Qual a diferença entre uma usina hidrelétrica de grande porte e um pequena central hidrelétrica?

UHE é a sigla usada para representar Usina Hidrelétrica, um empreendimento que utiliza a força e a pressão da água para gerar Energia Elétrica. Agora que você já sabe o que significa a sigla e para que serve uma UHE, entenda abaixo o que é e como funciona uma Usina Hidrelétrica.

UHE é uma usina hidrelétrica de grande porte, ou seja, com capacidade de produzir acima de 30MW por hora e com áreas alagadas para reservatório acima de 13km².

Pra você ter uma ideia da dimensão disso, a cada 1MW de potência é possível alimentar 1000 casas! 30MW alimentam uma cidade pequena – com 30 mil habitantes – inteira!

Então, as dimensões de uma UHE começam onde terminam os limites de uma PCH: 30MW de potência e 13km² de área alagada. Se você ainda não sabe o que é uma PCH, leia este artigo:

Clique para ler: O que é uma PCH?

Como um clássico exemplo de UHE temos a Usina do Itaipu que fica na divisa do Brasil com o Paraguai, no estado do Paraná (no lado Brasileiro) e é a usina hidrelétrica que produz a maior quantidade de energia elétrica no mundo.

As grandes UHEs possuem impactos ambientais maiores do que as hidrelétricas de pequeno porte, portanto, a burocracia para a construção de uma é infinitamente maior, sem falar no custo que é extremamente alto.

Em geral, quem investe em UHEs são órgãos públicos e grandes companhias elétricas – que geralmente também são do governo.

Existem usinas de menor porte como as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e as Minicentral e Micro Central Hidrelétrica (MCH) que apresentam infinitas vantagens para investidores, em relação as UHEs:

• Exigem menor capital para investimento;
• A burocracia é muito menor;
• Os impactos ambientais são menores;
• Permitem que investidores privados e com menor capital também participem do mercado de energia.

Além disso, em 2004 foi regulamentada no Brasil, através de um decreto, a Geração Distribuída que permite consumidores – pessoas físicas e jurídicas – gerarem a própria energia que utilizam e ainda vender o excedente para a companhia elétrica.

Veja também:

O que é Geração Distribuída?

O que é uma PCH?

O que é uma CGH? 

Texto de Maurício Setani e Julia Catiane Braun

A crescente demanda por energia elétrica e a busca por fontes de geração renováveis e “limpas” faz das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) uma atraente alternativa para geração de energia. Devido ao seu menor porte, estes tipos de usinas são mais baratas de se construir, além de causarem menores danos ao meio ambiente quando comparadas às Grandes Usinas Hidrelétricas (UHE).

As CGHs e PCHs também podem ser instaladas em rios de menor vazão, contribuindo para a descentralização da geração de eletricidade, reduzindo os custos na transmissão da energia.

Mas você sabe a diferença entre uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), uma Central Geradora Hidrelétrica (CGH) e uma Usina Hidrelétrica (UHE)?

Todos são empreendimentos energéticos que possuem por finalidade gerar energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um recurso hídrico, daí o nome comum hidrelétrico. A diferença entre PCH, CGH e UHE está no porte do empreendimento.

Uma Central Geradora Hidrelétrica, ou simplesmente CGH, é uma instalação que aproveita a força da água para movimentar seus geradores de energia. Ela se diferencia das grandes Usinas Hidrelétricas pela potência máxima instalada, a qual é de até 1MW.

As Pequenas Centrais Hidrelétricas se caracterizam por possuírem potência instalada, maior que 1,0 MW e menor ou igual que 30,0 MW, e área total do reservatório menor que 3,0 km² ou 300 hectares. Ainda segundo a Resolução Nº 652, de 9 de dezembro de 2003, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), pode ser considerado como PCH o aproveitamento hidrelétrico com área de reservatório maior que 3,0 km², desde que sejam respeitados os limites de potência e modalidade de exploração, a área do reservatório não seja superior a 13,0 km², e se verifique pelo menos uma das seguintes condições:

I – atendimento à inequação:

Sendo:

P = potência elétrica instalada em (MW);

A = área do reservatório em (km²);

Hb = queda bruta em (m), definida pela diferença entre os níveis d’água máximo normal de montante e normal de jusante;

II – reservatório cujo dimensionamento, comprovadamente, foi baseado em outros objetivos que não o de geração de energia elétrica.

Para ser considerada uma Usina Hidrelétricas ou UHE, a potência total instalada deve ser maior que 30,0 MW.

De maneira mais generalizada podemos classificar da seguinte forma:

O licenciamento destes três tipos de empreendimentos ocorre de maneira diferenciada, visto que a extensão dos impactos ambientais provocados pelas CGHs, PCHs e UHEs também são diferenciados.

Um dos principais ramos de atuação da Ciclus Ambiental é o licenciamento e assessoria técnica ambiental para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), onde atuamos em todas as etapas do empreendimento de forma a prevenir, mitigar ou compensar os impactos ambientais deste tipo de empreendimento.

