Qual era a relação entre as corporações de ofício e as cidades medievais?

A partir do renascimento comercial e urbano no século XI, começou na Europa uma transformação na economia, na vida social e principalmente na paisagem urbana. O artesanato se constituiu como principal meio de produção de mercadorias. As feiras, criadas pelos mercadores, destacaram-se como importantes entrepostos comerciais e como centro do desenvolvimento urbano.

Os mercadores, principais responsáveis pelas atividades comerciais, deslocavam-se de uma região para outra negociando suas mercadorias. Foram eles que exerceram inicialmente as atividades bancárias, transformando-se em ricos e poderosos homens. As atividades comerciais desenvolvidas pelos mercadores eram realizadas quase sempre nas cercanias das cidades, muitas vezes nas beiras de estradas.

As feiras eram geralmente realizadas nos burgos (núcleos populacionais que surgiram nas cercanias dos castelos). Nessa época, os núcleos urbanos se ampliaram e novos muros foram construídos para abrigar a expansão urbana e para proteger as atividades comerciais que eram realizadas nos burgos, centro da vida social europeia.

As principais feiras ficavam nas regiões do Champanha, na França, na atual Itália (Gênova e Veneza) e em Flandres (atual Bélgica). Inicialmente as feiras exerciam atividades comerciais mais locais, mas com o passar do tempo elas se tornaram amplos espaços de negócios, recebendo e comercializando produtos de diferentes regiões da Europa, África e Ásia.

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O desenvolvimento das atividades comerciais nas feiras foi fundamental para a introdução da moeda como base de troca (compra e venda) de mercadorias. Como as feiras passaram a exercer o intercâmbio entre os diferentes lugares do continente europeu e do mundo, diferentes moedas eram utilizadas nas negociações.

A partir de tal momento surgiu uma nova atividade proporcionada pelo comércio das feiras: os cambistas, comerciantes que se especializaram na troca de diferentes moedas. Eles exerceram importante papel para o desenvolvimento comercial, pois os bancos e banqueiros surgiram a partir dessa atividade cambista de troca de moedas. Criaram-se novos sistemas de pagamentos, como letras de feira e letras de câmbio.

Com a internacionalização das atividades comerciais que as feiras propiciaram, iniciou-se o desenvolvimento de um novo sistema de administração comercial, que utilizava taxas de juros e métodos matemáticos, como o sistema decimal. Essas inovações levaram a uma racionalização das atividades comerciais e foram fundamentais para o início do sistema capitalista racional: as taxas, os juros, o capital, os bancos e os lucros.

(Cescem-SP) As corporações de ofícios eram organizadas com o objetivo de:

  1. defender os interesses dos artesãos diante dos patrões.
  2. proporcionar formação profissional aos jovens fidalgos.
  3. aplicar os princípios religiosos às atividades cotidianas.
  4. combater os senhores feudais.
  5. proteger os ofícios contra a concorrência e controlar a produção.

(Vunesp-SP)  Sobre as associações dos importantes grupos sociais da Idade Média, um historiador escreveu: Eram cartéis que tinham por objetivo a eliminação da concorrência no interior da cidade e a manutenção do monopólio de uma minoria de mestres no mercado urbano.

(Jacques Le Goff, A civilização do Ocidente Medieval)

O texto caracteriza de maneira típica:

  1. as universidades medievais.
  2. a atuação das ordens mendicantes.
  3. as corporações de ofício.
  4. o domínio dos senhores feudais.
  5. as seitas heréticas.

Analise as afirmativas abaixo, sobre as corporações de ofício.

(02) Uma corporação de ofícios tinha poderes para tabelar os preços referentes à mão de obra e à matéria-prima empregada em um processo de fabricação;

(04) As corporações de oficio reuniam os comerciantes e artesãos que se envolviam na fabricação e venda de um mesmo tipo de produto;

(08) A corporação de ofício interferia na quantidade de produtos disponíveis para a oferta e controlavam a cotação dos preços das mercadorias que vendiam;

(16) A fabricação dos produtos nas corporações de ofícios seguia determinados padrões de qualidade, além de buscar combater a alteração no processo de fabricação de mercadorias;

(32) No espaço urbano, as corporações garantiam a liberdade para que pessoas não associadas fabricassem um mesmo produto, estimulando dessa forma a concorrência comercial e deixando os mercados consumidores devidamente livres.

