Quais as principais dificuldades encontradas ao ministrar as aulas de Educação Física?

Rótulo Prática, Aulas, Escola

Resumo

1 INTRODUÇÃO Este trabalho parte das nossas experiências nas Práticas de Componentes Curriculares (PCCs), previstas nas matrizes curriculares do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Por meio de intervenções e observações em escolas da rede pública de Uruguaiana, fomos conhecendo as dificuldades que professores de Educação Física (EF) enfrentam, tais como a falta de equipamentos e de locais adequados para ministrar os conteúdos. Nosso objetivo foi mostrar a situação dos equipamentos e espaços destinados à EF. . 2 METODOLOGIA Para realizar o estudo, definimos quais escolas seriam analisadas. O critério baseou-se no local em que foram realizadas as intervenções e observações dos PCCs. Visitamos as instituições escolares para fazer observações, anotações e conversas com os professores de EF, focando nos equipamentos e espaços para as práticas do componente. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Nas observações e conversas, verificamos as dificuldades de infraestrutura e a pouca diversidade de conteúdos abordados na EF. De acordo com os entrevistados, há desvalorização e falta de interesse em relação às aulas de EF por parte dos alunos, devido aos precários equipamentos e aos locais inadequados. Os docentes geralmente possuem pátio ou quadra sem cobertura e escassos materiais pedagógicos. Alguns professores levam ou compram materiais pedagógicos. Ao analisarmos esse contexto de precariedade, com poucos atrativos e escassos equipamentos, encontramos as razões dos alunos se sentirem desmotivados. Os docentes enfrentam outras tantas dificuldades como a baixa remuneração, a escassez de matérias, falta de recursos nas escolas. Nesse contexto, profissionais desmotivados aplicam o básico da área, deixando de lado temas e conteúdos relevantes. Acreditamos que a EF e os profissionais de EF precisam ser valorizados, pois são fundamentais para a construção da cidadania e incentivo aos esportes, danças, ginásticas, lutas e demais conteúdos da cultura corporal do movimento. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este estudo concluímos que as principais dificuldades encontradas pelos professores de EF são a precariedade na infraestrutura, a carência de materiais e o desinteresse dos alunos. No contexto escolar de precariedade das escolas públicas, os alunos se sentem desmotivados, sem disposição para atividades pedagógicas nas aulas de EF. Muitas vezes, o professor tem sido responsabilizado pela suposta má qualidade da educação; no entanto, tais afirmações desconsideram a falta de aparelhos, equipamentos, espaço físico, remuneração adequada etc... Elementos imprescindíveis à realização de aulas que despertem o interesse dos discentes.

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Quais as principais dificuldades encontradas ao ministrar as aulas de Educação Física?

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Como Citar

GALLINO, G.; DE SANTANA, K. AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELO PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 10, n. 2, 3 mar. 2020.

Introdu��o

    A educa��o tem sido caracterizada como a �rea que mais enfrenta desafios e conflitos pol�ticos e econ�micos em uma sociedade que esta em constante mudan�a. A Educa��o F�sica escolar que faz parte do componente curricular tamb�m sofre muito com esses diversos problemas sociais, onde encontramos muitos professores e insatisfeitos. �Todos esses problemas refletem diretamente na qualidade de vida do profissional e na qualidade da sua pr�tica. Existem muitos estudos publicados onde apontam a desmotiva��o como o principal problema da educa��o no Brasil�. (SOMARIVA et al, 2013)

    Cabe neste contexto, uma profunda e urgente mudan�a, tarefa que deve ser organizada pelo verdadeiro educador. Por esses motivos que procuramos ressaltar nesse relato de experi�ncia, como objetivo, todas as dificuldades que o profissional de educa��o f�sica encontra no �mbito escolar, juntamente com a necessidade de discuti-las na busca de a��es concretas na determina��o de seu desenlace.

    Este relato de experi�ncia foi realizado com turmas do ensino fundamental do Col�gio Estadual Cora Coralina no turno vespertino para o ano 2013. Este relato de experi�ncia como um processo de aprendizagem muito importante para nossa forma��o pois vimos todas as dificuldades que a professora encontra no processo de ensino-aprendizagem. O professor de Educa��o F�sica acaba enfrentando muitas dificuldades no processo de ensino-aprendizagem de seus alunos, principalmente em escolas p�blicas. Dificuldades que muitas vezes acabam desmotivando esse profissional. Albuquerque et al. (2009) apud Alves (2007) exp�e que diversos fatores que desmotivam os alunos � pr�tica de Educa��o F�sica, como a metodologia de ensino inadequada, conte�dos que n�o favorecem a aprendizagem, relacionamento professor-aluno, postura desinteressada do educador, falta de coordena��o de �rea, orienta��o, supervis�o ou dire��o da escola e a aus�ncia de significado sobre o real papel da Educa��o F�sica no contexto escolar.

