Como podemos da melhor forma possível trabalhar com a atividade física para um cardiopata?

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Como podemos da melhor forma possível trabalhar com a atividade física para um cardiopata?

A Import�ncia do profissional de Educa��o F�sica 

no processo de reabilita��o de indiv�duos cardiopatas

The importance of Physical Education in the process of rehabilitation of Individuals with heart disease

Como podemos da melhor forma possível trabalhar com a atividade física para um cardiopata?

 

Centro Universit�rio Toledo de Ara�atuba

Curso de P�s Gradua��o em Fisiologia e Performance do Exerc�cio

(Brasil)

Murilo C�zar de Carvalho Pereira

S�rgio Tumelero

 

Resumo

          As doen�as cardiovasculares, atualmente apresentam-se como um importante problema de sa�de p�blica. A atividade f�sica aer�bia tem a capacidade de melhorar o condicionamento f�sico e cardiovascular por um per�odo prolongado de tempo, melhorando a sobrevida de indiv�duos cardiopatas. Objetivo: Explorar o papel do profissional de educa��o f�sica, no processo de constru��o e execu��o de um programa de condicionamento f�sico para um indiv�duo cardiopata. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliogr�fica, do tipo descritiva e qualitativa, em livros e artigos cient�ficos, consultados no acervo da institui��o e em sites de busca como Google Acad�mico. Resultados e discuss�o: O treinamento cardiorrespirat�rio, dentro de um programa de reabilita��o card�aca � um processo multidisciplinar que envolve entre todos os profissionais, o profissional de educa��o f�sica. O tratamento � constitu�do por 3 fases principais, dentre elas a fase hospitalar, a fase ambulatorial e a fase de manuten��o. O programa de condicionamento deve ter por finalidade o aumento da freq��ncia card�aca (FC) atrav�s do treinamento aer�bico, relacionando a freq��ncia, o tempo e a intensidade dos exerc�cios de acordo com o grau de evolu��o patol�gico do indiv�duo, procurando avali�-lo e reavali�-lo constantemente para verifica��o dos resultados obtidos. Conclus�o: Concluiu-se que o treinamento f�sico monitorado de forma correta por profissionais capacitados, dentro do programa de reabilita��o � capaz de proporcionar adapta��es cr�nicas ao organismo, que v�o garantir ao indiv�duo a capacidade de voltar � sua vida cotidiana dentro de suas limita��es de forma produtiva.

          Unitermos

: Adapta��es ao treinamento. Condicionamento f�sico. Treinamento aer�bico. Reabilita��o cardiovascular.

Abstract

          Cardiovascular diseases, are currently a major public health problem. Aerobic physical activity has the ability to improve physical and cardiovascular conditioning for an extended period of time, improving the living time of individuals with heart disease. Objective: Explore the role of the physical education professional in the process of building and running a fitness program for a cardiac patient. Methodology: A descriptive and qualitative bibliographic research was executed on books and scientific articles found at Unitoledo�s institution collection and in research engines such as Scielo, among others. Results and discussion: Cardio respiratory training, in a program of cardiac rehabilitation is a multidisciplinary process that involves among all professionals, the physical education professional. The treatment is build for three principal stages, the hospital stage, the ambulatory stage and the maintenance stage. The objective of the conditioning program is to increase the cardiac frequency (CF) through aerobic training, relating the frequency with time and intensity of the exercises according to the individual level of the pathological evolution, searching to evaluate and revaluate it constantly to verify the results obtained. Conclusion: It was concluded that the physical training properly monitored by professionals within the rehabilitation program is able to provide chronic adaptations to the organism, which will give the individual the ability to return to his everyday life within its limitations on a productive way.

          Keywords:

Aerobic training. Adaptations to training.Cardiovascular rehabilitation. Physicalconditioning.  
Como podemos da melhor forma possível trabalhar com a atividade física para um cardiopata?
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 18, N� 183, Agosto de 2013. http://www.efdeportes.com

Como podemos da melhor forma possível trabalhar com a atividade física para um cardiopata?

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Introdu��o

    As doen�as cardiovasculares se apresentam como importante problema de sa�de p�blica. Estudos mostram que grande parte dos casos de doen�as card�acas est� ligada ao sedentarismo, bem como o uso de tabaco, �lcool e ao estresse.

