação da família no Pré-Natal

É importante que a família da gestante se envolva na chegada do bebê desde a descoberta da gravidez. Por isso, se for possível, leve o companheiro (a) a todas as consultas. Na impossibilidade do pai da criança participar neste momento, leve alguém da família ou outra pessoa que você tenha confiança.

Pré-Natal do Parceiro

O envolvimento consciente dos homens, independentemente de ser pai biológico ou não, em todas as etapas do planejamento reprodutivo e da gestação, pode ser determinante para a criação e fortalecimento de vínculos afetivos saudáveis entre eles e suas parceiras e filhos(as).

Parto e Nascimento

Durante a gravidez, a Unidade Básica de Saúde onde a gestante realiza o pré-natal deve encaminhá-la para conhecer a maternidade onde será realizado o parto.

A forma como uma criança é recebida no momento do nascimento faz diferença para o seu desenvolvimento sadio e pleno. Por isso, a rede de saúde busca oferecer um cuidado adequado, respeitoso e humanizado à mulher e à criança no momento do parto. Algumas boas práticas são recomendadas:

Cortar o cordão umbilical quando parar de pulsar

O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde preconizam cortar o cordão umbilical de todos os recém-nascidos, independentemente de sua idade gestacional, somente após a parada total da circulação, quando o cordão está achatado e sem pulso (aproximadamente 3 minutos ou mais depois do nascimento). A recomendação é necessária porque enquanto o cordão está pulsando, ainda há circulação entre o recém-nascido e a placenta, fazendo com que o clampeamento em tempo oportuno tenha profundos efeitos para a saúde do bebê, como o aumento do volume sanguíneo do recém-nascido e das reservas de ferro e diminuição das chances de desenvolver anemia os primeiros 6 meses de vida.

Contato pele-a-pele imediato entre mãe e o recém-nascido

O contato pele-a-pele entre a mãe e o bebê imediatamente após o parto é uma prática que ajuda na adaptação do recém-nascido à vida fora do útero, facilita o aleitamento materno e traz benefícios como o controle da temperatura corporal da criança e o vínculo entre mãe-filho. Recomenda-se colocar o bebê sem roupa, de bruços, sobre o tórax ou abdome desnudo da mãe, e cobri-los com um cobertor aquecido, independente se o parto for normal ou cesárea.

Aleitamento materno na primeira hora de vida

O início da amamentação o mais cedo possível, de preferência logo após o parto, fortalece a proteção à saúde da criança e assegura que o recém-nascido receba o colostro, que é o leite que sai nos primeiros dias após o parto, rico em importantes nutrientes que ajudam a fortalecer a imunidade e a proteger a criança de doenças comuns no primeiro ano de vida e na fase adulta.

Alojamento conjunto

O Alojamento Conjunto é o local em que a mulher e o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanecem juntos, em tempo integral, até a alta da maternidade. Deixar mãe e bebê juntos é uma prioridade para o Ministério da Saúde e tem várias vantagens:

I - favorece e fortalece o estabelecimento do vínculo afetivo entre pai, mãe e filho;

II - propicia a interação de outros membros da família com o recém-nascido;

III - favorece o estabelecimento efetivo do aleitamento materno com o apoio, promoção e proteção, de acordo com as necessidades da mulher e do recém-nascido, respeitando as características individuais;

IV - propicia aos pais e acompanhantes a observação e cuidados constantes ao recém-nascido, possibilitando a comunicação imediata de qualquer anormalidade;

V - fortalece o autocuidado e os cuidados com o recém-nascido, a partir de atividades de educação em saúde desenvolvidas pela equipe multiprofissional;

VI - diminui o risco de infecção relacionada à assistência em serviços de saúde; e

VII - propicia o contato dos pais e familiares com a equipe multiprofissional por ocasião da avaliação da mulher e do recém-nascido, e durante a realização de outros cuidados.

Exames de Triagem Neonatal

Todo bebê que nasce no Brasil tem direito a realizar gratuitamente quatro exames muito importantes para a sua saúde. São os chamados exames da triagem neonatal:

  • Teste do Pezinho
  • Teste do Olhinho
  • Teste da Orelhinha
  • Teste do Coraçãozinho

Teste do Pezinho

Quais os pilares da Política Nacional de atenção integral à saúde da criança?
O teste do pezinho é uma das principais formas de diagnosticar seis doenças que, quanto mais cedo forem identificadas, melhores são as chances de tratamento. São elas fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita.

IMPORTANTE:  Para realizar o teste do pezinho, a família deve levar o recém-nascido a uma unidade básica de saúde entre o 3° e o 5° dia de vida. É fundamental ter atenção a esse prazo.

O Sistema Único de Saúde (SUS) ainda garante o atendimento com médicos especialistas (Atenção Especializada) a todos os pacientes triados. Para as seis doenças detectadas no programa, há tratamento adequado, gratuito e acompanhamento por toda a vida nos 31 serviços de referência em triagem neonatal do país, presentes em todos os estados brasileiros. O Teste do Pezinho está disponível no Brasil todo, com 21.446 pontos de coleta, distribuídos na rede de Atenção Básica, Hospitais e Maternidades.

O teste é feito no pezinho por ser uma região bastante irrigada do corpo, o que facilita o acesso ao sangue para a coleta da amostra. Apesar de muitos bebês chorarem durante o exame, a picadinha no calcanhar é muito importante para dar as melhores condições de desenvolvimento para as crianças brasileiras. Esse não é um exame que traz riscos ao bebê. Muito pelo contrário, é rápido, pouco invasivo e até bem menos incômodo do que a coleta com seringa em uma veia no bracinho.

Veja como o teste do pezinho é realizado no SUS!

Teste do Olhinho

É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias.

O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas – cuja identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.

O exame é realizado nas maternidades públicas até a alta do recém-nascido. A recomendação é que o Teste do Olhinho seja feito pelo pediatra logo que o bebê nasce. Se isto não ocorrer, o exame deve ser feito logo na primeira consulta de acompanhamento. Depois disto, continua sendo importante, nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico. Se o pediatra encontrar algum problema, vai encaminhar a criança para avaliação do oftalmologista.

Teste da Orelhinha

Entre os procedimentos realizados ainda na maternidade, logo após o nascimento do bebê, está a triagem neonatal auditiva ou o teste da orelhinha. O exame é feito, geralmente, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê e identifica problemas auditivos no recém-nascido. Desde 2010 é determinado por lei que nenhuma criança saia da maternidade sem ter feito o teste, que é gratuito. As crianças nascidas fora do ambiente hospitalar devem fazê-lo antes de completarem 3 meses de vida. O Teste da Orelhinha é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê, não tem contraindicações e dura em torno de 10 minutos. 

Teste do Coraçãozinho

Todo bebê tem direito de realizar o teste de coraçãozinho ainda na maternidade, entre 24h a 48h após o nascimento. O teste é simples, gratuito e indolor. Consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro - espécie de pulseirinha - no pulso e no pé do bebê. Caso algum problema seja detectado, o bebê é encaminhado para fazer um ecocardiograma. Se alterado, é encaminhado para um centro de referência em cardiopatia para tratamento. 

Problemas no coração são a terceira maior causa de morte em recém-nascidos. Por isso, quanto mais cedo for diagnosticado, melhores são as chances do tratamento.

Quais os pilares da Política Nacional de atenção integral à saúde da criança?

Alimentação saudável

Conheça a seguir os DEZ passos para uma alimentação saudável de crianças de 2 a 10 anos:

PASSO 1 – Oferecer alimentos variados, distribuindo-os em pelo menos três refeições e dois lanches por dia. Não pular as refeições. É importante que a criança coma devagar, porque, assim, mastiga bem os alimentos, aprecia melhor a refeição e satisfaz a fome. Prefirir alimentos saudáveis típicos da região e disponíveis na sua comunidade.

PASSO 2 – Incluir diariamente alimentos como cereais (arroz, milho), tubérculos (batatas), raízes (mandioca, macaxeira, aipim), pães e massas, distribuindo esses alimentos nas refeições e lanches da criança ao longo do dia. Dar preferência aos alimentos integrais e na forma mais natural.

PASSO 3 – Oferecer legumes e verduras nas duas principais refeições do dia; oferecer também, diariamente, duas frutas nas sobremesas e lanches. Todos esses alimentos são fontes de vitaminas e minerais, que ajudam na prevenção de doenças e melhoram a resistência do organismo. Variando os tipos de frutas, legumes e verduras oferecidos, garante-se um prato colorido e saboroso.