    O Objetivo desse trabalho foi analisar a Educa��o F�sica em dados de pesquisas, relatos de situa��es e argumentos, mostrando quais as dificuldades enfrentadas pelos professores e servir como ponte para reduzir o distanciamento existente entre a institui��o que prepara os profissionais e a realidade concreta de seu campo de atua��o nas escolas p�blicas. Encontrando sugest�es para uma poss�vel supera��o dos problemas abordados.

    O que acontece muitas vezes � a utiliza��o de esportes coletivos nas aulas de educa��o f�sica, onde acontece certa exclus�o, pois os alunos mais habilidosos j� chegam mais motivados e escolhe primeiro sua equipe, o que acaba excluindo os menos habilidosos que procura diversas maneiras para n�o precisarem participar das aulas. �O esporte � um fen�meno de relev�ncia da cultura corporal, sendo invi�vel o tolhimento deste conte�do aos alunos. Ent�o, a preocupa��o deve ser com a maneira ele � trabalhado nas aulas. Portanto, nesse cen�rio, falta repensar cuidadosamente os procedimentos did�ticos�. (ALBUQUERQUE et al, 2009). Uma das situa��es que explicaria a pouca varia��o de atividades, seria a de que muitos professores por acomoda��o ou mesmo por inseguran�a, tendem a trabalhar com os conte�dos que mais dominam, sendo geralmente algum desporto.

    � vis�vel a situa��o de marginaliza��o em que se encontra a Educa��o F�sica, decorrente, de um complexo hist�rico em que foi utilizada com finalidades diversas e, da m� qualifica��o de seus profissionais. Este fato contribuiu e ainda contribui para a constante degrada��o da disciplina dentro de sua conturbada trajet�ria. (GUIMAR�ES et al, 2001). O fato � que para melhorar a qualidade das aulas deve primeiramente, uma melhora na conduta dos professores de Educa��o F�sica resultaria em uma postura mais comprometida dos alunos, pois estes necessitam ser inclu�do, ter uma participa��o ativa e at� mesmo colaborar no desenvolvimento das aulas, questionando, sugerindo e cooperando. Dessa forma, sentiriam mais prazer e vontade de vivenciar as atividades propostas (FLORENCE, 1991). Cabe ao professor de Educa��o F�sica estimular e incentivar a participa��o, para que os alunos se relacionem cada vez melhor e atribuam valor a essa disciplina, criando a possibilidade de se tornarem indiv�duos ativos e aut�nomos nos aspectos motor, cognitivo e s�cio afetivo (ALBUQUERQUE et al, 2009).

Referencial te�rico

    Como principio te�rico para a nossa pr�tica escolar, e pelas dificuldades apresentadas na escola pela falta de infraestrutura da escola, pela falta de interesse dos alunos desenvolverem outras vivencias e n�o apenas aquelas relacionadas ao desporto e pela desmotiva��o do professor com a prepara��o das aulas, citamos:

    Martinelli et al. (2006) acredita que se os professores apresentarem a iniciativa de conversar com os alunos a respeito dos conte�dos a serem trabalhados, oferecendo a oportunidade de um planejamento participativo, o interesse pelas aulas de Educa��o F�sica naturalmente aumentar�. Deve-se levar em conta que foram os pr�prios alunos que sugeriram essa pr�tica.

    Por outro lado, � necess�rio que o professor introduza novos conte�dos por conta pr�pria, sugerindo novas modalidades esportivas, varia��es de jogos, aulas de alongamento, relaxamento, yoga, diferentes tipos de dan�a e atividades de express�o corporal. Quando n�o se possui conhecimentos suficientes sobre a atividade a ser trabalhada, existe a possibilidade de que um aluno com experi�ncia pr�tica conduza as atividades sob supervis�o e orienta��o do professor. Em rela��o ao espa�o da escola que era prec�rio citamos:

    Silva e Dam�zio (2008) relatam que a aus�ncia ou precariedade do espa�o f�sico nas escolas para as aulas de Educa��o F�sica, podem ser observadas sob dois aspectos: o da n�o valoriza��o social desta disciplina (desvaloriza��o de sua import�ncia no desenvolvimento integral do educando) e o descaso das autoridades para com a educa��o destinada �s camadas populares.

