Qual foi a contribuição de Lamarck para a teoria da evolução atual Brainly?

JEAN BAPTISTE LAMARCK

A principal contribuição de Lamarck para a Biologia foi a divisão do Reino Animal nas categorias de vertebrados e invertebrados.Enquanto o mecanismo de evolução Lamarckiana é muito diferente daquele proposto por Darwin, o resultado predito seria quase o mesmo: mudanças adaptativas em linhagens, dirigidas pela alteração ambiental em um longo período de tempo.

Em vários outros aspectos, a teoria de Lamarck difere da Teoria Evolutiva Moderna:

  • Lamarck via evolução como um processo de complexidade crescente e "perfeição", não dirigida pelo acaso, como ele escreveu no livro Philosophie zoologique: "Nature, in producing in succession every species of animal, and beginning with the least perfect or simplest to end her work with the most perfect, has gradually complicated their structure."

Lamarck não acreditava em extinção: para ele espécies desapareceram porque evoluíram em outras espécies diferentes. As espécies evoluíam anageneticamente a partir de Protistas que se originavam múltiplas vezes por geração espontânea.

Lamarck morreu pobre e desacreditado principalmente porque sofreu grandes ataques de outros naturalistas contemporâneos que rejeitavam a transformação das espécies como Cuvier e Buffon. No entanto Charles Darwin reconheceu o seu trabalho em 1861:
"Lamarck was the first man whose conclusions on the subject excited much attention. This justly celebrated naturalist first published his views in 1801. . . he first did the eminent service of arousing attention to the probability of all changes in the organic, as well as in the inorganic world, being the result of law, and not of miraculous interposition. "


O que é a teoria da evolução de Charles Darwin e o que inspirou suas ideias revolucionárias

22 novembro 2019

Há 160 anos, o naturalista britânico Charles Darwin publicava o livro “A origem das espécies'” (1859) e mudava radicalmente a biologia com sua Teoria da Evolução.

A explicação dele sobre a origem do ser humano representou uma verdadeira revolução — uma vez que, até meados do século 19, a maioria dos cientistas ocidentais compartilhava a ideia de que Deus tinha concebido todas as criaturas do planeta.

Alguns pesquisadores já falavam sobre uma possível evolução das espécies, mas Darwin foi o primeiro a oferecer provas científicas e explicar o mecanismo que a torna possível: a seleção natural.

Por causa disso, ele se tornou um dos pensadores e cientistas mais importantes da história. Mas, antes, precisou embarcar em uma viagem extraordinária por cinco continentes, fazer centenas de experimentos e refinar suas ideias ao longo de 20 anos.

Tudo começou em 1831, quando o então estudante de 22 anos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, foi convidado a participar de uma grande expedição como naturalista.

Ele passou quase cinco anos a bordo do navio HMS Beagle, percorrendo vários continentes, a começar pela América do Sul. De lá, ele voltou com dezenas de exemplares de espécies vivos, ilustrações e fósseis.

Os fósseis deram a ele uma das primeiras pistas sobre a evolução — quando se deparou com os restos de um milodonte, um animal gigante já extinto, parecido com a preguiça, ele deduziu que a semelhança não poderia ser mera coincidência.

Ao passar pelo arquipélago de Galápagos, no Oceano Pacífico, o naturalista observou que em cada ilha existiam espécies distintas de tartarugas, que se diferenciavam pelo tamanho do pescoço e pelo formato dos casos.

Após anos de estudo, ele chegou à conclusão de que as diferenças nas tartarugas que viu em Galápagos eram produto da evolução.

De acordo com sua teoria, há uma luta pela sobrevivência na natureza, mas aquele que sobrevive não é necessariamente o mais forte e, sim, o que melhor se adapta às condições do ambiente em que vive.

No ambiente árido, as tartarugas de pescoço longo alcançavam os arbustos para se alimentar. Enquanto aquelas que viviam em local úmido, podiam comer grama e se proteger dos predadores graças ao pescoço curto e à carapaça arredondada.

Avanços científicos vieram a comprovar a teoria de Darwin, e até a Igreja Católica a acabou aceitando décadas mais tarde, com as devidas ressalvas de que a evolução era compatível com a fé.

