História da EEAP Show ESCOLA PROFISSIONAL DE ENFERMEIROS E ENFERMEIRAS, ATUAL Em 1889, a separação entre o Estado e a Igreja, ocorrida com a proclamação da República, facilitou a ampliação da intervenção governamental no campo da saúde. A esse respeito, um acontecimento emblemático foi a reforma técnicoadministrativa do Hospital
Nacional dos Alienados. Tal reforma ensejou a exclusão das Irmãs da Caridade de algumas secções do hospital,levando a diretoria do mesmo a criar a primeira Escola Profissional de Enfermeiros no Brasil, a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados. Mesmo com a criação da escola, o Hospital Nacional de Alienados ainda carecia de enfermeiras para a assistência aos alienados, sendo necessária à contratação de enfermeiras para dar
continuidade aos cuidados dos internos no hospital. Neste sentido, a direção do hospital contratou enfermeiras francesas, que permaneceram na instituição de 1891 a 1894.
Cabe ressaltar que, a contratação de enfermeiras francesas decorreu da influência do modelo francês, adotado pelos psiquiatras brasileiros na
assistência aos doentes. Esse modelo baseava-se nas experiências do Dr Pinel, no Asilo de Bicêtre e no Hospital da Salpétriére, e nas ideias Dr Esquirol, relativas a ordenação do espaço e a vigilância arquitetônica. Riedel, reformou a planta física de um dos pavilhões da Colônia, criando consultórios de clínicas para o tratamento da pele, sífilis, olhos, nariz, garganta, além de salas para pequenas cirurgias. A instituição foi reformada com o parco recurso financeiro da própria Colônia, através de donativos de políticos.Apesar do atendimento nos consultórios da Colônia já estarem funcionando, desde 1919, a inauguração ocorreu em 1920. Por ocasião da solenidade de inauguração do conjunto de consultórios reformados, o mesmo recebeu a denominação “Ambulatório Rivadávia Corrêa”, em homenagem ao Ministro da Justiça e Negócios Interiores de 1911, que na voz corrente, a instalação era conhecida como “Policlínica do Subúrbio”.Na época da inauguração do Ambulatório Rivadávia Corrêa, o Dr Gustavo Riedel já vislumbrava a possibilidade do funcionamento de uma Escola de Enfermeiras, pois ao assumir a direção da Colônia de Alienadas do Engenho de Dentro, tomou para si o encargo de instalar na própria Colônia a seção feminina da referida escola. Escola Profissional de Enfermeiras Alfredo Pinto (1921)
O diretor da Colônia ao criar a escola de enfermeiras tinha a sua frente o obstáculo do aspecto legal para regulamentação do ensino da enfermagem. Para sanar o problema, Riedel lançou mão do Decreto 791/1890, que regulamentava o funcionamento da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados. Riedel também conseguiu apoio político para regulamentar a seção feminina, por meio da Portaria de número um intitulada “Regimento
Interno da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados”, que criava três seções: a mista, a masculina e a feminina. O problema, assim foi resolvido através dessa Portaria, a qual foi assinada pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, Dr Alfredo Pinto Vieira de Mello, em 22 de dezembro de 1920, com publicação desta em Diário Oficial de 1 de setembro de 1921. legalmente, a escola, em 1921, Riedel denominou a seção feminina como Escola Profissional de
Enfermeiras Alfredo Pinto. Essa escola recebeu este nome, porque foi ele (Dr Alfredo Pinto Vieira de Melo) quem aprovou o Regimento Interno da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados. PATRONO DA ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO GALERIA DOS DIRETORES(AS) DA ESCOLA
.1º diretor, 1890, foi o maior
incentivador para
ANTÔNIO FERNANDESFIGUEIRA( gestão 1905 - 1900[?])
JOÃO DEMELLO MATTOS
.Formada pela Escola de Enfermagem da USP .Reformulou o regulamento da escola .Dirigiu a EEAP até 1960 .Funcionamento o curso de Auxiliar de Enfermagem Clelea de Pontes ( gestão 1961-1969) .Inaugurou o prédio atual da EEAP, em 25 de abril de
1966 Anna Grijó (gestão 1969-1971 e 1989-1990) .Diplomada pela EEAN; Mestre em obstetrícia .Dirigida com mãos de ferro a EEAP, porém com dedicação exclusiva as causas da enfermagem.