    Espa�os adequados para a realiza��o das atividades, tanto as de cunho pr�tico quanto te�rico, d�o o professor melhores condi��es de trabalho e aos alunos qualidade na aprendizagem. A exist�ncia (ou aus�ncia) de um bom local tamb�m influencia diretamente na motiva��o dos alunos e do professor no desenvolvimento de boas aulas. Outra queixa comum entre toda a comunidade escolar diz respeito � quest�o financeira, ou seja, os baixos sal�rios, o que acarreta a sobrecarga de trabalho do professor, que na maioria das vezes para conseguir uma renda mais digna, acaba trabalhando em v�rias escolas e um mais de um per�odo, ou procura outras ocupa��es al�m de lecionar, ou ainda abandonam a profiss�o. Com o professor de Educa��o F�sica a hist�ria n�o � diferente. Este ac�mulo de tarefas influencia a pr�tica pedag�gica, pois o mesmo, devido esta sobrecarga, fica sem tempo para melhor planejar e estruturar suas aulas, organizar sua vida pessoal e seu acesso a bens culturais, como afirma SAMPAIO E MARIN (2004):

    Esse � um fator que incide pesadamente sobre a precariza��o do trabalho dos professores, pois a pauperiza��o profissional significa pauperiza��o da vida pessoal nas suas rela��es entre vida e trabalho, sobretudo no que tange ao acesso a bens culturais (p. 1210).

    A falta de interesse e desrespeito por parte dos alunos tamb�m se apresenta com um fator que dificulta a pr�tica da doc�ncia em Educa��o F�sica. DARIDO et. al (2006) entende que os casos de indisciplina n�o s�o (ou pelo menos n�o deveriam ser) responsabilidade exclusiva do professor.

    O comportamento do aluno na sala de aula deve ser uma incumb�ncia do grupo social a que o aluno pertence, da sua fam�lia e de todas as inst�ncias a qual o mesmo convive. Os professores tamb�m convivem com as queixas dos colegas de outras disciplinas devido � proximidade da quadra das salas de aula, como apontado BETTI (1992).

    Segundo o autor, durante as aulas de Educa��o F�sica nas escolas onde a quadra localiza-se bem pr�xima as salas de aula, os alunos muitas vezes s�o impedidos pelo pr�prio professor de gritar e torcer. A alegria das crian�as � confundida com indisciplina. Ou seja, a �bagun�a� durante as aulas de Educa��o F�sica � observada pelos outros professores com falta de controle por parte do professor para com sua aula, obrigando este a conter seus alunos para que isto n�o se torne mais um problema, e que aumente ainda mais o afastamento dos professores de Educa��o F�sica dos docentes das demais disciplinas.

    Podemos ent�o ver, que o professor deve ser entendido como um sujeito que possui conhecimentos, estrutura e orienta a sua pr�tica repleta de significados na cotidianidade da escola, ou seja, subjetivamente ele � o ator na a��o dos saberes escolares.

Metodologia

    As atividades de est�gio foram realizadas no Col�gio Cora Coralina na Vila Reden��o em Goi�nia, Goi�s e feitas com os alunos do ensino fundamental com a supervis�o da Professora e Neuza Maria todas as ter�as e sextas feiras no per�odo de 20/08 at� 25/10/2013 tendo como ambientes a sala de aula e a quadra.

    O est�gio foi feito segundo etapas pr�-estabelecidas pelo professor da mat�ria. Segundo o cronograma, os estagi�rios deveriam observar no m�nimo 4 (quatro) aulas da professora de Educa��o F�sica titular da escola; ter no m�nimo 2 (duas) e no m�ximo 4 (quatro) aulas de co-reg�ncia, ou seja, aulas em que os estagi�rios auxiliariam a professora na aplica��o dos conte�dos. A parte final do est�gio consistia ao estagi�rio ministrar 10 (dez) aulas de reg�ncia na qual houvesse todos os planejamentos.

    As aulas de observa��o ocorreram na sala tendo como conte�dos os jogos e brincadeiras tradicionais. Nessa fase, foi constatado um grande n�mero de alunos na sala o que dificulta o processo de ensino-aprendizagem pelo fato de apenas um professor ser respons�vel por uma quantidade consider�vel de alunos, propiciando ainda mais a indisciplina na classe (FUZZI, 2006). As aulas de co-reg�ncia foram feitas tamb�m em sala com a ajuda dos estagi�rios no desenvolvimento da aula. J� as aulas de reg�ncia foram aplicadas na sala de aula e na quadra.

