Qual é o modo de vida em que a população se mudam com frequência em busca de alimentos?

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Pastores nômades acampando perto de Namtso em 2005. Aproximadamente 40% da população do Tibete é nômade ou seminômade.[1]

O nomadismo é a prática dos povos nômades(pt-BR) ou nómadas(pt), ou seja, que não têm uma habitação fixa, que vivem permanentemente mudando de lugar.

Usualmente são os povos do tipo caçadores-coletores ou pastores, mudando-se a fim de buscar novas pastagens para o gado, quando se esgota aquela em que estavam. Os nômades não se dedicam à agricultura e frequentemente ignoram fronteiras nacionais na sua busca por melhores pastagens.

A maioria dos antigos povos nômades tornaram-se sedentários com a descoberta da agricultura. No entanto, ainda hoje subsistem sociedades nômades, como algumas tribos de tuaregues do Saara.

O nomadismo na economia recolectora era motivado pela deslocação das populações que, na procura constante de alimentos, acompanhavam as movimentações dos próprios animais que pretendiam caçar, procuravam os locais onde existiam frutos ou plantas para recolher ou necessitavam de se defender das condições climáticas ou dos predadores. Este tipo de nomadismo manteve-se entre as comunidades que persistiram no modo de produção recolector.

Há, portanto, uma diferença básica entre este tipo de nomadismo e o nomadismo coincidente com o início da criação de gado. Alguns povos, eventualmente por razões de natureza ambiental ou por ao longo dos anos se terem afastado dos agricultores, preferiram um tipo de vida exclusivamente dedicado à criação de ovelhas, cabras, bovinos e outros animais. A pastorícia implica uma frequente deslocação dos animais criados em função dos recursos naturais existentes ou para possibilitar a renovação da flora. Em consequência da sua constante mobilidade, os nómadas não produziam, em geral, qualquer espécie de cerâmica, que tinham de obter por troca.

Na Ásia Central e Setentrional a população optou e continuou com o seu estilo de vida característico dos nómadas, mudando frequentemente os seus locais de acampamento. Ampliou-se com o avanço e a diversificação da criação de gado e tem sobrevivido até aos nossos dias sem modificações assinaláveis. É o caso das tribos nómadas mongóis, a viverem em regiões onde a vegetação típica das estepes proporciona boas pastagens com condições naturais para a manutenção de grandes rebanhos.

Na Índia uma cultura nómada de caçadores destacou-se na domesticação e criação de animais. Grupos de pequenas famílias ou comunidades, atravessavam os rios utilizando jangadas, cobriam o corpo com peles de animais e usavam equipamento de caça como o arco e a flecha com micrólitos na ponta.

No Saara uma economia de pastoreio nómada mais desenvolvida pode ter sido também uma consequência da desertificação crescente. Na África Oriental, fenomenos como a dessecação dos lagos, onde eram abundantes os recursos alimentares, alterou a fixação das populações que passaram a um regime de pastoreio nómada que permaneceu até tempos recentes.

Referências

  1. In pictures: Tibetan nomads BBC News
  2. BBC NEWS | In Pictures | Nenets, reindeer herders in the Siberian arctic

Os nômades eram grupos de pessoas que viviam de forma itinerante, viajando de uma região à outra em busca de alimento para sobrevivência.

Nômades são povos que não têm habitação fixa. Eles são itinerantes, ou seja, vivem mudando de um local para o outro.

Sendo que, antigamente, esse estilo de vida estava ligado às condições climáticas e ritmo, já que se tratavam de povos caçadores-coletores. Ou seja, eles viviam da caça de animais e da coleta de frutos na natureza.

No entanto, com o passar do tempo, eles foram desenvolvendo técnicas para as suas atividades. Com isso, tornou-se possível caçar animais maiores, o que ajudava na sobrevivência do grupo.

Portanto, a ideia atual de que os nômades eram menos racionais é questionável. Afinal de contas, eles usavam a sua racionalidade para desenvolver técnicas de caça e coleta. Portanto, eles tinham inteligência e raciocínio lógico.