PASSO 4 – Oferecer feijão com arroz todos os dias ou, no mínimo, cinco vezes por semana. Essa combinação é muito boa para a saúde. Logo após a refeição, oferecer meio copo de suco de fruta natural ou meia fruta, que seja fonte de vitamina C, como laranja, limão, acerola, caju e outras, para melhorar o aproveitamento do ferro pelo corpo. Essa combinação ajuda a prevenir a anemia.

PASSO 5 – Oferecer leite ou derivados (queijo e iogurtes) três vezes ao dia. Esses alimentos são boas fontes de proteínas e cálcio e ajudam na saúde dos ossos, dentes e músculos. Se a criança ainda estiver sendo amamentada, não é necessário oferecer outro leite. Carnes, aves, peixes ou ovos devem fazer parte da refeição principal da criança. Além das carnes, oferecer à criança vísceras e miúdos (fígado, moela), que também são fontes de ferro, pelo menos uma vez por semana.

PASSO 6 – Evitar alimentos gordurosos e frituras; preferir alimentos assados, grelhados ou cozidos. Retirar a gordura visível das carnes e a pele das aves antes da preparação, para tornar esses alimentos mais saudáveis. Comer muita gordura faz mal à saúde e pode causar obesidade.

PASSO 7 – Evitar oferecer refrigerantes e sucos industrializados ou alimentos com muito açúcar (balas, bombons, biscoitos doces e recheados), salgadinhos e outras guloseimas no dia a dia. Uma alimentação com muito açúcar e doces pode aumentar o risco de obesidade e cáries nas crianças.

PASSO 8 – Diminuir a quantidade de sal na comida; não deixar o saleiro na mesa. Evitar temperos prontos, alimentos enlatados, carnes salgadas e embutidos, como mortadela, presunto, hambúrguer, salsicha, linguiça e outros, pois esses alimentos têm muito sal. É importante que a criança se acostume com comidas menos salgadas desde cedo. Sal demais pode aumentar a pressão arterial. Usar temperos, como cheiro verde, alho, cebola e ervas frescas e secas, ou suco de frutas, como limão, para temperar e valorizar o sabor natural dos alimentos.

PASSO 9 – Estimular a criança a beber no mínimo quatro copos de água durante o dia, de preferência nos intervalos das refeições, para manter a hidratação e a saúde do corpo. Use sempre água tratada, fervida ou filtrada para beber e preparar refeições e bebidas. Suco natural de fruta também é uma bebida saudável, mas procure oferecer após as principais refeições. Não se esqueça também de que suco não substitui a água.

PASSO 10 – Além da alimentação, a atividade física regular é importante para manter o peso e uma vida saudável. Atividades como caminhar, andar de bicicleta, passear com o cachorro, jogar bola, pular corda, brincar de esconde-esconde e pega-pega e evitar que a criança passe mais que duas horas por dia assistindo TV, jogando videogame ou brincando no computador, contribuem para que ela se torne mais ativa. Criança ativa é criança saudável.


Conheça a seguir os DEZ passos para uma alimentação saudável de crianças menores de 2 anos:

PASSO 1 – Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.

PASSO 2 – Ao completar 6 meses, introduzir, de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos de idade ou mais.

PASSO 3 – Ao completar 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno.

PASSO 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.

PASSO 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

PASSO 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

PASSO 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.  

PASSO 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

PASSO 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

PASSO 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

Outras dicas:

  • Lavar as mãos antes de preparar as refeições e de alimentar a criança.
  • Oferecer água nos intervalos das refeições. Não oferecer sucos ou alimentos nesses intervalos.
  • Não oferecer restos da refeição anterior.

Suplementação de Ferro e Vitamina A

Nos primeiros dois anos de vida, é importante a criança tomar suplemento de ferro e vitamina A, pois a anemia por falta de ferro e a hipovitaminose A podem prejudicar o desenvolvimento físico e mental das crianças. Por isso, leve a criança regularmente às consultas na Unidade Básica de Saúde para acompanhamento e orientações.

Ferro

A anemia pode provocar cansaço, fraqueza e falta de apetite deixando as crianças sem ânimo para brincar. Para evitar a anemia, toda criança de 6 a 24 meses deve tomar o suplemento de ferro.

Vitamina A

As crianças de 6 a 59 meses devem ser suplementadas. Essa vitamina protege a visão, diminui o risco de diarreia e infecções respiratórias e ajuda no desenvolvimento e crescimento da criança. Para proteger e cuidar dessas crianças, O governo federal ampliou na distribuição de ferro e vitamina A para todos os estados brasileiros.

Converse com o profissional de saúde, ele vai lhe orientar como proceder.

IMPORTANTE:  Atenção! Lembre-se de acompanhar o registro da suplementação de ferro e vitamina A na Caderneta de Saúde da Criança.

Acompanhando a Saúde da Criança

Para que a criança cresça e se desenvolva bem, é fundamental comparecer à unidade de saúde para fazer o acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento.

Nas consultas de rotina, peça orientações sobre os cuidados necessários para que a criança tenha boa saúde e esclareça as suas dúvidas.

O Ministério da Saúde recomenda o seguinte esquema para as consultas de rotina:

1ª semana - 1º mês  - 2º mês  - 4º mês  - 6º mês  - 9º mês  - 12º mês  - 18º mês  - 24º mês

A partir dos 2 anos de idade, as consultas de rotina devem, no mínimo, ser anuais, próximas ao mês de aniversário. Lembre-se de levar a Caderneta de Saúde da Criança a todas as consultas.

Algumas crianças necessitam de maior atenção e devem ser vistas com maior frequência.

Em todas as consultas de rotina, o profissional de saúde deve avaliar e orientar sobre:

  • Alimentação da criança.
  • Peso, comprimento ou altura e perímetro cefálico (este último até os 2 anos).
  • Vacinas.
  • Desenvolvimento.
  • Prevenção de acidentes.
  • Identificação de problemas ou riscos para a saúde.
  • Outros cuidados para uma boa saúde.

Olhos e Ouvidos - Saúde Ocular e Auditiva

A audição e a visão são muito importantes para o desenvolvimento da criança, auxiliando no aprendizado e na comunicação.

Cuide da audição da criança, não deixando que ela seja exposta a ruídos fortes.

Não coloque remédios caseiros ou qualquer outra coisa nos ouvidos ou nos olhos da criança, a não ser que tenha sido indicado pelo profissional de saúde.

Os pais/cuidadores são os primeiros a desconfiar que a criança não está enxergando ou ouvindo bem. Caso desconfie que ela não enxerga ou não ouve bem, ou se a professora lhe alertar para o problema, não espere, procure o serviço de saúde.
Nos serviços de saúde, podem ser feitos exames para testar a visão e a audição das crianças nos primeiros anos de vida. Esses exames devem ser repetidos quando a criança entra para a escola.

Deve-se suspeitar de deficiência auditiva quando a criança: estando dormindo, não acorda e nem reage a barulhos do ambiente, como porta batendo, vozes, brinquedos, como chocalhos, instrumentos musicais; não atende quando se fala com ela, ou só o faz quando está olhando para a pessoa; fala pouco ou não fala.

Deve-se suspeitar de deficiência visual quando a criança: tem grande dificuldade em fixar os olhos nos objetos ou pessoas; parece desinteressada pelos brinquedos ou ambiente; traz muito perto dos olhos os objetos que deseja ver; tem dificuldade em iniciar sua mobilidade, como rolar, engatinhar ou andar; apresenta comportamentos, tais como: apertar ou esfregar os olhos, franzir a testa ou fixar o olhar em pontos luminosos.

Se desconfiar que a criança não ouve ou não enxerga bem, converse com o profissional de saúde.

Prevenção de Acidentes Ocular e Auditiva

À medida que a criança vai crescendo, faz parte do seu desenvolvimento a curiosidade; movimentar-se em busca de novas descobertas passa a ser constante no seu dia a dia, o que aumenta o risco de sofrer acidentes. Atitudes simples com supervisão contínua podem impedir acidentes, que podem matar ou deixar sequelas, comprometendo as outras fases do ciclo de vida.

Zero a 6 meses Quedas: proteja o berço e o cercado com grades altas, com, no máximo, 6cm entre elas; não deixe a criança sozinha em cima de móveis, nem sob os cuidados de outra criança.

Queimaduras: no banho, verifique a temperatura da água (ideal 37ºC); não tome líquidos quentes nem fume enquanto estiver com a criança no colo.

Sufocação: nunca use talco; ajuste o lençol do colchão, cuidando para que o rosto do bebê não seja encoberto por lençóis, cobertores, almofadas e travesseiros; utilize brinquedos grandes e inquebráveis.