    O planejamento das aulas foi feito tendo em vista os problemas de investiga��o encontrados na escola, foi observada nas aulas de educa��o f�sica que a professora n�o estava muito motivada ao aplicar os conte�dos ela explicou que estava com problemas de sa�de e aguardava a sua aposentadoria o que levava as aulas n�o terem um planejamento pedag�gico adequado para a realidade em que vivia a escola. Como forma de chamar a aten��o dos alunos, sem desrespeitar metodologia empregada na escola. Al�m disso, o planejamento foi alterado uma vez buscando a adequa��o da realidade que foi encontrada sem manter algo fixo e imut�vel (SAY�O e MUNIZ, 2004).

    A abordagem escolhida para a aplica��o dos conte�dos foi a critico superadora, pois os alunos estavam acostumados a participarem das aulas apenas aqueles alunos que tinham habilidade nas atividades de desporto e o resto ficavam isolados nas aulas, com isso a abordagem critica foi utilizado como uma ferramenta nas aulas onde todos participassem questionando a educa��o f�sica em todas as suas vivencias.. Nesse sentido o papel da educa��o f�sica ultrapassa o ensinar esporte, gin�stica, dan�a jogos, atividades r�tmicas e expressivas, enfim o conhecimento sobre o pr�prio corpo, para todos, em seus fundamentos e t�cnicas, mas inclui tamb�m os seus valores subjacentes, ou seja, quais atitudes os alunos devem ter nas e para as atividades corporais. E finalmente, busca garantir o direito do aluno de saber o porqu� ele est� realizando este ou aquele movimento, isto �, quais conceitos est�o ligados �queles procedimentos. Os professores estagi�rios tiveram que providenciar alguns materiais a fim de fazer a aula acontecer como relatado nos planos de aulas, onde foi utilizado uma aula de cada conte�do programado pelos PCN�s.

Resultados e discuss�o

    V�rios foram os fatores que corroboraram para que o resultado fosse medianamente satisfat�rio. O tempo de est�gio � bastante limitado para desenvolver um planejamento, alter�-lo se for o caso e logo em seguida tentar segu�-lo da maneira mais proveitosa poss�vel. A turma possu�a 45 (quarenta e cinco) alunos e era considerada a mais agitada e desatenciosa da escola.

    Durante as reg�ncias buscou-se seguir as vertentes criticas superadoras, no entanto, a grande facilidade de dispers�o tornou a maioria das aulas uma grande perda de tempo, pois na maior parte dos casos, o professor estagi�rio estava chamando aten��o de alunos que estavam dispersos e que atrapalhavam o desenvolvimento da aula. No inicio do est�gio os alunos n�o se mostravam muitos interessados para a realiza��o das atividades propostas, a todo o momento eles dispersavam o que levou algumas aulas perdidas, e estrat�gias novas a serem tomadas para que o planejamento das aulas fosse realizado com sucesso e o objetivo fosse alcan�ado. As estrat�gias eram relacionadas com a abordagem critica superadora, onde ao final de todas as aulas haviam uma discuss�o sobre os determinados conte�dos passados, com alguns questionamentos feito pelos professores.

    Outro fator bastante observado foi � facilidade com que alguns alunos chamavam a aten��o dos outros durante as aulas, prejudicando as mesmas. Al�m disso, as brigas entre eles eram constantes com a toda hora, empurr�es, chutes, murros o que despendiava tempo de aula para a retomada do controle da classe al�m de a��es punitivas do estagi�rio tais como a retirada desses alunos da aula de Educa��o F�sica. J� a quest�o da indisciplina foi um fator bastante irregular, pois em uma aula todos contribu�am, por�m em outra a desaten��o, dispers�o e a pr�pria indisciplina eram elementos latentes. As principais observa��es a serem feitas durante as reg�ncias foram � capacidade que os alunos possu�am de desafiar o professor estagi�rio. Para tanto se considera que houve pouco progresso quanto � indisciplina visto que os alunos estavam acostumados a estarem no controle da situa��o e fazerem o queria, pois os professores de s�ries anteriores e os pr�prios pais n�o reprimiram tal comportamento em quanto era tempo. Ou seja, n�o adiantava nada o estagi�rio agir sobre a indisciplina em aula durante uma hora e meia se os pais e professores n�o ajudassem no ambiente domiciliar ou na pr�pria escola em outros momentos.

    Mais alguns fatores ao passar das aulas chamou a aten��o quando se trata da rela��o que os alunos tiveram com o pr�prio corpo nas atividades, e o controle afetivo que desenvolveram e ficou claro em algumas atividades, nas quais os alunos tinham que ajudar um ao outro para o desenvolvimento. Essa intera��o com o passar do tempo se tornou prazerosa. Nesse exemplo podemos perceber dois elementos abordados no Coletivo de Autores (1992) e importantes para a forma��o do aluno: a solidariedade e a liberdade de express�o dos movimentos.

