E aí, “meu dotô”, tudo tranquilinho? Desculpe a intimidade, querido leitor, mas se prepare porque agora vamos fazer sobre um
assunto que, vira e mexe, gera discussões entre grupos de amigos e conhecidos. Afinal, quando é que devemos chamar algum profissional de doutor? Atualmente, é comum que algumas pessoas que estão inseridas em certas profissões ganhem esse título como um verdadeiro pronome de tratamento. Mas deixando de fora toda essa discussão, resolvemos esclarecer de uma vez por todas quando é que podemos chamar alguém dessa forma. Confira: A tradição de chamar advogados de “doutor” surgiu nos tempos do Império, com uma lei de 11 de agosto de 1827, promulgada por D. Pedro I, a qual criava os cursos de Ciências Jurídicas e Sociais no Brasil. Com ela também se regulamentou
o estatuto para o curso jurídico, além de ter sido decretado que os concluintes de cursos de bacharelado receberiam o título de “doutor”. Assim, bacharéis em Direito começaram a ser tratados dessa maneira. Mesmo já tendo caído em desuso, o decreto criou uma tradição que até hoje é seguida pela maioria dos profissionais da área, os quais costumam se tratar dessa forma. Vale lembrar que, até
hoje, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não se pronunciou no sentido de negar que os advogados também sejam tratados como "doutores". + Encontre bolsas de estudo para todos os níveis de ensino
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Advogado
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A mesma lei imperial citada acima também trouxe aos médicos o uso do título de “doutor”, pois o curso de Medicina, sendo bacharelado, dava aos profissionais da área o direito de serem chamados dessa forma.
Mesmo com o passar dos anos, o costume de chamar os médicos de “doutores” continuou. Isso se perpetua como uma "tradição" da própria classe que se trata desta forma e se apresenta (em seus cartões de visita ou papéis timbrados) com esse título.
Vale dizer que na língua americana os médicos são chamados de "doctor". Isso também influencia para que, mesmo aqui no Brasil, seja comum se referir a esses profissionais usando "doutor".
Ainda, vale dizer que o dicionário Michaelis também considera como referência a “doutores” os profissionais dessa área.
Dentista
Apesar de haver um costume de se chamar pessoas formadas em Odontologiavulgo, dentistas de "doutor", não há nenhum decreto ou norma que determine isso.
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Psicólogo
Por não poderem prescrever remédios nem realizar procedimentos clínicos, os psicólogos não podem ser considerados médicos. Ainda, não existe nenhuma regra que prevê o título de "doutor" para quem estuda Psicologia. Sendo assim, não é necessário chamar esses profissionais dessa forma.
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Veterinário
Apesar do veterinário ser considerado o "médico dos animais", também não existe nenhuma norma que fale sobre o título de "doutor" para os profissionais formados em Medicina Veterinária.
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Afinal, quem é doutor?
No meio acadêmico e, segundo alguns dicionários modernos, é chamado de "doutor" aquele que tenha concluído o seu doutorado – e isso vale para todas as profissões. Então, por exemplo, se um psicólogo tiver obtido esse grau acadêmico, ele poderá ser referido assim sem problemas. Ou seja, nesse caso, "doutor" representaria um título acadêmico.
Ainda, o dicionário Michaelis também determina que juízes e delegados também podem ser chamados dessa forma na modalidade pronome de tratamento.
Pronto, agora chega de discussão! Você já sabe quem é e quem não é "dotô" por aí.
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