Qual o papel do professor no processo de contação de história para o desenvolvimento infantil?

Contar histórias a uma criança pequena é uma atividade bastante corriqueira, nas mais diversas culturas do mundo e em várias situações, tanto no âmbito familiar como no escolar. Como se sabe, essa prática vem se reproduzindo através dos tempos de maneira quase intuitiva.

Contar histórias é a mais antiga das artes. Nos velhos tempos, o povo assentava ao redor do fogo para esquentar, alegrar, conversar, contar casos. E os pedagogos, sempre à procura de técnicas e processos adequados à educação das crianças, descobriram essa “mina de ouro” - as histórias os psicólogos aprovaram. Casasanta, (1974, ps.18 e 19).

As histórias infantis são utilizadas geralmente pelos adultos interlocutores (sejam pais, professores ou terapeutas) como forma de entretenimento ou distração; já que, pelo senso comum, frequentemente a criança sempre demonstra um interesse especial por elas, seja qual for à classe social à qual pertença.

O trabalho com literatura infantil, com crianças que ainda não foram alfabetizadas gera muitas dúvidas entre diversas pessoas envolvidas com a educação infantil. Muitos inclusive, não acreditam na capacidade de leitura que a criança adquire, mesmo antes da alfabetização.

Muitas vezes por não ser uma prática tão frequente nas escolas o professor passa a não valorizar estes momentos da contação de histórias, e com isto, consequentemente, o aluno também passa a não se interessar por este momento.

De acordo com vários estudiosos a contação de histórias é um valioso auxiliar na pratica pedagógica de professores da educação infantil e anos inicias do ensino fundamental. As narrativas estimulam a criatividade e a imaginação, a oralidade, facilitam o aprendizado, desenvolvem as linguagens oral, escrita e visual, incentivam o prazer pela leitura, promovem o movimento global e fino, trabalham o senso crítico, as brincadeiras de faz-de-conta, valores e conceitos, colaboram na formação da personalidade da criança, propiciam o envolvimento social e afetivo e exploram a cultura e a diversidade.

Considerando a importância da Literatura Infantil na formação do indivíduo e no desenvolvimento da aprendizagem durante a infância, ressalta-se a diferenciação entre ela ser utilizada como instrumento de desenvolvimento da aprendizagem e como aparato para alfabetização, pois este último é o modo mais habitual trabalhado na escola.

Portanto, a literatura infantil é uma ferramenta fundamental na constituição do leitor. Mas quando utilizada de forma maçante e com um único intuito de alfabetizar, pode provocar sérios danos à formação do individuo e a sua capacidade de interpretação seja literária ou da leitura de mundo.

A contação de histórias é considerada uma arte milenar e incide da linguagem oral, numa forma remota de comunicação entre os sujeitos envolvidos, cujo processo de manifestação aparece fundamentado numa variedade infinita de contos e de fábulas.

Segundo Malba Tahan (1961, p.24) “até os nossos dias, todos os povos civilizados ou não, tem usado a história como veículo de verdades eternas, como meio de conservação de suas tradições, ou da difusão de ideias novas.”.

A literatura científica acerca da contação de histórias – seja relacionada ao surgimento ou ao desenvolvimento desta manifestação artística no país – ainda é bastante escassa. Porém, os poucos registros disponíveis consideram que esta arte milenar recebeu a influência cultural de diversos povos que relatavam os episódios de seu cotidiano ou que idealizavam narrativas que simplesmente desafiavam o imaginário e a criatividade de seus ouvintes, causando admiração, interesse e muita comoção.

O homem descobriu que a história além de entreter, causava a admiração e conquistava a aprovação dos ouvintes. O contador de histórias tornou-se o centro da atenção popular pelo prazer que suas narrativas proporcionavam. Sendo assim, por muito tempo o contar histórias foi uma atividade oral: as histórias, reais ou inventadas, eram contadas de viva voz. Na idade média o contador era respeitado em todos os lugares por aonde ia. Os trovadores obtinham entrada em palácios e aldeias contando historias do gosto popular. A literatura infantil nasce dos contos populares por isso a contação de histórias é a origem da literatura.

Ao longo do tempo, como se pode notar por educadores e pesquisadores da área educacional, a contação de histórias serviu como instrumento de propagação da religião, como divertimento para os membros da corte etc. E, no final do século XX, ela apareceu no cinema, na televisão e, mais recentemente, está se difundido com a convergência das mídias.

A história narrada, lida, filmada ou dramatizada, circula em todos os meridianos, vive em todos os climas, não existe povo algum que não se orgulhe de suas histórias, de suas lendas e seus contos característicos. (TAHAN, 1961, p. 16).

