Quais são as atividades realizadas em sala de aula que são difíceis para crianças com disgrafia?

Quais são as atividades realizadas em sala de aula que são difíceis para crianças com disgrafia?

A disgrafia é um problema psicomotor, a qual consiste em uma dificuldade na coordenação motora dos músculos das mãos e braços. Trazendo como consequência um enorme déficit na fluência da escrita.

Crianças que sofrem com a disgrafia, apresentam grandes dificuldades em atividades que exijam o manejo das mãos. Como realizar cópias, ditados, pinturas e desenhos. E sua escrita é de difícil compreensão.

Muitas vezes a disgrafia é confundida com a dislexia, mas é válido lembrar que são transtornos de aprendizagem diferentes e que não necessariamente a pessoa que sofra de disgrafia também vai apresentar o quadro de dislexia. 

Sinais e sintomas da disgrafia

A pessoa com disgrafia têm o desenvolvimento intelectual normal, porém na hora de produzir a escrita não consegue fazer de modo aceitável (uma vez que a escrita tem como objetivo a comunicação com o outro e se ela não for bem compreendida essa comunicação será prejudicada). E  Identificar os sinais de que algo não está certo é importante para procurar a ajuda necessária o mais cedo possível.

  • Problemas de caligrafia.
  • Excesso de força no lápis ou na caneta ao escrever.
  • Troca de letras semelhantes.
  • Acréscimo ou omissão de letras.
  • Inversão da ordem das sílabas.
  • Uso inadequado de separação de sílabas.
  • Dificuldade para realizar cópias.
  • Escrita irregular no formato (pode começar escrevendo em letra bastão e terminar escrevendo em letra cursiva).
  • Desorganização na folha (começa em uma linha e termina em outra).
  • Dificuldade para segurar o lápis de forma correta.

Tratando a disgrafia

Para tratar de forma adequada a disgrafia, primeiro é necessário entender que o controle corporal do tronco, uma boa noção de tempo e espaço e uma coordenação motora fina, são precedentes importantes para o preparo da escrita. Então antes de exigir que a criança tenha uma letra cursiva toda redondinha, certifique se que você está garantindo que ela tenha um bom desenvolvimento motor global.

O tratamento da disgrafia consiste em três partes: 

Desenvolvimento psicomotor: Onde o profissional (psicopedagogo, fonoaudiólogo e quando necessário, psicomotricista) vai trabalhar os aspectos motores da criança. Como por exemplo: equilíbrio, postura corporal, coordenação viso-motora, percepção do tempo e espaço.

Desenvolvimento motor da escrita: Para trabalhar o controle motor fino, e ensinar a criança o movimento correto de segurar o lápis, o tanto de força que deve ser empenhada no papel, movimento da mão para formar as letras e palavra.

Desenvolvimento específico da grafia: Finalmente, corrigir o tamanho da letra, o respeito das margens,os erros gramaticais e a fluência da escrita.

É indicado que o processo de intervenção terapêutica seja iniciado o mais cedo possível, e o comprometimento entre terapeuta, escola e família estejam alinhados para o melhor desenvolvimento possível da correção da escrita da criança com disgrafia.

Written by Erika Laranjeira

Olá! Me chamo Erika, nasci na cidade de São Paulo, onde vivi a maior parte de minha vida. Me formei em Fonoaudiologia em 2012 pela Universidade Guarulhos, e, posteriormente, me especializei em Linguagem e Aprendizagem. Sou apaixonada por viagens e livros. Atualmente resido na capital desse nosso país lindo, Brasília, mas minha casa é o mundo!

A disgrafia é um transtorno de aprendizagem que causa problemas na hora de escrever. É um distúrbio neurológico que pode afetar crianças ou adultos. A principal característica é uma caligrafia ilegível, ou seja, fica bastante difícil de ler o que a pessoa escreveu.

Além disso, é comum que a pessoa demore muito tempo para finalizar uma tarefa escolar e tenha que fazer muito esforço para escrever de maneira organizada. A disgrafia pode aparecer como uma dificuldade com a ortografia, caligrafia e problemas para colocar pensamentos no papel.

O cérebro da pessoa com disgrafia tem dificuldade para processar palavras e escrever. Vale ressaltar que não é falta de inteligência ou que a pessoa não saiba ler, soletrar ou identificar letras e palavras.

O que causa a disgrafia 

Escrever é um processo complexo. A escrita envolve memória, coordenação motora, pensar em palavras e nos seus significados. Por isso, é preciso avaliar com muita calma se realmente a criança apresenta o transtorno de aprendizagem ou se é apenas uma dificuldade comum e passageira.

