Que metodologias de ensino adianta para as pessoas deficientes auditivas

Postado em 30/05/2016 às 11:16:35

Que metodologias de ensino adianta para as pessoas deficientes auditivas

A língua de sinais facilita a comunicação e melhora a interação entre ouvinte e surdo. Ao educador especial que tem um aluno surdo na sala de aula, a língua de sinais será de fundamental ajuda para a transmissão do conteúdo programático das matérias.

O professor deve: 

- Aceitar o aluno surdo como os demais alunos; 
- Ajudar o aluno a raciocinar, não lhe dar soluçães prontas; 
- Não superproteger; 
- Não ficar de costas para o aluno, nem de lado, quando estiver falando; 
- Preparar os colegas para recebê-lo; 
- Dirigir-se ao surdo em língua de sinais; se não for possível, utilizar frase curtas, bem pronunciadas num tom normal, sem exageros; 
- Ao chamar atenção do aluno, utilizar gestos convencionais; 
- Colocar o aluno surdo nas primeiras carteiras, longe de janelas e portas, para não se distrair; 
- Utilizar todos os recursos que facilitem sua compreensão (dramatização, mímicas e materiais visuais); 
- Se utilizar vídeos, certificar se são legendados; 
- Fazer resumos do conteúdo das aulas no quadro negro e depois repassá-los em língua de sinais; 
- Incluir a família no processo educativo; 
- Cumprimentá-lo sempre que possível em língua de sinais e ou com sorriso; 
- Todos na escola (professores e funcionários) devem aprender a língua de sinais; 
- As aulas devem ser em língua de sinais; se não for possível, solicitar ajuda de intérpretes até que os professores se preparem para esse atendimento; 
- A escola deve receber assessoria de uma equipe (pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos) enviada pela Secretaria de Educação Especial do Estado; 
- A escola deve incluir no Plano Político Pedagógico estratégias de trabalho com o aluno surdo; 
- Avaliar o aluno pela mensagem e pelo conteúdo, não pela escrita; 
- Acreditar nas potencialidades do aluno.

Fonte: Brasil Escola

Autoria: Andresa Vaniele Barbosa Pereira- Graduada em Letras pela Faculdade de José Bonifácio e Especialista em Educação Inclusiva para pessoas com Deficiência Auditiva pela Faculdade São Luis.

O que nossos alunos têm a dizer

Estou achando b/om demais,estou aprendendo coisas incríveis

Recebi o Certificado do Estude Sem Fronteiras referente ao curso de Libras I. O Certificado é lindo e amo muito os cursos do Estude Sem Fronteiras. Quero Parabenizar o Estude Sem Fronteir...

Autores

Oliveira, V. (IFMA) ; Farias, L.J.S. (IFMA)

Resumo

A educação é desafiadora, pois que não basta apenas ensinar, é necessário ainda incitar em cada indivíduo criticidade e anseio por melhores condutas frente às necessidades sociais. O maior desafio é assegurar uma educação de qualidade possibilitando a inclusão social do indivíduo independente de suas especificidades. Este trabalho objetiva revisar literaturas que tratam de metodologias voltadas para o ensino de química a alunos com deficiência auditiva. No decorrer do estudo explorou-se abordagens que auxiliam no processo de ensino-aprendizagem dos alunos surdos, porém, por se tratar de uma temática recente as literaturas são muito similares. Foi possível detectar o envolvimento de muitos estudiosos em garantir a apreensão e entendimento dos conhecimentos de química pelos alunos surdos.

Palavras chaves

Deficiência auditiva; Metodologia; Química

Introdução

Partindo de um panorama histórico, onde, por muito tempo a educação voltada às pessoas com deficiência auditiva foi negligenciada, uma vez que estes sempre foram taxados como inferiores aos ouvintes em diversos âmbitos cognitivos (MOURA, 2008, pp. 01), o que se projeta com todos os estudos recentes é a garantia factual de inclusão e igualdade. Para tanto é necessário uma nova proposta educativa, posto que existam métodos que não produzem resultados educacionais e sociais tencionados (STRONG, 1992, pp. 106-121). Existem diversos recursos que podem ser utilizados a fim de despertar o interesse do aluno e facilitar sua aprendizagem, principalmente em química que é uma ciência cujo aprendizado depende de métodos renovados. Para trabalhar com alunos surdos em escolas regulares deve-se recorrer a uma metodologia diferenciada (SOUZA, 2012). Além da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) com o auxílio do intérprete é necessário também dinamizar as aulas, usando de métodos audiovisuais, visto que o deficiente auditivo recorre às experiências visuais para compor seu entendimento acerca do assunto. Este estudo se faz relevante por revisar bibliografias datadas entre 1992 e 2013, abordando aspectos metodológicos do cenário atual da educação inclusiva.

Material e métodos

A pesquisa, nesta ocasião explanada, classifica-se segundo a taxionomia de Vergara (2013) quanto aos fins como descritiva por descrever metodologias aplicadas ao ensino de química a alunos com deficiência auditiva, e explicativa, por elencar os principais desafios advindos dos obstáculos enfrentados pela comunidade surda. Quanto aos meios, ainda segundo Vergara (2013), em bibliográfica, a julgar por fazer uso de livros, internet, revistas, dentre outros meios para compor o marco teórico do problema. Tem abordagem qualitativa por fazer-se necessária a interpretação dos dados colhidos na literatura.

