Por que o palito de fósforo tem esse nome?

Nós compartilhamos por aqui, há algum tempo, o vídeo de um fósforo queimando em câmera lenta a 4.000 quadros por segundo. A American Chemical Society pegou este vídeo para explicar o que acontece em nível molecular quando você acende um palito.

Vamos lá: a cabeça do palito possui um combustível (trissulfeto de antimônio), uma substância para ajudar esse combustível a pegar fogo (clorato de potássio), e outro composto para evitar que a combustão gere muita fumaça (fosfato de amônio).

A cera de parafina ajuda a chama a viajar para baixo no palito, e uma cola mantém tudo isso junto. Há também um corante para deixar o fósforo mais bonito.

Na caixinha, há uma superfície de vidro em pó (para a fricção) e fósforo vermelho (para acender o fogo). Quando você raspa a cabeça do fósforo na caixa, isso cria fricção e emite calor. Essa energia converte o fósforo vermelho em fósforo branco, que é extremamente volátil e reage com o oxigênio do ar, causando a ignição.

Por que o palito de fósforo tem esse nome?

Todo esse calor também faz o clorato de potássio – presente na cabeça do fósforo – pegar fogo. Por ser um agente oxidante, ele fornece mais oxigênio à reação. Esse oxigênio se combina ao combustível (trissulfeto de antimônio) para criar uma chama duradoura.

Essa reação cria óxidos de enxofre, que possuem aquele cheiro de algo queimando. Há também a fumaça, composta de pequenas partículas que escaparam da combustão, mais vapor d’água.

A ACS levou quase um minuto e meio para descrever, no vídeo, o que acontece em apenas um décimo de segundo. Como eles próprios lembram, “a química é rápida”.

Foto por Rob Howard/Flickr

Durante uma tentativa de transformar xixi em ouro, em 1669, o alquimista alemão Henning Brandt descobriu, por acaso, uma substância nunca vista antes: o fósforo, elemento químico simbolizado pelo P, que brilha no escuro.

O elemento e o palito

Onze anos mais tarde, em 1680, a descoberta do novo elemento chegou aos ouvidos do físico irlandês Robert Boyle, que decidiu colocar o fósforo em uma folha áspera e esfregar ali um palito com enxofre. O resultado foi o esperado pelo cientista: o calor da fricção acendeu o palito

Perigo

Em 1827, o farmacêutico inglês John Walker fez outra descoberta: um palito de madeira poderia ser aceso (quando raspado em uma superfície áspera) se a ponta dele tivesse a mistura de sulfeto de antimônio, clorato de potássio, cola e amido. A ideia se tornou popular, mas era muito perigosa, pois os palitos acendiam sozinhos dentro da caixa!

Ideia esperta

Quase vinte anos depois, o sueco John Edvard Lundström decidiu separar os ingredientes inflamáveis do palito de fósforo, deixando uma parte na cabeça do palito e a outra na caixa. Isso evitou que fogo surgisse de repente! Era o surgimento dos fósforos de segurança, que deram origem aos modelos que usamos hoje.

Fonte: Estudo químico-quântico de compostos de fósforo: estabilidade e propriedades eletrônicas (Rommel Bezerra Viana, em tese de doutorado para o Instituto de Química de São Carlos-USP) e Swedish Match (distribuidora dos fósforos FiatLux).

Por que o palito de fósforo tem esse nome?

Em nossa vida temos alguns confortos que raramente valorizamos e que muitas vezes desconhecemos as suas origens.

A luz elétrica, a água em nossas torneiras e até mesmo o fogo são alguns exemplos. Alguma vez já paramos para pensar como era o mundo antes do fogo?

E como as pessoas acendiam o fogo, uma vez que não existiam os palitos de fósforos que hoje são conhecidos e usados no mundo inteiro?

Se você quiser saber um pouco mais sobre o fogo, como surgiram os palitos de fósforos e como eles são feitos, continue lendo nosso post!

A evolução do fogo

Na pré-história o fogo somente acontecia quando os raios provocavam incêndios, isso há mais ou menos 400 milhões de anos e no início o fogo provocava medo nos nossos ancestrais.

Mas, depois, eles começaram a perceber que os pedaços de árvores caídos e queimados, exalavam o calor, embora essa sensação durasse pouco tempo.

Mais tarde, ainda na pré-história o homem começou a perceber que atritando pedras ou paus eles produziam faísca e, consequentemente, com essa insistência nasceu o fogo e chegou o progresso.

O fogo trouxe o progresso para a humanidade

A partir dessa descoberta o homem passou a se aquecer do frio, a afastar-se do perigo, como em casos de animais selvagens é também a cozinhar seu alimento.

O uso do fogo evoluiu e começou a fazer parte da vida dos homens de maneira marcante.

