É possível um equilíbrio entre economia e meio ambiente?

Para o professor Luciano Nakabashi, o crescimento econômico deve levar em consideração o ambiente que deixaremos para as gerações futuras

 23/09/2020 - Publicado há 2 anos

É possível um equilíbrio entre economia e meio ambiente?

É possível um equilíbrio entre economia e meio ambiente?

A relação entre desenvolvimento econômico sustentável e preservação ambiental é o tema da coluna Reflexão Econômica desta semana, com o professor Luciano Nakabashi. O colunista afirma que desenvolvimento econômico significa um país, ao mesmo tempo, crescendo e beneficiando as várias camadas da sociedade, desde os que estão bem economicamente, responsáveis por esse desenvolvimento, até aqueles menos favorecidos. O crescimento econômico sustentável traz aumento de renda, melhoras na sua distribuição e a sociedade toda se beneficia do processo. “Mas esse processo vai muito além, ele diz respeito às gerações atuais e também a gerações futuras”, enfatiza.

Para o professor, o crescimento econômico deve garantir a melhora do padrão de vida, com acesso à saúde, à educação e transporte, por exemplo, mas também que as próximas gerações consigam viver  com qualidade de vida. Por isso, lembra o professor, não devemos utilizar nossos recursos naturais indiscriminadamente. “Quando pensamos nesse processo de desenvolvimento sustentável, devemos pensar nas próximas gerações.”

Sobre as queimadas que acontecem atualmente, sobretudo no Pantanal e na Amazônia, o professor fala dos elementos climáticos como responsáveis, com a grande seca que acontece no Pantanal e em outras regiões do País, mas destaca a necessidade de uma política de preservação ambiental, fator fundamental para a preservação da fauna e flora, sobretudo na Amazônia, um dos lugares do mundo com maior diversidade nesse sentido (fauna e flora), o que ele considera uma questão de sustentabilidade, mas, sobretudo, de respeito à vida na sua forma mais ampla.

O professor aponta que vários estudos já indicaram a importância da Amazônia na preservação do meio ambiente e nas grandes alterações climáticas, como a emissão de CO2 e o aumento das queimadas. “Esse descaso não é de hoje, vem de há muitos anos. O Brasil ainda não se conscientizou da importância da preservação, sobretudo da Amazônia e do Pantanal, o que pode provocar perdas para o mundo inteiro, pois estamos todos num mesmo planeta.” O professor lembrou que o descaso com que tratam essa questão vai contra um desenvolvimento de fato sustentável e que depende de políticas públicas, tanto do governo federal como dos governos estaduais, especialmente os que estão nessas regiões. “Não temos desenvolvimento há algum tempo, muito menos sustentável”, finaliza.

Ouça no player acima a coluna Reflexão Econômica na íntegra.


Reflexão Econômica
A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar toda quarta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.

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É possível um equilíbrio entre economia e meio ambiente?

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Queda de braços entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental quem sabe um dia venha a atingir um denominador comum desaparecendo com todos os conflitos que ainda perduram sobre a importância destes Direitos Fundamentais. Todos sabem da necessária evolução econômica e industrial em beneficio do próprio homem, da sociedade. No entanto, muitos não querem saber que o excesso praticado na retirada de recursos naturais muitas vezes acarretando consequências ecológicas irrecuperáveis, sem uma devida recuperação irá ter como resultado a reversão das vantagens de uma excessiva utilização da natureza sem o devido planejamento.

Os efeitos são a degradação de nossos mananciais, recursos hídricos e composição florestal entre outros. Este uso sem o devido controle e fiscalização atinge suas estruturas naturais. Neste caso, os resultados negativos irão se refletir não só na quebra do equilíbrio ambiental como também na própria utilização dos bens que atuam no desenvolvimento sócio econômico, a propósito contido no site jusbrasil.com.br se verifica a abordagem do tema com destaques a vários aspectos relevantes:

No binômio economia e meio ambiente, percebemos que tanto os economistas como os ambientalistas ainda não chegaram a um denominador comum visando a pacificação do embate entre desenvolvimento e preservação ambiental. O pensamento econômico desenvolveu correntes nessa tentativa que até então não logrou êxito, pois continua com o chamado pensamento ‘ou-ou’, de um lado o crescimento zero, de outro a exploração contínua e mercenária dos bens naturais, colocando a tecnologia como ‘remédio de todos os males’. Quanto aos ambientalistas também encontraremos dicotomias: de um lado os mais conservadores defendendo um ambientalismo pouco profundo, onde a proteção ambiental decorre do fato de que a natureza tem valor instrumental para os seres humanos, uma corrente dominante com base no extremismo antropocêntrico; a outra corrente com base no biocentrismo, querendo reconhecer ‘direitos humanos’ à natureza, hostilizando um pragmatismo de matiz humanista e colocando por terra todo um somatório principiológico de conceitos ético-morais construídos ao longo da evolução humana.

Sustentabilidade através da distribuição

homogênea de capital e tecnologias

O mercado, com sua característica oportunista, aproveita a nova onda ambientalista com objetivo maior de obtenção daquilo que mais o interessa: o lucro financeiro. E como ‘a corda sempre arrebenta na parte mais frágil’, o direito – que desde cedo se submeteu à influência da economia dominante ao longo da história de sua consolidação, é a quem caberá equilibrar essa relação.

O homem no decorrer de sua existência consolidou a ideia de que a natureza existe para ser dominada e não conservada. Chegamos ao ápice de uma sociedade moldada sobre uma filosofia visando o ‘ter’ ao invés do ‘ser’, cuja necessária racionalidade coletiva é difícil de ser implementada, pois a coletividade é constantemente bombardeada pelos veículos de comunicação, que são completamente submissos aos detentores do capital, incentivando uma inversão valorativa e até mesmo criando novos valores que não têm nada haver com a essência do ser humano, criando dessa forma uma espécie de coisificação de todas as coisas, onde tudo e todos são objetos de comércio para obtenção de lucros financeiros.

O imediatismo alavancado por um capitalismo alicerçado no consumismo frenético afetou até mesmo o campo das ciências e tecnologias. Uma das formas de se atingir a sustentabilidade seria através da distribuição homogênea não só de capital, como também das tecnologias, o que o atual sistema dificulta. Mas como será possível realizar esta proeza se relevantes temas deontológicos são atropelados pela pífia filosofia do “tudo por dinheiro?”

É possível conciliar meio ambiente com desenvolvimento econômico?

O primeiro passo de como combinar crescimento econômico e preservação ambiental é, justamente, implementar uma mudança na cultura organizacional da empresa. Isso significa adotar disrupções na operação e engajar os colaboradores nessas iniciativas.

É possível alcançar o equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico?

É possível e desejável termos simultaneamente crescimento econômico e preservação ambiental, como sugeriu o Presidente em Davos. Isso, aliás, é a essência da Economia, pois seu papel é equacionar nossas necessidades ilimitadas com a finitude dos recursos.

Qual é o ponto de equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico?

Qual é o ponto de equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico? O conceito de sustentabilidade fala que devemos atender as nossas necessidades sem comprometer as necessidades das gerações futuras.

Como podemos alcançar o equilíbrio ambiental?

Veja a seguir alguns exemplos de práticas sustentáveis..
A separação do lixo doméstico em rejeitos orgânicos e não orgânicos. ... .
A adoção de um consumo consciente. ... .
A utilização de meios de transporte alternativos ou coletivos. ... .
A instalação de meios de geração de energia de fontes renováveis..