Afogamento: nunca deixe a criança sozinha na banheira.

Medicamentos: nunca dê à criança remédio que não tenha sido receitado pelo médico.

Acidentes no trânsito: o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que a criança, nesta idade, deve ser transportada no bebê-conforto ou conversível – cadeira em forma de concha, levemente inclinada, colocada no banco de trás, voltada para o vidro traseiro, conforme orientações do fabricante.

6 meses a 1 ano

Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. Nessa faixa de idade, a criança começa a se locomover sozinha, está mais ativa e curiosa.

Quedas: coloque redes de proteção ou grades nas janelas que possam ser abertas; ponha barreiras de proteção nas escadas; certifique-se de que o tanque de lavar roupas está bem fixo, para evitar que ele caia e machuque a criança.

Queimaduras: cerque o fogão com uma grade; use as bocas de trás; deixe os cabos das panelas voltadas para o centro do fogão; mantenha a criança longe do fogo, do aquecedor e do ferro elétrico.

Sufocação: afaste, da criança, sacos plásticos, cordões e fios. Afogamentos: não deixe a criança sozinha perto de baldes, tanques, poços e piscinas.

Choque elétrico: coloque protetores nas tomadas; evite fios elétricos soltos e ao alcance da criança. Intoxicação: mantenha produtos de limpeza e/ou medicamentos fora do alcance da criança, colocando-os em locais altos e trancados.

Acidentes no trânsito: o código de trânsito determina que a criança, nesta idade, deve ser transportada no bebê-conforto ou conversível – cadeira em forma de concha, levemente inclinada, colocada no banco de trás, voltada para o vidro traseiro, conforme orientações do fabricante.

1 a 2 anos

Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. A criança já anda sozinha e gosta de mexer em tudo.

Quedas: coloque barreira de proteção nas escadas e janelas; proteja os cantos dos móveis.

Segurança em casa: coloque obstáculo na porta da cozinha e mantenha fechada a porta do banheiro; não deixe à vista e ao alcance das crianças objetos pontiagudos, cortantes ou que possam ser engolidos, objetos que quebrem facilmente, detergentes, medicamentos e substâncias corrosivas, pois elas gostam de explorar o ambiente em que vivem.

Atropelamento: saindo de casa, segure a criança pelo pulso, evitando, assim, que ela se solte e corra em direção à rodovia. Não permita que a criança brinque em locais com trânsito de veículos (garagem e próximo à rodovia); escolha lugares seguros (parques, praças e outros).

Acidentes no trânsito: o CTB determina que, nesta fase, a criança deva ser transportada em cadeira especial no banco de trás, voltada para a frente, corretamente instalada, conforme orientação do fabricante.

2 a 4 anos

Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. A criança está mais independente, mas ainda não percebe as situações de perigo.

Atropelamento: na rua, segure a criança pelo pulso, evitando, assim, que ela se solte e corra em direção à rodovia; não permita que a criança brinque ou corra em locais com fluxo de veículos (garagem e próximo à rodovia); escolha lugares seguros para as crianças brincarem e andarem de bicicleta (parques, ciclovias, praças e outros).

Acidentes no trânsito: no carro, a criança deve usar a cadeira especial no banco de trás, voltada para a frente, corretamente instalada, conforme orientações do fabricante.

Outros cuidados: não deixe a criança se aproximar de cães desconhecidos ou que estejam se alimentando.

4 a 6 anos

Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. Embora mais confiante e capaz de fazer muitas coisas, a criança ainda precisa de supervisão. Converse com ela e explique sempre as situações de perigo.

Queimaduras: crianças não devem brincar com fogo; evite que usem fósforo e álcool; mantenha-as longe de arma de fogo.

Afogamento: a criança não deve nadar sozinha, ensine-a a nadar; não é seguro deixar crianças sozinhas em piscinas, lagos, rios ou mar, mesmo que elas saibam nadar.

Atropelamento: na rua, segure a criança pelo pulso, evitando, assim, que ela se solte e corra em direção à rodovia. Escolha lugares seguros para a criança brincar e andar de bicicleta (parques, ciclovias, praças e outros).

Acidentes no trânsito: o CTB determina que, no carro, a criança deve usar os assentos de elevação (boosters), com cinto de segurança de três pontos, e ser conduzida sempre no banco traseiro.

Outros cuidados: supervisione constantemente crianças em lugares públicos, como parques, supermercados e lojas; evite o acesso a produtos inflamáveis (álcool e fósforos), facas, armas de fogo, remédios e venenos, que devem estar totalmente fora do alcance das crianças.

6 a 10 anos

Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. Quase independente, aumenta a necessidade de medidas de proteção e de supervisão nas atividades fora de casa. Explique sempre os riscos que pode correr no dia a dia.

Quedas: nunca deixe a criança brincar em lajes que não tenham grade de proteção; ao andar de bicicleta, a criança deve usar capacete de proteção e não circular em ruas que transitam veículos. Queimaduras: não deixe a criança brincar com fogueiras e fogos de artifício.

Choque elétrico: não deixe a criança soltar pipa (papagaio, arraia) em locais onde há fios elétricos, devido ao risco de choque de alta tensão.

Atropelamento: nesta idade, ainda é preocupante os acidentes; por isso, oriente a criança sobre as normas de trânsito.

Acidentes com armas de fogo: armas de fogo não são brinquedos; evite-as dentro de casa.

Acidentes no trânsito: o CTB determina que a criança, no carro, após os 7 anos e meio, pode usar apenas o cinto de segurança de três pontos, no banco de trás. Só é permitido, por lei, sentar no banco da frente a partir dos 10 anos e com cinto de segurança.

Atenção: em casos de acidentes com materiais de limpeza, medicamentos e outros produtos tóxicos, procure urgente um serviço de saúde, chame o SAMU (192) ou ligue para o Centro de Informação Toxicológica (0800.780.200).

Prevenção de Violências

Prevenindo a violência

Toda criança tem o direito de crescer e se desenvolver de forma saudável. A criança amada e desejada cresce mais tranquila e tende a se relacionar de forma mais harmoniosa com seus pais/cuidadores e com outras crianças.

A exposição de crianças a situações de violência pode comprometer seu desenvolvimento físico, emocional e mental. Quando maus-tratos ocorrem na infância, os prejuízos são maiores que em qualquer outra faixa etária. Como o aprendizado se dá pela imitação do comportamento dos adultos, crianças que assistem e/ou são vítimas de contínuas cenas de violência em casa podem achar que essa é uma forma natural de lidar com os conflitos e, assim, passar a adotar esse modelo de comportamento.

Os seguintes sinais: manchas roxas, queimadura de cigarros, mãos queimadas em luvas, secreção/sangue na genitália e ânus, medo do contato físico, choro sem causa aparente, tristeza, isolamento, agressividade, criança faltar à escola e negligência na saúde e higiene podem significar que a criança está sendo vítima de violência. Ficar atento para esses sinais ou sintomas é um papel contínuo dos pais/cuidadores e de profissionais.

Na educação das crianças, impor limites não significa bater ou castigar. O diálogo deve ser estimulado desde cedo pelos pais/cuidadores; esse é o caminho.

Se você suspeitar que alguma criança está sofrendo violência, procure a Unidade de Saúde, o Conselho Tutelar ou a Vara da Infância e da Juventude, ou ligue gratuitamente para o número 100.

DENUNCIAR É PAPEL DE TODOS NÓS. DISQUE 100!

Vacinas

A vacinação é essencial para manter a criança saudável. Para vacinar a criança, procure o centro de saúde ou a equipe de saúde que cuida da sua família.

Consulte o calendário básico de vacinação da criança para saber quais as vacinas que ela precisa tomar para estar protegida de doenças graves. Procure seguir esse calendário porque, se as vacinas forem realizadas nos períodos indicados, trazem mais benefícios à criança.

A vacinação básica é gratuita e esses serviços seguem rigorosamente as regras de conservação e aplicação das vacinas.

Na maioria das vezes, mesmo que a criança esteja com febre, gripada ou com outros sintomas, a vacina pode ser aplicada. Quem pode avaliar é a equipe de saúde. 

Confira o Calendário de Vacinação da Criança (PNI/SVS).

Dentes - Saúde Bucal

Conheça a importância dos dentes de leite

  • Os dentes de leite são importantes para “guardar” o espaço e preparar o caminho dos dentes permanentes, servindo de guia para que esses dentes se posicionem de forma correta.
  • Para a criança se alimentar bem e com prazer e ter uma mastigação eficiente dos alimentos sem desconforto, é necessário que seus dentes estejam em bom estado.
  • A perda dos dentes de leite antes do tempo pode prejudicar, na criança que está aprendendo a falar, a pronúncia de algumas palavras. Além disso, a criança poderá se sentir diferente do restante do grupo de sua faixa etária, podendo causar algum problema emocional/social.