A somatória dos números entre parênteses que antecedem a(s) afirmação(ões) incorreta(s) é:

  1. 12
  2. 10
  3. 32
  4. 20
  5. 48

As corporações de ofício também marcaram a cena do renascimento urbano da Baixa Idade Média. Dentre as características apresentadas abaixo, quais delas não se enquadram nas corporações de ofício.

  1. Seu objetivo era agrupar os negociantes do lugar para manter o monopólio do comércio local.
  2. Sua estrutura era fortemente hierarquizada, sendo o controle exercido pelo mestre-artesão.
  3. Os aprendizes recebiam alimentação, alojamento, vestuário e aprendizado em troca do trabalho efetuado.
  4. Recebendo um ganho fixado pelo mestre, os oficias jornaleiros se distinguiam pelo seu trabalho especializado.
  5. Sua existência garantia o direito à cobrança de impostos, organização de tropas e independência administrativa e judiciária.

Relacione os termos da coluna da esquerda com as definições expressas na coluna da direita.

a) Justo Preço

I - Trabalhadores que em troca de alimentação, vestimenta e aprendizado laboravam nas oficinas;

b) Aprendizes

II - Proprietário das matérias-primas, ferramentas e do conhecimento técnico necessário à produção;

c) Mobilidade social

III - Definição do valor da mercadoria de acordo com os custos de produção mais o valor da mão de obra;

d) Mestres-artesãos

IV - Possibilidade do aprendiz em se transformar em oficiais e mestres.

A alternativa que relaciona corretamente as duas colunas é:

  1. a-IV; b-II; c-I; d-III.
  2. a-III; b-I; c-IV; d-II.
  3. a-II; b-IV; c-I; d-III.
  4. a-II; b-I; c-IV; d-III.

Letra E. As corporações reuniam profissionais de um mesmo ramo de produção, como os sapateiros, com o intuito de manter a produção sobre certos parâmetros, controlando inclusive o aprendizado destas funções aos jovens aprendizes.

Letra C. As corporações eram uma criação tipicamente urbana da Idade Média, buscando garantir um rígido controle sobre alguns setores de produção artesanal, tanto em quantidade e forma de produção quanto na aceitação de novos membros.

Letra C. Apenas a última afirmativa está incorreta, já que as corporações de ofício combatiam a concorrência exercendo um rígido controle sobre a produção.

Letra A e E. No caso da letra A, a característica se refere a uma guilda e não a uma corporação de ofício. Em relação à letra E, os direitos dizem respeito à autonomia conquistada pelas cidades em relação a alguns feudos, quando obtinham as cartas de franquia de algum rei.

Qual era o principal objetivo das corporações de ofício no período medieval?

Oriundas das antigas Guildas, as quais reuniam profissionais de diversas áreas, as Corporações de Ofício tinham o objetivo de regulamentar as profissões e o processo produtivo artesanal, evitar a concorrência, bem como garantir a segurança de seus membros.

O que era uma corporação nas cidades medievais?

As corporações de ofício eram organizações que reuniam pessoas que compartilhavam interesses econômicos ou político-sociais. O surgimento dessas instituições está associado ao processo de reurbanização ocorrido na Europa Medieval e surgimento dos burgos.

Qual é o objetivo das corporações de ofício?

(Cescem-SP) As corporações de ofícios eram organizadas com o objetivo de: defender os interesses dos artesãos diante dos patrões. proporcionar formação profissional aos jovens fidalgos. aplicar os princípios religiosos às atividades cotidianas.

Quais eram as funções e exemplos das corporações de ofício?

As Corporações de Ofício eram associações, existentes no final da Idade Média, que reuniam trabalhadores (artesãos) de uma mesma profissão. Existiram corporações de ofícios de diversos tipos como, por exemplo, carpinteiros, ferreiros, alfaiates, sapateiros, padeiros, entre outros.