Qual o melhor tipo de investimento para 2022?

Onde estão os melhores investimentos para setembro? O Brasil figura entre os destinos mais certeiros do mundo.

O país apresentou nos últimos meses um cenário de deflação – julho (-068) e agosto (-0,29%). Além disso, as projeções indicam que a inflação deve desacelerar nos próximos meses, chegando a 6,5% no fim de 2022.

“O Brasil está melhor que outros países no que diz respeito ao crescimento e inflação. Isso mostra que políticas econômicas, como a subida da taxa Selic iniciada em março de 2021 surtiram efeito”, avalia Denys Wiese, head de renda fixa da EQI Investimentos.

“Mesmo com a expectativa de baixo crescimento para 2023, qualquer surpresa positiva nesses indicadores também trará boas notícias ao mercado”, comenta Valter Manfro, head de produtos estruturados da EQI Investimentos.

  • Veja também: Selic subindo a 14% ou ficando em 13,75% faz diferença? 

EUA e Europa: ambientes incertos

Os EUA entraram oficialmente em recessão, apresentando PIB negativo nos dois últimos trimestres. A inflação acumulada do país já ultrapassa a casa dos 8% nos últimos 12 meses. 

Na Europa, além do baixo crescimento e inflação alta, o continente enfrenta crise hídrica e energética, além dos desdobramentos da guerra na Ucrânia, conflito que completou seis meses em agosto. “Os países daquela região estão vivendo ‘uma tempestade perfeita’. A postura deve continuar sendo de cautela”, destaca Wiese. 

O head da EQI lembra ainda que a região está atrasada no movimento de subida de juros. “O Banco Central Europeu está diante de um dilema: criar uma recessão ou deixar a inflação corroer a renda das pessoas. E, para os governos, a inflação é sempre melhor que uma recessão”, analisa.

Brasil atrai investimentos

Comparativamente aos demais países, o Brasil saiu na frente na escalada dos juros no pós-pandemia e, ao contrário do restante do mundo, tem o Produto Interno Bruto (PIB) sendo constantemente revisado para cima. 

“Até mesmo a eleição, que promete polarização política, não vem, na realidade, afetando os mercados. É possível ver que as oportunidades de hoje são muito melhores que há um ano atrás”, avalia Denys. 

O país se revela muito interessante para quem busca oportunidades tanto na renda fixa, com IPCA+ e prefixados, quanto na renda variável, com ações descontadas de empresas com bons fundamentos e fundos imobiliários (FIIs) ainda sendo negociados com desconto.  

Dentro deste contexto, como escolher os melhores investimentos para setembro? 

Denys Wiese e Valter Manfro apontaram como montar uma “escalação” perfeita para uma carteira de investimentos nesse período, durante a live EQI Talks “O Brasil é a bola da vez?”.

Acompanhe a seguir! 

Análise dos investimentos: desempenho dos ativos em 2022

Entre os meses de janeiro a agosto de 2022, o CDI apresentou a melhor performance. Já o Bitcoin teve a pior evolução do período.  

Desempenho dos ativos em agosto de 2022

Já durante o mês de agosto, as small caps confirmaram a melhor performance e o Bitcoin permaneceu como o mais volátil.  

Evolução dos rendimentos dos principais investimentos 

Na comparação do desempenho dos principais ativos nos últimos 11 anos, é possível analisar a flutuação natural que ocorre a longo prazo. 

“A tabela mostra que não existe um melhor investimento, mas sim, o mais adequado para cada perfil investidor e para cada fase de um ciclo econômico”, pondera Denys Wiese. 

Já Valter Manfro destaca que o histórico dos ativos não deve ser o único parâmetro a ser observado no momento da decisão dos investidores 

“Não se deve olhar apenas para o passado, pois há variações importantes de ano para ano. É sempre bom enxergar o que está acontecendo no mundo para determinar o que faz sentido para a carteira atual”, completa.

Ranking de rentabilidade dos investimentos nos últimos anos. Para entender a tabela: Ifix – fundos imobiliários; RF – renda fixa; S&P – desempenho das ações EUA; SMLL – small caps; MM – fundos multimercado

Cenário macro: o que está acontecendo com o mundo?

“A pandemia foi um acontecimento imprevisível ocorrido nos dois últimos anos. Para lidar com ela, os governos tiveram de reagir imprimindo dinheiro para segurar a economia no curto prazo. Ao passo que esse tipo de medida é inflacionária no médio prazo”, explica Wiese

Para conter esse cenário, o Brasil se antecipou e começou a subir juros em março de 2021. “No entanto, os EUA começaram a escalada somente em março de 2022 e a Europa começou no mês passado”, observa o head da EQI. 