A atividade de contação de histórias traz intrinsecamente as raízes do povo, que podem ser compreendidas como tradutoras do pensamento social nas formas do saber literário. Por isso, o contador de histórias pode ser considerado contemporâneo – por propor o resgate dos contos e das fábulas, além de combiná-los aos fatos do cotidiano – e sobrevivente nesta era digital, por estar num constante processo de divisão de espaço com a tecnologia e a convergência das mídias. Tal conexão tecnológica e a figura do contador, consequência da sobrevivência do tradicional na modernidade, podem ser consideradas fatores essenciais no processo de formação dos contadores de histórias como agentes ativos pelo tempo – no campo pedagógico e na multimídia, multiplicador da Literatura Infantil –, e agentes ativos na constituição das atividades de concepção que tem por finalidade o despertar de crianças para o processo de formação de leitores.
maioria dos professores que trabalha com contação de história defende a tese de que o momento da contação proporciona interação entre os alunos em sala de aula e o professor e que desperta o interesse o prazer pela leitura, contribuindo, assim, para a formação de bons leitores.

Contar história é dialogar em várias direções: na arte, na do outro, na nossa! Os objetivos podem mudar – é recrear, é informar, é transformar, é curar, é apaziguar, é integrar – podem se alternar, mas nunca acaba com o prazer de escutar! De participar! De criar junto! (SISTO, 2001 p. 95).

O professor, quando passa a contador de história, vai além de ser humano e transcende seu próprio Ser. Faz do exercício de contar a sua maneira de falar, deixa de ser pessoa simplesmente e adentra em um mundo que só a criança compreende. Nesse momento, ele aproveita essa potencialidade comunicativa favorecida pela contação para despertar o desejo pela leitura, afinal quando há encantamento o aluno inconscientemente se predispõe a compartilhar os saberes.

Algumas vezes, o professor apresenta dificuldades com a leitura, desconhece livros e textos que podem ser utilizados com os alunos, tem preferência por algum gênero e não trabalha com os demais, ou seja, ele mesmo precisa de estímulo, de experiências com a leitura que possam lhe proporcionar uma visão mais ampla do processo de mediação. Além disso, é importante perceber que o processo de formação do leitor é contínuo e vai se dando no decorrer de sua vida, com as experiências de leitura que for obtendo na vida profissional e particular, no cruzamento entre a teoria e a prática.

O professor então, através da contação, torna-se um mediador de leitura. Edson Gabriel Garcia (2012, p. 95) afirma que o “mediador muitas vezes faz o percurso junto, ele mesmo é um sujeito em processo, alguém que vai formando leitor à medida que vai formando outros leitores. O mediador da leitura nunca está definitivamente pronto: será sempre um vir a ser”. Essa afirmativa do autor nos leva a pensar que muitas vezes, o professor não está pronto e, por isso, a necessidade de uma formação continuada e de um trabalho coletivo nas escolas que ajude a fortalecer as ações do mediador no espaço escolar.

Para obter o conhecimento sobre a função do mediador, é preciso investir na formação. Entendemos que essa formação precisa se dar de forma mais ampla, uma formação cultural. Como diz Rosing (2009) a defasagem na formação dos professores se dá por vários fatores, em especial pela falta de contato com a cultura. É a falta do hábito de ler e a falta de tempo que faz com que os professores não construam e nem ampliem os conhecimentos que a leitura de diferentes tipos de textos possibilita.

Por outro lado, observamos que os cursos de formação de professores pouco têm contemplado esse aspecto, de fundamental importância para a formação de educadores capacitados e qualificados. Os cursos precisam oferecer maior contato com a cultura, seja ela local, regional, nacional ou mundial. Rosing (2009, p. 131) reitera essa ideia ao afirmar que “a formação do professor precisa acontecer num processo de harmonização entre educação e cultura”. Para tanto, deve-se repensar o currículo e as metodologias dos cursos de formação de professores para que o ensino e aprendizagem possam se efetivar de modo a preparar o aluno para uma leitura mais ampla, formando verdadeiros leitores, ou melhor, mediadores de leitura.

O importante é que o professor no exercício da docência, em sendo um leitor, aprecie as peculiaridades das linguagens e, assim, passe essa paixão no processo de formação de leitores. É imprescindível que estas, efetivamente, consigam não somente distinguir a natureza das linguagens, mas também desenvolver o gosto pelo literário, pelo uso estético da linguagem, pelos efeitos estéticos da linguagem, pelos efeitos que ela produz na construção e no enriquecimento da interioridade de cada leitor (ROSING, 2009, p. 134).

Para estabelecermos a construção das relações entre o professor e o aluno através da contação, é importante termos em mente a perspectiva historio-cultural proposta por Vigotski (1993, 2007, 2009). É possível compreender as relações vividas por professores e alunos em processos de ensino-aprendizagem através de suas considerações sobre o desenvolvimento humano, as relações sociais, o papel do outro e a importância da análise desses processos.

