Quais eram as qualidades físicas essenciais que o homem primitivo deveria possuir para conseguir sobreviver?

A Educação Física é vista nos dias de hoje como uma disciplina construtiva de saúde, qualidade de vida e inclusão social. Porém em sua origem, o desenvolvimento dos movimentos e das qualidades corporais eram orientados para outros aspectos do cotidiano das pessoas que os praticavam.

O início da História da Educação Física

Podemos dizer que o início da Educação Física remonta aos tempos do homem primitivo. Quando esse precisava expandir e fortalecer suas capacidades físicas com a finalidade de sobrevivência. Ser bem sucedido nos desafios diários era, muitas vezes, uma questão de vida ou morte para essa população. Mesmo podendo verificar neste período os primeiros registros da importância do desenvolvimento da força física, entre outros aspectos do treinamento humano, sendo exercida, sabemos que tudo isso acontecia de maneira inconsciente, ou seja, instintiva.

Processo evolutivo do corpo humano

O processo evolutivo que o corpo humano sofreu através dos tempos, trouxe como resultado, em sua anatomia, um refinamento para os gestos motores em comparação aos nossos ancestrais. Levando em consideração que o ser humano necessitava correr, nadar, levantar, pular, entre outros exercícios, para a manutenção de sua sobrevivência. Esse progresso evolutivo foi aperfeiçoando muitos aspectos com base nas necessidades intrínsecas de ataque e defesa.

Demonstrando que essas transformações traziam vantagens, pois qualidades como a agilidade, destreza e força, entre outras, traziam aos indivíduos privilégios em relação aos outros animais ou aos outros indivíduos menos preparados dentro do próprio grupo. Podemos mencionar o polegar humano como exemplo de desenvolvimento que possibilitou um avanço sobre outras espécies.

Segundo historiadores, ainda em tempos remotos, a prática de exercícios físicos contribuiu para queas sociedades orientais começassem a se tornar mais civilizadas. No Oriente os exercícios eram vistos com um sentido moral e preparatório para a vida. Na Índia, a realização de atividades físicas estava completamente unida com o ensino e com a religião daquela sociedade, o que podemos observar até os dias atuais. Já na China, a origem do treinamento físico tinha um atributo mais bélico. O empenho de técnicas para aprimorar as qualidades físicas e motoras dos guerreiros conferia êxito e eram muito utilizadas na preparação para a guerra.

A sociedade grega antiga viveu um momento em que a atividade física era considerada muito importante e estava diretamente ligada à intelectualidade e à espiritualidade em forma de filosofia de vida e, até mesmo, relacionada com a mitologia da época.

Os gregos antigos pensavam que um corpo de aparência atlética era bem aceito visualmente e demonstrava habilidades tais como a vitalidade, destreza, saúde e, é claro, força. A atividade física era tão relevante na Grécia Antiga que os exercícios físicos faziam parte da Academia de Platão, a primeira escola de filosofia do mundo ocidental.

A Grécia também é considerada o “berço dos esportes”, pois foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Nos jogos da antiguidade os atletas faziam homenagens aos seus deuses com a prática das diferentes modalidades competitivas. Os Jogos Olímpicos mudaram muito ao longo do tempo, mas ainda conservam muito dos valores filosóficos edo espírito dos jogos originais gregos.

Já no Brasil

Já no Brasil, a Educação Física teve sua origem graças a uma grande miscigenação cultural. Desde as atividades rudimentares com objetivo de sobrevivência dos índios que habitavam o território primeiramente, passando pela chegada dos colonizadores e, posteriormente, os imigrantes, todos puderam acrescentar inúmeras fontes e elementos de suas próprias culturas para que a atividade física fosse aprimorada e adequada de acordo com as necessidades de sua sociedade e tempo.

No Brasil, a Educação Física vista como disciplina, com exercícios ministrados de forma organizada, possui sua origem por volta da metade do século XIX, ou seja, no período do Brasil Império. Foi nesse período da história que começaram a existir leis que permitiam a inclusão da ginástica na grade curricular de ensino e os estudantes passaram a usufruir desse benefício.

As transformações aconteceram ao longo dos anos, porém, foi apenas na década de 1990 que a atividade física obteve um status mais amplo na sociedade brasileira, até vir a tornar-se a Educação Física como conhecemos nos dias atuais. Mas é certo que a história continua e ainda presenciaremos novas transições que trarão renovações para a Educação Física no Brasil e no mundo.

