Quais são os principais impactos ambientais causados pelo ser humano que afetam o Pantanal?

Problemas Ambientais em biomas brasileiros

            Os impactos ambientais estão presentes atualmente em todo lugar, de norte a sul, de leste a oeste, onde haja ação humana esta havendo degradação, por menor que ela seja, ela existe, até mesmo nas áreas que não esteja acontecendo tal atividade, pode ser percebido alteração no estado original do ecossistema.

            No Brasil possuímos grandes Biomas, estes são os mais diversificados do mundo, tanto em fauna quanto em flora e, por isso é mais afetado pela tal ação humana, estamos falando principalmente da Amazônia, Mata Atlântica (quer dizer o que resta dela) e o Pantanal.

           Vamos comentar um pouco sobre o pantanal

           Um bioma extremamente importante para o planeta, mas que nem sempre é voltado para avaliação de impactos que ocorrem sobre si, é considerado pela UNESCO  Patrimônio Natural Mundial e Reserva da biosfera, localiza – se no sul do estado do Mato Grosso, noroeste do Mato Grosso do Sul, norte do país vizinho Paraguai e leste da Bolívia, a parte conhecida como Chaco boliviano, possui 250 mil km 2 de extensão, é constituído por savana estépica, com mais ou menos 100 m de altitude.

             O pantanal pode ser chamado de mar interior , devido a variedade de animais aquáticos, e alguns deles podem ser encontrados na água o mar.É resultado da separação do oceano há milhões de anos.

            Algumas das espécies animais que podemos citar são:

            Há mais de 650 espécies de aves; 1100 espécies de borboletas; 80 espécies de mamíferos (Onça–pintada, capivara, veado campeiro, lobo-guará, macaco prego, bugio, tamanduá, cachorro-do-mato, anta, bicho-preguiça, suçuarana, quati, tatu e muitos outros), 263 espécies de peixes (pintado, dourado, pacu)  e uma infinidade de répteis, (jacarés, cobras, sapos, rãs). Inclusive muitas destas espécies, principalmente a capivara e o jacaré no restante do país não se encontra facilmente, estão ameaçados de extinção, no entanto no pantanal estão presentes em grandes populações.

            O clima no verão na maior parte do tempo é úmido, no inverno também ainda existe umidade no ar, devido ao processo de evapotranspiração.

            A inundação acontece por a área ser plana, muitas vezes as águas da cabeceira do rio Paraguai podem demorar quatro meses para atravessar todo o pantanal, o terreno não existe muitas montanhas, serras ou vales profundos.

            Nesta época os habitantes da região, as chamadas corrutelas, só podem sair de casa a barco, no lombo de animais (cavalo e jumento) ou ate mesmo só de avião, pois as estradas e rodovias se tornam verdadeiros rios.

            Por causa da alternância do  período chuvoso para o período seco, o tamanho correto do pantanal não dá pra se saber, ele pode ter um tamanho na cheia e um tamanho na seca, isso transforma totalmente sua paisagem, os rios mudam seu curso d’água todo ano, assim tudo também que está em volta é afetado.

            As atenções se voltam atualmente para a Amazônia, logicamente pela sua importância, e pela sua degradação, desmatamento,  muitos dizem que possui a maior biodiversidade do mundo, porém a quem considere o pantanal como a maior diversidade, ate mesmo a mata atlântica, apesar de hoje estar destruída.

            A sua vegetação é um mosaico, na linguagem popular “tem de tudo um pouco”.

Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Chaco. Suas principais árvores e mais encontradas são: o angico, o Ipê, Aroeira, Palmeiras, Imbaúba, Orquídeas, Figueiras, etc.

            A vegetação aquática parece explicar bem o que é o pantanal, as áreas alagadas são cobertas por batume, plantas que flutuam: Aguapé e salvinia, são carregadas pelas águas e formam verdadeiras ilhas, os chamados Camalotes.

            Está diversidade se dá por que a matéria orgânica depois da cheia fica retida nas encostas, nas margens, por isso seu desenvolvimento.

            Já vimos um pouco sobre o que é o pantanal, vamos observar agora os impactos ambientais que ele sofre.

            Na década de 60 o governo decidiu desenvolver a região centro-oeste, através de projetos agropecuários, isso causou degradação e até hoje traz conseqüências. A EMBRAPA é a instituição destinada a pesquisas no local, além da pecuária trabalham em recursos vegetais, pesqueiros, faunisticos, hídricos, climatológicos, solos, dados sócio-econômicos e outros.Nos últimos tempos se percebeu o crescimento do eco turismo, (turismo sustentável).

           Os problemas atuais mais freqüentes no pantanal são:

• O desequilíbrio ecológico, provocado pela criação de gado, como conseqüência disso;
• O desmatamento, por que o pecuarista precisa de espaço para criar seu gado, (pastagem);
• Produção de carvão, através das árvores nativas;
• A pesca e a caça predatória;
• O garimpo de ouro e pedras preciosas, que gera erosão, assoreamento e contaminação das águas dos rios (Paraguai e São Lourenço);
• O turismo descontrolado que produz o lixo e ameaça a tranqüilidade dos animais.

      Em Corumbá, a mineração e a siderúrgica, são importantes geradoras de emprego renda, aí esta a grande discussão. “Preserva ou degrada o pantanal.”

      Segundo a EMBRAPA, 116 pequenas hidrelétricas (PCHs ) estão para ser instaladas no pantanal, este empreendimento ameaça a pesca e o turismo pesqueiro.As barragens impedem que os peixes subam no rio na piracema, com isso não desovam, portanto, não se reproduzem.

      A indústria civil, por exemplo, no Brasil está a todo vapor, neste setor uma parte do material usado é a madeira, principalmente aquelas mais resistentes.  A maioria dessas madeiras são do mato grosso, podendo ou não ser de região pantaneira, o fato é que, se considerarmos por estatística a quantidade que uma cidade em desenvolvimento usa em madeira, será que a quantidade de recurso vegetal é proporcional a quantidade retirada, isto se falando em retirada legalmente, manejo florestal.

      Vamos avaliar de forma simplificada o processo. A árvore é cortada, levada ate serrarias, ilegais ou não, elas fazem todo o processo de prepararação e carregam nos caminhões que irão distribuir por todo o país. O produto chega a uma revendedora da região para ser vendida, será que nesta correria do mundo atual, as pessoas que estão construindo, o vendedor de madeira e os que ganham a vida através deste produto estão preocupadas com a origem da madeira? Nós fazemos parte do ciclo, usando o produto final, mas estamos de mãos atadas para corromper tais ações humanas citadas anteriormente, a alternativa viável seria nós consumidores procurar saber a origem do produto, mas será que o dono da madeireira daqui da região vai saber dizer se existe certificação, por que a madeira passa na mão de tantos que se torna fácil realizar alteração na documentação.

      A fiscalização deve partir lá na origem do produto, isso através de uma boa política de desenvolvimento sustentável. Somente através disso podemos falar do pantanal  as mesmas palavras do inicio do texto daqui a alguns anos, por que caso contrario tudo se tornara apenas textos e imagens, mas sem algo físico e concreto.

“As ações humanas citadas, nós cidadãos comuns, não temos o controle, mas nós técnicos em meio ambiente, com certeza podemos fazer algo a mais”.

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