Qual é o clima predominante do Cerrado brasileiro descreva o tipo de vegetação desse bioma?

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O clima predominante no Dom�nio do Cerrado � o Tropical sazonal, de inverno seco. A temperatura m�dia anual fica em torno de 22-23�C, sendo que as m�dias mensais apresentam pequena estacionalidade. As m�ximas absolutas mensais n�o variam muito ao longo dos meses do ano, podendo chegar a mais de 40�C. J� as m�nimas absolutas mensais variam bastante, atingindo valores pr�ximos ou at� abaixo de zero, nos meses de maio, junho e julho. A ocorr�ncia de geadas no Dom�nio do Cerrado n�o � fato incomum, ao menos em sua por��o austral.

Em geral, a precipita��o m�dia anual fica entre 1200 e 1800 mm. Ao contr�rio da temperatura, a precipita��o m�dia mensal apresenta uma grande estacionalidade, concentrando-se nos meses de primavera e ver�o (outubro a mar�o), que � a esta��o chuvosa. Curtos per�odos de seca, chamados de veranicos, podem ocorrer em meio a esta esta��o, criando s�rios problemas para a agricultura. No per�odo de maio a setembro os �ndices pluviom�tricos mensais reduzem-se bastante, podendo chegar a zero.

Qual é o clima predominante do Cerrado brasileiro descreva o tipo de vegetação desse bioma?
Disto resulta uma esta��o seca de 3 a 5 meses de dura��o. No in�cio deste per�odo a ocorr�ncia de nevoeiros � comum nas primeiras horas das manh�s, formando-se grande quantidade de orvalho sobre as plantas e umidecendo o solo. J� no per�odo da tarde os �ndices de umidade relativa do ar caem bastante, podendo baixar a valores pr�ximos a 15%, principalmente nos meses de julho e agosto.

Água parece não ser um fator limitante para a vegetação do cerrado, particularmente para o seu estrato arbóreo-arbustivo. Como estas plantas possuem raízes pivotantes profundas, que chegam a 10, 15, 20 metros de profundidade, atingindo camadas de solo permanentemente úmidas, mesmo na sêca, elas dispõem sempre de algum abastecimento hídrico. No período de estiagem, o solo se desseca realmente, mas apenas em sua parte superficial ( 1,5 a 2 metros de profundidade). Consequência disto é a deficiência hídrica apresentada pelo estrato herbáceo-subarbustivo, cuja parte epigéia se desseca e morre, embora suas partes hipogéias se mantenham vivas, resistindo sob a terra às agruras da sêca. Vários experimentos já demonstraram que, mesmo durante a sêca, as folhas das árvores perdem razoáveis quantidades de água por transpiração, evidenciando sua disponibilidade nas camadas profundas do solo. Muitas espécies arbóreas de cerrado florescem em plena estação seca como o ipê-amarelo, demonstrando o mesmo fato. A maior evidência de que água não é o fator limitante do crescimento e produção do estrato arbóreo-arbustivo do cerrado é o fato de aí encontrarmos extensas plantações de Eucalyptus, crescendo e produzindo plenamente, sem necessidade de irrigação. Outras espécies cultivadas em cerrado, como mangueiras, abacateiros, cana-de-açúcar, laranjeiras etc, fazem o mesmo. A termoperiodicidade diária e estacional parece ser um fator de certa importância para a vegetação do cerrado, particularmente para o estrato herbáceo-subarbustivo. Geadas, todavia, prejudicam bastante as plantas matando suas folhas, que logo secam e caem, aumentando em muito a serapilheira e o risco de incêndios.

Ventos fortes e constantes n�o s�o uma caracter�stica geral do Dom�nio do Cerrado. Normalmente a atmosfera � calma e o ar fica muitas vezes quase parado. Em agosto costumam ocorrer algumas ventanias, levantando poeira e cinzas de queimadas a grandes alturas, atrav�s de redemoinhos que se podem ver de longe. �s vezes elas podem ser t�o fortes que at� mesmo grossos galhos s�o arrancados das �rvores e atirados � dist�ncia.