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Quais eram as qualidades físicas essenciais que o homem primitivo deveria possuir para conseguir sobreviver?

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A EDUCAÇÃO FÍSICA - O histórico evolutivo 
(Ubirajara de Oliveira, 2003) 
 
Para uma melhor compreensão da Educação Física em seus vários aspectos e a sua interação com as 
diversas manifestações da cultura humana, trataremos de seu histórico. 
O homem primitivo, para garantir sua subsistência e adaptar-se às condições do meio ambiente, possuía 
muitas qualidades físicas. Para poder sobreviver, estava constantemente exercitando-se e com isso aprendeu 
naturalmente a caçar, pescar, nadar, construir, lutar, defender-se, exercícios úteis que lhe permitiam satisfazer 
suas principais necessidades, impostas na sua relação com a natureza e com os outros homens. 
Se examinarmos atentamente a história da Antiguidade, podemos considerar que, assim como os 
exercícios físicos, os jogos e as danças já faziam parte da vida do homem. Existem vestígios de que eram 
continuamente praticados e de diferentes formas: jogos de mímica, de lutas, danças guerreiras ou religiosas – 
como, por exemplo, em agradecimento ou reverência aos deuses de sua crença - enfim, o homem descobria 
maneiras de exteriorizar seu estado de espírito, seus sentimentos. Compreendemos que o ser humano não vivia 
isoladamente. Ao longo dos tempos, o homem foi se agrupando, constituindo pequenos povos, que, por sua vez, 
foram se transformando em diferentes civilizações, cada qual originando sua própria cultura. 
O conceito de corpo também se modificou em função das novas necessidades do seu meio de 
convivência. Na Antiguidade Oriental, por volta de 6000 anos atrás, os exercícios físicos continuam merecendo o 
mesmo destaque alcançado na pré-história. Não é dessa época a origem de uma Educação Física que pudesse ser 
denominada científica, ou seja, desenvolvida a partir de estudos, mas já é possível uma análise mais apurada das 
atividades físicas no berço desse novo mundo, agora civilizado, com seus feitos registrados através da escrita. 
Podemos arriscar uma classificação onde identificaríamos finalidades de ordem guerreira, terapêutica, esportiva 
e educacional, aparecendo sempre a religião como pano de fundo, como todas as demais realizações orientais. 
Os chineses parece haver sido os primeiros a racionalizar o movimento humano, emprestando-lhe um 
forte conteúdo médico. A Índia é reconhecida como a nação que conseguiu atingir o maior grau de elevação 
espiritual de toda humanidade. As propostas de atividades tinham sempre como objetivo facilitar a identificação 
do homem com sua essência divina, utilizando um conjunto de movimentos que integrava o físico, o intelectual e 
o emocional, numa bela concepção do ser humano. 
A civilização grega marca o início de um novo ciclo na História com o nascimento de um novo mundo 
civilizado, agora ocidental. É o descobrimento do valor humano, da sua individualidade e o início autêntico da 
história da Educação Física. A filosofia pedagógica que determinou os caminhos a serem percorridos pela 
educação grega tem o grande mérito de não divorciar a Educação Física da intelectual e da espiritual. Postulava, 
dessa forma, o mais significativo de todos os princípios humanistas, considerando que o homem é somente 
humano enquanto completo. 
Na Antiguidade Greco-Latina, os aqueus só se sentiam completos quando jogavam, quer para tornar o seu 
lazer mais agradável, quer para acompanhar uma cerimônia religiosa ou funerária. Nesta época os cuidados com 
o corpo tomaram um lugar muito importante na vida cotidiana dos gregos. Eles constituíam objeto de atividades 
muito diversas: lúdicas, esportivas, militares, higiênicas, terapêuticas e educativas. Além disso, procuravam 
estabelecer um sistema coerente que ligava os cuidados do corpo às iniciações, à filosofia, à medicina e à 
pedagogia. 
A ginástica, nome que se originou na Grécia, visava ao aperfeiçoamento físico, à beleza e à harmonia de 
formas, por meio de exercícios e jogos praticados nos ginásios. Possuía importância fundamental na cultura deste 
nobre povo, que foi também o criador dos Jogos Olímpicos. Estes jogos eram realizados de quatro em quatro 
anos, em Olímpia, celebrados com muita pompa, em homenagem aos deuses gregos, e ainda como forma pacífica 
de reunir suas populações que viviam em guerra. Para as mulheres existiam ginásios especiais adequados à 
prática da ginástica, sendo as atividades preferidas, as corridas e as danças. 
O pedótriba, correspondente ao que chamamos de professor de Educação Física estava equiparado em 
cultura e prestígio ao médico. Era também responsável pela formação do caráter dos jovens efebos. 
Aristóteles também valorizava o papel da ginástica, dando-lhe um cunho cientifico, quando diz que “ciência 
da ginástica deve investigar quais os exercícios são mais úteis ao corpo, segundo a constituição física de 
cada um” (OLIVEIRA,1998: 26). 
 