.Criou o curso de Licenciatura em Enfermagem, em 1972 .Ativou a capacitação docente .Criou as Habilitações em Enfermagem Médico-Cirúrgica , Obstetrícia e em saúde pública em obediencia ao Parecer 163/72 e a Resolução 4. Zelia Senna Costa (gestão 1976-1988) .Ajustou a EEAP a Reforma Universitária Criou os
Curso
.Diplomada pela EEAP .Primeira ex-aluna a dirigir a EEAP .Organizou o concurso de Livre Docência .Implementou enfaticamente o centenário da Escola.
.Iniciou o projeto de Reestruturação do arquivo EEAP Iara de Moraes Xavier (gestão 1994-1996) .Graduada pela EEAP .Segunda ex-aluna a dirigir EEAP .Movimentou Politicamente o EEAP. .Criou o curso de Especialização nos moldes de Residência em parceria com o Ministério da Saúde, Secretaria Estadual e Municipal de Saúde e Ministério da Marinha. .Estimulou a capacitação docente .Projeção à escola na comunidade acadêmica e da enfermagem brasileira Joanir Pereira Passos (gestão 1996-2000) .Graduada pela EEAN, .Eleita por consulta a comunidade acadêmica .Iniciou o processo de implantação do currículo novo, em cumprimento a Portaria n°1721 de 15/12/1994 .Apoiou e incentivou o Projeto da Fabrica de Cuidados, que deu projeção à escola na comunidade e na universidade como uma de suas funções a extensão. Therezinha de Jesus Espírito Santo da Silva (2000-2004) .Graduada pela EEAP .Terceira ex-aluna à dirigir a escola .Eleita por consulta à comunidade acadêmica .Implementando a avaliação do currículo novo .Dando total apoio a capacitação docente .Desenvolvimento de pesquisas .Criação do Laboratório de Pesquisa de História da Enfermagem. Beatriz Gerbassi Costa Aguiar (2004-2009) .Graduada pela EEAN .Eleita por consulta à comunidade acadêmica .Viabilizou os Convênios internacionais .Implementou o curso de gestão e segurança dos estabelecimentos assistenciais de saúde em convênio com o Consórcio Brasileiro de Acreditação -CBA .Incentivou e promoveu oficinas para reformulação do Projeto Político Pedagógico. NÉBIA MARIA ALMEIDA DE FIGUEIREDO(2009 A 2011) .Graduada pela EEAN,Incentiva a produção cientifíca dos docentes e discentes .Criou o curso de Doutorado em Enfermagem e Biociência Fernando Rocha Porto(2011-2012).Dirigiu interinamente a escola. Almerinda Moreira(2013-...) .Aprovou e Implementou o novo curriculo com 10 periodos do curso de graduação em Enfermagem Qual o objetivo das colônias de alienados?As Colônias tinham como finalidade tentar resolver os problemas causados pela superlotação do Hospício, além de oferecer uma forma de tratamento voltada para atividades laborais agrícolas, que caracterizavam o modelo de colônias de alienados.
Qual foi a real finalidade da criação do hospício?Era fundamental que fosse criado um espaço "medicalizado" para o tratamento dos insanos e também para o emprego de ações físicas e morais, inspiradas nas experiências européias, sobretudo de Pinel e de Esquirol, consideradas bem sucedidas no meio médico da época.
Como eram tratados os alienados loucos antes do século XIX?Tratados também como “alienados mentais” pelas autoridades da época, no hospital eles ficavam internados em seis quartos especiais de contenção, sem tratamento adequado, e novamente “soltos” para as ruas da capital do Paraná. Muitos deles eram alvos de chacotas e sobreviviam de doações.
Qual a função dos hospícios no final do século xviii?Durante todo o século XVII e século XVIII, os hospitais foram, sem sombra de dúvida, o destino dos loucos. Os mecanismos de apartação social tinham como finalidade de prestar “assistência” aos necessitados e de sanear a cidade, poupando os mais abastados do convívio social com os considerados marginais e desajustados.
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