Maio 3, 2007 por pedrotildes
Conforme tinha combinado com o 7º B este “post” é para aprofundar o estudo das florestas equatoriais e tropicais. Em primeiro lugar podem dar uma olhadela num ficheiro pdf da Universidade de Évora que tem uma síntese muito completa sobre as Florestas Equatoriais. Esse ficheiro pode ser descarregado AQUI!!!!
Vegetação das florestas equatoriais e tropicais
Segundo a FAO (Organização de Alimentação e Agricultura da ONU), as florestas densas (tropicais e equatoriais) cobrem aproximadamente 3 bilhões de hectares da Terra e as florestas abertas (savanas e cerrados) ocupam 1,3 bilhão de hectares. São florestas luxuriantes, muito densas, com árvores de grande porte, cujas folhas são de grandes dimensões e muito carnudas.
TIPOS DE VEGETAÇÃO
A variedade de vegetação acontece em função das diferenças de altitude, latitude, pressão atmosférica, iluminação e actuação das massas de ar.
Florestas equatoriais– Ocorrem nas baixas latitudes, compreendendo a Amazónia, parte centro-ocidental da África e sudeste asiático. Como estão em áreas quentes e húmidas, possuem folhas largas (latifoliadas) e sempre verdes (perenes). As árvores podem ter até 60 metros (castanheira). Apresentam grande variedade de espécies (floresta heterogénea). Os solos em geral são pobres. São conhecidas como autofágicas (que se alimentam de si mesmas) em função da grande quantidade de húmus proveniente das folhas, galhos e troncos.
Florestas tropicais – Em comparação às florestas equatoriais, as tropicais possuem menor diversidade de espécies vegetais, árvores de menor porte e, claro, espécies diferentes. As florestas tropicais localizam-se na faixa litoral intertropical.
Savanas – Aparecem na faixa intertropical em locais onde ocorre uma estação seca, impedindo o aparecimento de florestas. São formações vegetais encontradas no centro-oeste brasileiro, larga faixa do centro da África, litoral da Índia e norte da Austrália. Têm plantas rasteiras (herbáceas), intercaladas por árvores de pequeno porte. No período de seca, as folhas caem para evitar a evaporação. No Brasil são designadas por cerrado e na África, porsavana. Fonte: //www.geocities.com/toptekbr/dados/vegetacao.htm (adaptado agora para Português de Pottugal)
PTG
Publicado em Formações Vegetais | 72 comentários
Mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais (UFAC, 2015)
Graduada em Ciências Biológicas (UFAC, 2011)
As Florestas Equatoriais se desenvolvem próximo à linha do Equador. São encontradas na América do Sul, sudeste da Ásia e na África. A Floresta Amazônica na América do Sul e a Floresta do Congo na África são as principais Florestas Equatoriais. Nessas regiões as temperaturas são elevadas e as chuvas abundantes durante o ano inteiro, mantendo a floresta bastante úmida.
Floresta equatorial. Foto: Pablo Hidalgo / Shutterstock.com
Essas características permitem o desenvolvimento de uma vegetação densa com uma elevada riqueza de espécies vegetais. As árvores são em sua maioria de grande porte, atingindo facilmente 30 a 40 metros de altura, podendo ocorrer espécies ainda maiores. Esse estrato superior não é compacto, consistindo em árvores emergentes dispersas que se elevam acima de um estrato compacto formado árvores que possuem entre 20 a 30 metros de altura. O dossel fechado impede a penetração de luz, por isso abaixo dele encontram-se árvores pequenas. Quando alguma clareira se abre, essas árvores menores podem chegar a ocupar os estratos superiores da floresta, pois respondem rapidamente ao estímulo luminoso. No sub-bosque encontram-se arbustos e um estrato herbáceo pouco desenvolvido composto por ervas.
As folhas são grandes e largas, permitindo uma maior absorção de luz solar e consequentemente aumentando as taxas de fotossíntese. É comum a presença de lianas e epífitas. As lianas utilizam os troncos das árvores como suporte para seus caules flexíveis e crescem rapidamente, sendo muito comuns em clareiras. As epífitas germinam diretamente sobre os ramos mais altos das árvores e absorvem a água das chuvas.
No solo acumula-se a serapilheira, uma camada formada por folhas em mistura com frutos, flores, galhos, etc. A serapilheira é um importante compartimento da floresta, sendo fundamental para a ciclagem de nutrientes. Devido à forte lixiviação (escoamento dos minerais dissolvidos pela chuva), os solos são pobres em nutrientes. Porém, há um elevado número de organismos decompositores que são responsáveis pela rápida decomposição da matéria orgânica, garantindo uma acelerada ciclagem dos nutrientes. Os nutrientes são absorvidos pelos vegetais antes que ocorra a lixiviação.
As florestas equatoriais abrigam uma fauna bastante rica. Na Amazônia alguns grupos são extremamente diversificados, como as aves, primatas e borboletas. Botos, onças, capivaras, bichos-preguiça, serpentes e sapos são alguns dos animais encontrados. Na Floresta do Congo destacam-se os gorilas e chimpanzés. Na Ásia encontram-se os tigres e leopardos.
Grandes áreas das florestas equatoriais já desapareceram, pois foram transformadas em pastagens, áreas de cultivo agrícola, etc. Devido à baixa fertilidade, as áreas queimadas para uso da agricultura são rapidamente esgotadas e abandonadas. Quando desmatada, a floresta se transforma em uma massa de pequenos arbustos interligados por trepadeiras e samambaias.
Referências
Christopherson, R. W. Geossistemas. Uma
introdução à geografia física. 7. ed. Porto Alegre:Bookman, 2012.
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/biomas/florestas-equatoriais/