Vários fatores contribuíram para as Grandes Navegações. Show O déficit em relação ao comércio com o Oriente O ocidente conseguia do Oriente açúcar, ouro, porcelanas, pedras preciosas, condimentos (pimenta, cravo), drogas medicinais (bálsamos, ungüentos), perfumes e óleos aromáticos. Essas mercadorias eram recolhidas no Oriente pelos árabes e trazidas por caravanas até as cidades italianas que serviam de intermediárias para a venda dos produtos na Europa. As monarquias nacionais européias precisavam quebrar esse monopólio e descobrir novos meios de contato com o Oriente. Aliança entre burguesia e os reis Para realizar as grandes viagens marítimas, era preciso navios, homens e armas. Esse tipo de empreendimento só seria possível com o apoio do Estado e o capital da burguesia. Como os reis teriam uma participação nos lucros, eles resolveram financiar a expansão marítima. Como conseqüência, os Estados Nacionais seriam fortalecidos facilitando a submissão da sociedade aos reis. Progresso técnico e cientifico Caravela (representou um avanço para a navegação da época), bússola, astrolábio, sextante. EXPANSÃO ULTRAMARINA PORTUGUESA Portugal foi o primeiro país europeu a se aventurar pelos mares e vários foram os fatores que contribuíram para esse fato:
Outros fatores como: posição geográfica favorável, conhecimentos náuticos, criação precoce de um estado nacional, ajudaram Portugal a ser o primeiro país a se lançar nas Grandes Navegações A conquista de Ceuta foi o marco inicial da expansão ultramarina portuguesa. A aventura portuguesa recebeu o nome de “Périplo Africano”, pois alcançou as Índias contornando a África no decorrer do século XV. À medida que descobriam novas regiões, criavam feitorias. Nelas, ficavam alguns homens encarregados de negociar com os nativos do local. Os portugueses queriam adquirir somente lucros. CRONOLOGIA
EXPANSÃO ULTRAMARINA ESPANHOLA Somente após 1 século de atraso em comparação a Portugal é que os espanhóis começaram a sua participação nas Grandes Navegações. CRONOLOGIA 1492 – Colombo descobre a América De 1492 ate 1504 – descobrimento das Antilhas, Panamá e da América do Sul 1504 – Américo Vespúcio afirmou que as terras descobertas por Colombo eram um novo continente. 1513 – Nunes Balboa confirmou essa hipótese, atravessando por terra a América Central chegando ao Oceano Pacífico. Em homenagem a Vespúcio, deu o nome de América ao novo continente. Entre 1519 e 1522 - Fernão de Magalhães iniciou a primeira viagem de circunavegação. Outros países também se aventuraram pelos mares: FRANÇA: Começou sua expansão ultramarina a partir de 1520. Os franceses exploraram a costa brasileira, saquearam o pau-brasil e tentaram, sem êxito, se estabelecer no Rio de Janeiro e no Maranhão. Também tomaram posse do Canadá e da Luisiana (sul dos EUA). INGLATERRA: Por causa da Guerra das Duas Rosas (1455 – 1485) a Inglaterra também começou tarde sua aventura pelos mares. HOLANDA: Os holandeses estabeleceram-se na Guiana, e em algumas ilhas do Caribe e na América do Norte onde fundaram Nova Amsterdã, que depois foi chamada de Nova Iorque. Promoveram, também, o tráfico de escravos negros. CONSEQUÊNCIAS DAS GRANDES NAVEGAÇÕES
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/grandes-navegacoes/ A expansão marítima europeia, ocorrida entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV. Após a dominação dos portugueses e espanhóis sobre a maioria dos povos europeus, um intenso processo de globalização teve início. A esse processo deu-se o nome de Expansão Marítima Europeia, tendo como principal característica a obtenção de riquezas, exploração de terras e a expansão territorial. Nesse sentido, várias embarcações de diferentes países saíram de encontro ao mar com o intuito de explorar e se aventurar em novos caminhos. Assim, os tripulantes enfrentaram perigos como tempestades, danificações nas embarcações, além de doenças, fome e sede. Além dos perigos reais que as embarcações enfrentavam, também tinham os medos irreais em relação a monstros, zona tórrida, a dimensão do planeta, o abismo. Todas essas ideias vinham, de certa, da igreja que era detentora da grande parte dos poderes políticos e ideológicos da época. Contexto histórico da expansão marítimaA Expansão Marítima Europeia ocorreu, mais precisamente, entre os séculos XV e XVII. Ao passo que o período anterior, ocorrido entre os séculos XIV e XV, caracterizou-se por uma crise impulsionada pela insatisfação popular para com as exigências da nobreza e clero, a burguesia viu nisso uma brecha para ascensão. Ademais, foi nesse momento em que possibilitou-se o contato comercial entre divergentes culturas. Só para ilustrar, a Europa iniciou um processo de exploração aprofundada na Ásia, África e América. Aliás, vale ressaltar que a colonização da Oceania deu-se só algum tempo depois, já no século XVIII. Pois bem, sendo