Quais são as principais etapas para a elaboração de um mapa de risco?

Se você atua no ramo corporativo, principalmente em segurança do trabalho, tem conhecimento da importância do mapa de risco — uma ferramenta capaz de prevenir os colaboradores sobre o ambiente laboral e circunstâncias para o desempenho seguro de suas atividades.

Situações adversas e perigosas são encontradas em tarefas envolvendo altura, espaços confinados, obras, instalações elétricas e uso de produtos químicos, entre outras, demandando atenção especial.

Quer saber como esse importante recurso pode evitar acidentes de trabalho e proteger seus funcionários? Siga na leitura para conferir as principais informações sobre a ferramenta.

Disposições sobre o mapa de risco

Tal documento tem elaboração prevista entre as atribuições da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na alínea “a” do item 5.16 da Norma Regulamentadora 05. O cuidado não é mera imposição legal, mas extremamente útil à proteção da vida, promoção da saúde e do bem-estar dos colaboradores. 

Vale ressaltar que o fato de não ser obrigatório às empresas com menos de 20 funcionários, onde a CIPA não tem obrigação legal de ser instituída, não diminui sua importância, pois prevenir acidentes laborais deve ser prioridade de toda e qualquer companhia.

Casos práticos

Pense, por exemplo, em uma equipe de obreiros: eles trabalham em terrenos com solos distintos (arenosos, argilosos), requerendo fundações diferentes (diretas, em estacas ou tipo raiz) e construções com detalhes específicos, conforme a configuração do projeto.

O mapa de risco é essencial na análise não somente dos perigos da atividade desenvolvida — nesse caso, obras — mas também a cada empreitada iniciada, acompanhando a mudança de planta e demais detalhes.

Podemos citar a construção de um edifício de 20 andares e de um sobrado: embora ambos envolvam trabalho em altura, os riscos do serviço diferem entre eles. Distinções também são encontradas quando comparamos a instalação elétrica de uma residência à de um prédio com salas comerciais.

Destacar as circunstâncias de desempenho das tarefas e os perigos do ambiente laboral caso a caso é imprescindível na promoção da saúde ocupacional (importância ressaltada mais adiante). A metodologia laboral muda conforme as situações, sendo a análise prévia realizada pelo mapa de risco fundamental na prevenção dos acidentes.

Como elaborar o documento

Dadas as devidas informações sobre a ferramenta em questão, é hora de conferir um tutorial útil à sua elaboração. Em regra, ela é desenvolvida por técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, porém cada vez mais equipes multidisciplinares estão envolvidas, contando com médicos e especialistas no assunto (eletricistas, engenheiros civis ou mecânicos, conforme a atividade realizada).

As orientações repassadas na sequência são gerais, carecendo de adaptação conforme o serviço prestado e, especificamente, o projeto elaborado. Acompanhe as instruções e aprenda a promover a proteção dos colaboradores de sua empresa.

1. Reunião de informações

O importante, aqui, é conhecer o ambiente de trabalho, exigências da atividade ou missão a ser desenvolvida, operações, metodologia laboral normalmente adotada e procedimentos de praxe aos quais os funcionários estão habituados.

A etapa pode ser aproveitada para alinhar estratégias entre gestores e subordinados na execução das tarefas. Os perigos devem ser levantados nessa fase, sem a necessidade imediata de avaliar suas proporções — atitude que pode ser tomada com base nos CATs já emitidos, experiência e queixas dos trabalhadores.

Analise os dados no sistema da empresa e busque informações em seu segmento de atuação. Se a intenção for fazer um mapa de risco de uma indústria metalúrgica, por exemplo, considere o número de funcionários em cada área, sexo, média de altura e idade.

Além disso, avalie os materiais de trabalho, ferramentas e instrumentos utilizados, movimentos realizados na execução dos serviços, mobilidade requerida para tanto e se o ambiente está sujeito a condições adversas, como frio ou calor extremo.