Além disso, como os nômades não deixaram bens materiais, muitas pessoas pensam que eles não tinham cultura.

Mas os arqueólogos afirmam que a vida desses povos não era pautada apenas por caça e coleta. Na verdade, eles contavam com formas de convívio social, lazer e rituais.

A atividade agrícola teve início há 10 mil anos e possibilitou a vida sedentária. Com isso, houve o aumento do cultivo de alimentos e da população.

Vale destacar que não dá para definir uma relação hierárquica entre os grupos nômades e os grupos sedentários. Mas é possível notar que com os sedentários, houve um aumento populacional.

Enfim, o nomadismo durou milhares de anos e foi a primeira forma de sobrevivência da humanidade. Os primeiros humanos surgiram em algum ponto do continente africano e se espalharam pelo mundo.

Mesmo com o surgimento da atividade agrícola, a vida nômade não deixou de existir. Contudo, ela passou por mudanças ao longo do tempo, já que técnicas e artefatos foram desenvolvidos.

Tipos de nômades

O nomadismo, aliás, é dividido em três grupos: caçadores-coletores, pastores e mercadores-artesãos.

1- Caçadores-coletores

O 1º tipo de nômades é o de caçadores-coletores. Eles se deslocavam à procura de animais para caçar, bem como plantas silvestres como fontes de alimento. Um exemplo disso são os índios do continente americano.

2- Pastores

O 2º grupo do nomadismo é o dos pastores. Esses, por sua vez, viajavam em busca de pastagem para seus animais.

Só para ilustrar, na Mongólia, grande parte da população é migrante. Isso acontece porque sua tradição pastoril impulsiona a constante busca por novos locais com pastagem para seus animais.

A Bíblia, inclusive, descreve muitos desses povos, bastante comuns da Ásia Central, norte da África e Sibéria.

No Cazaquistão, por exemplo, criavam ovelhas, cavalos, gado, cabras e camelos. E se mudavam de acordo com a época do ano, no verão iam para o norte buscar pasto.

3- Mercadores-artesãos

Por fim, temos o 3º grupo que são os mercadores-artesãos. Em resumo, eles viajavam vendendo seus produtos ou prestando serviços.

Um bom exemplo que ainda continua firme hoje em dia são os ciganos. Contudo, algumas comunidades já se fixaram.

Nômades na atualidade

Embora o nomadismo tenha deixado de ser uma necessidade por volta de 10 mil anos atrás, alguns andarilhos do século XXI retomaram a peregrinação primitiva.

De acordo com a psicóloga Déborah Levitan, existem muitos preconceitos em torno desse estilo de vida na atualidade.

Entretanto, ao contrário do que se imagina, o nomadismo contemporâneo, responsável por constituir as chamadas “famílias móveis”, é estável, adaptável e organizado.

Além disso, uma vantagem é que os migrantes têm acesso a diversas culturas. Ademais, uma forma emergente dessa prática é o nomadismo digital.

Em suma, os nômades digitais são profissionais que trabalham de forma remota, sem a necessidade de um escritório, cidade e até mesmo países fixos.

Esse tipo de nomadismo está ligado à autonomia do trabalhador e vem ganhando cada vez mais espaço. Enfim, gostou do texto? Então aproveite para aprender também o que é Arte rupestre.

Fontes: Info Escola; Dicio; Brasil Escola; Britannica Escola; Mundo por Terra; e por fim; Go Outside.

Bibliografia:

  • Nômade. In Britannica Escola. Web; 2021.
  • PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2011.
  • SOUSA, Rainer Gonçalves. “Nomadismo”; Brasil Escola.
  • BAECKERT, Liliana Tinoco. Pesquisa mostra como vivem os nômades globais do século XXI. 2018. Artigo do blog “Suíça de portas abertas”.
  • Significado de nômade. Dicionário Online DICIO. Acesso em: 10 de junho de 2022.

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