Princípios e práticas para Educação Alimentar e Nutricional pdf

16 Pages • 3,005 Words • PDF • 535 KB

Uploaded at 2021-10-16 07:43

This document was submitted by our user and they confirm that they have the consent to share it. Assuming that you are writer or own the copyright of this document, report to us by using this DMCA report button.

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SUAS TECNOLOGIAS – FACETEC CURSO: Técnico em Nutrição PROFESSORA: Gabryele Barbosa Dutra Duarte

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

Monsenhor Gil – PI 2020

1

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

Monsenhor Gil - PI 2020

2

SUMÁRIO

1. Introdução ..................................................................................................................... 4 2. Educação Alimentar e Nutricional: Histórico e Situação Atual no Brasil ................... 5 3. Princípios das Ações de Educação Alimentar e Nutricional ........................................ 7 4. Campos de Práticas da Educação Alimentar e Nutricional.........................................10 5. Referências Bibliográficas .......................................................................................... 16

3

1 INTRODUÇÃO A adoção de um conceito de EAN deve considerar aspectos que contemplem desde a evolução histórica e política da EAN no Brasil às múltiplas dimensões da alimentação e do alimento e os diferentes campos de saberes e práticas conformando uma ação que integre o conhecimento cientifico ao popular.

Adota-se o termo Educação Alimentar e Nutricional e não o termo Educação Nutricional ou o termo Educação Alimentar para que o escopo de ações abranja desde os aspectos relacionados ao alimento e alimentação, os processos de produção, abastecimento e transformação aos aspectos nutricionais. Portanto, “Educação Alimentar e Nutricional, no contexto da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada e da garantia da Segurança Alimentar e Nutricional, é um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. A prática da EAN deve fazer uso de abordagens e recursos educacionais problematizadores e ativos que favoreçam o diálogo junto a indivíduos e grupos populacionais, considerando todas as fases do curso da vida, etapas do sistema alimentar e as interações e significados que compõem o comportamento alimentar.”

Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis, no contexto da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada e da garantia da Segurança Alimentar e Nutricional. O Marco de Referência de EAN para as Políticas Públicas apresenta um conceito de Educação Alimentar e Nutricional e, ao analisarmos o texto com maior cuidado, notamos a complexidade de sua proposta; no seu cerne, contém muitos outros conceitos implícitos e, ainda, está balizado por dois outros também fundamentais: o de Direito Humano à Alimentação Adequada e de Segurança Alimentar e Nutricional. Estes dois conceitos deixam claro que o propósito primeiro e último da EAN é promover e proteger a alimentação adequada e saudável.

É isso que vamos estudar na Figura 1 a seguir. Percorreremos este conceito de EAN, refletindo sobre as dimensões, significados e desafios que se abrem a cada trecho da concepção e sobre como esse conjunto se articula para formar os pilares das estratégias e ações de EAN.

4

Figura o1: Representações acerca da conceituação de Educação Alimentar e Nutricional (EAN)

FONTE: Princípios e Práticas para Educação Alimentar e Nutricional – 2018.

5

2 EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL: HISTÓRICO E SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL

A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no Brasil é reconhecida como uma ação estratégica para o alcance da Segurança Alimentar e Nutricional e da garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Conforme o Decreto Nº 7.272, de 25 de agosto de 2010, a EAN é uma diretriz da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN), e desde então, vem sendo trabalhada em uma perspectiva mais ampliada em diferentes campos de ação, no escopo do sistema alimentar, e articulada a outras políticas públicas.

As ações de Educação Nutricional começaram no Brasil nos anos 40, com as pesquisas de Josué de Castro e outros médicos, que identificando e reconhecendo o problema da fome no Brasil, propunham entre outras ações, a realização da educação nutricional para resolver a questão, partindo da permissa que a população não sabia alimentar.

A Educação Alimentar e Nutricional ocupa posição estratégica para a prevenção e controle dos problemas alimentares e nutricionais atuais e para promoção da alimentação adequada e saudável. Neste contexto, um avanço fundamental e balizador das ações de EAN no âmbito das Políticas Públicas no Brasil foi a elaboração, em 2012, do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional.

A história da educação alimentar e nutricional no Brasil e o seu estreito vínculo com as políticas de alimentação e nutrição em vigência têm sido abordados por diferentes autores. De 1940 a 1960, a educação alimentar e nutricional esteve vinculada às campanhas de introdução de novos alimentos e às práticas educativas que se tornaram um dos pilares das políticas de alimentação e nutrição do período que ressalta esse momento da educação alimentar e nutricional se fundamentou no mito da ignorância, fator considerado como determinante da fome e da desnutrição na população de baixa renda, o grupo destinatário dessas ações educativas.