2. Elaboração do diagnóstico

Levantadas as circunstâncias e situações adversas, metodologia laboral e demais informações, o mapa de risco segue para a etapa de identificação e medição dos perigos elencados. A classificação deve ser feita nas seguintes categorias:

  • riscos físicos: vibração, radiação (ionizante ou não), frio, calor, pressão anormal e umidade;
  • riscos químicos: produtos químicos, gases, neblina, vapores, fumo e poeira;
  • riscos biológicos: sangue, fungos, bactérias, vírus e parasitas;
  • riscos ergonômicos: trabalho noturno, jornadas prolongadas, esforço físico intenso, movimentos repetitivos e levantamento de peso;
  • riscos de acidentes: iluminação imprópria, arranjo físico desfuncional, armazenamento inadequado, EPIs velhos e desgastados, maquinário sem proteção e piso escorregadio.

O diagnóstico deve não apenas suscitar os problemas, mas também trazer as resoluções, indicando detalhadamente o processo de trabalho mais adequado àquele projeto ou atividade e estabelecendo medidas preventivas.

Setas, cores e círculos (proporcionalmente maiores, conforme o grau do risco indicado) são recursos visuais úteis na etapa em questão, ressaltando os lugares de alta periculosidade.

3. Divulgação do documento

O mapa pode ser feito utilizando softwares que possibilitam a execução de projetos, figuras, formas, entre outras, sendo imprescindível ter linguagem clara, objetiva e ser de fácil assimilação aos olhos dos colaboradores. Se a ferramenta servir a um projeto, como trabalho em espaço confinado, deixe-a visível, à disposição dos funcionários para consulta. 

Caso ele se refira às instalações de uma indústria metalúrgica, por exemplo, certifique-se de expor o documento em todos os setores analisados. Ainda, forneça repetida e continuamente informações gerais sobre condutas de prevenção a acidentes laborais nos treinamentos da equipe.

Importância do mapa de risco

A elaboração de tal documento não deve ser concebida como um ônus, mas como uma oportunidade de fortalecer a cultura preventiva da organização para possíveis acidentes laborais. Eventos dessa categoria ensejam sanções como multas e interdições por parte dos órgãos fiscalizadores, gerando reflexos negativos à empresa.

Além disso, os gastos com reclamatórias trabalhistas, afastamentos, licenças médicas e substituição do acidentado podem ser exorbitantes, prejudicando a saúde financeira da empresa. Não é só isso: o mercado está de olho em boas práticas, tanto o público-alvo quanto seus concorrentes e possíveis parceiros comerciais.

Essa importante ferramenta de controle de perigos ainda integra diferentes setores na promoção da saúde e bem-estar do empregado, colocando sob o mesmo propósito áreas estratégicas, táticas e operacionais, departamentos jurídicos, TI, RH e especialistas de hierarquias distintas — do chão de fábrica até os diretores.

O mapa de risco é recurso útil a toda empresa que busca se consolidar no mercado, atrair bons profissionais, ter saúde financeira e estabilidade para expandir seu domínio no segmento em que atua. Atente-se à segurança de seus colaboradores!

Falando nisso, entenda mais sobre riscos ocupacionais no trabalho neste post especial que fizemos para você!

Quais são as etapas de elaboraçao do mapa de risco?

39) destaca algumas etapas:.
Conhecer o processo de trabalho do local que está sendo analisado..
Identificar os riscos existentes neste local..
Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia..
Identificar os indicadores de saúde (queixas mais frequentes, acidentes de trabalho, doenças profissionais, etc.)..

Qual seria o primeiro passo para elaboração do mapa de risco?

1 – O primeiro passo é conhecer detalhadamente o que a empresa fabrica, entrega, comercializa, ou seja, qual é a atividade da empresa. 2 – Levantar os perigos existentes em casa setor de trabalho da empresa. Esse levantamento é qualitativo, ou seja, não envolve medições dos agentes de risco ambientais.

Quais os principais objetivos na elaboração de um mapa de risco?

O mapa de risco tem como objetivo informar, de maneira gráfica, os riscos existentes em um local de trabalho. Por ser de fácil visualização, é uma ferramenta fundamental para conscientizar trabalhadores e assim evitar acidentes.

O que é mapa de risco como deve ser elaborado?

O mapa de risco é uma representação visual de todos os riscos aos quais os colaboradores de uma empresa estão sujeitos ao utilizar espaços, equipamentos, suprimentos e realizar tarefas. Esse mapa é de extrema importância para o bom funcionamento da empresa no que diz respeito à saúde ocupacional.