Tesouro direto preços e taxas

As taxas dos títulos do Tesouro Direto seguem operando em alta nesta terça-feira (19). Papéis prefixados avançam a ponto de chegarem a mais um patamar histórico, de quase 13,60% ao ano.

O avanço pode começar a ser explicado pela revisão para cima de analistas. A PEC dos Auxílios, estimada em R$ 41,25 bilhões de furo no teto de gastos, tem causado um clima de risco fiscal que faz com que os agentes exijam retornos maiores.

No exterior, a temporada de balanço dos Estados Unidos é aguardada pelos investidores, que temem que a economia americana possa entrar em recessão no ano que vem. Na quinta-feira (21), o Banco Central Europeu (BCE) decide sobre a taxa de juros. O mercado aguarda alta de 0,25 ponto percentual, mas sem descartar um aperto monetário maior.

Com isso, por volta das 13h, os papéis prefixados operavam em alta. Destaque para o Tesouro Prefixado 2025, que pagava 13,57% ao ano, acima dos 13,46% oferecidos ontem. O valor é recorde para o papel que começou a ser disponibilizado em fevereiro deste ano.

Já entre os títulos atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+2026 se destaca por oferecer, no mesmo horário, remuneração real de 6,24%, acima dos 6,14% da véspera.

Vale lembrar que tanto nos papéis prefixados como naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento —, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.

Títulos do Tesouro Direto