Sabe-se que se a disgrafia aparece na infância e geralmente é o resultado de um problema com a codificação ortográfica. As causas são desconhecidas, mas a disgrafia em adultos geralmente ocorre após algum trauma.

Esse transtorno de aprendizagem geralmente acontece com mais frequência quando há algum membro da família com disgrafia. Também há pesquisas que relacionam a disgrafia com o desenvolvimento pré-natal e crianças que nascem antes da hora. Em muitos casos, a disgrafia está associada a um problema psicomotor.

Disgrafia e outros transtornos de aprendizagem

As crianças com esse transtorno podem ter outras dificuldades de aprendizado, mas geralmente não há problemas de habilidades sociais. É comum que quem tenha o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) também apresente disgrafia. Isso ocorre porque a atenção está intimamente ligada às habilidades de escrita e leitura.

Outros transtornos de aprendizagem associados à disgrafia incluem dislexia, pois apresentam dificuldade de  colocar as palavras na ordem correta em uma frase e dificuldade para lembrar as palavras.

Alguns sintomas e características da disgrafia

Apesar de ser raro, as pessoas com disgrafia sentem dor enquanto escrevem. Também é comum que ocorra uma mistura de letras maiúsculas e minúsculas, tamanhos e formas irregulares e letras inacabadas. Veja outros sinais abaixo:

– ortografia e letras maiúsculas incorretas;

– dimensionamento e espaçamento inadequado de letras;

– dificuldade em copiar palavras;

– escrita lenta;

– dificuldade em visualizar palavras antes de escrevê-las;

– posição incomum do corpo ou da mão ao escrever;

– apertam firme na caneta ou lápis;

– falam as palavras em voz alta enquanto escrevem;

– omitem letras e palavras de frases.

Diagnóstico e tratamento da disgrafia

O diagnóstico da disgrafia geralmente é realizado logo após a criança entrar na escola e apresentar dificuldades de aprendizado. Pode ser identificado por professores, psicólogos, pedagogos e neuropediatras .

As crianças podem fazer alguns exames como avaliação do quociente de inteligência e análise dos trabalhos escolares. O tratamento para disgrafia varia e pode incluir terapia para controlar os movimentos de escrita e ajudar na memória.

Para algumas pessoas com disgrafia, a terapia ocupacional e treinamento de habilidades motoras podem melhorar a capacidade de escrever. 

A terapia ocupacional fortalece o tônus ​​muscular, melhora a destreza e avalia a coordenação olho-mão. As crianças disgráficas também devem ser avaliadas quanto à ambidestria, que pode atrasar as habilidades motoras finas na primeira infância.

Mas, pode ser um desafio ao longo da vida. Os pais precisam do apoio dos professores e da escola para que a disgrafia não atrapalhe o desempenho escolar das crianças.

Podem ser necessárias algumas estratégias na sala de aula que podem ajudar no aprendizado. Entre elas, pode ser útil usar o computador nas tarefas, realizar exames orais, dar mais tempo para os testes, suportes de escrita que facilitem segurar um lápis, entre outras.

Também poderão ser realizados exercícios grafomotores para melhorara coordenação motora e o domínio das mãos para movimentar um lápis sobre o papel. E com a caligrafia o aluno com disgrafia treina a habilidade da escrita.

 Referências

https://dyslexiaida.org/understanding-dysgraphia/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4726782/

Quais atividades são difíceis para quem tem disgrafia?

O cérebro da pessoa com disgrafia tem dificuldade para processar palavras e escrever. Vale ressaltar que não é falta de inteligência ou que a pessoa não saiba ler, soletrar ou identificar letras e palavras.

Que atividades o professor pode realizar para ajudar as crianças com disgrafia?

7 Selecione quais destas atividades são importantes para ajudar crianças com disgrafia na legibilidade: Explicitar e treinar a melhor forma de segurar no lápis. Utilizar formas de ensino do alfabeto que explicitem a direção correta das letras. Reforçar a aprendizagem das letras com orientação espacial semelhante.

Como trabalhar a disgrafia em sala de aula?

Veja abaixo algumas técnicas que podem ser usadas no caso da disgrafia: – Exercícios grafomotores: eles são ideais para que o pequeno possa trabalhar, com o acompanhamento de um profissional, a coordenação motora e o domínio das mãos ao movimentar um lápis sobre o papel.

São difíceis para crianças com disgrafia?

Sintomas da disgrafia.
Dificuldade para escrever ou escrita marcada pela junção de letras maiúsculas e minúsculas;.
Escrever letras com formatos diferentes, muito juntas ou incompletas;.
Emprego de força ou pressão exageradas no momento da escrita;.
Caligrafia comprometida;.
Dificuldade em realizar cópias;.