Entre os principais aspectos dos veículos pesados, como os caminhões, logo nos lembramos de sua força, robustez e potência, essenciais para o trabalho que eles precisam executar. Por isso, é importante conhecer com propriedade os problemas mecânicos que podem afetar o bom desempenho do motor de caminhão.
Neste post, vamos mostrar como identificar e solucionar os problemas mecânicos que fazem o caminhão perder força. Ficou interessado no assunto? Acompanhe!
Como garantir o funcionamento do motor de caminhão?
Podem ocorrer situações em que o motor do veículo não funcione como deveria, ocasionando no aparecimento de defeitos que podem impedir a utilização do caminhão. Veja, a seguir, algumas maneiras de encontrar e solucionar esse problema.
Verificar a circulação de ar no motor
Para que o motor funcione de maneira adequada e desenvolva toda a sua potência, é fundamental que, misturado com o combustível, haja também a presença de ar na proporção correta. Quando isso não acontece, o motor não consegue queimar todo o fluido, fazendo com que o caminhão perca força.
Para saber se esse é o seu problema, basta fazer uma verificação nos filtros de ar. Quando estão muito sujos ou entupidos, eles podem impedir a passagem do ar, obrigando o motor a se esforçar mais para funcionar. Desse modo, haverá uma grande redução na energia destinada à força motriz, que faz o caminhão andar.
A saída de ar também pode ser a causadora de problemas mecânicos. Quando o motor precisa trabalhar mais para empurrar os gases para fora, também há perda de potência. Portanto, verifique também se existe alguma restrição de escape na tubulação e no catalisador.
Um dos problemas mais comuns relacionados à falta de circulação de ar no motor é o superaquecimento do componente. Ao mesmo tempo, caso ele entre em locais errados, também pode fazer com que o motor aqueça mais do que o normal.
Isso acontece quando o ar fica preso nas galerias, formando bolhas. Isso impedirá que o motor trabalhe com a quantidade de água ideal, já que o espaço está sendo ocupado pelo ar e, por isso, começa a se aquecer.
Uma maneira de evitar esse problema é incentivar os seus clientes a não fazerem manutenções caseiras. Oriente a sempre procurar por um profissional habilitado para fazer mudanças, ajustes e reparos no motor, bem como no restante do veículo.
Verifique a temperatura do motor com frequência
Um motor superaquecido pode indicar que algo está errado na parte interna do caminhão. Por isso, verifique de maneira periódica a temperatura do motor, certificando-se que ele está funcionando corretamente.
É possível ver essa informação no próprio painel do veículo, em um medidor próximo ao velocímetro. Ele é formado por um termistor cerâmico, que reage conforme a mudança de temperatura do motor e do fluido encontrado internamente.
Alguns motivos que podem fazer a temperatura de um veículo subir são: pouco líquido no sistema de arrefecimento, não existir a troca do óleo e filtro no período correto, problemas na bomba d’água, danos na válvula termostática, falha na ventilação etc.
O sensor de temperatura também pode mostrar caso existam peças que estejam frias, mesmo após o caminhão for ligado. Essa situação pode indicar que existem partes do veículo que não estejam recebendo energia ou que estão com algum outro tipo de problema.
Quando o caminhão não aquece como deveria, seja por conta de algum problema técnico, seja porque o veículo é utilizado por pouco tempo, podem começar a surgir problemas em médio e longo prazos da sua vida útil.
Isso acontece porque, ao chegar a certa temperatura, os componentes do motor sofrem uma pequena dilatação, o que impede a ocorrência de atritos nessas peças, além de permitir que o combustível queime de maneira mais eficiente.
Verifique o nível do óleo
Caso o motor não esteja sendo lubrificado corretamente, podem ocorrer falhas mecânicas e diminuição da vida útil das peças do caminhão, o que pode resultar em uma série de gastos e problemas para o gestor.
Utilizar um caminhão abaixo do nível de óleo pode resultar em uma lubrificação insuficiente, fazendo com que o motor se desagaste mais facilmente por conta dos altos atritos gerados pela sua movimentação.
Já adicionar mais óleo do que o necessário também pode causar dores de cabeça. O fluido a mais ocupa um vão utilizado para lidar com os vapores emitidos pelo motor enquanto está em funcionamento. Isso faz com que esses gases saiam por outros lugares, o que resulta em danos aos retentores, que gerarão um custo alto de reparo.