Através dessa perspectiva, observamos que o homem é constituído nas e pelas relações sociais, implicando uma maneira específica de olhar para a formação pessoal de cada um. É de vital importância que possamos compreender a constituição do homem, uma vez que durante a prática de contação de histórias é preciso considerar que os professores trazem marcas de suas próprias e singulares histórias de vida.

Vigotski destaca em seus estudos a existência do homem em uma condição histórica, que foi estabelecida a partir das relações materiais e pelo modo como produzem seus meios de vida. Sendo assim, podemos afirmar que as relações sociais são de extrema importância.

Segundo Pino (2000), Vigotski nos lembra que ao invés de nos perguntarmos como a criança se comporta deveríamos “perguntar como o meio social age na criança para criar nela as funções superiores e de origem e de natureza sociais” (p. 52).

Quando descreve o aparecimento do gesto de apontar no bebê, Vigotski (2007) apresenta indícios de como as ações da criança passam de um plano intersubjetivo (relações sociais) para um plano intrasubjetivo (individuação). Tal processo chama-se internalização, sendo a reconstrução interna de uma operação externa. Consoante isso, inicialmente, um gesto não é nada mais do que uma tentativa sem sucesso da criança pegar alguma coisa.

A base de toda a teoria proposta por de Vigotski é, então, a relação com o outro. Segundo Góes (2000), é pelo conceito de “zona de desenvolvimento proximal” onde se discute os mecanismos pelos quais nessa relação com o outro, as experiências de aprendizagem criam o desenvolvimento.

Vigotski (1977) afirma que: “o que a criança pode fazer hoje com o auxílio dos adultos, podê-lo-á fazer amanhã por si só” (p.44). É essa distância entre o nível de desenvolvimento real que caracteriza a zona de desenvolvimento proximal. Tal distância é determinada através da solução independente de problemas e o nível de desenvolvimento potencial através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.

Quando os professores contam histórias para seus alunos e estabelecem as interações entre eles, há a ilustração do importante papel do outro no processo de desenvolvimento e aprendizagem. Durante a contação, as experiências e histórias tanto dos professores com das crianças são partilhadas entre si, auxiliando a criança a avançar no seu desenvolvimento.

A natureza social do desenvolvimento humano relaciona-se com o conceito de cultura. Sendo assim, a cultura pode ser compreendida como a prática social que ocorre nas relações entre os sujeitos em dois âmbitos diferentes: na sociedade em que vivem e no trabalho social. Portanto, a cultura é a totalidade das produções humanas, quer dizer, tudo aquilo que é construído pelo homem (técnicas, artes, ciência, tradições, instituições sociais e práticas sociais).

De acordo com a perspectiva de Vigotski as relações sociais e o “simbólico” são importantes, pois “o símbolo é uma criação do homem, como instrumento, e, como tal, faz parte da ordem da cultura e não da natureza, tendo assim uma existência independente do organismo” (PINO, 2000, p.55).

Por sua vez, as histórias revelam que existe um caráter dinâmico nas mudanças dos sentidos e no conhecimento do grupo social. A realidade vivida modifica as histórias contadas e compartilhadas no ambiente da sala de aula, permitindo analisá-las através dos processos de interação vivenciados por ambos durante a atividade de contação da história, e, então, relaciona-los às experiências vividas tanto em sociedade como em sala.

Isto significa que “o desenvolvimento cultural passa, necessariamente, através do ‘outro’ [e que...] o mediador entre o indivíduo e o ‘outro’ é a significação que este atribui às ações naturais daquele” (PINO, 2000, p.55).

A educação formal produz tanto sucessos como fracassos, mas “é na dinâmica dos processos interpessoais, nas trocas dialógicas com outras pessoas em torno de objetos, nas instâncias de produção e compreensão da palavra, que o aluno desenvolve o significado desta” (GÓES, 1997, p. 21).

A escola apresenta diversas significações, sendo uma via de acesso a conceitos diversos, um ambiente que amplia o universo da criança, extrapolando o campo da simples observação e percepção. Todas essas possibilidades são alcançadas através da linguagem e de seu desenvolvimento.

O contar histórias possibilita viabilizar a troca de experiências e conhecimentos, dando à criança a oportunidade de construir novos sentidos e de ampliar sua imaginação.

Um dos pontos fundamentais da perspectiva de Vigotski é relacionada com a dimensão coletiva e histórica da humanidade que deve ser considerada quando se pretender estabelecer o caráter coletivo do contar histórias em sala de aula.

Devemos considerar também que só é possível criar, imaginar, a partir daquilo que se conhece, dos contatos que se teve ao longo de sua formação. Nas palavras de Vigotski, “é preciso uma grande reserva de experiência anterior para que desses elementos seja possível construir imagens” (VIGOTSKI, 2009, p.24).

