Qual a diferença do sal marinho para o comum

Atualmente diversos tipos de sal estão disponíveis no mercado, com preços pra lá de salgados. Será que vale a pena investir nesses?

Por muito tempo o pozinho branco e refinado reinou absoluto nos supermercados. De uns anos para cá, ele tem dividido espaço com outras opções que prometem ser muito mais saudáveis e isso tem confundido a cabeça dos consumidores. Fomos investigar se vale a pena investir mais nesses produtos, já que eles são bem mais caros.

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De qualquer forma, a lição mais importante é que o consumo de nenhum deles deve ultrapassar os 5 gramas diários recomendados pela (OMS) Organização Mundial de Saúde --lembrando que essa quantidade engloba não só o sal que você adiciona à comida quando está à mesa, mas todo aquele usado na preparação dos alimentos, e os industrializados costumam ter quantidades bem altas do condimento. Do contrário, você corre o risco de sofrer com problemas cardíacos e hipertensão, entre outros problemas (confira as respostas para dúvidas comuns sobre esse assunto).

Outro ponto que precisa ser destacado é que, apesar de em excesso ser um problema, o sódio não é apenas um vilão, ele é importante para o equilíbrio hídrico do corpo, os impulsos nervosos, contração muscular e transporte de moléculas entre as nossas células. Conheça melhor as novas versões desse tempero.

Qual a diferença do sal marinho para o comum

A diferença entre os tipos de sal está na forma como eles são obtidos
Cada sal tem sua história, mas no final das contas, todos são cloreto de sódio, o que muda é a forma como são obtidos.

O sal marinho, grosso e o refinado tem a mesma origem: vem da evaporação da água de represas ou de depósitos marinhos que secaram há muitos anos. A diferença é que o primeiro não é muito processado, o que ajuda a manter os sais minerais. Já o grosso, é uma variação do marinho com granulação mais rústica. O refinado além de passar por inúmeros processos de refino, desde 1920 é acrescido de iodo para contenção de uma epidemia de bócio e hipotireoidismo que eram doenças comuns naquela época e isso se tornou obrigatório a partir de 1953.

A flor de sal, muito usada no mundo gourmet para a finalização de pratos, é um aglomerado de cristais e é considerado o tipo mais puro, o que faz com que ele seja mais rico em sódio, além de ser mais crocante e ter sabor mais marcante. Por fim, o rosa ou do Himalaia vem da cadeia montanhosa com esse nome localizada na Ásia -ele inclusive tem um "irmão", o sal negro do Himalaia, menos popular no Brasil.

O light tem menos sódio, mas também exige cuidado no uso
Ele é proveniente de uma mistura de cloreto de sódio e cloreto de potássio. Em relação ao sal comum, ele tem metade de quantidade de sódio, mas isso não faz com que ele possa ser usado a gosto, pois a ingestão de potássio em excesso também pode causar problemas, como fraqueza muscular e alteração no ritmo cardíaco.

Não acredite cegamente nas promessas do sal do Himalaia
De fato ele possui micronutrientes, como fósforo, zinco e bromo, na sua composição, como afirmam os fabricantes. A questão é que essas substâncias estão presentes em quantidades muito pequenas e para se obter os benefícios oferecidos por eles, seria necessário um consumo altíssimo do alimento, muito além dos 5 gramas recomendados. Outra vantagem difundida por aí é que ele tem menos sódio do que o refinado. Isso é verdade, mas a diferença é muito pequena. Além disso, é preciso ter cuidado, pois existem muitas imitações no mercado. Se ele mudar de cor ao ser colocado na água, abra o olho.

Qual a diferença do sal marinho para o comum

Verifique se o sal tem iodo
Os produtos com a adição desse nutriente são os melhores para o dia a dia. Os outros são mais indicados para o uso gourmet.

As embalagens de plástico e vidro são as mais indicadas
Isso porque, elas conservam melhor o sal. Mas os saquinhos são muito mais baratos. Não há problema em optar por esse último, mas é imprescindível verificar se o invólucro está totalmente íntegro antes de colocá-lo no carrinho e ao chegar em casa, passa-lo para um recipiente bem vedado que deve ser guardado em um local sem umidade.

Informação nutricional

Sal refinado, grosso, marinho e do Himalaia

  • Porção 1 grama
  • Sódio: 390 mg
  • Iodo: 25 mcg

Sal light

  • Porção 1 grama
  • Sódio: 190 mg
  • Iodo: 25 mcg
  • Potássio: 267 mg

Fontes: Glaucia Pastore, doutora em ciência dos alimentos, professora titular da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (FEA/UNICAMP) e Aline Romio Eiras, nutricionista do Hospital Assunção, da Rede D'Or São Luiz.

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Porque o sal marinho e mais saudável?

O sal marinho é mais saudável por duas razões: não passa por refinamento e contém menos sódio. O sal refinado passa por um longo processo químico de aquecimento e refinamento, que faz com que ele perca quase todo o seu valor nutricional e tenha que receber uma série de aditivos, como o iodo.

Qual a diferença entre o sal normal e o sal marinho?

A principal diferença entre os tipos de sal marinho (eles podem ser moídos, grossos ou em parrilla) e o sal refinado é que o primeiro não precisa ser iodado artificialmente, tem uma quantidade de sódio menor (por volta de 30% do peso total) e alguns nutrientes, como magnésio, sulfato, cálcio e potássio.

Quais são os benefícios do sal marinho?

Principais Benefícios Os benefícios do sal marinho são fornecer minerais importantes para o organismo, como o iodo, combatendo assim doenças, como o bócio ou problemas na tireoide. Outro benefícios importante do sal é regular a distribuição da água no organismo e a pressão sanguínea.

Pode cozinhar com sal marinho?

Benefícios e usos Muitos consideram o sal marinho como mais saudável que o refinado, pois não passa pelo processo de refinamento. Além do uso culinário, ele pode ser adicionado em esfoliantes, sais de banho, bebidas e inúmeros outros produtos.