Desenvolvimento dos dentes 5 a 6 meses

Época em que costuma aparecer o primeiro dente de leite. A criança pode apresentar alteração do sono, aumento da salivação, coceira nas gengivas e irritabilidade.

10 a 12 meses
Época em que costuma aparecer o primeiro molar de leite (dente de trás).

3 a 6 anos
Aos 3 anos, a criança já tem todos os dentes de leite, num total de 20 dentes.

6 a 18 anos
Em torno dos 6 anos, inicia-se a troca dos dentes de leite pelos dentes permanentes. O primeiro dente permanente a nascer é o 1o molar, que fica atrás do último dente de leite. Ele é um dente maior e deve permanecer na boca pelo resto da vida, assim como todos os dentes permanentes. A dentição permanente é completada em torno dos 18 anos, com um total de 32 dentes.

Dicas para a limpeza da boca/dentes

A partir do nascimento do primeiro dente é indispensável utilizar uma escova de dente pequena de cerdas macias, com o uso de pequena quantidade (menos de um grão de arroz) de creme dental com flúor.

Enquanto a criança possuir apenas dentes de leite, é suficiente escovar os dentes com creme dental duas vezes ao dia, e deve-se cuidar para que ela não engula a espuma que se forma durante a escovação.

O creme dental deve ser mantido fora do alcance das crianças.

O uso do fio dental está indicado quando os dentes estão juntos, sem espaços entre eles, uma vez ao dia. Os pais ou cuidadores devem escovar os dentes das crianças até que elas aprendam a fazer isto sozinhas, mas devem acompanhar até perceber que estão fazendo a higienização bucal de maneira correta.

Orientações importantes

1. Mamar no peito, desde o nascimento, faz o bebê crescer forte e saudável e favorece o desenvolvimento da musculatura e ossos da face, evitando problemas no posicionamento dos dentes.

2. Evitar o uso de chupetas, bicos e mamadeiras, pois eles podem deixar os dentes “tortos” e prejudicar a mastigação, a deglutição (ato de engolir), a fala, a respiração e o crescimento da face.

3. Após as mamadas e depois de cada refeição e uso de xarope (que são adocicados), fazer a limpeza dos dentes, independente do horário.

4. Evitar colocar açúcar nos alimentos oferecidos ao bebê, pois ele aumenta o risco de cárie; muitos alimentos, como as frutas, já contêm açúcar.

5. O uso de flúor nos dentes ajuda a protegê-los da cárie. Ele está presente na maioria das pastas de dente e também na água tratada de muitos municípios.

Cárie dentária

A cárie é uma doença causada por bactérias que vivem na boca e utilizam o açúcar da alimentação para produzir ácidos que destroem os dentes.

Crianças, principalmente durante o primeiro ano de vida, podem ter um tipo de cárie que evolui muito rápido e pode atingir vários dentes de uma só vez, destruindo-os rapidamente.

Para evitar esse tipo de cárie, é importante não oferecer alimentos adoçados e fazer a higiene bucal após a alimentação.

Não se deve oferecer para as crianças alimentos entre as refeições, principalmente doces, biscoitos, sucos adoçados e refrigerantes, pois esse hábito aumenta o risco de cárie.

Discuta suas dúvidas sobre os cuidados com os dentes da criança e os seus com os profissionais de saúde.

Ações, programas e iniciativas

O Ministério da Saúde tem algumas ações, programas e iniciativas voltadas especificamente para o atendimento a mães e crianças, desde o pré-natal, passando pelo parto e puerpério. 

Iniciativa Hospital Amigo da Criança - IHAC

A IHAC é um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde aos hospitais que cumprem os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, instituídos pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para ser amigo da criança, o hospital deve também respeitar outros critérios, como o cuidado respeitoso e humanizado à mulher durante o pré-parto, parto e o pós-parto, garantir livre acesso à mãe e ao pai e permanência deles junto ao recém-nascido internado, durante 24 horas, e cumprir a  Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL).

Quais os pilares da Política Nacional de atenção integral à saúde da criança?

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Bebês que nascem em Hospital Amigo da Criança têm menos chance de sofrer intervenções desnecessárias logo após o parto, como aspiração das vias aéreas, uso de oxigênio inalatório e uso de incubadora. O contato pele a pele com a mãe logo após o nascimento, a amamentação na primeira hora de vida, ainda na sala de parto, e o alojamento conjunto também ocorre com mais frequência em Hospitais Amigos da Criança do que em maternidades que não têm o título.

Nascer em Hospital Amigo da Criança também faz diferença nos indicadores de aleitamento materno. A duração média do aleitamento materno exclusivo (oferta apenas de leite materno para a criança até o 6º mês de vida) em crianças que nasceram nesses hospitais foi de 60,2 dias, contra 48,1 dias em crianças que não nasceram em Hospital Amigo da Criança. A pesquisa revelou ainda que nascer em hospitais com o título aumenta em 9% a chance de o recém-nascido ser amamentado na primeira hora de vida.

Hoje, um em cada quatro nascimentos no país ocorre em Hospitais Amigos da Criança, uma média de 725 mil por ano.

Desde 1992, o Ministério da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) certificam na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) instituições de saúde públicas e privadas que cumprem os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, o Cuidado Amigo da Mulher e uma série de outros requisitos que buscam a adequada atenção à saúde da criança e da mulher. Os hospitais certificados recebem uma placa que é fixada na entrada da maternidade.

Saiba mais sobre o Cuidado Amigo da mulher, que deve ser priorizado nos hospitais amigos da criança:

  • Garantir às mulheres, um acompanhante de livre escolha para oferecer apoio físico e/ou emocional durante o pré-parto, parto e pós-parto, se desejarem.

  • Ofertar, às mulheres, líquidos e alimentos leves durante o trabalho de parto.

  • Incentivar as mulheres a andar e a se movimentar durante o trabalho de parto, se desejarem, e a adotar posições de sua escolha durante o parto, a não ser que existam restrições médicas e isso seja explicado a mulher, adaptando condições para tal.

  • Garantir às mulheres, ambiente tranquilo e acolhedor, com privacidade e iluminação suave.

  • Disponibilizar métodos não farmacológicos de alívio da dor, tais como, banheira ou chuveiro, massageadores/massagens, bola de pilates (bola de trabalho de parto), compressas quentes e frias, técnicas que devem ser de conhecimento da parturiente, informações essas, orientadas à mulher durante o pré-natal.

  • Assegurar cuidados que reduzam procedimentos invasivos, tais como rupturas de membranas, episiotomias, aceleração ou indução do parto, partos instrumentais ou cesarianas, a menos que necessárias em virtude de complicações, e, que em caso de necessidade, isso seja explicado à mulher.

  • Caso o hospital tenha em suas rotinas a presença de doula comunitária/voluntária, autorizar a presença e permitir o apoio à mulher, de forma continua, se for a vontade dela.

Além desses critérios o hospital precisa cumprir o Decreto nº 8.552 de 03 de novembro de 2015, que regulamenta a Lei nº 11.265, de 3 de janeiro de 2006, e a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL);

E ainda garantir a permanência da mãe ou do pai junto ao recém-nascido 24 (vinte e quatro) horas por dia e livre acesso a ambos ou, na falta destes, ao responsável legal, devendo o estabelecimento de saúde ter normas e rotinas escritas a respeito, que sejam rotineiramente transmitidas a toda equipe de cuidados de saúde.

Atualmente, são 324 hospitais certificados em todo o país. Confira a lista aqui.

Os Hospitais Amigos da Criança recebem uma placa de habilitação, que normalmente é fixada na entrada da maternidade.


Método Canguru

Em todo o mundo, nascem anualmente 20 milhões de bebês prematuros e de baixo peso (menores de 2,5kg). Destes, um terço morre antes de completar um ano de vida. 

No Brasil, aproximadamente 10% dos bebês nascem antes do tempo. Mas o avanço da medicina tem possibilitado que a grande maioria consiga se desenvolver e crescer com saúde. São considerados prematuros (ou pré-termos), os bebês que vem ao mundo antes de completar 37 semanas de gestação.

Caso o bebê nasça prematuro e/ou com baixo peso (menor que 2.500gr), e precise ficar internado, o SUS disponibiliza uma atenção humanizada não só ao recém-nascido, mas a toda sua família, para que possam participar dos cuidados com a criança e passar por esse período de forma mais tranquila e confiante.

