Quanto tempo dura a angústia da separação no bebê?

Vocês já ouviram falar sobre a fase da angústia da separação? Eu só conheci esse termo quando a Bela já tinha nascido. Talvez tenha lido alguma coisa sobre o tema durante a gravidez, mas o cérebro nem absorveu (por que nos preocupamos tanto com o enxoval? Claro que é importante, mas tem tantos outros assuntos que deveriam estar na lista de prioridades…) Quando o bebê nasce ele acha que é parte da mãe, como se fosse uma única pessoa. Com o passar do tempo que se dá conta que são duas pessoas e que aqueles pezinhos voantes são seus. Isso traz angústia e um certo pânico.

Não é de uma hora para outra que isso acontece, mas sim um processo. É bem comum aos seis, sete ou oito meses (mais ou menos) o bebê se ver “sozinho” e chorar, como se realmente tivesse sido abandonado. Não entende que “a mamãe só foi na cozinha e já volta”. Alguns bebês sofrem mais quando estão para completar um aninho.

De 1 a 6 meses – Com menos de 6 meses, as crianças se identificam totalmente com as pessoas que tomam conta delas. Além disso, basicamente pensam em suas necessidades básicas: comida, amor e atenção. Nos primeiros 3 meses, identidade própria está fora de cogitação para seu filho, que se concentra em ter controle de movimentos simples e reflexos. Você poderá notar os primeiros sinais de independência aos 4 meses, quando o bebê descobre que chorar chama atenção. Esse é um dos primeiros passos para a criança aprender que tem vontade própria e que seu comportamento provoca reação nas outras pessoas.

De 7 meses a 1 ano – Por volta dos 7 meses, seu filho vai compreender que é independente de você. Esse é um importante salto cognitivo, mas, infelizmente, vai deixar o bebê ansioso. O elo com você já ficou tão forte que uma mera saída de vista por um segundo fará o bebê se debulhar em lágrimas. A criança ainda não entende que você vai e volta. E não pense que sair de fininho ao deixar seu filho na escola ou com uma babá vai ajudar. Na verdade, isso pode assustar o bebê ainda mais. Por mais duro que seja, na hora de ir embora, se despeça cara a cara”. – Baby Center

Quanto tempo dura a angústia da separação no bebê?

Por aqui o marco foi aos 6 meses. A Bela sempre foi grudada em mim. Nossas famílias moram longe, eu passo o dia em casa praticamente, o Diego trabalha bastante (e alguns dias da semana faz MBA, ou seja, nem vê a Bela!). Impossível ser diferente, não é verdade? Para piorar, o prédio onde morávamos não tinha criança praticamente e o parquinho sempre estava vazio.

Ela criou a mania de passar a mão no rostinho várias vezes seguidas ao chorar, como se pedisse: “mamãe, me pega, por favor!” Quem é próximo sabe bem como ela se comunica quando quer alguma coisa, rs. Ou seja, aos 6 meses eu tinha eu verdadeiro grudinho/chicletinho que sofria demais longe de mim. Só eu conseguia fazer dormir, em lugares cheios de pessoas eu tinha que falar assim: “quer pegar? vai rápido e não deixe que me veja mais”. Engraçado que muitas pessoas não falam, mas fazem aquela cara de reprovação para a mãe. Como se fosse minha culpa morar num lugar sem crianças, ter a família longe. Como se fosse o fim do mundo um bebê não ir no colo de “um estranho”. Mas, acho melhor deixar o tema “sou mãe, logo, sou julgada” para um próximo post (rs).

Acredito que isso influenciou muito a introdução alimentar, e portanto, o começo foi desafiador. Quando vemos o nosso bebê assim, grudado, faz parte do nosso instinto materno proteger e cuidar mais ainda. Pelo menos foi assim comigo. Quando o Diego tentava fazer dormir e eu escutava aquele choro desconsolado, confesso que não aguentava e ia socorrer. Em um dos eventos que tivemos do blog Lápis de Noiva, lembro que o dia anterior eu chorei quase uma tarde inteira! A Bela teria que ficar, ela não aceitava a mamadeira, copinho, nem nada. Resumindo… ela foi junto, o Diego foi forte e eles se viraram super bem. Quando o evento acabou e eu vi que tinha dado tudo certo (eu só precisei amamentar mesmo), eles se divertiram e tudo, fiquei tão tranquila e vi que a Bela estava ótima, mas eu tinha que respeitar essa fase “vejo minha mãe, quero ficar com ela” e que “se não vejo minha mãe, estou bem também”.