Também é importante ficar atento ao tipo de óleo que deve ser colocado: essa informação vem explícita no manual do fabricante e deve ser seguida. Ao escolher um óleo que não seja o ideal, apenas por ter um preço mais conta, poderá não performar perfeitamente em sua função.
Para saber qual o nível de óleo indicado, também é preciso consultar o manual do fabricante ou entrar em contato com a fábrica em que o veículo foi montado para tirar dúvidas e pedir dicas sobre o seu funcionamento ideal.
Conte com um cronograma de trocas
As peças de um caminhão, assim como de outros tipos de veículos, precisam ser trocadas após certo período, conforme a sua vida útil e hábitos de utilização do caminhão por parte dos motoristas. Por isso, é preciso analisar por quanto tempo as principais peças do veículo duram e planejar o período correto para que elas sejam trocadas.
Com isso, evita-se ter problemas relacionados ao desgaste ou danos dessas peças, além de garantir a segurança dos motoristas durante o seu período de trabalho, já que muitos problemas podem ocasionar acidentes no trânsito.
Analisar se há problemas de compressão
A compressão do motor em sua parte interna é uma atividade importante para a queima da gasolina com o ar. Por isso, também é necessário verificar os componentes que tenham influência pela compressão quando o veículo estiver com menos potência.
Os anéis de pistão podem sofrer desgaste ao longo do tempo, impedindo que a compressão atinja os níveis ideais. Esse problema também pode ocasionar o vazamento de óleo da parte inferior do cilindro, o que contaminará a mistura de ar e combustível na câmara de combustão, o que também afeta o motor em seu quesito de desempenho.
Verifique também as válvulas de admissão e escape dos cilindros. Depósitos de carbono podem causar seu mau funcionamento, prejudicando a compressão do motor e a força do caminhão.
Abastecer com combustível de qualidade
Como vimos, a qualidade da mistura presente na câmara de combustão interfere diretamente na potência do motor. Por isso, abastecer com um bom combustível é fundamental para que o caminhão desenvolva toda sua força.
Combustíveis de baixa qualidade são responsáveis pela formação de depósitos de resíduos em diversos componentes do motor e do sistema de injeção. Quando há entupimento dos bicos injetores podem ocorrer diversos problemas na leitura dos sensores, afetando a alimentação do motor.
A dica é optar sempre pelo diesel S-10, que tem teor reduzido de enxofre e atende às exigências do sistema EURO 5, norma que regulamenta a emissão de poluentes de veículos diesel.
Avalie o estado dos purificadores de ar
Os purificadores e filtros de ar do caminhão também devem ser verificados periodicamente. O acúmulo de sujeira nesse equipamento poderá impedir o seu bom funcionamento, deixando o motor superaquecer.
Um motor superaquecido acaba gastando mais combustível do que o normal para fazer o caminhão funcionar, além do risco dele não suportar as altas temperaturas e parar de funcionar, o que causará bastante dor de cabeça para o motorista.
Seja uma oficina de confiança
Tão importante quanto realizar os cuidados citados acima é o motorista contar com uma oficina ou profissionais de confiança para fazer os procedimentos de manutenção preventiva e corretiva.
Por isso, faça parcerias com os motoristas e esteja sempre disponível para qualquer contratempo. E para o caso de contratação interna, avalie se os profissionais têm qualificação e experiência para lidar com esse tipo de veículo.
Qual a importância da manutenção preventiva?
A manutenção preventiva é importante para evitar que o caminhão sofra com algum tipo de defeito durante o percurso de entrega da mercadoria, o que pode causar atraso no serviço de frete e até mesmo colocar a vida do motorista em risco, por ficar mais vulnerável a roubos e assaltos.
Além disso, realizar os processos de manutenção preventiva é muito mais barato do que realizar consertos mais completos, o que muitas vezes querer a reposição de peças que podem ter um valor mais elevado.
Outro ponto que deve ser levado em conta em relação a investir ou não na manutenção preventiva é com relação ao cumprimento da legislação brasileira: atualmente, o motorista que for encontrado pelos órgãos de fiscalização com alguma irregularidade recorrente de alguma falha mecânica cometerá uma infração grave e receberá 5 pontos na carteira e pagamento de multa.
Esses são os principais problemas mecânicos que podem fazer o motor do caminhão perder força. Se você ainda tem dúvidas ou também tem uma dica para compartilhar, deixe o seu comentário!
Follow us on Social Media