Método Canguru – Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – é uma estratégia que busca reverter esta realidade.

> Leia as diretrizes

Método Canguru

A iniciativa, que integra a Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso, busca melhorar a qualidade da atenção prestada à gestante, ao recém-nascido e sua família, promovendo, a partir de uma abordagem humanizada e segura, o contato pele a pele (posição canguru) precoce entre a mãe/pai e o bebê, de forma gradual e progressiva, favorecendo vínculo afetivo, estabilidade térmica, estímulo à amamentação e o desenvolvimento do bebê.

Benefícios do Método Canguru

  • Menor tempo de internação do bebê
  • Oxigenação adequada
  • Aumento da temperatura do corpo e estabilidade
  • Menos episódios de apneia – paradas respiratórias durante o sono
  • Diminuição do choro
  • Aumento do aleitamento materno
  • Aumento do vínculo pai-mãe-bebê-família
  • Diminuição do tempo de separação pai-mãe-bebê-família
  • Melhor relacionamento família/equipe            
  • Estimulação sensorial positiva
  • Diminuição de infecção hospitalar
  • Controle e alívio da dor
  • Acolhimento ao bebê e sua família
  • Respeito às individualidades
  • Promoção do contato pele a pele precoce

Acompanhante para o bebê durante todo o período de internação

Caso o bebê precise ficar internado após o parto, é direito do pai e da mãe ter livre acesso ao recém-nascido durante todo o período de internação, 24 horas por dia, mesmo no caso de recém-nascidos críticos que estejam internados em Unidades de Terapia Neonatal Intensiva (UTI neonatal). O acompanhante para o bebê internado em período integral é um direito previsto no Artigo 12 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, e na Portaria nº 930, de 10 de maio de 2012, que define as diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave ou potencialmente grave e os critérios de classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Método Canguru é, portanto, uma tecnologia de saúde que vem mudando o paradigma da assistência neonatal no Brasil, pois amplia os cuidados prestados ao bebê para além de suas necessidades biológicas na perspectiva da clínica ampliada. Essa abrangência deriva da compreensão de que o sucesso do tratamento de um recém-nascido internado em UTI Neonatal não é determinado apenas pela sua sobrevivência e alta hospitalar, mas que para cada bebê deve ser construído um projeto de cuidado singular envolvendo pais, irmãos, avós e redes de apoio familiar e social. 

Assista aos vídeos do Método Canguru

Método Canguru na Atenção Básica: Cuidado Compartilhado (2015).

Clipe Musical Método Canguru (2015).

Como o Ministério da Saúde multiplica o Método Canguru no Brasil?

A Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde (CGSCAM/MS) coordena todo o processo de implantação, implementação e avaliação do Método Canguru no âmbito nacional. Acompanha e avalia o processo em nível estadual, elabora e disponibiliza material de capacitação e forma tutores que servirão de multiplicadores do método. A CGSCAM/MS capacita ainda avaliadores estaduais, monitora e avalia os centros de referência, além de fornecer apoio técnico aos estados e certifica maternidades que implantarem as três etapas do Método Canguru. Neste processo, o estado é responsável por repassar a capacitação/sensibilização para as demais maternidades estaduais e municipais.

A maternidade que deseja implantar a Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINca) deverá estar de acordo com a norma de atenção humanizada ao recém nascido de baixo peso – Método Canguru, Portaria nº 1.683, de 12 de julho de 2007.

Para capacitação da equipe o hospital deverá entrar contato com a Secretaria Estadual de Saúde ou com o hospital de referência estadual para solicitar o curso de sensibilização da equipe no Método Canguru.

Para solicitar habilitação do leito UCINca o hospital deverá entrar em contato com a SES (mesmo não sendo contemplando no plano de ação da rede cegonha). Por meio da Portaria Nº 1.300, de 23 de novembro de 2012, a UCINca é incluída na Tabela de Habilitações do Sistema de Cadastro de Estabelecimentos de Saúde – SCNES passando a possuir código para habilitação e incentivo financeiro, no valor de R$ 150 (cento e cinquenta reais) a diária.


Estratégia QualiNeo

Qualificação da Assistência ao Recém-Nascido de Risco

A promoção de saúde da criança e as estratégias de redução da mortalidade infantil são eixos centrais nas políticas de saúde do Brasil nas últimas décadas. No Brasil, nascem por ano, aproximadamente 3 milhões de crianças em 4.705 maternidades (públicas e privadas).

Visando superar o desafio de diminuir a mortalidade neonatal o Ministério da Saúde apresenta a “Estratégia QualiNEO (EQN) ”, que objetiva ofertar apoio técnico de forma sistemática e integrada às maternidades prioritárias para qualificação das práticas de gestão e atenção ao recém-nascido a fim de que possam contribuir para a redução da mortalidade infantil, em especial em seu componente neonatal.

Além disto, esta estratégia pretende promover a integração dos programas estratégicos do Ministério da Saúde voltados à qualificação da assistência e redução da mortalidade neonatal, visto que hoje são ofertados e acompanhados de maneira isolada. 

Nessa direção, busca-se a formação e qualificação do cuidado e da gestão a partir do estabelecimento de relações colaborativas nos espaços coletivos de trabalho, promovendo interações, trocas de experiências e conhecimento. Incorporando também estratégias e instrumentos de pactuação de compromissos e corresponsabilização com as práticas sanitárias no campo materno-infantil. No mais, busca ofertar métodos de monitoramento cotidiano das práticas de atenção neonatal visando a correção de rumos de modo dinâmica e permanente.

Caminhos já percorridos pela estratégia QualiNEO

Quais os pilares da Política Nacional de atenção integral à saúde da criança?

Quais os pilares da Política Nacional de atenção integral à saúde da criança?

Maternidades que fazem parte da Estratégia QualiNEO:

1 - AMAZONAS
SEDE: MATERNIDADE DE REFERENCIA ANA BRAGA
MATRICIADAS:
INSTITUTO DA MULHER DONA LINDÚ
MATERNIDADE BALBINA MESTRINHO

2 - AMAPÁ
SEDE:HOSPITAL DA MULHER MÃE LUZIA
MATRICIADAS:
SES AP HOSPITAL ESTADUAL DE SANTANA - Santana
HOSPITAL SAO CAMILO E SAO LUIS - Macapá

3 - BAHIA
SEDE: HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS
MATRICIADAS:
MATERNIDADE PROFESSOR JOSE MARIA DE MAGALHAES NETO - Salvador
MATERNIDADE CLIMERIO DE OLIVEIRA (UFBA) - Salvador

4 - MARANHÃO
SEDE: HOSPITAL UNIVERSITARIO HUUFMA – São Luís
MATRICIADAS:
MATERNIDADE MARLY SARNEY  - São Luís
HRMI HOSPITAL REGIONAL MATERNO INFANTIL DE IMPERATRIZ – Imperatriz
MATERNIDADE CARMOSINA COUTINHO - Caxias

5 - MATO GROSSO
SEDE: HOSPITAL SANTA HELENA - Cuiabá
MATRICIADAS:
HOSPITAL UNIVERSITARIO JULIO MULLER - Cuiabá
HOSPITAL GERAL UNIVERSITARIO - Cuiabá

6 - PARÁ
SEDE: SANTA CASA DE MISERICORDIA DO PARÁ
MATRICIADAS:
HOSPITAL DE CLINICAS GASPAR VIANA – Belém
HOSPITAL SANTO ANTONIO MARIA ZACCARIA - Bragança

7 - CEARÁ
SEDE: MATERNIDADE ESCOLA ASSIS CHATEAUBRIAND
MATRICIADAS:
HOSPITAL GERAL DOUTOR CÉSAR CALS DE OLIVEIRA
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL
HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA (HGF)

8 - RORAIMA
SEDE: HOSPITAL MATERNO INFANTIL N SRA DE NAZARETH – Boa Vista

9 - PIAUÍ
SEDE: MATERNIDADE DONA EVANGELINA ROSA
MATRICIADAS:
MATERNIDADE MUNICIPAL PROF WALL FERRAZ - Teresina
HOSPITAL ESTADUAL DIRCEU ARCOVERDE - Parnaíba

10 - SERGIPE
SEDE: MATERNIDADE NOSSA SENHORA DE LOURDES - Aracajú
MATRICIADAS:
HOSPITAL SANTA IZABEL


Visitas domiciliares para o DPI por agentes de saúde

O Ministério da Saúde adotou como pauta essencial o estímulo ao Desenvolvimento na Primeira Infância (DPI), como forma de garantir às crianças brasileiras condições sadias que permitam seu desenvolvimento pleno. Nesse sentido, está apoiando técnica e financeiramente dois projetos de Visitas Domiciliares: o Cresça com seu Filho, de Fortaleza (CE), e o São Paulo Carinhosa, da capital paulista.