Assim, o desenvolvimento de instrumentos adequados, que ensinassem o pobre a comer, a fim de corrigir hábitos errôneos nessas populações foi uma prioridade que caracterizava uma concepção de educação centrada na mudança do comportamento alimentar. A partir de meados de 1970, o binômio alimentação-educação prevalecente começou a ceder espaço para o binômio alimentação-renda, resultado dos redirecionamentos das políticas de alimentação e nutrição traçadas no país, as quais, a partir de então, se pautavam no reconhecimento da renda como principal obstáculo para se obter uma

6

alimentação saudável. Como decorrência, intensas críticas foram feitas à educação alimentar e nutricional que vinha sendo desenvolvida, avaliada como meio de ensinar ao pobre a comer alimentos de baixo valor nutricional.

Assim, as estratégias de suplementação alimentar passaram a ser o eixo norteador das políticas. Importante contribuição para a discussão sobre novas perspectivas da educação alimentar e nutricional se consolidou em meados de 1980, com a educação nutricional crítica. Tal concepção identificava haver uma incapacidade da educação alimentar e nutricional em, de forma isolada, promover alterações em práticas alimentares.

A educação nutricional crítica baseava-se nos princípios da pedagogia crítica dos conteúdos, de orientação marxista, considerando que a educação nutricional não é neutra, como também não pode seguir uma metodologia prefixada. Nessa perspectiva, essa vertente da educação nutricional pressupunha assumir o compromisso político de colocar nossa produção técnica e científica a serviço do fortalecimento das classes populares em sua luta contra a exploração que gera a fome e a desnutrição.

Vale ressaltar que a educação nutricional crítica influenciou os conteúdos da disciplina educação nutricional, integrante dos currículos para formação de nutricionistas, fortalecendo a discussão sobre a determinação social da fome e da desnutrição e a relação desses fenômenos com o modelo de organização capitalista, em detrimento do enfoque biológico e técnico, como também dos métodos e técnicas educativas. Como consequência, passa-se a discutir a fome e não apenas a desnutrição, e a educação alimentar passa a contemplar não somente as práticas alimentares, pressupondo, também, a tarefa de esclarecer a população sobre os direitos de cidadania.

As iniciativas voltadas ao apoio e formação de profissionais que atuam em EAN ganham especial relevância. Faz-se necessário que estes profissionais sejam permanentemente apoiados e instrumentalizados para que, cada vez mais, as ações assumam um caráter mais inovador, participativo e lúdico, visando, assim, visando resultados mais eficazes e duradouros.

3 PRINCÍPIOS DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL A EAN pode e deve ser abordada por diferentes setores com vistas a contribuir para a garantia Direito Humano a Alimentação Adequada – DHAA. E, segundo o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas, quando tratamos da abordagem desta temática nos serviços socioassistenciais, a EAN deve observar os princípios organizativos e doutrinários do Sistema Único de Assistência Social, bem como os princípios das ações de EAN (figura 2).

7

Figura 02: Princípios das ações de Educação Alimentar e Nutricional.

FONTE: Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas. 1.

Sustentabilidade social, ambiental e econômica: A sustentabilidade e seus desafios assumem um papel central na reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e dos padrões de produção, de abastecimento, de comercialização, de distribuição e de consumo de alimentos. A sustentabilidade não se limita à dimensão ambiental, mas estende-se às relações humanas, sociais e econômicas estabelecidas em todas as etapas do sistema alimentar. Assim, a EAN, quando promove a alimentação adequada e saudável, referese à satisfação das necessidades alimentares dos indivíduos e populações, no curto e no longo prazo, que não implique o sacrifício dos recursos naturais renováveis e não renováveis e que envolva relações econômicas e sociais estabelecidas a partir dos parâmetros da ética, da justiça, da equidade e da soberania.

2.

Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade: Compreende-se sistema alimentar como o processo que abrange desde o acesso a terra, água e meios de produção, as formas de processamento, de abastecimento, de comercialização e de distribuição; a escolha e consumo dos alimentos, incluindo as práticas alimentares individuais

8

e coletivas, até a geração e a destinação de resíduos. As ações de EAN precisam abranger temas e estratégias relacionadas a todas estas dimensões de maneira a contribuir para que os indivíduos e grupos façam escolhas conscientes e que estas escolhas possam, por sua vez, interferir nas etapas anteriores ao consumo alimentar.

3. Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas: A alimentação brasileira, com suas particularidades regionais, é uma das expressões do processo histórico e de intercâmbio cultural entre os diferentes povos que formaram o país. Assim, a EAN deve considerar a legitimidade dos saberes oriundos da cultura, religião e ciência, respeitar e valorizar as diferentes expressões da identidade e da cultura alimentar da população, reconhecendo e difundindo a riqueza incomensurável dos alimentos, das preparações, das combinações e das práticas alimentares locais e regionais. Esse princípio trata da diversidade na alimentação e deve contemplar as práticas e os saberes mantidos por povos e comunidades tradicionais, bem como diferentes escolhas alimentares, sejam elas voluntárias ou não, como por exemplo, as pessoas com necessidades alimentares especiais.

