Show No mês de janeiro, o Espírito Santo foi assolado com fortes chuvas que ocasionaram graves consequências do ponto de vista humano e material, principalmente nos municípios de Iconha, Alfredo Chaves, Vargem Alta e Rio Novo do Sul. Sendo que o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública nesses quatros municípios. Sempre que nos deparamos com algum desastre natural, a sociedade ferida e indignada questiona com as seguintes perguntas: o que poderia ter sido feito para evitar essa tragédia? O que podemos fazer para que tal fato não ocorra mais? Segundo a ONU, o Brasil aparece entre os 15 países do globo com a maior população exposta ao risco de inundação. A informação é de um relatório documentando catástrofes naturais das últimas duas décadas na América Latina e Caribe. Veja tambémUm estudo realizado pelo Banco Mundial e o Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres, vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), revela que o Brasil perdeu R$ 182,8 bilhões com desastres naturais entre 1995 e 2014. Isso significa que secas, inundações, vendavais e outros desastres custaram ao país cerca de R$ 800 milhões mensais. E pelo visto esses valores absurdos continuam literalmente sendo jogados pelo ralo. SEM PERIGOS NATURAIS EXTREMOSNa realidade, temos no Brasil uma falsa sensação de segurança pelo fato de não estarmos expostos a perigos naturais extremos (terremotos, tsunami, vulcões e furacões). Segundo Rafael Schadeck, consultor do Banco Mundial e pesquisador da UFSC, os desastres naturais mais comuns no Brasil são aqueles do grupo climatológico relacionados à estiagem. Eles representam 48% dos registros e ocorrem com maior frequência nas regiões Nordeste e Sul do país. Em segundo lugar, vem o grupo hidrológico, que são os desastres relacionados ao excesso de chuvas. E eles ocorrem com maior frequência na Região Sudeste do país, representando 39% da pesquisa. Também são levados em conta geadas, vendavais e outros eventos menores. Veja tambémNão temos nenhum furacão Katrina nem tão pouco tsunamis, porém temos outros sérios problemas, tais como um controle urbano muito ineficiente e desordenado, uma ocupação humana inadequada e implantada nas margens de córregos e rios ou em encostas desprotegidas que ocasionam tragédias que cada vez mais se tornam numa nefasta rotina. Tudo isso associado a um péssimo planejamento governamental. Outros fatores relevantes estão relacionados ao desmatamento da mata ciliar e falta de consciência ambiental da nossa sociedade com o descarte indiscriminado de lixo nas ruas e nos rios ocasionando entupimento das redes pluviais e de esgoto. REDUÇÃO DE DANOSO UNISDR (Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres) tem como missão contribuir para a construção de comunidades resilientes a desastres por meio da promoção de uma maior sensibilização sobre a importância de incluir a gestão integrada do risco de desastres como um componente central do desenvolvimento sustentável, reduzindo as perdas humanas, sociais, econômicas e ambientais causadas por desastres socioambientais. De acordo com a UNISDR, várias ações podem ser planejadas e implementadas com a participação de governo e sociedade civil, algumas são simples, outras são mais estruturantes. Veja tambémOs dez pontos essenciais da campanha incluem a participação de grupos de cidadãos e da sociedade civil, a construção de alianças locais, a garantia de que todos os departamentos compreendem o seu papel para a redução do risco de desastres e que a informação e os planos estejam disponíveis para o público. Outras medidas a serem tomadas são o investimento em infraestrutura crítica, tais como drenagem de enchentes, melhoria da segurança escolar e centros de saúde, reforço de edifícios e regulamentos de uso do solo, fornecimento de treinamento para a redução do risco de desastres nas escolas e nas comunidades locais, proteção dos ecossistemas e instalação de sistemas de alerta precoce e de capacidades de gestão de emergência. A natureza é justa e perfeita, porém os homens precisam entendê-la e respeitá-la. Este vídeo pode te interessarO autor é geólogo e mestre em Hidrogeologia e consultor do Instituto Brasileiro do Mar-IBRAMAR Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem. Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta. Quais são os principais desastres no Brasil?6 maiores desastres ambientais do Brasil. Incêndio na Vila Socó (São Paulo, 1984) ... . Contaminação de Césio 137 (Goiás, 1987) ... . Vazamento de óleo na Baía de Guanabara (Rio de Janeiro, 2000) ... . Vazamento da barragem em Cataguases (Minas Gerais, 2003) ... . Deslizamentos na região serrana do Rio (Rio de Janeiro, 2011). Qual o desastre mais frequente no Brasil?No Brasil, os desastres mais frequentes são as enchentes e as queimadas. As enchentes são causadas pelas mudanças climáticas, mas são agravadas por problemas causados pelo homem, como exemplo: a falta de planejamento das cidades.
Quais são os principais desastres?Maiores desastres ambientais do mundo. Bomba de Hiroshima e Nagasaki (Japão, em 1945) ... . Explosão de Chernobyl (Ucrânia, em 1986) ... . Fukushima (Japão, em 2011) ... . Acidente radioativo em Goiânia (1987) ... . Rompimento da barragem em Mariana (2015). |