Para o empreendedor interessado, a opção de se realizar a construção de uma CGH ou PCH ao invés de uma UHE se dá pelo fato de que estas possuem menor custo, podendo serem instaladas em rios de menor porte e gerando menores impactos ambientais negativos. A equipe da Ciclus Ambiental atua desde a escolha da melhor alternativa de alocação, acompanhamento das obras, resgate e realocação da fauna e flora, até a fase de operação, com monitoramento ambiental, desenvolvimento e implantação de Planos de Controle Ambiental e elaboração de relatórios técnicos de acompanhamento para o órgão ambiental.

Do ponto de vista do licenciamento ambiental

Segundo a Lei nº 9.074/95 o aproveitamento dos potenciais hidráulicos, iguais ou inferiores a 1,0 MW ou 1.000 KW, que caracteriza as CGHs, estão dispensados de concessão, permissão ou autorização, devendo apenas ser comunicados ao órgão regulador (ANEEL) para fins de registro, no entanto, estes empreendimentos ainda não estão dispensados da obtenção das Licenças Ambientais junto ao órgão ambiental competente.

Ressalta-se que a dispensa de concessão, permissão ou autorização, está relacionada apenas com a exploração de serviços e instalações de energia elétrica e aproveitamento energético dos cursos de água, no caso da CGH, incluindo os trâmites da Agência Reguladora (ANEEL) e NÃO com os procedimentos para obtenção das Licenças e/ou Autorizações Ambientais junto ao Órgão Ambiental Competente.

As CGHs e PCHs de até 10,0 MW, no entanto, possuem um processo de licenciamento ambiental mais simplificado quando compara do às UHEs e PCHs com mais de 10,0 MW. Segundo a Resolução CONAMA Nº01/86, dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA) e respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA), a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e da Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como barragem para fins hidrelétricos, acima de 10,0 MW, e usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10,0 MW.

Principais Impactos Ambientais de CGHs e PCHs

Apesar da geração de hidroeletricidade ser considerada uma fonte de energia renovável e “limpa”, a instalação de uma CGH ou PCH sem a adoção de um Plano de Controle Ambiental adequado, com medidas preventivas, mitigadoras ou compensatórias dos impactos ambientais negativos, pode acarretar em graves distúrbios ao meio ambiente. Trata-se de uma obra que afetará um recurso natural permanentemente.

O uso não consuntivo da água e a menor área alagada quando comparadas à uma UHE, reduz os danos ao meio ambiente, no entanto, alguns pontos devem ser considerados. O maior número de impactos negativos gerados é proveniente da sua fase de instalação, onde ocorrerão as principais modificações da paisagem natural com a retirada da cobertura vegetal e movimentação de terras. A instalação do barramento, que se tornará uma barreira física permanente no recurso hídrico, também trará alterações no regime do recurso hídrico, transformando um ambiente que antes era lótico em lêntico.

Nessa fase, os meios físico e biótico são os mais afetados. A interferência do meio físico se dá pela realização de escavações, terraplanagens, desvio do leito natural do rio e supressão da vegetação. Esses aspectos irão provocar a alteração do relevo natural, muitas vezes de forma permanente e irreversível. Ainda, com o movimento de terras, pode ser provocada a erosão do solo na área e, consequentemente, o assoreamento dos rios.

O meio biótico é afetado principalmente através da supressão da vegetação nativa do local e, posteriormente pelo enchimento do lago. O habitat natural de muitas espécies de animais será diminuído e fará com que a fauna seja afugentada esteja mais vulnerável às ações antrópicas como a caça e captura. Outro fator impactante na fauna local é a perturbação das espécies gerada pelo aumento da emissão de ruídos provenientes da obra.

Durante a fase de operação também podem ocorrer impactos ambientais negativos, tais como o aumento da poluição sonora proveniente do funcionamento da PCH e a possível mortandade de peixes nas turbinas da geração.

Apesar dos impactos ambientais negativos, ocorrem também impactos ambientais positivos, sendo os mais relevantes sentidos no meio socioeconômico, justificando a instalação das CGHs e PCHs.

As obras de instalação movimentam a economia de uma determinada região, com a geração de empregos, movimentação da economia local por conta da aquisição de bens e materiais, aumento da arrecadação fiscal e melhoria na infraestrutura da região. Também ocorre um incremento no banco de dados da região causado pelos diversos estudos que são realizados no local por conta do licenciamento ambiental.

As pequenas usinas também contribuem para a geração de energia elétrica descentralizada, estando mais próxima do consumidor e evitando maiores gastos com a transmissão de energia, além de incrementará a matriz energética renovável da região. A energia gerada entrará na rede e estará disponível para os usuários.

A equipe da Ciclus Ambiental atua em todas as fases de assessoria de seu empreendimento, tomando todos os cuidados para proteger o meio ambiente. Neste sentido, várias ações são desenvolvidas, tais como:

Resgate e transplante de mudas de árvores;

Plano de educação ambiental;

Resgate da fauna na área afetada;

Criação de Áreas de Proteção Permanente;

Monitoramento da qualidade da água e dos peixes;

Recuperação das áreas degradadas;

Plantio de mudas de árvores nativas.

Quais são as diferenças básicas entre usinas hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas e centrais geradoras hidrelétricas?

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