A radia��o solar no Dom�nio do Cerrado � geralmente bastante intensa, podendo reduzir-se devido � alta nebulosidade, nos meses excessivamente chuvosos do ver�o. Por esta poss�vel raz�o, em certos anos, outubro costuma ser mais quente do que dezembro ou janeiro. Como o inverno � seco, quase sem nuvens, e as latitudes s�o relativamente pequenas, a radia��o solar nesta �poca tamb�m � intensa, aquecendo bem as horas do meio do dia. Em agosto-setembro esta intensidade pode reduzir-se um pouco em virtude da abund�ncia de n�voa seca produzida pelos inc�ndios e queimadas da vegeta��o, t�o freq�entes neste per�odo do ano.

Por estas caracter�sticas de clima, o Dom�nio do Cerrado faz parte do Zonobioma II, na classifica��o de Heinrich Walter.

O Bioma Cerrado abrange 13 estados brasileiros, em uma área de cerca de 200 milhões de hectares, sendo a savana mais rica em diversidade do mundo e o segundo maior Bioma do país. Posicionado na região central no país, faz limite com a Mata Atlântica, a Floresta Amazônica, a Caatinga e o Pantanal.

O Cerrado é marcado principalmente pelo clima tropical, com uma estiagem que se prolonga por aproximadamente cinco meses. No mês mais seco, a quantidade média de chuva atinge 30 mm, podendo chegar à zero. Sendo uma unidade ecológica típica da zona tropical, possui relações ecológicas e fisionômicas com outras savanas da América Tropical e de continentes como África e Austrália.

A paisagem no Bioma Cerrado é composta por um complexo vegetacional, possuindo uma alta biodiversidade, com cerca de um terço da diversidade do país.

FAUNA
O Cerrado possui função ímpar na preservação da fauna no território brasileiro por encontrar-se encravado na porção central do Brasil e fazer contato com todos os outros biomas do país. Além de servir como corredor de biodiversidade para répteis, anfíbios, mamíferos, aves, peixes e insetos (mais específicos aos mais generalistas), o Cerrado abriga em suas fitofisionomias campestres, savânicas e florestais altos índices de biodiversidade faunística.

De acordo com dados atuais disponíveis, o Cerrado possui 196 espécies de mamíferos (18 endêmicas), 856 espécies de aves (36 endêmicas), 253 espécies de répteis (24 endêmicas), 160 espécies de anfíbios (56 endêmicas) e aproximadamente 780 espécies de peixes.

Um dos principais impactos causadores da perda de biodiversidade da fauna no Cerrado é a fragmentação de habitats. O adensamento populacional e a expansão da agropecuária isolam áreas, antes contínuas, impedindo que indivíduos de locais distintos se encontrem e reproduzam. Dessa forma, diminui-se a variabilidade genética das populações, acarretando um aumento na extinção das espécies.

A perda de uma espécie da fauna representa uma lacuna na teia da vida. Já os animais desempenham papéis ecológicos importantes, como a dispersão de um tipo específico de semente ou mesmo o controle populacional de espécies animais causadoras de prejuízos à saúde ou a agricultura. Portanto, são de suma importância a criação e manutenção de unidades de conservação, como também de seus corredores ecológicos, para preservar a viabilidade das populações de animais no Cerrado.

VEGETAÇÃO
Muitos fatores podem afetar a distribuição das espécies de plantas no Bioma Cerrado como: o clima; fertilidade e pH do solo; disponibilidade de água; geomorfologia e topografia; latitude; freqüência de fogo e fatores antrópicos; além da interação complexa entre eles. A grande variedade desses fatores no Cerrado faz com que este apresente um mosaico vegetacional com várias fitofisionomias, que englobam formações florestais, formações savânicas e formações campestres.

Acompanhando a variação fitofisionômica, a vegetação do Cerrado apresenta uma alta riqueza florística, com cerca de 6.600 espécies em sua flora. Cerca de 40% das espécies arbóreas são endêmicas, mas também ocorrem espécies arbóreas compartilhadas com outros Biomas, assim como espécies típicas de cerrado sensu stricto que podem ser encontradas em outros ecossistemas.

Formações Florestais
Em sentido fisionômico, floresta representa áreas com predominância de espécies arbóreas, onde há a formação de dossel, contínuo ou descontínuo. No Cerrado, existem as seguintes formações florestais: Mata Seca, Mata de Galeria, Mata Ciliar e Cerradão.