    A atividade f�sica aer�bia, enquanto est� sendo realizada, tem a capacidade de aumentar a freq��ncia card�aca (FC) e press�o arterial (PA) em n�veis consider�veis, capazes de colocar o organismo num estado de desequil�brio agudo, garantindo ent�o, uma melhora no condicionamento f�sico e cardiovascular por um per�odo prolongado de tempo.

    A import�ncia desse aumento � a capacidade que o organismo adquire de manter os mesmos n�veis basais de energia com um menor gasto energ�tico, fato esse, que beneficia n�o s� os indiv�duos ditos normais, al�m de propiciar uma melhor qualidade de vida, a aqueles com extremo rebaixamento da fun��o card�aca.

    Estudos atuais t�m mostrado que o exerc�cio f�sico, a mudan�a do estilo de vida aliado a uma dieta balanceada, melhora consideravelmente a qualidade de vida dos cardiopatas (GARDENGHI, 2007).

    Os profissionais de educa��o f�sica tem papel fundamental na prepara��o f�sica desses indiv�duos, pois os mesmos s�o altamente capacitados na avalia��o, orienta��o e prescri��o correta dos exerc�cios aer�bios.

    Frente a esses fatos, o objetivo principal do trabalho ser� explorar o papel do profissional de educa��o f�sica na preven��o e tratamento de doen�as card�acas, com base em evid�ncias cient�ficas, estruturando um programa de reabilita��o onde possa ser destacado os efeitos agudos e cr�nicos sobre o organismo por meio da atividade f�sica. As varia��es de press�o arterial (PA), freq��ncia card�aca (FC) e d�bito card�aco (DC).

    Apresentamos, tamb�m, o tipo de exerc�cio f�sico consider�vel adequado bem como sua freq��ncia, dura��o e intensidade correta, para garantir o resultado esperado.

    Os programas de treinamento, com o objetivo de melhorar as fun��es cardiovasculares de um indiv�duo cardiopata, podem ser chamados de reabilita��o card�aca. Esse termo � muito utilizado entre m�dicos e fisioterapeutas, mas tamb�m � dever do profissional de educa��o f�sica utilizar-se de termos oriundos � sua pr�tica, uma vez que esse profissional tamb�m est� capacitado a realizar esse tipo de interven��o.

    O exerc�cio f�sico como forma de reabilitar um indiv�duo cardiopata deve seguir alguns crit�rios cl�nicos que ser�o relevantes � sua pr�tica. O profissional deve se atentar ao tipo da doen�a card�aca, grau de desenvolvimento dessa doen�a, e se esse indiv�duo est� apto a aderir um programa de reabilita��o.

    Estes programas precisam ser desenvolvidos com componentes espec�ficos, objetivando reduzir o risco cardiovascular, incentivar ao indiv�duo o comportamento de um estilo de vida saud�vel e reduzir a disfun��o promovendo um estilo de vida ativo nestes pacientes (DUARTE, 2009).

    O processo de desenvolvimento da reabilita��o card�aca, caracteriza-se pela manuten��o de um n�vel desej�vel das condi��es f�sicas, sociais e mentais. Garante ao indiv�duo o retorno � uma vida ativa de forma produtiva da melhor maneira poss�vel (LEITE et. al., 2012).

    Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006), a reabilita��o card�aca � um programa multidisciplinar, que envolve m�dico, psic�logo, nutricionista, educador f�sico, enfermeiro e fisioterapeuta e tem como objetivo a reabilita��o de pacientes cardiopatas (NOGUEIRA, et. al. 2005, apud LEITE, p.3, 2012). Contudo, a prescri��o do exerc�cio deve ser feito por um profissional especializado em exerc�cio f�sico como o m�dico desportista, o fisioterapeuta e o educador f�sico.

    A reabilita��o card�aca melhora a capacidade funcional e a qualidade de vida do indiv�duo, favorecendo-o a uma mudan�a de h�bitos.

    Sendo assim o objetivo principal de um programa de reabilita��o cardiovascular � permitir que o indiv�duo retornasse �s suas atividades normais de uma forma ativa e produtiva, por um per�odo prolongado de tempo, evitando reincid�ncias do quadro patol�gico, dentro de um limite fisiol�gico normal, imposto pela doen�a (GODOY, 1997).