Resultado e discussão

A partir das literaturas selecionadas, pode-se perceber que a inclusão dos alunos com deficiência auditiva no ensino regular está ganhando cada vez mais destaque, porém ainda enfrenta diversos obstáculos, principalmente na área da química, posto que grande parte dos professores não está apta a atender às suas especificidades. “Outro entrave, revelado por Silva (2004), diz respeito ao fato dos docentes de química precisarem conhecer, além do conteúdo químico, aspectos ligados a libras, para não depender somente dos intérpretes, que não possuem uma formação quanto à química, dificultando ainda mais a aprendizagem” (SANTOS, 2012). “O êxito das políticas que visam à inclusão escolar de alunos com deficiência depende também de recursos que lhes permitam minimizar os efeitos de suas limitações” (OLIVEIRA & CARDOSO, 2011), para tanto a utilização de métodos audiovisuais é imprescindível, uma vez que o deficiente auditivo desprende sua atenção muito facilmente, inviabilizando assim, a assimilação do aprendizado, para auxiliar nesse embate as editoras modernas tem utilizado imagens, diagramas e tonalidades marcantes em seus livros. Segundo Ferreira (1995, p. 12), “a combinação do oral e visual permite uma alta retenção e, portanto, uma facilidade muito maior na aprendizagem”.

Conclusões

O estudo proposto evidencia a necessidade de políticas educativas destinadas às especificidades do deficiente auditivo, dado que a inclusão destes alunos no ensino regular é o pleno exercício de sua cidadania, sendo esse um direito fundamento pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN). O uso de metodologias diferenciadas auxilia o processo de ensino- aprendizagem, principalmente na área de química, considerando que esta é uma disciplina que utiliza termos específicos que podem comprometer o entendimento do deficiente auditivo.

Agradecimentos

Referências

FERREIRA, Oscar Manuel de Castro; JÚNIR, Plínio Dias da Silva. Recursos
Audiovisuais para o Ensino. São Paulo: EPU, 1995. 12 p.
MOURA, Maria Cecilia (Org.). Educação para surdos: práticas e perspectivas. São Paulo: Santos, 2008.
OLIVEIRA, F. I. W; CARDOSO, L. S. Recursos de tecnologia assistiva para alunas com surdez: sugestões compartilhadas por uma bolsista Pibid. Polyphonía, v. 22/1, jan./jun. 2011. Portal de periódicos eletrônicos da UFG, Goiás. Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/sv/article/viewFile/21218/12446. Acesso em: 02 abr 2015.
SANTOS, M. R. et al. Ensino de Química para Deficientes Auditivos e Surdos: comparação de metodologias didático-pedagógicas. In: XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012. Anais Eletrônicos... Salvador: IFBA, 2012. Disponível em: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/anaiseneq2012/article/view7528/5588. Acesso em: 12 mar. 2015.
SILVA, C.R. O ensino de química para alunos surdos na rede pública do Distrito Federal. 2004. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Química) – Universidade de Brasília, 2004.
SOUZA, S. C. et al. Inclusão de Alunos Surdos: Desafios e Possibilidades no Ensino de Química. In: XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X EDUQUI) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012. Anais Eletrônicos... Salvador: UEPB, 2012. Disponível em: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/anaiseneq2012/article/viewFile/8123/5187. Acesso em: 06 mar. 2015.
STRONG, M. Acooperative language program for the deaf utilizing bilingual principles. In: Liddell, S. Johnson, R. Erting, C et al. Bilingual Considerations in the Education of Deaf Students. Washington, Ed. Gallaudet University, 1992, pp. 106-121.
VERGARA, Sylvia Constante. Projetos e relatórios em administração. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2013

Qual o método que ajuda os deficientes auditivos?

Os brasileiros que possuem a deficiência auditiva fazem uso da linguagem brasileira dos sinais, a Libras. É usado o método de gestos-visuais para que o deficiente possa se comunicar e se expressar normalmente.

Como trabalhar com alunos com deficiência auditiva?

Boas práticas para inclusão de deficientes auditivos no trabalho.
Workshop de cultura surda. ... .
Workshop de libras. ... .
Alarmes luminosos. ... .
Capacitação dos colaboradores para comunicação. ... .
Promover um funcionário intérprete. ... .
Diagnóstico de inclusão. ... .
Visite os setores de trabalho. ... .
Ofereça apoio psicossocial..

Quais são os métodos utilizados para conversar com uma pessoa com deficiência auditiva?

7 dicas de como melhorar a comunicação com deficientes auditivos.
Seja expressivo. ... .
Tente a comunicação escrita. ... .
Use frases curtas. ... .
Fale de frente para ele. ... .
Fale devagar. ... .
Não altere o tom de voz. ... .
Não fale enquanto estiver mastigando..

Quais práticas pedagógicas e sociais são importantes para a Inclusão e Desenvolvimento do surdo?

Para promover a inclusão na escola, no caso da deficiência auditiva, a primeira atitude é solicitar um intérprete de LIBRAS, e materiais necessários para que o surdo possa desenvolver habilidades de leitura e escrita, pois qualquer escola que tiver alunos com deficiência auditiva nas classes regulares tem o direito a ...