E conforme os juros sobem, a atividade econômica esfria, conforme é possível ver a seguir no desempenho do PIB nos EUA nos dois últimos semestres.

EUA: PIB negativo pelo segundo trimestre consecutivo 

Inflação americana atrai a atenção do mundo

“O mundo inteiro está olhando para a economia americana. Se a inflação se segurar e os juros pararem de subir, os ativos de risco melhoram. Caso a inflação continue a subir, os ativos de risco pioram”, comenta Valter Manfro.

Para ele, a inflação vai cair, provavelmente mais do que o consenso. No entanto, não descerá para perto da meta de 2%. “Efeitos secundários e mercado de trabalho deverão ser os principais motivos”, destaca.

  • Leia também: EUA criam 315 mil postos de trabalho em agosto; consenso era de 300 mil.

Brasil: perspectiva de juros indicam juros caindo em 2023

Para Denys Wiese, o Brasil já fez sua lição de casa subindo os juros antes dos demais países do mundo. 

“Atualmente, as expectativas já estão mais ancoradas. O Copom já sinaliza que a Selic – hoje a 13.75% – deve ser ajustada mais uma vez, chegando a 14.25% e encerrando o ciclo de alta. Com isso, teremos alguns meses de juros estáveis e caindo a partir de junho de 2023”.

Projeção de juros em 2023

Inflação: sob controle até o final de 2022

PIB: perspectiva de crescimento baixo em 2022, mas não negativo

Migração do capital internacional: como estão os países emergentes?

Entenda a situação dos países emergentes pelo olhar dos investidores:

  • Rússia: país vive uma guerra e sofre sanções diretas do ocidente, fazendo com que os investimentos fujam do país;
  • China: bolha imobiliária, intervenção governamental nas empresas da bolsa e tensão com os EUA. Além disso, o país está mais atrasado que a Europa na subida de juros;
  • Turquia: o país já foi forte no recebimento de capital, no entanto, agora está passando por intervenção governamental no câmbio, o que afugenta os investidores; 
  • África do Sul: país passa por conflitos políticos históricos, que levou à revolta popular. O país vive uma taxa de desemprego altíssima e uma das maiores desigualdades sociais do mundo;
  • Colômbia: economia forte na América do Sul, porém possui um leque pequeno de investimentos a oferecer;
  • Chile: outro vizinho que recebe investimento internacional, mas possui muita volatilidade devido à questões políticas. Também possui um mercado pequeno para receber quantias significativas de investimento.

Por que o Brasil é a bola da vez para os investimentos?

“O Brasil está ganhando esse jogo por ‘W.O.’, como o mundo inteiro está ruim, quem está ‘menos pior’ se destaca”, avalia Denys. 

Na percepção dele, desde o governo de Michel Temer o Brasil vem tendo impactos favoráveis em medidas que envolveram reformas políticas e econômicas, que se tornam a receita quase perfeita para ser escolhido entre os países emergentes para receber recursos. 

“O Brasil tem mercado e grande diversidade de ativos, o que permite receber uma quantia abundante de investimentos”.

Wise também analisa como outro fator positivo a pandemia, que trouxe um cenário de desglobalização. 

“O fechamento das cadeias logísticas elevou a incerteza sobre a produção das empresas, que agora procuram fornecedores mais perto. Nesse sentido, a América do Sul se torna bastante atrativa para os EUA”, avalia.

  • Leia mais: sua carteira é como um time de futebol. Entenda como escalar a melhor equipe de ativos

Ciclo econômico: onde investir em setembro de 2022

Pelo gráfico acima, é possível ver que o Brasil não chegou a entrar em recessão, mas deve ficar com baixo crescimento – fase em que os juros atingem o pico e que a inflação começa a ceder.

“Os juros costumam caminhar na frente das ações. Por esse motivo, nos posicionaremos em títulos prefixados e IPCA +. Porém, a Bolsa costuma andar mais quando os juros efetivamente começam a cair. Por isso, nessa fase ainda vamos nos manter em ações de valor. Ainda mais que o contexto mundial é um pouco diferente do Brasil”, destaca Denys.