Ferramentas começaram a ser construídas, indústrias começaram a funcionar a base de fogo, e até meados do século XIX, ele foi usado como fonte de iluminação pública ou residencial.

Na época utilizava-se óleo de baleia ou outros combustíveis para se manter os poucos postes de iluminação pública e os conhecidos lampiões acesos dentro de casa.

E, até pouco tempo, as pessoas usavam os chamados palitos de fricção para acenderem seu fogo.

Esse palito não era muito prático na época, porque na cabeça dele continham todas as substâncias químicas para acendê-lo, mas precisava ser friccionado ou esfregado em uma superfície sólida, como mesa, parede ou porta. Também era perigoso.

Somente, no início do século XX é que chegam o que chamamos de palitos de fósforo, facilitando a vida de quem quer acender o fogo.

A história do palito de fósforo

Por incrível que pareça, tudo começou por meio de um acidente, surgindo primeiramente o elemento químico fósforo (P).

A história começa então, em 1669, na Alemanha, quando o alquimista Hennig Brand estava fazendo suas experiências na tentativa de transformar metais em ouro, e, em uma das ocasiões manipulou junto amostras de urina.

Da mistura, surgiu algo brilhante, o que Hennig batizou na época como Phosphoros que significa aquele que traz a luz, e que ficou conhecido como o elemento químico fósforo, vindo mais tarde compor a tabela periódica.

Onze anos depois, em 1680, Roberto Boyle, cientista britânico, percebeu que era possível formar uma chama ao esfregar um papel coberto com fósforo em um pedaço de madeira contendo enxofre sobre ele.

E o fato aconteceu não pela fricção dos materiais, mas por uma reação própria das substâncias. Estava lançada a receita para então surgir o palito de fósforo.

O surgimento do palito de fósforo

Chegou o século XIX e, em 1826, os palitos de fósforo começaram a surgir e conquistaram a população do mundo.

Tinham originalmente 8 centímetros de comprimento, mas apresentavam um agravante: eles se incendiavam naturalmente dentro das suas embalagens. E esse problema só foi resolvido, em 1855 com o surgimento do fósforo de segurança.

O fósforo de segurança é protegido por um agente isolante que faz com que não acenda facilmente. Ele precisa ser friccionado na caixa ou por meio de outra chama.

Os brasileiros começaram a desfrutar dos palitos de fósforo somente no início do século XX, e a fabricante era a Fiat Lux.

Por que o palito de fósforo tem esse nome?

Já hoje existem várias marcas e tipos, nos tamanhos médio, longo e extra longo.

Curiosidades sobre o palito de fósforo

Você sabia que o palito de fósforo não contém fósforo na composição na sua base?

Como ele pega fogo? Na cabeça do palito existe uma mistura de substâncias: a substância de cor vermelha é clorato de potássio que é responsável por liberar oxigênio para manter a chama acesa.

A parafina é que reveste toda a cabeça do palito e serve como combustível para alimentar a chama.

E o fósforo onde está?

A caixinha do palito, embora pareça estranho, tem na sua lateral areia e pó de vidro, responsáveis por gerar o atrito. Mas, é na caixa que se encontra o fósforo e é ele que produz o calor.

Dessa forma ao passarmos o palito na lateral da caixinha, a areia, o pó de vidro e o fósforo geram a faísca. Essa, por sua vez, queima o clorato de potássio que libera o oxigênio.

Por que o palito de fósforo tem esse nome?

O oxigênio reage com a parafina que está envolta no palito e acontece então o que chamamos de fogo ou de acender o palito de fósforo. A chama dura em média 10 segundos.

Agora que você descobriu que o palito de fósforo não contém fósforo, conheça algumas curiosidades sobre a tabela periódica, aqui no nosso blog.

(Imagens: divulgação)

Porque se chama palito de fósforo?

Mas então por que puseram esse nome: palito de fósforo? Porque durante muito tempo o fósforo realmente estava no palito e acendia em qualquer superfície áspera. Na verdade, esse tipo de palito ainda existe, é encontrado tradicionalmente no Reino Unido.

Porque usamos o nome palito de fósforo se esse composto não está presente nos palitos?

pois a substância do composto P (fósforo) não está presente no palito e sim ao lado de fora da caixa dos palitos de fósforo.

Como surgiu o palito de fósforo?

O fósforo foi descoberto em 1669 pelo alquimista alemão Hennig Brand, enquanto ele fazia a destilação da mistura de urina com areia na busca da pedra filosofal. Ao vaporizar a ureia, conseguiu um material branco que brilhava e incandescia.

Por que não existe fósforo no palito de fósforo?

Mas, por medida de segurança, os palitos fabricados hoje só acendem se forem riscados contra a parte áspera da caixa. Portanto, o elemento fósforo (P) não está presente dentro da caixinha (palitos) e sim do lado de fora.