Qual a diferença entre enfermagem e enfermagem do trabalho

Atualmente, o Brasil conta com 1.440.536 Técnicos e 433.536 Auxiliares de Enfermagem. Juntos, eles somam 1,8 milhão de profissionais, que representam mais de 80% da força de trabalho na área da Enfermagem, de acordo com informações do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), em levantamento de 2021.

O Dia Nacional do Técnico e do Auxiliar de Enfermagem é comemorado em 20 de maio e marca o encerramento da Semana da Enfermagem, que começou em 12 deste mês, o Dia do Enfermeiro. As diferenças nas atuações de Técnicos, Auxiliares e Enfermeiros são categorizadas a partir da formação acadêmica e prática de cada uma, o que também determina a sua remuneração.

O cenário da pandemia causada pelo novo coronavírus colocou mais luz nessas funções. No caso de Auxiliares e Técnicos, esse destaque permitiu que o mercado da saúde percebesse com mais ênfase seu valor, bem como a falta desses profissionais.

Além da defasagem do número de Auxiliares e Técnicos em Enfermagem, a Coordenadora da Escola Técnica do Einstein, Rosângela Dantas Frateschi, chama a atenção para a falta de qualificação em nível médio para o exercício das respectivas habilidades em situações de emergência, dentro e fora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ou seja, em áreas que atendem pacientes de alta complexidades.

A solução dessa falha recorrente no país – como algo não recente – é o investimento na capacitação de pessoas no curso Técnico em Enfermagem. Por isso, desde 1989, a Escola vem contribuindo com a formação focada em um atendimento de mais qualidade e segurança ao paciente. Um dos resultados disso é a alta taxa de empregabilidade desses profissionais. Cerca de 80% são absorvidos pelo próprio Einstein. “Aqui os estudantes possuem conhecimentos profundos no âmbito teórico, assim como para exercerem as tarefas práticas, estando aptos a atuar na Instituição e em qualquer outro estabelecimento de Saúde pública ou privada”, garante Rosângela.

As formações de Auxiliar e Técnico também têm aspectos voltados às políticas públicas, já que os profissionais podem atuar na linha de frente em setores de vacinas e atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), desempenhando o papel de multiplicadores de boas práticas. “É fundamental diante da população atendida e de pessoas do entorno dar exemplo de condutas corretas, conforme a literatura, tanto na pandemia quanto em momentos de não pandemia. Profissionais formados aqui são admirados onde trabalham”.

As diferenças das funções do Auxiliar e Técnico em Enfermagem e do Enfermeiro já foram abordadas neste blog, em setembro de 2020. Nesta atualização, destacamos aspectos importantes que possam ajudar na escolha de qual carreira construir. Fique por dentro:

Auxiliar de Enfermagem

Apesar de estar inserido em um curso único, o aluno do Técnico em Enfermagem, ao final do primeiro ano, já estará apto a exercer as funções de Auxiliar de Enfermagem. Trata-se de uma formação intermediária, que permite o trabalho em unidades de baixa e média complexidades. Esse profissional desempenha funções correspondentes aos cuidados dos pacientes. Também efetua registros e relatórios de ocorrências, trabalhando sempre em conformidade com as boas práticas, normas e procedimentos de biossegurança.

Entre as tarefas do Auxiliar de Enfermagem, estão: preparar pessoas para consultas e exames, realizar e registrar exames, segundo instruções médicas ou do Enfermeiro, orientar e auxiliar pacientes, prestando informações relativas à: higiene, alimentação e utilização de medicamentos. Também realiza cuidados específicos relacionados ao tratamento em questão e verifica em unidades hospitalares os sinais vitais e as condições gerais dos pacientes, conforme o diagnóstico.

Sempre seguindo as orientações e prescrições de assistência Médica e de Enfermagem, o Auxiliar faz curativos e cumpre as medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar. Ele prepara e administra medicações por via oral, tópica, intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa e retal; executa atividades de limpeza, desinfecção, esterilização do material e equipamento, bem como o seu preparo, armazenamento e distribuição.

Técnico em Enfermagem

A necessidade de profissionais habilitados, somada à valorização da profissão na pandemia e a rápida inserção de profissionais no mercado de trabalho favorecem a procura pelo curso. O Técnico em Enfermagem passou a ser muito buscado por quem deseja investir em capacitação profissional e em pouco tempo iniciar uma carreira promissora.

Entre as suas principais funções está a assistência ao paciente de alta complexidade, pois é ‘peça-chave’ na prevenção e controle sistemático de eventuais complicações. Também participa dos programas de higiene e segurança do trabalho, de prevenção de acidentes e de doenças ligadas à profissão.

 Enfermeiro

Para ser Enfermeiro é necessário fazer a respectiva Graduação. Somente ele pode gerir o setor de Enfermagem da instituição de saúde, pública ou privada, organizar as atividades dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem e planejar, coordenar e executar serviços da assistência e programação em saúde.

Conforme a docente das Graduações em Medicina e Enfermagem e do Programa de Mestrado Profissional do Einstein, Eduarda Ribeiro dos Santos, o Enfermeiro realiza cuidados com complexidade técnica, exigindo conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas, além da atenção direta a pacientes em estado grave.

Ele pode fazer consultoria, auditoria e emitir parecer sobre assuntos relacionados à área. “O Enfermeiro realiza consultas em Enfermagem e prescrição da assistência nesse âmbito, atuando também na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como integrante das respectivas comissões”.

É muito importante o seu envolvimento na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático, relacionados à segurança do paciente durante a assistência de Enfermagem. Comumente, esse profissional está incluído nas ações preventivas e de gestão das doenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica.

O Enfermeiro é imprescindível nas áreas de pesquisa, gestão e acadêmica. “É também importante a sua participação em bancas examinadoras, em disciplinas específicas de Enfermagem e nos concursos para provimento de cargo e contratação de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, entre outras atividades”, completa Eduarda.

Para atuar nas três profissões é necessário solicitar ao Conselho Regional de Enfermagem (COREN) de seu estado o número do registro profissional. De posse do documento, o profissional poderá iniciar a sua carreira em ambientes da saúde, seguindo a sua vocação para o cuidado e colaborando com melhorias para a área no Brasil.

Qual a diferença entre enfermeiro e enfermeiro do Trabalho?

Enquanto o enfermeiro do trabalho cuida dos colaboradores de uma instituição, o enfermeiro tradicional atua chefiando e supervisionando o trabalho da Enfermagem diretamente com os pacientes em uma clínica ou hospital, por exemplo.

Qual é a diferença de técnico de enfermagem do Trabalho e técnico de enfermagem?

A primeira diferença entre os cargos é que o técnico de enfermagem não tem a capacitação para cuidar de casos graves e, por isso, ele precisa da supervisão de um enfermeiro. Assim, o enfermeiro tem a capacitação para cuidar de pacientes críticos e decidir o que fazer em casos de emergência.

Qual é a função do enfermeiro do Trabalho?

Prestar assistência de enfermagem ao cliente, prescrever ações, realizar procedimentos de maior complexidade, solicitar exames, prescrever medicamentos, conforme protocolo pré-existente, estudar as condições de higiene da empresa, analisar a assistência prestada pela equipe de enfermagem.

Qual o papel do técnico de enfermagem do Trabalho?

Auxiliar na observação sistemática do estado de saúde dos trabalhadores, nos levantamentos de doenças profissionais, lesões traumáticas, doenças epidemiológicas. Participar dos programas de prevenção de acidentes, de saúde e de medidas reabilitativas.

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