De quem é o quadro o grito

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Quadro "O Grito", de Edvard Munch, que teve segredo relevado por museu norueguês (Foto: Spencer Platt/Getty Images)

O Museu Nacional da Noruega revelou na última segunda-feira (23) o segredo da frase "só pode ter sido pintada por um louco", escrita no quadro "O Grito", de Edvard Munch. A pesquisa mostrou que foi o próprio autor que a escreveu, o que ainda era uma dúvida para os especialistas.

A mensagem, rabiscada e pouco visível no canto superior esquerdo da pintura, era alvo de discussão há décadas. Os debates cogitavam, inclusive, que a inscrição fosse obra de vandalismo por algum desconhecido.

"A escrita é sem dúvida do próprio Munch. A própria caligrafia, assim como os acontecimentos ocorridos em 1895, quando Munch mostrou a pintura na Noruega pela primeira vez, apontam todos na mesma direção", afirmou Mai Britt Guleng, curadora do museu. Para essa conclusão, foi utilizada tecnologia infravermelha, comparando a frase com as notas e cartas do autor.

Hoje considerado uma obra-prima do expressionismo, o quadro motivou diversas críticas a Munch no período do lançamento. O autor teve sua sanidade mental questionada, o que rendeu anotações em seu diário e provavelmente a própria inscrição no quadro em 1985, segundo o museu.

22 fevereiro 2021

Legenda do áudio,

Em áudio: A mensagem secreta inscrita no quadro 'O Grito' pelo próprio autor da obra

O pintor norueguês Edvard Munch escreveu uma mensagem secreta em seu famoso quadro O Grito, segundo especialistas que analisaram a pintura usando um scanner com raios infravermelhos.

Uma frase curta e quase invisível, escondida no quadro, um das pinturas mais populares de todos os tempos, sempre causou conjecturas no mundo da arte.

As palavras "Só pode ter sido pintado por um louco" estão inscritas a lápis no canto superior esquerdo.

Agora, novos exames feitos pelo Museu Nacional da Noruega confirmaram que a anotação foi feita pelo próprio Munch.

A pintura original, exibida pela primeira vez na cidade natal de Munch, Oslo (então Kristiania), em 1893, tornou-se uma expressão radical e atemporal da ansiedade humana. Sua influência se estende de filmes de terror de Hollywood a emojis modernos.

A obra foi restaurada em preparação para sua instalação no novo museu, que deve ser inaugurado na capital norueguesa em 2022.

Os críticos de arte há muito questionavam se a mensagem era um ato de vandalismo feito por um espectador indignado ou se fora escrita pelo próprio Munch - conhecido por ter tido problemas de saúde mental ao longo de sua vida.

O museu concluiu que as palavras foram escritas por Munch, após usar uma tecnologia para analisar a caligrafia e compará-la com seus próprios diários e cartas.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

O pintor norueguês Edvard Munch pintando um autorretrato em uma praia na Alemanha em 1907

"A escrita é, sem dúvida, do próprio Munch", disse a curadora do museu, Mai Britt Guleng.

"A caligrafia, assim como os acontecimentos ocorridos em 1895, quando Munch apresentou a pintura na Noruega pela primeira vez, apontam para a mesma direção."

Em 1994, O Grito foi roubado de um museu de arte norueguês. O quadro foi recuperado poucos meses depois com a ajuda de detetives britânicos que posaram de colecionadores de arte.

'Sentimento profundo de ansiedade'

O trabalho provocou fortes críticas nas primeiras vezes em que foi exposto e logo deu início a especulações públicas sobre o estado mental de Munch.

Munch, de acordo com seus diários, ficou profundamente magoado com a reação ao quadro; acredita-se que isso teria feito ele adicionar, posteriormente, a declaração a lápis à pintura.

O pai e a irmã de Munch enfrentaram crises de depressão; o próprio Munch chegou a ser hospitalizado após um colapso nervoso em 1908.

Sua mãe e irmã mais velha morreram antes de o artista completar 14 anos. Seu pai morreu 12 anos depois, e outra irmã foi internada com transtorno bipolar.

"Desde que me lembro, tenho sofrido de um profundo sentimento de ansiedade que tentei expressar em minha arte", escreveu Munch.

"Sem essa ansiedade e doença, eu seria como um navio sem leme."

Em 2019, a série BBC Arts escreveu que o trabalho era "uma expressão de sua ansiedade em um ponto de inflexão na história, em um mundo cada vez mais livre de velhas tradições", observando que "há paralelos claros no mundo de hoje".

"É certamente por isso que O Grito retém seu poder apesar de sua onipresença: é um espelho de nossos próprios medos contemporâneos. Por dentro, não estamos todos gritando também?", diz o texto da BBC.

O Grito será exibido com uma série de outras obras de Munch, incluindo Madonna, A Dança da Vida e Autorretrato com Cigarro, no Museu Nacional da Noruega em 2022.

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De quem pertence a obra O Grito?

Quadro O grito (Edvard Munch) Como a obra de arte é de origem norueguesa, o nome “O grito” é traduzido, sendo seu nome original Skrik. Vale ressaltar que essa pintura compõe uma série com outros três quadros, todos eles produzidos no final do século XIX pelo pintor norueguês Edvard Munch.

Quem comprou o quadro O Grito?

O investidor nova-iorquino Leon Black pagou quase US$ 120 milhões à casa de leilões Sotheby's pelo quadro de 1895 "O Grito", do pintor Edvard Munch, segundo várias pessoas do círculo do colecionador.

O que representa o quadro O Grito?

A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord, em Oslo, ao pôr-do-sol. O quadro O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista.

Qual o valor da obra O Grito?

A obra original uma das 4 versões de "O Grito" produzida pelo artista Edvard Munch tornou-se a pintura mais cara da história a ser vendida em um leilão pelo preço de US$ 119,9 milhões.

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