Expectativa de vida, também chamada de esperança de vida, é o número médio de anos que a população de um país pode esperar viver, caso sejam mantidas as mesmas condições de vida vivenciadas no momento do nascimento. A expectativa de vida está bastante relacionada com a qualidade de vida que um país possui, já que fatores como educação, saúde, assistência social, saneamento básico, segurança no trabalho, índices de violência, ausência ou presença de guerras e de conflitos internos influenciam-na diretamente.
Como a expectativa de vida de um país é influenciada por diferentes condições, ela nem sempre foi a mesma. Ao longo da história, ela variou de acordo com as condições de vida apresentadas, diminuindo em épocas de conflitos e pestes e aumentando de acordo com a elevação dos padrões de vida da população. A Revolução Industrial, iniciada a partir do século XVIII, foi um marco na evolução das taxas de expectativa de vida em todo o mundo, uma vez que o progresso da medicina e o surgimento de infraestruturas de saneamento básico e higiene resultantes do desenvolvimento industrial foram responsáveis pela redução acentuada das taxas de mortalidade mundiais, o que provocou um grande crescimento demográfico e, consequentemente, o aumento da expectativa de vida no mundo todo.
Atualmente, as expectativas de vida nos países desenvolvidos tendem a ser maiores que as dos países subdesenvolvidos, pois o desenvolvimento econômico desses países, na maioria das vezes, é acompanhado de altos padrões de vida, o que eleva a expectativa de vida da população. Isso, infelizmente, não é visto em países em que a vulnerabilidade social e econômica é elevada. Essa realidade pode ser notada nas taxas de expectativa de vida* de países desenvolvidos e subdesenvolvidos do ano de 2015. Enquanto as expectativas de vida em países como Japão (89,79 anos), Suíça (82,50 anos), França (81,75 anos), Espanha (81,57 anos) e Alemanha (80,57 anos), todos países desenvolvidos, ficaram acima de 80 anos, nos países subdesenvolvidos, como Nigéria (53,02 anos), Moçambique (52,94) e Afeganistão (50,87), elas sequer chegaram aos 60 anos.
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A expectativa de vida também é desigual em relação ao gênero. As mulheres apresentam uma expectativa de vida maior que a dos homens na maioria dos países. Isso acontece em virtude de diversos fatores, como:
a maior procura da mulher por atendimento médico. Por esse motivo, as doenças podem ser diagnosticadas ainda no início, o que resulta em uma menor mortandade entre as mulheres;
as elevadas taxas de criminalidade entre os jovens do sexo masculino, o que aumenta as taxas de mortalidade dos homens nessa faixa etária;
atividades pesadas e de alta periculosidade são mais realizadas por indivíduos do sexo masculino, o que resulta em um maior número de acidentes de trabalho envolvendo homens.
No Brasil, a expectativa de vida dos brasileiros tem crescido progressivamente ao longo dos anos. Em 54 anos, segundo o IBGE, a expectativa de vida brasileira cresceu 26,6 anos, passando de 48 anos, em 1960, para 74,6 anos, em 2014. Esse fato demonstra que o desenvolvimento do país nas últimas décadas tem melhorado a qualidade de vida da população e isso tem impactado a expectativa de vida. Além disso, o Brasil também apresenta diferenças em relação às expectativas de vida femininas e masculinas. De acordo com IBGE, a expectativa de vida da mulher foi sete anos maior do que a estimativa masculina no ano de 2013, acompanhando, assim, a tendência mundial.
NOTA
* Os dados das expectativas de vida do Japão, Suíça, França, Espanha, Alemanha, Nigéria, Moçambique e Afeganistão são da CIA *
Por Thamires Olimpia
Graduada em Geografia
A esperança ou expectativa de vida se caracteriza pela estimativa do número de anos que se espera que uma pessoa possa viver. Esse dado é um reflexo das condições de vida e saúde de um determinado lugar. No Brasil, assim como na maioria dos países, a expectativa de vida está crescendo a cada ano.
Entre as décadas de 1950 e 1980, o Brasil registrou a maior evolução na expectativa de vida da população. Os principais fatores responsáveis por esse fenômeno foram os investimentos nos serviços de saúde, vacinação, introdução dos antibióticos, medidas preventivas de saúde pública, instalação de redes de esgoto e água tratada, além de saneamento de lagoas e pântanos. Todos esses elementos contribuem para a redução da mortalidade por doença infecciosas, sobretudo entre as crianças, que são mais vulneráveis às infecções.
Conforme dados divulgados em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro vive em média 72,8 anos. Apesar da evolução, o país continua bastante abaixo dos índices das nações desenvolvidas, como, por exemplo, o Japão (83,6), a França (84,5), a Suíça (84,2) e de algumas nações em desenvolvimento: Cingapura (79,7) e Argentina (75).
Com essa atual média, o Brasil ocupa o 80° lugar no ranking mundial da expectativa de vida da Organização das Nações Unidas. Porém, é necessário destacar que esse índice médio não é homogêneo, ou seja, existem desigualdades socioeconômicas muito grandes no território nacional, refletindo nas médias de esperança de vida dos estados brasileiros. Um exemplo desse fato é a diferença nesse dado entre o Distrito Federal (76,5 anos) e Alagoas (67,2 anos).
Confira o ranking brasileiro de esperança de vida divulgado em 2009 pelo IBGE:
1° Distrito Federal: 75,6 anos.
2° Santa Catariana: 75,5 anos.
3° Rio Grande do Sul: 75,3 anos.
4° Minas Gerais: 74,9 anos.
5° São Paulo: 74,5 anos.
6° Paraná: 74,4 anos.
7° Mato Grosso do Sul: 74 anos.
8° Espírito Santo: 74 anos.
9° Goiás: 73,6 anos.
10° Mato Grosso: 73,4 anos.
11° Rio de Janeiro: 73,4 anos.
12° Bahia: 72,3 anos.
13° Pará: 72,2 anos.
14° Amazonas: 71,9 anos.
15° Acre: 71,7 anos.
16° Tocantins: 71,6 anos.
17° Rondônia: 71,5 anos.
18° Sergipe: 71,3 anos.
19° Rio Grande do Norte: 70,8 anos.
20° Amapá: 70,7 anos.
21° Ceará: 70,6 anos.
22° Roraima: 70,3 anos.
23° Paraíba: 69,4 anos.
24° Piauí: 69,3 anos.
25°
Pernambuco: 68,7 anos.
26° Maranhão: 68 anos.
27° Alagoas: 67,2 anos.
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