assim, esse processo visando a expansão comercial dependeu da perda de influência da Igraja Católica e aliança com o Estado Nacional que viria a formar-se. Motivada pela busca de recursos e ampliação de riquezas, o principal objetivo dessa expansão marítima era encontrar fontes de exploração. Expansão Marítima EuropeiaDurante a Idade Média alguns bloqueios marítimos forma impostos para que o comércio não fosse realizado. Entretanto, as primeiras navegações da expansão marítima serviam para quebrar esses bloqueios. Assim, foi possível que a evolução da economia mercantil e, por consequência, a burguesia se fortalecesse. Por conta dos bloqueios durante a Idade Média, a Europa se via em um momento de crise em que a importação superava a exportação dos produtos. Lembrando que os principais produtos comercializados nos países europeus eram a madeira, pedras, cobre, ferro, estanho, chumbo. Além da lã, linho, frutas, trigo, peixe e carne. Por outro lado, o açúcar, ouro, cânfora, sândalo, porcelanas, pedras preciosas, cravo, canela, pimenta, noz-moscada, gengibre, unguentos, óleos aromáticos, drogas medicinais e perfumes eram característicos dos países do Oriente. Para que o comércio fosse realizado, os comerciantes contavam apenas com duas rotas. Assim, podiam optar pelo caminho que envolvia as cidades de Gênova e Veneza. Por outro lado, podiam seguir caminho pelo Mar Mediterrâneo, porém, monopolizado por Veneza. Assim, era necessário que novas rotas fossem descobertas. Isso porque, novas formas de organização começaram a se formar. Como foi o caso das monarquias nacionais, aliança entre os reis e a burguesia. Nesse sentido, a burguesia almeja novos navios, armas, navegadores e mantimentos. Por consequência, diversas áreas do conhecimento se desenvolveram durante a Expansão Marítima Europeia. Um exemplo, foi o estudo relacionado à cartografia, astronomia e engenharia náutica, tudo para aperfeiçoar as grandes embarcações. Nesse sentido, os primeiros navegantes foram os portugueses, por meio da Escola de Sagres. Divisões das grandes navegaçõesAs grandes navegações ocorreram entre os países europeus. Assim, com o intuito de desbravar os mares, dominar novas terras e quebrar barreiras comerciais os países europeus dividiram-se em diferentes expedições marítimas. Assim, podemos destacar as embarcações da Holanda, da Inglaterra, França, além de Portugal e Espanha sendo as mais importantes para os povos das Américas. Expansão marítima portuguesaAs grandes navegações durante a Expansão Marítima Europeia dependiam de uma posição central. Isso porque, quanto mais bem localizado era o país, mais fácil era para que o comércio marítimo ocorresse. Sendo assim, Portugal foi o primeiro país a realizar a expansão marítima. Além da posição estratégica, o país possuía forte burguesia mercantil. O poder português nos mares veio das lutas travadas entre cristãos e muçulmanos durante a Guerra de Reconquista, na península Ibérica. Assim, o processo português de expansão marítima tinha interesses vindos da Monarquia, da nobreza e da Igreja Católica. A Igreja, por sua vez, desejava cristianizar novos territórios e a burguesia tinha a necessidade de ampliar lucros. Expansão marítima espanholaA queda de Granada, ocorrida em 1492, foi a grande responsável por unificar o território espanhol. Assim, após esse evento, Cristóvão Colombo se ofereceu aos reis da Espanha para partir nas expedições marítimas. Dessa forma, partindo em agosto de 1492 à oeste, chegou à América no mesmo ano, em outubro. A partir disso, foram criados acordos, como a Bula Inter Coetera e o Tratado de Tordesilhas que dividia as terras entre portugueses e espanhóis. O tratado foi aprovado pelo Papa Alexandre VI, já que as terras foram descobertas por Colombo. É importante lembrar que o Tratado de Tordesilhas não foi um acordo reconhecido pelas demais nações europeias. Outras embarcaçõesDurante a Expansão Marítima Europeia, alguns países tiveram atraso ao lançar suas embarcações. Como aconteceu com a Inglaterra, França e Holanda. Isso porque, a Inglaterra e França se envolveram na chamada Guerra dos Cem anos (1337-1453). Além disso, a Inglaterra ainda enfrentou uma guerra civil, denominada Guerra das Duas Rosas (1455-1485). Já em relação a Holanda, a expansão marítima foi tardia porque as terras holandesas eram propriedade espanhola. Assim, o país necessitava de um enfraquecimento espanhol para que a expansão pudesse começar. Dessa forma, quando finalmente a Espanha começa a se enfraquecer e a Holanda inicia o processo de independência é que os holandeses dão início as grandes embarcações. Você sabia?
Gostou da matéria? Então corre e confere o que eram as Capitanias Hereditárias, além de conhecer o perfil de Deodoro da Fonseca. Fontes: Brasil Escola, Toda Matéria, Mundo Vestibular. Bibliografia:
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