Ambos têm por objetivo fortalecer as competências de famílias de maior vulnerabilidade, com grávidas e/ou crianças na primeira infância, para o cuidado afetivo com os filhos, estimulando seu desenvolvimento integral. Os dois projetos servirão como base para a construção de um modelo programático, financeiro e de avaliação que possa ser ofertado para replicação em outros municípios brasileiros. A proposta é uma inovação da Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno no contexto do Brasil Carinhoso.

Os pilotos têm como base o programa Primeira Infância Melhor (PIM) - desenvolvido pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul, que fornece o apoio técnico ao Ministério da Saúde - e inspiração em outras experiências exitosas, como o programa Educa a Tu Hijo, de Cuba, e Chile Crece Contigo. O foco das visitas é acompanhar a saúde da mãe/bebê, além de empoderar as famílias para o cuidado e o estímulo ao desenvolvimento das crianças. Além da capacitação dos agentes, o projeto prevê a supervisão e apoio permanente ao trabalho desenvolvido por eles com as famílias. As primeiras experiências estão acontecendo nos dois municípios com famílias com renda per capita até R$ 77.


AIDPI Neonatal

A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI Neonatal) é uma estratégia utilizada por profissionais de saúde capacitados pelo Ministério da Saúde, que permite avaliar, classificar e tratar precocemente as principais doenças e fatores de risco que afetam crianças de zero a dois meses de idade.

Essa linha de atenção integrada tem por objetivo reduzir a incidência e o agravamento de doenças que atingem as crianças de zero a dois meses, além de minimizar possíveis sequelas ou complicações que podem afetar a saúde futuramente.

O AIDPI Neonatal contribui ainda para aprimorar as práticas profissionais de tratamento e atendimento em saúde neonatal, visa melhorar o conhecimento e a prática das famílias para a prevenção de doenças e promoção da saúde.

Como funciona?

Baseada em evidências científicas, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) elaborou uma descrição sobre como atender crianças desde o nascimento até os dois meses de idade. O material foi elaborado mediante uma série de normas específicas para cada doença.

O Ministério da Saúde traduziu e atualizou os dados para realizar a capacitação de profissionais que atendem a criança nos serviços de saúde de forma integral, a fim de fortalecer e qualificar o atendimento para que este seja resolutivo no primeiro nível de atenção.

As capacitações em AIDPI Neonatal são realizadas através das parcerias entre o Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde, a partir de convênio firmado com a Universidade Federal do Maranhão(UFMA), Fundação Josué Montello e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP).

O curso

O curso tem duração de 3 dias (26h), com prática em reanimação neonatal. É preconizado que a turma seja composta com no máximo 30 pessoas. De 2009 a 2013, 1395 facilitadores foram formados no país.

Saiba como levar a capacitação para o seu município.

O município deve entrar em contato com a Secretaria de Saúde do Estado, que acionará os facilitadores formados pelo Ministério da Saúde. A equipe certificada pelo Ministério da Saúde ou pelo Estado será convidada a realizar a capacitação no município solicitante. Dessa forma, após o primeiro curso, haverá multiplicadores no município e estes poderão dar seguimento à estratégia localmente. Em todos os estados brasileiros foram certificados pelo Ministério da Saúde facilitadores nacionais, aptos a darem seguimento às capacitações. Assim como os Estados, com seus facilitadores estaduais.

O material utilizado nas capacitações é disponibilizado para reprodução pela SES ou SMS.

O material completo para a realização do curso é composto por:

  • Manual do participante
  • Manual de quadros
  • Apostila com exercícios para o participante
  • Guia do facilitador, pré e pós-testes (ambos com cartão de resposta)
  • DVD com vídeos
  • Bonecos para realização da prática de reanimação neonatal (cada estado recebe um kit).

Saiba mais aqui. 


Nas Ondas do Rádio

Desde 2013, a Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno sensibiliza radialistas de diversas partes do país no tema da violência contra crianças e adolescentes. O objetivo é ter os radialistas como parceiros do Ministério da Saúde atuando na prevenção da violência e na promoção de uma cultura de paz. O radialista sensibilizado torna-se apto a trabalhar com a temática no dia a dia da programação das rádios em que atua, ampliando conhecimentos e sensibilizando a população acerca da prevenção da violência, notificação dos casos e promoção de direitos de crianças e adolescentes.

Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), 88,1% dos domicílios do país possuem rádio. São aproximadamente 9,4 mil emissoras em funcionamento no país, incluindo emissoras comerciais AM e FM e rádios comunitárias. O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno/DAPES/SAS, enxergou nesses dados o potencial do rádio para levar aos brasileiros, com humor e criatividade, mensagens de paz e de garantia dos direitos de crianças e adolescentes.

Sabe-se que o rádio tem como função informar, mostrar diferentes pontos de vista, levar entretenimento, publicidade e muitas outras mensagens de interesse da população. Por cumprir esse papel, é considerado um espaço de força dentro da comunidade e tendo em vista os amplos e flexíveis meios de linguagem que utiliza na propagação de ideias, o rádio é capaz de alcançar diferentes segmentos da sociedade e atuar na formação da opinião pública, dos valores, crenças e atitudes.

Nesse sentido, é grande seu potencial para trabalhar a educação, a cidadania e a conscientização do público no que se refere aos direitos humanos, à prevenção de violências contra crianças, adolescentes e suas famílias, à importância da notificação dos casos de violação de direitos e à promoção da cultura de paz.

Abrangência

O projeto Nas Ondas do rádio a prevenção da violência contra crianças e adolescentes foi desenvolvido inicialmente nos 17 estados do Nordeste e da Amazônia Legal, e os municípios/capitais da fase piloto da Estratégia Brasileirinhos e Brasileirinhas Saudáveis (Rio de Janeiro, Florianópolis e Campo Grande) que participaram do Projeto de Capacitação de Trabalhadores de Saúde e na Estratégia da Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências.

A primeira fase do Projeto iniciou nos 17 estados do Nordeste e Amazônia Legal e possibilitou a sensibilização e capacitação de 106 radialistas de rádios comunitárias (37%), escolares (16%), educativa (5%), públicas (27%) e comercial (13%) e outras (2%), em oficinas realizadas em Recife (PE) e Belém (PA).

Público

Profissionais de rádio (comunitárias, escolares, públicas e comerciais).

Como levar a capacitação para radialistas do seu município?

Entre em contato com a Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde pelo e-mail  ou pelo telefone (61) 3315.9070


Ampliação e Qualificação dos Leitos de Internação Neonatal

A Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde prioriza a habilitação, qualificação e ampliação de leitos para recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatalm (UTIN), Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa). 

No caso da mortalidade neonatal, o país tem necessidade não apenas de qualificar/humanizar as práticas das Unidades Neonatais existentes, mas também de ampliá-las em relação ao numero de leitos, qualificá-las do ponto de vista de estrutura equipamentos e adequá-las à nova legislação. Os Planos Nacional de Saúde e Plurianual Federal 2012-2015 apontam como metas a ampliação do número de leitos de UTIN no país em 684, passando de 3.775, em 2011, para 4.459 em 2015, e o custeio de mais 3.141 leitos de UCIN (incluindo leitos convencionais e Canguru), passando de 349, em 2011, para 3.490 custeados em 2015.  

Iniciativa Hospital Amigo da Criança

Conheça os novos critérios para habilitação na IHAC estabelecidos por meio da Portaria nº 1.153, de 22 de maio de 2014.  Para realizar auto-avaliação hospitalar, acesse o questionário aqui.

Hospitais Amigos da Criança no Brasil. Confira a lista aqui.

Desde 1992, o Ministério da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) certificam na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) instituições de saúde públicas e privadas que cumprem os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, o Cuidado Amigo da Mulher e uma série de outros requisitos que buscam a adequada atenção à saúde da criança e da mulher. Os hospitais certificados recebem uma placa que é fixada na entrada da maternidade.

Os objetivos da IHAC são:

  • Diminuir a morbimotalidade infantil por meio do estímulo à prática da amamentação
  • Mobilizar e capacitar profissionais de saúde para mudarem rotinas e condutas inadequadas que possam prejudicar a amamentação e determinar um desmame precoce.
  • Implementar os Dez Passos Para o Sucesso do Aleitamento Materno
  • Por fim à prática de distribuição de suprimentos gratuitos ou de baixo custo de substitutos do leite materno para maternidades e hospitais
  • Cumprir a NBCAL
  • Promover o Cuidado Amigo da Mulher.