Ao se contar histórias para as crianças, o professor transmite conhecimentos e valores que unidos a experiências anteriores que elas trazem, vão sendo experimentados ao longo de sua construção de mundo, já que suas fantasias só são possíveis por meio dela. A maneira como o professor conta a história, é impregnado de significações que ele construiu ao ver aquela história, junto com suas experiências, sua imaginação e fantasia, exercendo um papel importante no desenvolvimento das crianças.

Segundo Vigotski (2009),

a imaginação transforma-se em meio de ampliação da experiência de um indivíduo porque, tendo por base a narração ou a descrição de outrem, ele pode imaginar o que não viu, o que não vivenciou diretamente em sua experiência pessoal (p. 25).

Sendo assim, o contar histórias é um meio de socialização entre o professor e os alunos, que acontece devido a partilha de textos, conhecimentos, experiências tanto do autor como do grupo social, dando a criança bases para suas criações e ideias.
Conforme explicitado por Vigotski (2009), a imaginação é constituída, orientada e ampliada pela experiência de outros.

Se ninguém nunca tivesse visto nem descrito o deserto africano e a Revolução Francesa, então uma representação correta desses fenômenos seria completamente impossível para nós. É devido ao fato de que a minha imaginação, nesses casos, não funciona livremente, mas é orientada pela experiência de outrem, atuando como se fosse por ele guiada, que se alcança tal resultado, ou seja, o produto da imaginação coincide com a realidade (p.24-25).

Isso mostra que os alunos experimentam e conhecem as coisas que nunca viram ou vivenciaram através dessas leituras e contações, fazendo com que suas criações tenham orientação da experiência de outrem.

É importante também explorar o conceito de mediação. Segundo Smolka e Nogueira (2002):

A mediação concebida como princípio teórico possibilita (...) a interpretação das ações humanas como social e semioticamente mediadas, mesmo quando essas ações não implicam a presença visível e a participação imediata de outro (p.83).

Durante o desenvolvimento da criança, o outro e o meio agem ativamente, significando que a escola tem papel relevante no desenvolvimento das funções superiores.

A mediação torna-se então um conceito importante dentro da contação de histórias, já que durante essa prática, o professor interage com seus alunos, cria o ambiente necessário para a construção de sentidos dentro da escola. As ações devem ser planejadas, de modo que o professor e seus alunos possam compartilhar seus conhecimentos e experiências.

Este processo, caracterizado pelo dialogo, promove o ambiente certo para a realização do ensino e da aprendizagem. Este diálogo é concebido por Bakhtin como produto das relações entre as pessoas, não sendo apenas a transposição de informações entre um sujeito e outro através da fala, mas sim um processo de trocas entre as pessoas. Tais diálogos são construídos por meio das conversas entre os sujeitos, daquilo que está sendo dito por um, mas como parte de uma cadeia de enunciados anteriores e posteriores.

Segundo Bakhtin (1995),

Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra, defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor (p.113).

Ao participarem da contação de histórias, as crianças constroem significados, percebendo os sentidos das palavras e suas diversas especificidades, de modo que passam a fazer parte da realidade interior dela, e passam a ser aplicadas dentro de um contexto social.

O contexto social, por sua vez, está presente dentro das histórias contadas, traduzindo-se nas vozes do grupo social maior, do qual fazemos parte. Essas vozes, que estão essencialmente compostas com os valores, as tradições, os costumes, surgem na voz do professor e são compartilhados pelo grupo em sala de aula. Junto a elas, unem-se também aquelas que refletem o ambiente familiar e as experiências de cada sujeito presente naquele momento, havendo uma troca constante e fluente de informações que passam então a compor os enunciados de todos e de cada um.

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Qual o papel do professor na contação de história para o desenvolvimento infantil?

O professor precisa sempre levar em consideração aspectos para o sucesso na hora da contação de histórias em sua sala de aula, como as expressões e gestos utilizados, de maneira à imitar os personagens; a escolha do espaço físico e os ambientes devem ser harmoniosos e aconchegantes, onde não aconteça distrações ...

Qual o papel do professor no processo de contação de histórias?

O professor, quando passa a contador de história, vai além de ser humano e transcende seu próprio Ser. Faz do exercício de contar a sua maneira de falar, deixa de ser pessoa simplesmente e adentra em um mundo que só a criança compreende.

Qual a importância de se trabalhar com a contação de história e com a literatura infantil na educação?

Além de estimular a imaginação, a oralidade e a escrita, a contação de histórias é uma prática pedagógica que exercita as conexões neurais da criança, fazendo com que ela se identifique com as situações e desenvolva meios de lidar com seus sentimentos e emoções.

O que Paulo Freire fala sobre a contação de história na educação infantil?

A contação de história pode ser um ato de libertação, se cada conto e reconto for momento de diálogo aberto e crítico com compromisso e responsabilidade de formação de um ser humano digno, fraterno e justo.