Metodologia

    Para a realiza��o deste trabalho, foram utilizados livros atualizados e artigos cient�ficos pesquisados no Google Acad�mico com dados entre 1996 a 2012, onde foram separados os mais pertinentes ao assunto estudado. Para tanto, foi realizado uma revis�o bibliogr�fica, com car�ter dissertativo e qualitativo, onde as palavras chave para busca foram: Adapta��es ao Treinamento, Condicionamento F�sico, Reabilita��o Cardiovascular e Treinamento Aer�bico.

Resultados e discuss�o

    Com base nos estudos, e de acordo com a literatura, foi poss�vel destacar os benef�cios que este indiv�duo pode apresentar pela ado��o a um programa de reabilita��o card�aca. Esses benef�cios s�o poss�veis gra�as �s altera��es fisiol�gicas que ocorrem no organismo por meio da atividade f�sica.

    Os crit�rios para indica��es ou contraindica��es, devem ser levados em considera��o, pois s� poder�o participar de programas de reabilita��o cardiovascular, aqueles indiv�duos que forem considerados aptos pelo m�dico e ainda com encaminhamento espec�fico.

    Importante salientar que em qualquer hip�tese, se houver sintomatologia suspeita, como por exemplo, angina, n�useas, tonturas, vertigens, palpita��es, o programa de reabilita��o, deve ser suspenso imediatamente, e o paciente deve procurar o seu m�dico.

    O profissional que ir� realizar o programa de treinamento dever� estar atualizado quanto �s manobras de reanima��o cardiorrespirat�ria, e ter sempre em seu local de trabalho, reanimadores como desfibriladores, monitores card�acos, etc., garantindo assim a integridade do seu aluno ou paciente.

    O processo de reabilita��o card�aca � dividido em 3 fases diferentes, e em cada uma delas o indiv�duo precisa de um cuidado diferenciado.

    A primeira fase � de interna��o, essa fase come�a quando o indiv�duo ainda est� no leito hospitalar, depois do mesmo, ter sido considerado est�vel em decorr�ncia da melhora do quadro cl�nico. Consiste geralmente em exerc�cios respirat�rios e de movimentos diafragm�ticos. Nesta fase, os cuidados e prescri��o do exerc�cio s�o realizados pelo fisioterapeuta(LEITE, 2012).

    A segunda fase pode ser dividida em duas outras fases. A primeira fase da fase 2, consiste em imediatamente ap�s a alta hospitalar. Geralmente o exerc�cio � coordenado por um fisioterapeuta que vai at� a casa do indiv�duo ou pelos pr�prios familiares ap�s tomarem esclarecimento do que o paciente pode ou n�o fazer. Assim como, a orienta��o sobre como promover um estilo de vida que seja mais saud�vel e que evite reincid�ncias de interna��o.

    Ap�s esse per�odo a segunda parte da fase 2 come�a e � chamada de fase ambulatorial. Essa fase inicia-se ap�s 2 ou 3 semanas ap�s a alta hospitalar e consiste em treinamentos determinados pela zona alvo de treinamento atrav�s da f�rmula de Karvonen, onde os valores ser�o determinados pelo teste ergospirom�trico. Essa fase ocorre no ambulat�rio m�dico, e conta com a interven��o de uma equipe multidisciplinar que entre seus profissionais conta com m�dicos, fisioterapeutas, educadores f�sicos, enfermeiros, nutricionistas, etc. Esta fase pode prolongar-se por 6 a 12 semanas (DUARTE, 2009).

    Depois de passado o per�odo da fase 2, come�a ent�o a terceira fase que � chamada de fase de manuten��o. A fase 3 do programa de reabilita��o, tem por finalidade a continua��o dos resultados obtidos pela fase 2, al�m de por em pr�tica o novo estilo de vida. A literatura descreve essa fase como uma fase de exerc�cio em que o indiv�duo continue realizando sozinho, por�m, sabe-se a import�ncia que um profissional de educa��o f�sica tem no processo de continua��o dessa fase.

    O educador f�sico ir� garantir que os resultados obtidos pela fase 2, n�o sejam deixados, ou que ainda possam melhorar cada vez mais, incentivando e garantindo a esse indiv�duo a perman�ncia nesse novo modo de vida.