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Pense com quantas espécies de seres vivos você já se deparou na sua vida.

A variedade de seres vivos existentes no nosso planeta fascina o homem há muito tempo. A necessidade de buscar explicações para a sua própria origem, para a origem de todos os outros seres vivos e até mesmo do universo, levou o homem a criar mitos e teorias a esse respeito.

O filósofo grego Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) afirmava que as espécies surgem por geração espontânea, ou seja, os organismos, como por exemplo, ratos e baratas, podem surgir de uma massa inerte, de uma camisa muito suja e farelo de aveia deixados em um local protegido. A geração espontânea permaneceu a única explicação científica do surgimento das espécies durante séculos.

Em geral, as pessoas acreditavam que cada espécie de ser vivo havia sido criada por Deus (criacionismo) e assim permanecia imutável ao longo dos tempos (fixismo). Essas são teorias em os adeptos de algumas religiões acreditam até os dias de hoje.

Questionando o fixismo

Os biólogos do século 18, porém, começaram a questionar o princípio da imutabilidade das espécies.

Georges Louis Leclerc

(1707 - 1788), o conde de Buffon, fez um vasto trabalho sobre a história da Terra. A principal importância dessa obra é a de lançar a ideia de mudança das espécies com o tempo - a evolução.

O fato de os homens e alguns animais possuírem órgãos que, pareciam, não ter utilidade alguma levou Buffon a concluir que esse seria um indício da ocorrência de alguma modificação na espécie. Ele chegou a sugerir a existência de um ancestral comum dos mamíferos (homens, macacos e quadrúpedes), mas como era possível ter certeza disso?

Erasmus Darwin (1731-1802), avô do naturalista Charles Darwin, acreditava que as aptidões de um determinado animal eram resultado da organização da matéria da qual era formado. Assim, ao observar a estrutura de um organismo pode-se relacionar, entender, a sua função.

Partindo desse princípio, para Erasmus Darwin, a mudança da estrutura de alguma espécie era devida a transformações no ambiente e seria uma resposta do organismo a essa variação. Quaisquer mudanças ocorridas em um indivíduo seriam transmitidas para a sua prole.

Lamarck e o lamarquismo

Jean-Baptiste Antonie de Monet, cavalheiro de Lamarck (1744-1829) era um naturalista francês que compartilhava da ideia de que a estabilidade das espécies não tinha fundamento. Descreveu exemplos de criação seletiva (feita pelo homem) para fundamentar que as espécies mudam e que a causa dessas mudanças são as condições externas.

Para Lamarck, modificações no ambiente causam alterações nas necessidades dos seres vivos, o que leva a uma alteração de comportamento. Assim são alteradas a utilização e o desenvolvimento dos órgãos de cada indivíduo, o que, ao longo do tempo interfere na forma das espécies.

Sendo assim ele chegou a lei do uso e desuso, segundo a qual os indivíduos perdem características de que não necessitam e desenvolvem as que estão sendo utilizadas. Essa mudança seria transmitida à prole, ou seja, ocorre a transmissão dos caracteres adquiridos. O exemplo mais famoso que ele apresentou foi o seguinte: o pescoço comprido das girafas se desenvolveu à medida em que elas precisaram comer folhas das árvores mais altas.

Seguindo esse raciocínio, os músculos potentes das pernas de um jogador de futebol seriam herdados pelos seus filhos. Essa seria a herança dos caracteres adquiridos, o que evidentemente não ocorre.

Cuvier e Owen

Influenciado pelas ideias de Goethe sobre morfologia, Georges Cuvier (1769-1832) estudou os fósseis. Seus estudos não o conduziram a quaisquer das conclusões de Lamarck. Ele verificou a existência da sucessão de populações animais, bem como a extinção de espécies que tinham existido.

Para ele estas extinções teriam ocorrido porque a Terra havia passado por uma série de catástrofes, assim como o dilúvio. Após cada catástrofe, o repovoamento da Terra era feito pelas espécies remanescentes e pelas espécies novas as quais vinham de partes do mundo que não haviam sido adequadamente exploradas.