“Os EUA começaram a subir juros agora, mas os juros futuros já estão subindo há um bom tempo. A economia norte-americana está em recessão, com o segundo trimestre negativo no PIB. Nessa fase é importante se manter conservador, com aplicações em pós fixados, títulos curtos e ações de valor”, observa..

“A Europa, está entrando em recessão, um pouco atrás dos EUA. O grande problema da região é que está vivendo uma tempestade perfeita: guerra na Ucrânia, crise energética, crise hídrica, baixo crescimento e inflação alta, o que pode acarretar uma estagflação. Por esse motivo, vamos também nos manter bem conservadores em aplicações européias”, conclui o head da EQI.

  • Veja também: Melhores investimentos em Fundos Imobiliários em setembro.

Carteira de Investimentos: como escalar os melhores ativos

“Uma carteira de investimentos é como um time de futebol. O investidor deve colocar os melhores ativos em campo”, comenta Denys Wiese. 

Dentro dessa analogia, ele indica a seguinte escalação de ativos para setembro.

Zagueiros: defendem a carteira de investimentos

Quem são: Pós-Fixados – se o mercado começar a “azedar” e os juros começarem a subir, eles vão acompanhar essa alta e rentabilizar ainda mais.

Exemplo de investimento: Fundo Microcrédito: Rentabilidade: CDI + 4,5%, rendeu 1,51% em agosto.

Lateral: ajudam na defesa e também atacam

Quem são: atrelados à inflação: se o mercado melhora, a inflação diminui, o juro cai, trazendo ótima rentabilidade nesse ativo. Se o mercado piora, a inflação sobe, o juro sobe, o título se defende da inflação.

Exemplo de investimento: NTN-B: rentabilidade IPCA + 5,5%.

Meio Campo: criam equilíbrio na carteira

Quem são: Pré-fixados: não importa o que aconteça no mercado, a rentabilidade vai permanecer do início ao fim do investimento.

Exemplos de investimentos: COE BONDS Petrobras: rentabilidade: 14% a.a e multimercados.

Atacantes: alta rentabilidade para a carteira

Quem são: ações / Fundos Imobiliários: devem fazer gols na carteira e levar a carteira para o máximo de rentabilidade.

Goleiro: trazem toda a proteção para a carteira de investimentos

Quem são: blindagem patrimonial com os seguros: Se tudo der errado, a última defesa é o goleiro. Atuam na boa defesa para os momentos ruins.. Em caso de falecimento, acidente ou outros problemas, uma boa blindagem patrimonial protege o patrimônio, agregando liquidez imediata. 

Exemplos de investimentos: Blindagem Patrimonial – Whole Life.

  • Entenda: sucessão patrimonial: por que e como fazer?

Carteira de investimentos para inflação e juros altos 

Carteira de investimentos para inflação e juros baixos

  • Leia também: Equilíbrio na carteira de investimentos: pesos e contrapesos.

Investimentos: oportunidades de investimento 2022 

Veja quais foram os Investimentos dos últimos meses:
 

  • Saiba mais: Correlação de ativos: o que é e qual a importância para os investimentos?

Planejamento de longo prazo: independência financeira  

Além da proteção dos investimentos para o momento atual, é preciso pensar no longo prazo. Nesse caso, a previdência privada pode atuar como o investimento mais adequado.

Por que investir em previdência? 

Segundo o IBGE, apenas 1% dos aposentados são independentes financeiramente e conseguem viver plenamente com a renda de sua aposentadoria.

Fazer esse tipo de investimento custa bem menos do que se imagina. É possível fazer aqui uma simulação do planejamento financeiro longo prazo.  

  • Leia mais: Por que investir em previdência privada?

Perdeu a live? Assista aqui o vídeo.

Como investir em setembro: O Brasil é a bola da vez?

  • Para saber mais sobre onde estão os melhores investimentos para setembro? Clique aqui e fale com um de nossos assessores.

Qual investimento rende mais em 2022?

CDBs de bancos médios são destaque na renda fixa Segundo os dados da Yubb, os investimentos em renda fixa campeões em rentabilidade são os CDBs de bancos médios. Em 2022, esses títulos privados renderam em torno de 8,26%.

Qual a aplicação mais rentável no momento?

Entre as melhores formas de investir dinheiro por meio de investimentos com maior rentabilidade que a poupança, estão: Tesouro Direto, CDBs, LCI, LCA, Fundos de Investimentos, Fundos Imobiliários e as melhores ações na Bolsa de Valores.

Em que investir em 2022?

Os 10 melhores negócios lucrativos para investir em 2022.
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