Como era a relação dos holandeses com a produção do açúcar antes de dominarem o Nordeste brasileiro?

As invasões holandesas se deram em três ocasiões: na Bahia (1624), em Pernambuco (1630) e no Maranhão (1641), dando origem à Nova Holanda na região.

As invasões holandesas no Brasil ocorreram na Bahia em 1624, Pernambuco em 1630 e Maranhão em 1641. Nesse tempo, as coroas de Portugal e Espanha estavam unificadas pela União Ibérica. Embora os portugueses fossem amigos da Holanda, os espanhóis eram seus inimigos.

A Espanha então expulsou os holandeses da Bahia, só que, quando estes retornaram, aquela não mais se interessou pela região. Então Maurício de Nassau assumiu o governo do que chamou de Nova Holanda e foi um tempo de prosperidade.

Havia uma boa relação entre os senhores de engenho e os holandeses, posto que se auxiliavam. Só que, com a partida de Nassau, essa relação se deteriorou e ocorreu a Insurreição Pernambucana de 1645.

Contexto Histórico

Foi a República das Províncias Unidas, hoje Holanda, que financiou a produção do açúcar no Nordeste. Esse povo era inimigo histórico da Espanha. Ocorre que, com a União Ibérica, que uniu as coroas portuguesa e espanhola, os holandeses foram expulsos do Brasil.

Visando a recuperação do lucro perdido, em 1621 foi fundada a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. Em contrapartida os holandeses contrataram mercenários para retomar seu investimento. Eles então invadiram as fazendas, expulsaram os fazendeiros e passaram a controlar a produção dos engenhos do Nordeste.

As invasões holandesas

Diante da facilidade com que conquistaram os canaviais, os holandeses decidiram uma ação mais ousada. Em 1624 Jacob Willekens, no comando de 1500 homens, conquistou a cidade de Salvador. Só que, no ano seguinte, 12 mil soldados portugueses e espanhóis reconquistaram todo o território perdido, pondo fim às invasões holandesas na região.

Mas os holandeses não desistiram do Brasil, posto que em fevereiro de 1630 invadiram o Pernambuco. Foi enviada uma esquadra de 56 navios, que desembarcou no litoral e sem dificuldade tomou Olinda. Em seguida foi a vez de Recife, embora ali a resistência tenha sido feroz.

O governador Matias Albuquerque não teve reforços e foi forçado a fugir para a Bahia. De modo que, cinco anos depois, já havia quase 6 mil holandeses bem armados na região. E fundaram ali a chamada Nova Holanda, que passou a ser administrada por João Maurício de Nassau.

A Holanda no Brasil

Em 1637 chegaram médicos, artistas, cientistas e arquitetos na região, sendo designado Recife como capital. É que Olinda estava mais exposta a uma possível tentativa de reaver território. Só que a Espanha não se mostrou disposta a enviar novamente tropas.

Então os holandeses foram se consolidando na região, sempre apoiados pelos donos de engenho. Maurício de Nassau fez um ótimo governo, estimulando o crescimento da produção de açúcar. Realizou igualmente grandes obras para melhorar a urbanização, sinal de que muito dinheiro circulava.

No ano de 1640, após sessenta anos de União Ibérica (1580-1640), houve a Restauração da Independência. Portugal passou a ser governado por seu próprio rei, que foi Dom João IV.

Com isso é assinado um acordo de paz entre Portugal e Holanda, e os holandeses ficaram por aqui. Tanto que em 1641 eles invadiram o Maranhão e depois levaram sua dominação até o Rio São Francisco.

O fim da Holanda brasileira

Em 30 de setembro de 1643, Maurício de Nassau recebeu uma carta de dispensa dada pelo governo holandês. Ele estava descontente com a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, tendo assim sido chamado de volta.

A Nova Holanda perdeu dessa forma um hábil diplomata, tanto que não demorou para se acirrarem os ânimos. Endividados e incapazes de honrar seus compromissos, os senhores de engenho se revoltam. Teve início assim a Insurreição Pernambucana de 1645.

Esse foi o ponto de partida para o fim da Nova Holanda, pondo assim fim às invasões holandesas no Brasil. Em 1654, após muitas batalhas, foram definitivamente expulsos os holandeses da região.

Leia também sobre a França Antártica: a colônia francesa que existiu na Baía de Guanabara.

Fonte: Wikipédia, Brasil Escola, Toda Matéria, Info Escola, Multi Rio, Escola Kids, Educação, Só Literatura, Cola da Web, Blog do Enem, Estudo Prático, Alunos Online, Sua Pesquisa.

Fonte das imagens: História de Tudo, Zona Curva, Bahia, Wikipédia.

Qual era a relação dos holandeses com a produção de açúcar?

Os holandeses desempenharam o papel de financiadores e intermediários na empresa açucareira lusitana. Durante as primeiras décadas do período colonial, os portugueses decidiram viabilizar a exploração do espaço colonial com o desenvolvimento da exploração açucareira.

Qual foi a relação da Holanda com a crise do açúcar no Brasil?

A concorrência holandesa foi, portanto, uma das principais causas da crise do açúcar brasileiro no período colonial, pois eles conseguiram produzir açúcar mais barato e de melhor qualidade do que o brasileiro.

Como as invasões holandesas se relacionam com a decadência da produção de açúcar no Brasil colonial?

Quando os holandeses invadiram Pernambuco, em 1630, o dinheiro dessa companhia foi fundamental para reerguer os engenhos que foram destruídos durante os conflitos entre os invasores e os colonos. Os senhores de engenho foram agraciados com empréstimos para manter a produção de açúcar.

O que aconteceu com a economia açucareira quando os holandeses foram expulsos?

O que aconteceu com a economia açucareira do Brasil logo que os holandeses foram expulsos? Após serem expulsos, os holandeses passaram a investir na plantação de açúcar na região das Antilhas. Em pouco tempo, os produtores brasileiros não suportaram a concorrência comercial imposta pelo açúcar antilhano.

Toplist

Última postagem

Tag