As Matas de Galeria e as Matas Ciliares são formações florestais que ocorrem em associação a rios e córregos, distinguindo-se floristicamente e fisionomicamente. As Matas de Galeria ocorrem em cursos d’água mais estreitos, ocorrendo o fechamento do dossel acima do curso d’água, enquanto nas Matas Ciliares, ao longo de rios mais largos, esse fechamento não ocorre. Além disso, as Matas Ciliares apresentam diferentes níveis de caducifólia (queda das folhas das árvores) na estação seca, enquanto nas Matas de Galeria nunca perdem as folhas. As Matas de Galeria podem ainda ser classificadas de Inundável e não-Inundável, dependendo de características ambientais como a topografia e variações na altura do lençol freático, com efeito sobre a composição florística. As espécies vegetais dessas Matas são dependentes da alta umidade no solo e muitas delas também ocorrem nas Florestas Pluviais da Amazônia e Mata Atlântica.

As Matas Secas são florestas fechadas, sem associação com cursos d’água, que apresentam diferentes níveis de caducifolia e dependem essencialmente da ocorrência de manchas de solos mesotróficos (fertilidade média) profundos dentro do domínio do Cerrado. De acordo com o nível de queda das folhas, as Matas secas podem ser classificadas em sempre-verde (sem caducifolia), semi-decídua (caducifolia mediana) e decídua (alta caducifolia). Essa formação florestal tende a distribuir-se principalmente dentro de um arco nordeste-sudoeste, que conecta a Caatinga às fronteiras do Chaco.

O Cerradão é uma formação arbórea média-alta, com copa variando de fechada a semi-aberta (de 50% a 90% de cobertura). Do ponto de vista fisionômico, o Cerradão é uma floresta, mas floristicamente se assemelha mais ao Cerrado sensu stricto, apesar de nele também ocorrerem espécies de floresta, principalmente de Mata Seca e Mata de Galeria não-Inundável. Os Cerradões geralmente ocorrem em solos profundos, bem drenados e ligeiramente ácidos. Quando ocorrem em solos com baixa fertilidade são classificados de Cerradão Distrófico e quando em solos mais ricos (fertilidade média) de Cerradão Mesotrófico, cada um possuindo espécies características e adaptadas a esses ambientes.

Nota-se que a composição florística das Formações florestais é variável dentro do Bioma Cerrado. Por exemplo, as florestas do oeste e norte do Cerrado mostram uma ligação mais forte com as florestas pluviais da Amazônia. Já as do centro e do sul apresentam mais afinidade com as florestas semi-decíduas do sudeste do Brasil. Existem indícios de que antigamente havia uma formação contínua de florestas no Brasil central, que hoje, fragmentada, forma corredores interligando estes biomas.

Formações Savânicas
O termo Savana refere-se a áreas com árvores e arbustos espalhados sobre um estrato de gramíneas, sem a formação de dossel contínuo. As formações savânicas que podem ser encontradas no Cerrado são: Cerrado Sensu Stricto, Veredas, Parque de Cerrado e Palmeiral.

Dentro da categoria de Cerrado sensu stricto se caracteriza por árvores baixas, inclinadas, tortuosas e com ramificações irregulares e retorcidas. O número de arbustos e árvores nessa fitofisionomia pode exceder a 800 espécies, das quais aproximadamente 40% são endêmicas. Existem ainda as seguintes subdivisões: Cerrado Denso, Cerrado Típico, Cerrado Ralo e Cerrado Rupestre. Os três primeiros tipos se diferenciam pela densidade e agrupamento das árvores, enquanto o Cerrado Rupestre se distingue por ocorrer em solos rasos apresentando afloramento de rochas.

O Parque de Cerrado se caracteriza pelo agrupamento de árvores em pequenas elevações do terreno, chamados de murundus ou monchões. Sua cobertura arbórea varia de 5% a 20%, sendo que nos murundus essa porcentagem é de 50% a 70% e nas depressões pode chegar a 0%. Os solos nessa formação são solos argilosos, sendo melhor drenados nos murundus do que nas depressões adjacentes.

Na formação savânica Palmeiral, ocorre o predomínio de uma única espécie de palmeira arbórea, sendo que as dicotiledôneas são raras ou ausentes. É comum o Palmeiral ser designado pelo nome da espécie mais freqüente. Normalmente, os Palmeirais do Cerrado se encontram sobre solos bem drenados, embora os Buritizais ocorram em terrenos mal drenados, podendo estar associados à formação de galerias em uma típica estrutura de floresta.