    O exerc�cio f�sico monitorado � capaz de promover adapta��es centrais e sist�micas, que podem ser chamadas tamb�m de adapta��es agudas e cr�nicas. Uma vez que o exerc�cio f�sico � realizado de forma constante, essas adapta��es s�o capazes de melhorar os �ndices de FC, PA e DC, promovendo a melhora no condicionamento cardiorrespirat�rio desse indiv�duo, melhorando tamb�m sua qualidade de vida (PEREIRA, 2011).

    Essa melhora do condicionamento cardiorrespirat�rio garante que o organismo trabalhe de forma mais eficaz, suprindo suas demandas metab�licas em repouso, com um menor consumo de energia poss�vel.

    O efeito do condicionamento f�sico pode ser empregado em qualquer indiv�duo, tanto para aquele indiv�duo normal, ou mesmo para aquele que se encontra com determinada cardiopatia. A diferen�a principal desse efeito, � o n�vel de descondicionamento f�sico que ambos possam se encontrar, levando sempre em considera��o que os indiv�duos menos condicionados, ser�o os que mais se beneficiar�o desse tipo de interven��o, pois possuir�o maior faixa de ganho funcional. Ressaltando tamb�m que os indiv�duos cardiopatas geralmente s�o os que apresentam um menor n�vel de condicionamento. (PEREIRA, 2011).

    A mudan�a fisiol�gica que o ocorre no organismo promovendo tais ganhos de condicionamento cardiorrespirat�rio � resultado de v�rios fatores relacionados ao exerc�cio.

    Com o passar dos dias, o exerc�cio � capaz de promover adapta��es cr�nicas, que se perpetuar�o, garantindo uma melhor resposta fisiol�gica.

    A realiza��o constante de um programa de exerc�cio f�sico, constitui um importante estresse fisiol�gico para o organismo, fato esse decorrente da grande demanda energ�tica solicitada, comparativamente ao estado inicial em repouso. Esse aumento provoca ao organismo uma grande libera��o de calor e intensa modifica��o do ambiente qu�mico muscular e sist�mico.

    Com o passar do tempo, essa exposi��o ao exerc�cio ir� promover um conjunto de adapta��es morfol�gicas e funcionais, que ir�o conferir ao organismo uma maior capacidade de resposta ao mesmo stress. Desta forma, quando se comparado o mesmo exerc�cio com intensidades iguais, o organismo provocar� menores efeitos agudos ap�s o treinamento. Contudo, vale ressaltar que, os efeitos cr�nicos do exerc�cio, dependem exclusivamente da adapta��o perif�rica, que envolve um melhor controle e distribui��o do fluxo sangu�neo, e adapta��es espec�ficas da musculatura esquel�tica (DUARTE, 2009).

    Tais adapta��es caracterizam-se pelo aumento do n�mero de capilares perif�ricos e em decorr�ncia disso, melhora do aporte sangu�neo, n�o necessitando de uma freq��ncia card�aca aumentada para a realiza��o do suprimento energ�tico adequando o DC ao novo ritmo de trabalho, melhorando consideravelmente o consumo de oxig�nio pelo m�sculo esquel�tico VO2 e pelo m�sculo card�aco MVO2.

    Contudo, � preciso estabelecer uma harmonia real entre a freq��ncia, dura��o e intensidade dos exerc�cios realizados, para que o treinamento possa produzir as adapta��es necess�rias da forma desejada (GETHS, 2011).

    A prescri��o da intensidade do exerc�cio deve ser seguida a risca, conforme os dados obtidos pelos testes ergom�tricos ou ergoespirom�tricos. Segundo a literatura pesquisada os valores de intensidade para realiza��o dos exerc�cios f�sicos, se encontrar�o na faixa de 40% a 80%, variando com a gravidade da les�o mioc�rdica do paciente. (GARDENGHI, 2007; MARQUES, 2004; SILVA et. al., 2002).

    Outra forma segura para se determinar a freq��ncia card�aca de treinamento, � utilizando-se da f�rmula de Karvonen.

    Essa f�rmula baseia-se pela freq��ncia card�aca m�xima, ou subm�xima obtida pelo teste de esfor�o, na freq��ncia card�aca de repouso e no percentual da freq��ncia card�aca desejada para o treinamento.

    Na falta de um teste ergom�trico podemos basear a freq��ncia card�aca m�xima pelo c�lculo de 220-idade, ou tamb�m pela freq��ncia card�aca subm�xima utilizando o c�lculo de 195-idade. (GETHS, 2011; GARDENGHI, 2007; KISNER, 2005; MARQUES, 2004).

