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Por: Michelly Furtado
O momento de leitura e escrita é tão esperado por todos, não é mesmo?
As crianças criam expectativa, os familiares esperam ansiosamente por esse momento, e nós, educadores, sabemos que este momento é um marco na vida de todos. E, mesmo conhecendo o processo que isso envolve, nos deparamos com os anseios que geramos em nós mesmos.
Bom, isso são funções complexas, que se complementam, mas que não se fundem, ou seja, são dependentes umas das outras, mas, cada uma delas com suas características únicas e determinantes.
Para Magda Soares, professora emérita e pesquisadora, as explicações são definidas da seguinte maneira:
“Alfabetização é tomar o indivíduo capaz de ler e escrever. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita, por um indivíduo ou grupo de indivíduos. É o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever. Ou seja: o domínio da tecnologia, técnicas para exercer a arte e ciência da escrita.
Letramento: parece que a palavra letramento apareceu pela primeira vez no livro de Mary Kato: No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística, de 1986. Letramento é o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita. É usar a leitura e a escrita para seguir instruções (receitas, bula de remédio, manuais de jogo), apoiar à memória (lista), comunicar-se (recado, bilhete, telegrama), divertir e emocionar-se (conto, fábula, lenda), informar (notícia), orientar-se no mundo (o Atlas) e nas ruas (os sinais de trânsito)”.
Analisando essas colocações de Magda Soares, percebemos que aqui, no Berçário e Escola Jardim da Infância, exploramos as habilidades necessárias para que a alfabetização e o letramento ocorram de maneira divertida.
Antes mesmo de traçar as letras e formar palavras, algumas habilidades precisam ser aprimoradas, tais como coordenação motora fina, lateralidade, oralidade, coordenação motora ampla, ritmo e concentração.
Nas aulas de circo com o professor Rodrigo Seden, as crianças exploram de uma maneira divertida a concentração, o equilíbrio e a autonomia. Quando chegar o momento de escrita de um texto, por exemplo, o que leva as crianças a dominarem tais habilidades, exploradas nas aulas de circo, o processo de aquisição da leitura e escrita, será de maneira natural para os alunos, pois, a assimilação e acomodação das habilidades desenvolvidas, ocorreu com significado para as crianças.
MúsicaAo apresentar a música da Dona Aranha, aos alunos do jardim I, eu transcrevo a música, assim, aos poucos, as crianças vão compreendendo que o que se fala, conseguimos escrever, e que fala, pensamento e escrita, não estão distantes umas das outras.
Esse momento do conhecimento da escrita é o ponto inicial para a aprendizagem, e a partir desta primeira atividade, junto com os alunos, construímos novas tarefas, e as crianças, como protagonistas do saber, têm a liberdade em sugerir atividades e dentro de uma organização traçamos os passos seguintes.
Em outra atividade de apresentação da vogal A, por exemplo, após a apresentação da música, as crianças construíram uma teia de aranha, utilizando pratos descartáveis e barbante, ficou uma graça!
Mas, e a aranha? Utilizando as mãozinhas, cada uma das crianças criou sua aranha fazendo assim uma atividade de arte, explorando o um dos sentidos: o tato.
Depois da atividade de arte pronta fizemos uma exposição, e ficou linda!
Como já escrito anteriormente, o processo de escrita envolve muitas habilidades e uma destas é a coordenação motora fina. Neste caso, os alunos do berçário e escola Jardim da Infância, tiveram um momento especial, uma corrida de aranhas… Uma aranha de papel cartão amarrada em um barbante , deveria chegar até o participante, mas para isso, o mesmo só poderia enrolar o barbante no palito de sorvete, fazendo movimentos de pinça. Foi muito legal!
Sabendo que todo esse processo não se constrói sozinho, a Tia Marielli Furtado, responsável pela turma de recreação no contra turno da escola, desenvolve com os alunos uma atividade muito interessante. Ao tocar na criança, esta se organiza de olhos vendados para realizar o percurso, traçado no chão.
A brincadeira seguia da seguinte maneira: ao tocar na cabeça da criança, essa daria um passo para frente, ao tocar no ombro direito, a criança deveria dar um passo para a direita e, ao receber o toque no ombro esquerdo um passo para esquerda.
Uma brincadeira, realizada com recursos simples, mas com grande potencialidade no desenvolvimento da criança, em processo de aprendizagem de traços de letras e números.
Ao finalizar a atividade, a professora Marieli solicitou que as crianças representassem o momento vivido em desenhos, o impressionante é como no desenho se percebe a organização cerebral da criança, não há confusão no desenho, o que nos faz perceber o quanto ele já esta pronto para iniciar o processo de alfabetização.
Com isso, nós educadores do Jardim da Infância estamos alinhados e buscando juntos o melhor aos nossos alunos!