As Veredas se caracterizam pela presença da espécie Mauritia flexuosa (Buriti) em meio a grupamentos mais ou menos densos de espécies arbustivo-herbáceas. Essa formação se distingue dos Buritizais por não formar dossel. A vereda pode ser dividida em três zonas: a ‘borda’, local com solo mais seco onde podem ocorrer arvoretas; ‘meio’, local com solo medianamente úmido com predomínio de herbáceas; e ‘fundo’, local brejoso, saturado com água, onde ocorrem os buritis, além de arbustos e arvoretas adensadas. As duas primeiras zonas correspondem à faixa tipicamente campestre e o ‘fundo’ corresponde ao bosque sempre-verde.

Formações Campestres
O termo Campo designa áreas com predomínio de espécies herbáceas e algumas arbustivas, que podem ou não apresentar árvores e arbustos esparsos. As formações campestres do Cerrado são: Campo Sujo, Campo Rupestre e Campo Limpo.

No Campo Limpo a presença de arbustos e subarbustos é insignificante, cobrindo menos de 10% do terreno. Já no Campo Sujo, há presença evidente de arbustos e subarbustos em meio ao estrato herbáceo. De acordo com as características topográficas e de solo, o Campo Limpo e o Campo Sujo podem ser classificados em secos (quando o lençol freático é profundo), úmidos (com lençol freático alto) ou com murundus (ocorrem pequenas elevações do relevo).

O Campo Rupestre apresenta estrutura similar aos outros dois tipos de campo citados. Porém, esse se diferencia por ocorrer em solos rasos com afloramentos de rocha e também por sua composição florística, que apresenta alto índice de endemismo.

Estado de Conservação
Originalmente, o Bioma Cerrado ocupava cerca de 23% do território brasileiro estendendo-se desde o planalto central brasileiro, passando pela Amazônia, parte do nordeste, até pequena porção da região Sul.

Até a década de 60, a região do Cerrado era considerada como marginal para a agricultura intensiva. Sua ocupação foi motivada principalmente pelas mudanças na estrutura rodoviária iniciada com a implantação de Brasília e pela criação do Programa de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Polocentro), na década de 70, que levou a uma intensa migração em busca de terras a custos mais baixos em relação ao sul do país e incentivos fiscais para abertura de novas áreas agrícolas. Como resultado dessa política, grandes áreas de Cerrado foram desmatadas, sendo o Bioma Cerrado atualmente considerado como um dos 25 ecossistemas do planeta, com alta biodiversidade, que está ameaçado.

As estimativas de áreas degradadas ou em uso no Cerrado são de 50% a 80% do Bioma, sejam elas áreas agrícolas, pastagens ou áreas degradadas sem uso. Mesmo com esse cenário, pouco menos de 4,5% de área do Cerrado está protegido em Unidades de Conservação, o que justifica o título dado de segundo Bioma mais ameaçado do Brasil.

Qual é o clima e vegetação do Cerrado?

Sua vegetação possui características predominantes, como árvores de tronco grosso e tortuoso, além de gramíneas e arbustos. O clima do Cerrado é tropical sazonal, apresentando duas estações definidas: uma seca e outra chuvosa.

Qual é o tipo de vegetação do bioma Cerrado?

São descritos 11 tipos principais de vegetação para o Bioma, enquadrados em formações florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão), savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e campestres (Campo Sujo, Campo Limpo e Campo Rupestre).

Qual é o clima predominante do Cerrado brasileiro?

O clima dominante na região é o tropical-quente-subúmido, caracterizado por forte estacionalidade das chuvas. Há duas estações bem definidas: uma estação seca (maio a setembro) e outra chuvosa (outubro a abril). A precipitação média anual é de 1500 ± 500 mm.

Qual o tipo de clima do bioma Cerrado e da Caatinga?

O clima que predomina na Caatinga é o semiárido. Ele constitui uma característica importante que determina a natureza da Caatinga. O clima semiárido possui uma precipitação (quantidade de chuva) em torno de 800mm por ano. Em períodos mais chuvosos pode chegar a 1.000mm por ano e nos mais secos, apenas 200mm por ano.