4. A comida e o alimento como referências: Valorização da culinária enquanto prática emancipatória. A alimentação envolve diferentes aspectos que manifestam valores culturais, sociais, afetivos e sensoriais. As pessoas, diferentemente dos demais seres vivos, não se alimentam de nutrientes, mas de alimentos e preparações escolhidas e combinadas de uma maneira particular, com cheiro, cor, temperatura, textura e sabor, se alimentam também de seus significados e dos aspectos simbólicos (DAMATA, 1987).

5. A Promoção do autocuidado e da autonomia: O autocuidado é um dos aspectos do viver saudável. É a realização de ações dirigidas a si mesmo ou ao ambiente, a fim de regular o próprio funcionamento de acordo com seus interesses na vida; o funcionamento integrado e de bem-estar. As ações de autocuidado são voluntárias e intencionais, envolvem a tomada de decisões, e têm o propósito de contribuir de forma específica para a integridade estrutural e o desenvolvimento humano. Essas ações são afetadas por fatores individuais, ambientais, sócio-culturais, de acesso a serviços entre outros. 6. A diversidade nos cenários de prática:

9

As estratégias e os conteúdos de EAN devem ser desenvolvidos de maneira coordenada. Além de estarem disponíveis nos mais diversos espaços sociais para os diferentes grupos populacionais. O desenvolvimento de ações e estratégias adequadas às especificidades dos cenários de práticas é fundamental para alcançar os objetivos da EAN, além de contribuir para o resultado sinérgico entre as ações.

7. Intersetorialidade: Compreende-se intersetorialidade como uma articulação dos distintos setores governamentais e não-governamentais, de forma que se corresponsabilizem pela garantia da alimentação adequada e saudável. O processo de construção de ações intersetoriais implica a troca e a construção coletiva de saberes, linguagens e práticas entre os diversos setores envolvidos com o tema, de modo que se torne possível produzir soluções inovadoras quanto à melhoria da qualidade da alimentação e vida. Neste processo cada setor poderá ampliar sua capacidade de analisar e de transformar seu modo de operar, a partir do convívio com a perspectiva dos outros setores, abrindo caminho para que os esforços de todos sejam mais efetivos e eficazes.

8. A alimentação adequada e saudável na perspectiva da Segurança Alimentar e Nutricional: A alimentação adequada e saudável é a realização de um direito humano básico, com a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais dos indivíduos, de acordo com o ciclo de vida e as necessidades alimentares especiais, pautada no referencial tradicional local. Deve atender aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação, prazer (sabor), às dimensões de gênero e etnia, e às formas de produção ambientalmente sustentáveis, livre de contaminantes físicos, químicos, biológicos e de organismos geneticamente modificados.

4 CAMPOS DE PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL A alimentação é uma prática social, resultante da integração das dimensões biológica, sociocultural, ambiental e econômica. A EAN requer, portanto, uma abordagem integrada que reconheça as práticas alimentares como resultantes da disponibilidade e acesso aos alimentos, além dos comportamentos, práticas e atitudes envolvidas nas escolhas, nas preferências, nas formas de preparação e no consumo dos alimentos. Por esse motivo, vários profissionais podem e devem desenvolver ações de EAN.

No entanto, nos contextos que envolvam indivíduos ou grupos com alguma doença ou agravo, onde a EAN é considerada um recurso terapêutico que integra um processo de cuidado e cura do agravo, as

10

ações são responsabilidade de profissionais com conhecimento técnico e habilitação em EAN. Portanto, as abordagens técnicas e práticas em EAN devem respeitar as especifidades regulamentadoras das diferentes categorias profissionais.

A EAN, desenvolvida no escopo das ações públicas, requer articulação intra e intersetorial e a parceria com diferentes segmentos da sociedade tais como, Instituições Educacionais. A EAN deve ser concebida a partir de um referencial metodológico que preveja um processo de planejamento participativo, monitoramento e avaliação.

Para pensar as ações de EAN a partir do reconhecimento do território onde você atua, é importante saber observar a realidade a qual as pessoas estão inseridas como: • As condições de vida da população, como: abastecimento de água e esgoto, perfil de trabalho e renda, áreas de lazer, presença de equipamentos públicos, a história e a cultura locais (história da comunidade, origem dos moradores, espaços religiosos, tradições e modos de vida), os saberes locais (percepções sobre saúde, alimentação, sistema alimentar, etc); • O circuito de produção, comercialização, aquisição de alimentos, consumo (onde, quem produz e quem consome, quais as formas de plantar, colher, transportar, armazenar, beneficiar, trocar, vender, comprar e consumir os alimentos); • A existência de tradições culinárias locais e sua relação com o fortalecimento do patrimônio cultural das comunidades.