Conheça os DEZ PASSOS PARA O SUCESSO DO ALEITAMENTO MATERNO

Passo 1 - Ter uma política de aleitamento materno escrita que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde;
Passo 2 - Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias para implementar esta política;
Passo 3 - Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno;
Passo 4 - Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento; conforme nova interpretação: colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães, imediatamente após o parto, por pelo menos uma hora e orientar a mãe a identificar se o bebê mostra sinais de que está querendo ser amamentado, oferecendo ajuda se necessário;
Passo 5 - Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação mesmo se vierem a ser separadas dos filhos;
Passo 6 - Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica e/ou de nutricionista;
Passo 7 - Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e recém-nascidos permaneçam juntos – 24 horas por dia;
Passo 8 - Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda;
Passo 9 - Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a recém-nascidos e lactentes;
Passo 10 - Promover a formação de grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade; conforme nova interpretação: encaminhar as mães a grupos ou outros serviços de apoio à amamentação, após a alta, e estimular a formação e a colaboração com esses grupos ou serviços.

Para se tonar Amigo da Criança, o hospital deverá ainda:

  • Cumprir a Lei 11.265 de 03 de janeiro de 2006 e a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira Infância – NBCAL;
  • Garantir livre acesso à mãe e ao pai e permanência da mãe ou pai, junto ao recém-nascido, durante 24 horas, conforme Portaria nº 930 de 10 de maio de 2012, devendo o hospital ter uma Política escrita, a respeito, que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde;
  • Incluir no processo de avaliação da IHAC o critério global – Cuidado Amigo da Mulher devendo o hospital ter uma Política escrita, a respeito, que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.
  • O Critério Global Cuidado Amigo da Mulher requer as seguintes práticas:
  • Garantir às mulheres, um acompanhante de livre escolha para oferecer apoio físico e/ou emocional durante o pré-parto, parto e pós-parto, se desejarem;
  • Ofertar, às mulheres, líquidos e alimentos leves durante o trabalho de parto;
  • Incentivar as mulheres a andar e a se movimentar durante o trabalho de parto, se desejarem, e a adotar posições de sua escolha durante o parto, a não ser que existam restrições médicas e isso seja explicado a mulher, adaptando condições para tal;
  • Garantir às mulheres, ambiente tranquilo e acolhedor, com privacidade e iluminação suave;
  • Disponibilizar métodos não farmacológicos de alívio da dor, tais como, banheira ou chuveiro, massageadores/massagens, bola de pilates (bola de trabalho de parto), compressas quentes e frias, técnicas que devem ser de conhecimento da parturiente, informações essas, orientadas à mulher durante o pré-natal.
  • Assegurar cuidados que reduzam procedimentos invasivos, tais como rupturas de membranas, episiotomias, aceleração ou indução do parto, partos instrumentais ou cesarianas, a menos que necessárias em virtude de complicações, e, que em caso de necessidade, isso seja  explicado à mulher;
  • Caso o hospital tenha em suas rotinas a presença de doula comunitária/voluntária, autorizar a presença e permitir o apoio à mulher, de forma continua, se for a vontade dela;


Prevenção de Violências e Promoção da Cultura de Paz

A prevenção de violências e promoção da cultura de paz inclui as ações e estratégias de prevenção de acidentes, definida como um dos eixos estratégicos da Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM) para desenvolver um conjunto de ações para a proteção integral aos direitos fundamentais da criança, para que não sofram qualquer forma de negligência, discriminação e exploração, violência, crueldade e opressão, conforme definidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Objetivo: Promover ações e estratégias para a atenção integral à saúde de crianças e suas famílias em condições de vulnerabilidades e riscos para acidentes e violências, mediante a articulação intrassetorial e intersetorial, visando a efetivação de direitos.

Público: crianças de 0 a 9 anos.

Estratégias intersetorial para a prevenção de violências e acidentes

  • Curso de Ensino a Distância – EAD -  Prevenção de Violências contra Crianças, Adolescentes e Jovens, Carga horária  de 160h, com o objetivo de  qualificar os profissionais de nível médio e superior que atuam nos estabelecimentos/serviços de saúde, educação, assistência social entre outros equipamentos do sistema de garantia de direitos no território. O curso deve contemplar conteúdos sobre a promoção da cultura do respeito e da garantia de direitos humanos de crianças, adolescentes, jovens e da prevenção de todas as formas de violências no âmbito da família, do poder público e da sociedade em geral, levando em consideração as especificidades de pessoas com deficiência, e as diversidade de gênero, étnico- racial, orientação sexual, cultural, religiosa, geracional e territorial. Em construção
  • Cursos Temáticos: Prevenção de Violências e os Cuidados da Segurança da Criança (prevenção de acidentes com crianças), carga horária de 40h, incluído na Plataforma do Ensino à Distância em Desenvolvimento Integral da Primeira Infância (EAD), oferta, a partir de 2014, que se encontra em processo de construção.  
  • Programa Saúde na Escola (PSE) constitui-se em uma estratégia intersetorial poderosa que contribui para a prevenção de violências, mas também é um espaço diferenciado para a identificação de sinais e sintomas de violência interpessoal, além de ser um locus para a prevenção de acidente. As ações em âmbito federal são planejadas de forma conjunta entre as áreas de Saúde (envolvendo as áreas técnicas de saúde da criança, adolescentes, entre outras) a Educação, e mais recentemente com a Assistência Social, contemplando na pactuação com os municípios para 2013/2014, as ações de prevenção de acidentes e violências, a seguir:

    Linha de ação/ Público

    Ações pactuadas:

    Indicadores

    Promoção da Cultura de Paz e Diretos Humanos
    Pré-escola, Ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos - EJA.

    Realizar atividades lúdicas de estímulo à solidariedade e cooperação;

     % de Comunidade escolar, pais e responsáveis orientados em relação à importância das relações interpessoais solidárias e cooperativas em relação ao pactuado.

    Realizar atividades sobre a prevenção de acidentes de trânsito

     % de educandos que participaram das atividades dentre os pactuados

  • Carta de Constituição de Estratégia em Defesa da Proteção Integral de Crianças e Adolescentes: instituída em dezembro de 2012, visando ampliar a participação de todos os integrantes do Sistema de Garantia de Direitos, na qual abriga um eixo relativo ao enfrentamento à violência sexual, outras violências e prevenção de acidentes contra crianças e adolescentes, cujas ações e metas foram planejadas em conjunto com os representantes das instituições integrantes da Carta. (Leia mais na Matriz II, anexa). 
  • Plano de enfrentamento à exploração sexual contra crianças e adolescentes: (em processo de revisão e aprovação pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conanda).
  • Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes:  Eixos, diretrizes e objetivos estratégicos, aprovado pelo Conanda, em 19 de abril de 2010.
  • Relatório Final da 9ª Conferência sobre os Direitos da Criança e do Adolescente: realizada em Brasília em julho de 2012.
  • Plano Nacional pela Primeira Infância: aprovado pelo Conanda em dezembro de 2010.

Prevenção de violências e intervenção para o cuidado.

Para atuar de forma mais efetiva na prevenção de violências e colocar em prática ações de cuidado e proteção a crianças e adolescentes com direitos violados, o Ministério da Saúde lançou a Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências, que articula o cuidado na atenção primária, na média e alta complexidade, exigindo a interação em rede com os sistemas da educação e assistência social para a garantia de direitos.

São objetivos da estratégia da Linha de Cuidado:

(a) estimular o desenvolvimento de ações de promoção da saúde, prevenção de violências, por meio da ação continua e permanente no dia a dia dos serviços;

(b) orientar os profissionais de saúde para a importância da integralidade do cuidado nas dimensões: acolhimento, atendimento, notificação e seguimento na rede de cuidado e de proteção social, e

(c) sensibilizar os gestores para a organização dos serviços em rede no território para a atenção integral às crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências.

A proposta de trabalho em linha de cuidado se constitui como um instrumento pedagógico que possibilita aos profissionais de saúde, no seu dia-a-dia nos serviços, desenvolver ações de promoção da saúde, de prevenção de violências e promoção da cultura de paz, na identificação de sinais de alerta e sintomas de violências, numa lógica que avança em direção à necessidade da atuação do cuidado em rede. 