Uma coisa super importante dessa fase é o vínculo entre pai e bebê. É ele a pessoa mais próxima e mais importante depois da mamãe (nessa fase, ok?). Sempre que o Diego estava em casa era ele quem dava banho  (e ainda é até hoje), saía para passear de carrinho e brincavam juntos. Confesso que ele ficava super frustrado nos momentos em que a Bela só queria o meu colo, embora não falasse nada.

Na fase dos 8 meses, o Diego começou um trabalho em São Paulo e foi super difícil também. A Bela só ficava comigo, dormia e tudo. Como ela passou a acordar de madrugada (pensem que até o 6 meses ela dormia pelo menos 10 horas seguidas a noite) e eram vááárias vezes, eu estava exausta e mesmo trabalhando em casa, tenho a rotina pesada. Nunca tirei soneca com ela, pelo contrário, quando dorme eu pareço uma doida correndo de um lado para o outro para resolver tudo! Parecia um zumbi e quando o Diego estava em casa, queria poder descansar um pouco, mas justo a noite, era suuuper difícil. Sabem quando tudo mudou? A primeira vez que o Diego passou a semana longe de casa. Após 5 dias longe, quando chegou em casa a Bela fez festa, tudo normal, mas quando ele entrou no banheiro, ela chorava sem parar e depois disso, só queria saber do papai (exceto na hora de dormir, rs… #sóserveamamãe). Ou seja, o vínculo que já tinha sido criado desde a barriga, que se desenvolveu com a presença, com o carinho, com a rotina, estava mais que formado. Era uma questão de tempo. Eles ficaram tão grudados que quando saíamos na rua e eu tinha que pegá-la no colo por alguma razão, a Bela chorava tanto que quem via logo pensava “ela não ama essa mãe”, hahahaha. Isso foi essencial para o relacionamento do Diego com a Bela e foi importante para nós três. Nesse final de semana que a Bela descobriu que não poderia viver seu o papai e tinha medo que ele “desaparece” o Diego falou assim: “amor, ela também me ama!” Vejo os dois juntinhos e meu coração quase sai de dentro do peito. É muito amor mesmo!

E como estamos hoje? A Bela tem 10 meses. Sorri e conversa com todo mundo, mas gosta mesmo é de ficar no colinho da mamãe, do papai, da tia Sandra e da tia Ju. Já está indo com outras pessoas, mas só quando realmente quer. Fica doida com outras crianças e esquece até que tem mãe, rs. Como nos mudamos para São Paulo e o Diego trabalha perto de casa, a Bela está mais calma e aceita bem o “tchau tchau” do papai. Esse sábado fomos em um aniversário e ela praticamente não ficou comigo. Muita gente brincando, muita alegria, muitos estímulos. E aí eu fico pensando “por que temos que ser tão rígidos e achar que a criança vai ficar mal acostumada se só ficar com a mãe?” Passa tão, mas tão rápido essa fase que o que temos que fazer é dar amor, acolher e quando possível, criar oportunidades para o bebê ir com outras pessoas. E uma das lições que aprendi foi: não sofrer por antecipação. Não deixar de ir em nenhum lugar porque seu filho está grudado, não sofrer porque não quis ir no colo daquela sua amiga ou até da avó. Apenas aceitar, respeitar o tempo do bebê, criar um vínculo forte entre vocês, dar segurança sempre, atender ao choro, especialmente à noite. A Bela está crescendo, virando mocinha e independente (ah, não!rs). E se algo mudar e ela precisar ficar grudinho com a mamãe de novo, estarei aqui para acolher, amparar e dar muito amor.

Quando termina a angústia da separação?

Geralmente, por volta dos 2 anos de idade, os sintomas de ansiedade de separação dos pais tendem a diminuir, até desaparecerem por completo. No entanto, é importante lembrar que cada criança é única e precisa ter seu tempo de adaptação respeitado.

Qual a fase da angústia da separação?

A angústia da separação inicia por volta dos seis meses, se intensifica aos nove e vai até os dezoito meses, sendo a pior fase entre nove e doze meses de vida do bebê, comprometendo seu sono principalmente ao colocar no berço. Vai melhorar com a naninha e brincadeiras, além do próprio tempo do bebê.

Como ajudar o bebê na angústia da separação?

Principalmente nos primeiros meses de vida, é muito importante que você ampare o bebê, porque o choro manifesta justamente o medo do abandono. Ao acalentá-lo você transfere a ele a sensação de segurança e proteção até que ele se sinta independente. A resposta ao choro deve ser tranquila com tom de voz relaxado.

Quanto tempo o bebê pode ficar longe da mãe?

Durante nove meses, o bebê vive protegido pelo útero da mãe, tranquilo e quentinho. Após o nascimento, a proteção continua. Durante os primeiros dias ou meses é comum que os dois não deixem a companhia um do outro.