Na fase de planejamento, é essencial pensar nas pessoas, nas problemáticas, nos processos e no que se espera alcançar com o resultado das ações. Iremos percorrer abaixo alguns caminhos necessários ao planejamento das ações de EAN. DICA: Para um bom planejamento em EAN, é importante conhecer como os sujeitos deste território estão estabelecidos, quais são suas condições econômicas, sociais, culturais, bem como as inter-relações destas condições com a situação de SAN.

11

4.1 Planejar as ações A partir do reconhecimento do território você pode reunir-se com os parceiros para iniciar o planejamento participativo das ações de EAN.

QUADRO 01: Questões-chave para o planejamento e o desenvolvimento das ações de EAN.

12

FONTE: Adaptado de Souza; Rotenberg- 2014

13

Ter o planejamento preenchido em mãos, antes e durante a realização das atividades, ajuda tanto na organização dos recursos necessários, quanto na orientação do que fazer no momento da atividade.

QUADRO 02: Exemplo de quadro para planejamento de prática educativa.

FONTE: Princípios e Práticas para Educação Alimentar e Nutricional – 2018.

4.2 Cuidados com as ações de EAN Ao realizarmos as ações de EAN, devemos estar atentos e considerar algumas questões que podem tornar as atividades mais atrativas e repercutir em vivências satisfatórias. Essas questões se referem à forma como abordamos os conteúdos, nos relacionamos com as pessoas, comunicamos as informações, provocamos reflexões e mediamos as situações.

Aspectos que podem considerar nas ações de EAN: • Construir ações contextualizadas e articuladas com as necessidades das pessoas e do território, com o consentimento e o envolvimento da comunidade; • Escolher temas, técnicas e recursos que sejam adequadas aos públicos de interesse (crianças, gestantes, trabalhadores, idosos, etc); • Experimentar ou planejar cuidadosamente as estratégias e dinâmicas, evitando o improviso e situações indesejáveis. Se necessário, realizar testes pilotos; • Procurar vivenciar as orientações partilhadas, demonstrando coerência entre o que se fala e o que se faz;

14

• Partilhar informações sobre os direitos e as possibilidades de ação, contribuindo para a conscientização e mobilização em prol da garantia da alimentação adequada e saudável; • Promover ações que contribuam para a ampliação do repertório de informações, o desenvolvimento de habilidades e a autonomia para escolhas conscientes; • Considerar os aspectos afetivos, sociais, econômicos, culturais e ambientais relacionados à alimentação, no sentido de criar novos significados do ato de comer; • Considerar as individualidades, as necessidades e os valores relacionados à comida, alimentação, à nutrição, à saúde e à vida, visando ao prazer e ao autocuidado; • Exercitar a escuta interpretativa e compreensiva dos relatos dos indivíduos; • Evitar abordagens normativas e autoritárias, que desconsideram as vivências, os saberes e os desejos dos indivíduos ou comunidades. Ou mesmo, falas que culpabilizam as pessoas sobre situações de saúde ou de vida, pelas quais não têm total responsabilidade ou condições de mudança; • Cuidado com falas preconceituosas que reforcem a exclusão social e estigmatização de grupos populacionais, pois precisamos respeitar a diversidade e as diferenças;

15

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o fortalecimento de vínculos familiares nos serviços socioassistenciais - CADERNO TEÓRICO. BRASIL. Princípios e Práticas para Educação Alimentar e Nutricional. Brasília/DF 2018. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2012. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/ marco_EAN.pdf. Acesso em: 24 de agosto de 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Brasília: MS, 2006.

16

Quais são os princípios para as ações de educação alimentar e nutricional?

A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é o campo do conhecimento e de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para assegurar o Direito à Alimentação Adequada e Saudável (DHAA).

Quais são os quatro os princípios da boa alimentação e nutrição?

São quatro as Leis da Alimentação: Quantidade, Qualidade, Harmonia e Adequação. A Lei da Quantidade aponta que os alimentos devem ser suficientes para satisfazer as necessidades energéticas e nutricionais do organismo e mantê-lo em equilíbrio.

Quais os 9 princípios básicos do Guia alimentar?

Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo. Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar social e ambientalmente sustentável. Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares. Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares.

Quais os 5 princípios do Guia alimentar?

A elaboração do Guia Alimentar para População Brasileira tem como base cinco princípios: Alimentação é mais que ingestão de nutrientes; recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo; alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável; diferentes ...