    A intensidade desse exerc�cio pode ser aumentada conforme for aumentando o condicionamento f�sico do indiv�duo a ser tratado, ou tamb�m pode ser diminu�da, conforme a progress�o da doen�a do mesmo. Da� surge a grande import�ncia desses indiv�duos necessitarem de um acompanhamento individualizado e tamb�m realizar exames peri�dicos para se determinar o seu estado de sa�de.

    A freq��ncia e dura��o do exerc�cio devem ser adequadas � individualidade biol�gica, lembrando que esses fatores dependem tamb�m n�o s� da intensidade do exerc�cio como dito anteriormente, mas da aptid�o f�sica inicial desse indiv�duo (PEREIRA, 2011).

    Uma refer�ncia que pode ser feita � que quanto menor for a intensidade do exerc�cio, maior dever� ser o seu tempo de realiza��o, sendo assim, o contr�rio tamb�m ser� verdadeiro. Contudo, per�odos de 30 a 40 minutos de exerc�cios aer�bios em intensidades baixa � moderada, s�o suficientes para se conseguir um resultado agrad�vel de condicionamento em indiv�duos cardiopatas, levando sempre em considera��o a individualidade biol�gica de cada indiv�duo (MORAES, 2010; YESBEK, 1996).

    Para um resultado ainda melhor dos programas de treinamento e reabilita��o card�aca, a freq��ncia dessas interven��es dos profissionais de educa��o f�sica, dever� ser de no m�nimo 3 vezes por semana, e no m�ximo 5 vezes por semana. Esses dados mostram que as adapta��es ocorrem satisfatoriamente se seguidos de forma correta (MORAES, 2010).

    Dentro do contexto da reabilita��o os profissionais devem utilizar-se de ferramentas que possam garantir o desenvolvimento correto de seu trabalho, tendo em m�os par�metros concretos para alcan�ar os objetivos desejados.

    Com isso, � poss�vel citar dois testes avaliativos para compara��o do trabalho realizado e conseq�entemente determina��o do desenvolvimento e do progn�stico do indiv�duo, o teste de esfor�o m�ximo, conhecido como teste ergom�trico (TE) e o teste de caminhada de 6 minutos (TC6) ambos utilizado como ferramentas de avalia��o.

    O TE, por apresentar valores mais preciso de VO2m�x., FCm�x, PA entre outros, ainda � considerado o mais completo e preciso da atualidade, por�m o seu custo para realiza��o ainda � muito alto.

    Em contra partida encontramos outro teste muito fidedigno para a mensura��o dos valores para o treinamento que � o TC6, este teste tem como principal vantagem o baixo custo e sua facilidade de realiza��o. Esse teste fornece informa��es sobre o progn�stico e sobrevida do indiv�duo a ser avaliado (VALENTI, 2007).

    Com base na pesquisa realizada e em tudo o que foi relatado no trabalho pode-se ter no��o de como deve ocorrer um programa de treinamento com a finalidade de reabilita��o.

    De acordo com o levantamento bibliogr�fico realizado pode ser observado a import�ncia do profissional de educa��o f�sica dentro de uma equipe multidisciplinar no processo de execu��o de um programa de tratamento cardiovascular.

    Dentre os autores pesquisados, ficou claro que as adapta��es de ordens centrais e perif�ricas podem ser alcan�adas atrav�s de um programa de condicionamento f�sico aer�bio, beneficiando indiv�duos normais e cardiopatas.

    Foi poss�vel verificar tamb�m, que todos os autores consultados afirmam que a rela��o entre a intensidade, o tempo e a freq��ncia do exerc�cio, garante ao programa de reabilita��o alcan�ar seus objetivos iniciais com �xito.

Conclus�o

    Podemos concluir que cabe ao profissional de educa��o f�sica organizar e executar um programa de treinamento aer�bico com finalidade de reabilita��o, desde que este tenha conhecimentos precisos sobre o processo patol�gico do seu aluno, bem como relacionar a intensidade, o tempo e a freq��ncia do exerc�cio f�sico, de acordo com as limita��es do indiv�duo, avaliando-o e reavaliando-o periodicamente, atrav�s de testes de resist�ncia, para que este possa alcan�ar todos os objetivos propostos com �xito.