Conclus�o

    O est�gio foi uma experi�ncia bastante satisfat�ria para aprofundar e consolidar os conhecimentos adquiridos durante as aulas te�ricas. Al�m disso, foi bastante �til uma vez que o acad�mico teve um contato direto com a pr�tica pedag�gica, seja fazendo planejamento seja ministrando aulas pr�ticas.

    As principais dificuldades apresentadas durante esse per�odo realmente corroboraram para um resultado aqu�m do que esperava. N�o que isso seja uma justificativa de um fracasso, por�m deve-se ressaltar que a falta de espa�o f�sico adequado e materiais pedag�gicos para trabalhar com os alunos influenciam no sucesso do est�gio.

    Da mesma forma, s�o raros os casos em que os estagi�rios conseguem alterar, uma hist�ria j� consolidada na escola pelos pr�prios professores e gestores que verdadeiramente se acomodaram diante da situa��o, e o fato de n�o valorizarem a Educa��o F�sica que � de suma import�ncia. Mesmo com todos esses fatores que podiam fazer a diferen�a e desanimar o planejamento das aulas e atrapalhar alcan�ar os objetivos, muitos deles foram alcan�ados com o passar das aulas pois houve uma evolu��o em quest�o as formas que os alunos tinham de aprender a concentrar nas aulas, outros tiveram uma mudan�a muito grande em rela��o � disciplina, e tamb�m no desenvolvimento do equil�brio e intera��o s�cio afetiva.

    Resultados mais significativos com certeza seriam alcan�ados se o tempo fosse um aliado a favor, posto que no momento em que as crian�as adaptavam-se � forma dos estagi�rios de dar aula, o per�odo de est�gio encerrou-se as deixando mais uma vez nas m�os daqueles que n�o tiveram a sensibilidade de educ�-las e impor-lhes limites em quanto era tempo.

Referencial bibliogr�fico

  • ALBUQUERQUE, IV. et al. Dificuldades encontradas na Educa��o F�sica Escolar que influenciam na n�o-participa��o dos alunos: reflex�es e sugest�es. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Ano 14 - N� 136 - Setembro 2009. http://www.efdeportes.com/efd136/dificuldades-encontradas-na-educacao-fisica-escolar.htm

  • ALVES, J. C. O Desinteresse pela educa��o f�sica escolar e a postura do educador f�sico. In: 6� F�rum Internacional De Esportes, 2007, Florian�polis. Anais do 6� F�rum Internacional de Esportes, Florian�polis, 2007.

  • BETTI, M. Educa��o F�sica e sociedade. S�o Paulo: Movimento, 1992.

  • DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educa��o F�sica na escola: implica��es para a pr�tica pedag�gica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

  • FLORENCE, J. Tareas significativas en Educaci�n F�sica Escolar. Barcelona: INDE Publicaciones, 1991.

  • FUZZI, F�bio Tomio. A indisciplina na escola e na educa��o f�sica: Significados e causas.

  • GUIMAR�ES, Ana Archangelo et al. Educa��o F�sica Escolar: Atitudes e Valores. Motriz Jan-Jun 2001, Vol. 7, n.1, pp. 17-22.

  • MARTINELLI, C. R. et. al. Educa��o F�sica no Ensino M�dio: motivos que levam as alunas a n�o gostarem de participar das aulas. Revista Mackenzie de Educa��o F�sica e Esporte, S�o Paulo, v. 5, n. 2, p. 13-19, 2006.

  • SAMPAIO, Maria das Merc�s Ferreira; MARIN, Alda. Junqueira. Precariza��o do trabalho docente e seus efeitos sobre as pr�ticas escolares. In Educa��o e Sociedade. V.25, n� 89, 2004.

  • SAYAO, Marcelo Nunes; MUNIZ, Neyse Luiz. O Planejamento na Educa��o F�sica Escolar: um poss�vel caminho para a forma��o de um novo homem. Revista Pensar a Pr�tica 7/2: 182-203, Jul / Dez. 2004.

  • SILVA, Maria Fatima Paiva; DAMAZIO, Silva M�rcia Silva. O ensino da educa��o f�sica e o espa�o f�sico em quest�o. Revista pensar a pr�tica. v. 11, n. 2 (2008).

  • SOMARIVA, JFG. VASCONCELOS, DIC. JESUS, TV. As dificuldades enfrentadas pelos professores de Educa��o F�sica das escolas p�blicas do Munic�pio de Bra�o do Norte. Santa Catarina, 2013.

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