Pé diabético, como o próprio nome sugere, é uma séria complicação da diabetes. Essa condição ocorre quando uma área infeccionada ou machucada nos pés acaba desenvolvendo uma ferida (úlcera).
As causas desse problema podem estar associadas à deficiência na circulação sanguínea ou níveis de glicemia descontrolados. A falta de cuidado com os pés também aumenta as chances de complicações, daí a importância de cortar as unhas adequadamente, bem como, manter os pés aquecidos e protegidos.
O pé diabético pode trazer consequências graves para o paciente. Por isso, qualquer ferimento nessa parte do corpo deve ser tratado imediatamente para evitar maiores problemas, a exemplo da amputação do membro.
Nem todo pé diabético precisa ser amputado, porém, esse é um risco real. Leia o artigo completo e descubra quando a amputação é recomendada.
Por que pessoas diabéticas podem precisar da amputação?
Os diabéticos fazem parte de um grupo mais vulnerável à amputação de dedos, pés ou pernas. Vale destacar que a diabetes é uma enfermidade metabólica crônica, caracterizada por uma gama de complicações variadas, o que inclui o pé diabético, cujos danos podem ser devastadores.
Quando a diabetes chega ao ponto de afetar a sensação de dor e o tato (neuropatia diabética), o risco de sofrer machucados e desenvolver feridas se torna maior. Se os ferimentos se agravam, a evolução do quadro pode demandar a amputação.
Quando a amputação é indicada?
O pé diabético é a principal causa mundial de amputação dos membros inferiores. Só para ter ideia, o risco é de 15 a 40 vezes maior entre pessoas com pé diabético. Fortes indicativos de que a amputação pode ser necessária são as deformidades, alterações na sensibilidade, limitação da mobilidade, mudanças na marcha e infecções severas. Na existência desses sinais, é importante fazer uma investigação aprofundada e o tratamento adequado de eventuais ferimentos. Porém, em determinados casos, a amputação é necessária para preservar outras estruturas e funcionalidades, evitando o agravamento do quadro.
Como determinar se o membro deve ser amputado?
Não é simples. Embora 85% das amputações sejam precedidas por úlceras, a presença do ferimento de difícil cicatrização não é suficiente para determinar se o membro precisa ser amputado ou não. As úlceras nunca devem ser avaliadas isoladamente. O paciente deve ser visto como um todo. O tratamento tem que ser multidisciplinar e a amputação deve ser feita em último caso, se o uso de antimicrobianos e cicatrizantes , além de outras estratégias mais conservadoras, não apresentar a resposta correta.
No mais, se a amputação for imprescindível, é fundamental contar com uma equipe cirúrgica especializada, aparelhagem correta e tecnologia de ponta para aumentar a segurança do paciente diabético, evitar maiores danos funcionais e promover a sua reabilitação global pós-cirurgia.
Quer saber mais sobre pé diabético? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como angiologista e cirurgião vascular no Rio de Janeiro!
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Todo ferimento agudo ou crônico, relacionado a condições como úlcera venosa, pé diabético ou lesão por pressão, requer atenção médica. Quando essas feridas não são tratadas de forma adequada, podem evoluir para situações mais complexas e causar danos irreversíveis, como uma amputação. A verdade é que tratar o problema vai além da
cicatrização. É preciso realizar uma investigação apurada da causa e das comorbidades associadas que contribuem para a piora ou o surgimento de novas lesões. A Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que lesões desse tipo são a quinta principal causa de morte no mundo. Apesar disso, a condição ainda é subnotificada. Estudos mostram que, anualmente, 29% das pessoas que estão em tratamento,
especialmente domiciliar, necessitam de cuidados específicos para que uma ferida não se agrave ou não apareça.
Já um levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revela que, dos mais de 134 mil incidentes notificados, 17% corresponderam a lesões por pressão no período de 2014 a 2017.
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O que acontece é que muitos pacientes desconhecem tratamentos especializados e, por isso, se conformam em conviver com o problema e a não buscar ajuda. No entanto, é possível fazer com que um paciente que enfrenta a condição por décadas consiga cicatrizar uma ferida em poucos meses.
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O tratamento eficiente de uma ferida depende de um protocolo de atenção personalizado, que envolve a avaliação correta de necessidades do paciente, o controle das comorbidades, a otimização da nutrição e a aplicação de coberturas que oferecem resultados superiores, como os curativos de alta tecnologia, procedimentos de limpeza e desbridamento da ferida.
É um trabalho em conjunto que permite o melhor desfecho para o paciente. E é nesse contexto que chegam ao país metodologias capazes de curar esses pacientes, como um serviço especializado em tratar feridas dentro de um novo modelo assistencial. Já realizado em toda a América Latina, ele prevê um tratamento abreviado por meio de uma avaliação integral e um protocolo de cuidados individualizado e efetivo.
Na prática, além de representar uma evidente melhora em qualidade de vida para esses pacientes e seus familiares, a nova forma de tratar permite a reinserção desse indivíduo na sociedade. Está na hora de curar as feridas para seguir novos caminhos, só que, dessa vez, sem complicações nem dores.
* Thiago Villari é cirurgião vascular e médico responsável técnico da Clínica ConvaCare
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