Refer�ncias bibliogr�ficas

  • DUARTE, C. Reabilita��o Cardiovascular. Portugal, 2009. 26p. Disserta��o (Mestrado). Instituto de Ci�ncias Biom�dicas Abel Salazar, Universidade do Porto.

  • GARDENGHI, G.; DIAS, F. D. Reabilita��o Cardiovascular em Pacientes Cardiopatas. Rev. Integra��o, Ano XIII, n.51, p.387-392, Out/Nov/Dez. 2007.

  • GUETHS, M. As Caracter�sticas e Prescri��es de um Exerc�cio Aer�bico. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, N� 67, 2003. http://www.efdeportes.com/efd67/aerobico.htm

  • GODOY, M. (Org.) I Consenso Nacional de Reabilita��o Cardiovascular: Na Fase Cr�nica da Evolu��o Cl�nica. Arq. Bras. Cardiol. Vol. 69, n.4, 1997.

  • KISNER, C; COLBY, L. A. Exerc�cios Terap�uticos: Fundamentos e T�cnicas, 4. ed. Barueri/SP. Editora Manole, 2005.

  • LEITE, E. M. et. al. Interven��o Fisioterap�utica na Reabilita��o Card�aca Ap�s Infarto Agudo do Mioc�rdio [Acessado em 12/04/2012] Dispon�vel em: http://www.pergamum.univale.br/pergamum/tcc/Intervencaofisioterapeuticanareabilitacaocardiacaaposinfartoagudodomiocardio.pdf

  • MARQUES, K. S. Intera��o dos Profissionais de Educa��o F�sica e Fisioterapia na Reabilita��o Cardiovascular. Florian�polis � SC, 2004. 61p. (Monografia) � Departamento de Educa��o F�sica, Universidade Federal de Santa Catarina UFSC.

  • MORAES, R. S. Diretrizes de Reabilita��o Card�aca. Arq. Bras. Cardiol. vol.84 no.5, S�o Paulo May 2005.

  • PEREIRA, M. C. C. An�lise da Fun��o Cronotr�pica e Inotr�pica de Paciente com Marcapasso Card�aco em Atividade F�sica Aer�bia. Relato de Caso. Cooperativa do Fitness.

  • PEREIRA, M. C. C. An�lise Quantitativa das Altera��es Morfofuncionais de um Paciente com Insufici�ncia Card�aca Ap�s a Reabilita��o Card�aca. Tr�s Lagoas � MS, 2011. 70p. (Monografia) � Faculdades Integradas de Tr�s Lagoas AEMS.

  • SILVA, M. S. V. et al. Beneficio do Treinamento F�sico no Tratamento de Insufici�ncia Card�aca: Estudo com grupo controle. Arq. Bras. Cardiol., vol. 79, n.4, p.351-6, 2002.

  • VALENTI, et. al. An�lise do desempenho em grupo de mulheres adultas no teste de caminhada de seis minutos, Arq Med ABC, 32(Supl. 2):S51-4, 2007.

  • YAZBEK Jr, P. et. al. Aplica��o do Exerc�cio F�sico em Portadores de Insufici�ncia Card�aca Congestiva. Rev. Soc. Cardiol. Estado de S�o Paulo 1:40-4, 1996.

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Como devem ser realizadas as atividades físicas para cardiopatas?

É recomendável fazer atividades como caminhadas, que não levam o coração a mais que 150 batimentos por minuto, para não desgastar o músculo cardíaco”. Os exercícios ideais são os aeróbicos, como caminhar ou andar de bicicleta.

Como podemos da melhor forma possível trabalhar com a atividade física para um cardiopata um diabético e uma gestante?

Praticar exercícios aeróbicos (caminhar, andar de bicicleta, etc) de três a cinco vezes por semana já faz uma grande diferença nesses casos.

Quais práticas de atividades físicas são mais indicadas para cardiopatas?

É recomendável fazer atividades como caminhadas, que não levam o coração a mais que 150 batimentos por minuto, para não desgastar o músculo cardíaco”. Os exercícios ideais são os aeróbicos, como caminhar ou andar de bicicleta.

Quais exercícios um cardiopata pode fazer?

Concluímos que os principais exercícios para cardiopatas são: Exercício aeróbio (aquecimento, esteira ergométrica, bicicleta ergométrica, caminhada); exercício resistido (musculação); alongamentos; exercícios para musculatura respiratória; exercício de flexibilidade e exercício de equilíbrio.