É também reforçada a importância da integração das várias ações desenvolvidas nas redes de serviços que corresponsabiliza os gestores e os profissionais envolvidos, desde a atenção primária até o mais complexo nível de atenção, exigindo ainda a articulação com os demais sistemas de garantia de direi­tos, proteção e defesa de crianças e adolescentes.


Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil

A "Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS - Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB)", lançada em 2012, tem como objetivo qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica com o intuito de reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa é o resultado da integração de duas ações importantes do Ministério da Saúde: a Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), que se uniram para formar essa nova estratégia, que tem como compromisso a formação de recursos humanos na atenção básica.

A base legal adotada para a formulação da estratégia são políticas e programas já existentes como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC- pactuada, aguardando publicação), a Rede Cegonha, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN).

A Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM/DAPES/SAS) e a Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN/DAB/SAS) do Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, são os responsáveis pela formulação das ações da nova estratégia, que visa colaborar com as iniciativas para a atenção integral da saúde das crianças. A Oficina da EAAB tem como princípio a educação permanente em saúde e como base a metodologia crítico-reflexiva que é desenvolvida por meio de atividades teóricas e práticas, leituras e discussões de textos, troca de experiências, dinâmicas de grupo, conhecimento da realidade local, sínteses e planos de ação.

Para a efetivação da estratégia os estados e municípios deverão se organizar para formar os profissionais da atenção básica por meio de duas ações: formação de tutores e oficinas de trabalho na Unidade Básica de Saúde (UBS):

Oficina de formação de tutores - Visa qualificar profissionais de referência que serão responsáveis em disseminar a estratégia e realizar oficinas de trabalho nas suas respectivas equipes e UBS. Esses profissionais são os pilares da estratégia e devem apoiar o planejamento, o acompanhamento e/ou fortalecimento das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável nas UBS, de forma contínua. O Ministério da Saúde, desde março de 2013, vem apoiando os estados na formação de tutores para levar a estratégia aos municípios.

Oficina de trabalho na UBS - Visa discutir a prática do aleitamento materno e alimentação complementar saudável com as equipes das UBS e planejar ações de incentivo à alimentação saudável na infância, de acordo com a realidade local. Essa oficina é o ponto de partida para o desenvolvimento de ações com o objetivo de promover, proteger e apoiar a prática do aleitamento materno e alimentação complementar saudável. Essas oficinas acontecem a partir de um cronograma firmado entre as UBS e a secretaria de saúde, que em um primeiro momento deve ser de quatro horas, de acordo com a metodologia proposta. Em um segundo momento, uma oficina, com tempo variável de acordo com a necessidade da equipe, deve ser realizada para discutir temas específicos segundo a realidade de cada UBS. Como exemplo dessas discussões estão o manejo do aleitamento materno, prática da alimentação complementar, desenvolvimento infantil, Vigilância Alimentar e Nutricional, entre outros. 

Para complementar a formação dos tutores formados na nova estratégia, bem como os tutores da Rede Amamenta e da ENPACS, o ministério lançou no segundo semestre de 2014 o Curso de Educação à Distância (EAD) sobre Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável. Para saber mais sobre esse curso você pode entrar em contato com a Coordenação Nacional da Estratégia pelo email:  

Mulher trabalhadora que amamenta

A estratégia de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta consiste em criar nas empresas públicas e privadas uma cultura de respeito e apoio à amamentação como forma de promover a saúde da mulher trabalhadora e de seu bebê, trazendo benefícios diretos para a empresa e para o país.

Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2008 revelou que 34% das mães brasileiras que trabalhavam fora de casa naquele ano e que tinham bebê menor de um ano não amamentavam mais a criança, enquanto que entre as mães que não trabalhavam fora de casa esse índice era de 19%. Os dados mostram que as condições de trabalho da mulher e o nível de sensibilidade da empresa implicam diretamente no tempo em que o bebê é amamentado e, consequentemente, na saúde da criança.

Oficinas de capacitação

O Ministério da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, vem realizando oficinas de capacitação de tutores nos estados e municípios que tenham interesse em adotar a ação de Apoio à Mulher Trabalhadora para Manter a Amamentação. O objetivo da oficina é preparar profissionais de saúde e de outras áreas sensíveis ao tema do aleitamento materno com vínculo com as secretarias estaduais e/ou municipais de saúde para sensibilizarem gratuitamente gestores e patrões sobre as variadas formas de se apoiar a amamentação no ambiente profissional. Para apoiar, orientar e supervisionar a implementação de salas de apoio à amamentação nas empresas; a adesão ao programa Empresa Cidadã com a ampliação da licença maternidade para seis meses; possibilitar o acesso a creches no local de trabalho ou conveniadas; o cumprimento das leis que protegem a amamentação entre outras ações. Para levá-las às instituições tanto públicas quanto privadas. A oficina tem carga horária de 16 horas e é realizada com orientação, apoio e sob supervisão de técnicos da Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno.

As capacitações consistem em formar profissionais A tutoria é oferecida GRATUITAMENTE pelos profissionais formados pelo Ministério da Saúde, ajudando no que for possível para a empresa aderir aos três eixos da ação. Caso sua empresa deseje aderir à ação, entre em contato com a Secretaria Estadual de Saúde/ Coordenação Estadual de Saúde da Criança e se informe se há tutor formado pelo Ministério em seu município.

Como levar a oficina para seu município/empresa?

O Estado ou Município que tiver interesse em realizar oficina da ação de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta deve entrar primeiramente em contato com a Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde por meio do endereço de e-mail:   ou .

O Ministério da Saúde, por sua vez, auxiliará o estado/município a realizar a primeira oficina formando multiplicadores da estratégia no território. Ficará sob responsabilidade do Estado/Município coordenar as demais oficinas com o apoio didático do MS e da Sociedade Brasileira de Pediatria local.

O Estado/Município deverá comunicar o Ministério da Saúde sobre as capacitações que serão realizadas. A referência para a ação no município é a Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Todo o monitoramento da oficina MTA é feito através do Sistema de Monitoramento da Miulher Trabalhadora (http://www.mta.saudedacrianca.net/)

Licença-Maternidade de 6 meses

Assista ao vídeo da Sociedade Brasileira de Pediatria que divulga aos empresários os benefícios da ampliação da licença-maternidade para 6 meses:  

Campanha licença-maternidade de 6 meses: agora é a vez dos empresários!

Salas de Apoio à Amamentação

As salas de apoio à amamentação são espaços dentro da empresa em que a mulher, com conforto, privacidade e segurança, pode esvaziar as mamas, armazenando seu leite em frascos previamente esterilizados para, em outro momento, oferecê-lo ao seu filho. Esse leite é mantido em um freezer a uma temperatura controlada até o fim do dia, com uma etiqueta identificando o vidro com o nome da mãe, a data e a hora da coleta. No fim do expediente, a mulher pode levar seu leite para casa para que seja oferecido ao seu filho na sua ausência, e também se desejar, doá-lo para um Banco de Leite Humano.

Geralmente o término da licença maternidade implica em separação da dupla mãe/bebê por um determinado número de horas por dia, fazendo com que esse processo de volta ao trabalho se torne muitas vezes doloroso para a mulher, sobretudo para as que amamentam. Nesse sentido, a sala de apoio é um incentivo para que a mulher trabalhadora siga amamentando seu filho, sentindo-se ao mesmo tempo mais tranquila e disposta para realizar suas tarefas profissionais.

As empresas que aderem a essa iniciativa tendem a ter menos problemas com a ausência de funcionárias para tratar de problemas de saúde dos filhos, pois como o leite materno possui anticorpos que previnem doenças, as crianças amamentadas no peito adoecem menos. Funcionários e sociedade também passam a ter uma imagem mais positiva da instituição, que por sua vez, ganha em reputação.

A sala não exige uma estrutura complexa. Por isso, sua implementação e manutenção são de baixo custo. Além disso, todos são beneficiados: mães, bebês e empresas.

Assista ao vídeo do Ministério da Saúde sobre as Salas de Apoio à Amamentação

Regulamentação

Em 2010, o Ministério da Saúde junto a ANVISA regulamentou a implementação das salas de apoio à amamentação nas empresas por meio da Nota Técnica Conjunta nº 01/2010, disponível aqui.

Se a sua empresa possui Sala de Apoio à Amamentação, cadastre-se. Preencha o cadastro disponível no link a seguir e envie juntamente com as fotos da sala de apoio para o e-mail . O Ministério da Saúde divulgará nesta página o nome de sua empresa entre as instituições que apoiam a amamentação.

Ficha de cadastro de empresas que possuem Sala de Apoio à Amamentação.

Conheça as Empresas que possuem Sala de Apoio à Amamentação clicando aqui.

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