Cuvier entendia que um organismo é formado de várias partes complexas que se inter-relacionam e que não podem ser modificadas, pois isso causaria uma desarmonia no indivíduo. Ele não acreditava na evolução orgânica. Para Cuvier, as alterações nos órgãos alterariam a capacidade de sobrevivência de um animal. Porém, ele estabeleceu a extinção como um fato e seus pontos de vista estimularam o interesse de outros pesquisadores pela anatomia comparada e pela paleontologia.

Richard Owen (1804-1892) concentrou seu trabalho basicamente na paleontologia. Ele reconstruiu muitos animais pré-históricos e fez uma imensa investigação sobre os dentes dos mamíferos. Para Owen a matéria viva possuía uma energia organizadora, que direcionava o crescimento dos tecidos e determinava o período de vida do indivíduo e das espécies.

Quando lhe foram apresentados estudos de anatomia comparada, os quais indicavam que crustáceos haviam divergido de seus parentes, Owen atribuiu as semelhanças à "arquétipos" na mente Divina, assim demonstrou a evidência fóssil de uma sequência evolutiva de cavalos como apoio a sua ideia de desenvolvimento a partir de arquétipos.

A teoria de Darwin

Charles Robert Darwin (1809 - 1882), em 1831, foi convidado a participar como naturalista de uma volta de navio ao mundo promovida pela marinha inglesa. A viagem de Darwin, que durou cinco anos, aumentou os conhecimentos práticos do naturalista e serviu para fundamentar sua teoria da evolução.

Consciente das implicações de suas ideias sobre a tese da imutabilidade das espécies, a qual estava diretamente relacionada a preceitos religiosos, Darwin fez um estudo minucioso durante mais de vinte anos, para provar a transformação dos seres vivos. Em 1858, recebeu uma carta de Alfred Russel Wallace (1823-1913), um jovem naturalista na época, solicitando sua avaliação sobre o esboço de seu trabalho, o qual realizara nas ilhas do arquipélago Malaio.

Ao ler a carta Darwin ficou completamente surpreso e escreve a seu amigo Charles Lyell (1797-1875): "Ele (Wallace) não poderia ter feito melhor resumo do meu trabalho desenvolvido nestes últimos 22 anos..." Isso o encorajou a publicar suas ideias. Darwin estabeleceu uma origem comum a todas as espécies, revolucionando a concepção de humanidade e sua relação com as demais espécies do planeta. Foi muito criticado pelas igrejas cristãs e por vários cientistas da época, como já era o previsto.

O oponente mais sério de Darwin foi Richard Owen, pois o livro de Darwin - "A Origem das Espécies" - era uma rejeição implícita da classificação dos mamíferos feita por Owen. Em um debate anual realizado na Associação Britânica, em Oxford, sua obra causou uma grande controvérsia e uma discussão pública foi realizada.

O grande defensor de Darwin (já que este estava ausente), foi Thomas Henry Huxley (1894-1963), que se tornou seu maior advogado. Tempos depois, Huxley estabeleceu que a diferença entre o homem e os grandes símios era menor do que as diferenças entre eles e os primatas menores. Huxley teve papel importante no estabelecimento do ensino de ciências, pois colocou a necessidade de o aluno aplicar o método científico e verificar, sozinho, os conceitos ensinados.

Qual a contribuição de Lamarck para a evolução atual?

Além do uso e desuso, Lamarck propôs que as características adquiridas durante a vida eram repassadas para as gerações futuras. Essa lei ficou conhecida como “Lei da herança dos caracteres adquiridos”, que, junto à “Lei do uso e desuso”, forma a teoria conhecida hoje como Lamarckismo.

Quais as principais contribuições científicas de Lamarck?

Lamarck foi o responsável por introduzir o termo “invertebrados”. Ele também foi o primeiro a separar os grupos Crustacea, Arachnida e Annelida de Insecta. Antes de Lamarck, todos eram reconhecidos como insetos. Nos anos finais de sua vida, Lamarck ficou completamente cego, impossibilitando a escrita.

Qual é a teoria da evolução de Lamarck?

Para Lamarck, do mesmo modo como um ovo se desenvolve em embrião, depois em feto e, por fim, em organismo pronto, as espécies também se desenvolveram, por gerações a fio, de uma estrutura mais simples para outras mais complexas. E os agentes dessas mudanças seriam os hábitos e as circunstâncias da vida desse organismo.