 Os exercícios respiratórios tinham grande importância, porque se acreditava que as artérias eram cheias 
de ar. Foi preciso esperar Galeno para compreender que, cheias de sangue no ser vivo, as artérias só ficavam 
vazias no cadáver. Nos banhos e termas, atividade normal e, sobretudo, os exercícios físicos fazem nascer uma 
necessidade de limpeza e repouso, que é satisfeita nos banhos, cuja função de purificação religiosa, pouco a 
pouco, se perdeu. 
Para os gregos a Educação Física era ginástica, etimologicamente “a arte de desenvolver o corpo nu” 
implica todos os exercícios físicos, englobando as corridas, saltos, lançamentos e lutas. Quando Platão, por 
intermédio de Sócrates, afirma que a Educação ideal compreendia a ginástica para o corpo e a música para alma, 
que significava “cultura espiritual”, envolvendo a história, a poesia, o drama, a ciência, a oratória e a música 
propriamente ditas. 
 A partir do século XIX, foi-se firmando o conceito de ginástica como sendo atividade física que 
artificialmente e intencionalmente provocaria modificações anatômicas e fisiológicas no corpo humano. Era a 
ginástica racional e científica, considerada agora como elemento da Educação Física, expressão cunhada em fins 
do século XVIII. Mas a ciência que trata do movimento humano não contém apenas a chamada ginástica entre os 
seus elementos. O esporte incluiu-se entre as suas responsabilidades. Dignificado pelos gregos, deformados pelos 
romanos, esquecido na época medieval, foi ressuscitado por Coubertain para, atualmente, transformar-se em 
objeto de propaganda política. O homem matéria - prima para o desempenho esportivo converte-se em 
instrumento a serviço dos detentores do poder. 
 A especialização precoce, que significa colocar a criança em desporto de competição fora da faixa etária 
pertinente, pulando etapas do seu desenvolvimento e a prática exacerbada dos esportes, tende a sacrificar os 
mais fracos em nome de uma elitização esportiva ideologicamente justificada. Esvazia-se, desta forma, a utopia 
humanista que considera o esporte capaz de colaborar para uma sociedade melhor e um homem mais humano. 
A Educação Física pode desenvolver realmente os valores significativos para os fins a que ela se destina. A 
pessoa não a técnica, formar não modelar, participar não disciplinar, educar não domesticar, afinal este é o 
verdadeiro papel da Educação Física. 
Roma foi herdeira direta de dois povos, os etruscos e os gregos. Dos etruscos, os romanos receberam 
influxos determinantes, principalmente no campo artístico e esportivo. Mas foi dos gregos a influência mais 
significativa, respeitadas as particularidades do homem romano. Em Roma não vamos encontrar atividades que 
tenham a mesma expressão do esporte grego. Ludus tinha a conotação de treinamento ou de jogo, não 
implicando necessariamente competição. Os participantes desses jogos eram atletas profissionais que nem de 
longe podiam ser comparados aos padrões éticos

Quais foram as habilidades físicas que os homens primitivos tiveram que ter para sobreviver?

Tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa e etc.

Quais eram as principais atividades físicas realizadas pelo homem primitivo?

O homem primitivo deslocava-se de um lugar para outro a procura de alimentos, marchando, subindo em árvores, escalando penhascos, nadando, saltando e lançando as suas diferentes armas de arremesso. Assim o homem executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé.

Quais os cinco aspectos básicos da atividade física do homem das civilizações primitivas?

Ramos (1982) destaca que as atividades físicas do homem das civilizações primitivas apresentaram cinco aspectos básicos. Essas atividades eram: naturais, utilitárias, guerreiras, rituais e recreativas, sendo assim pode se afirmar que: Se constituíam como uma prática de educação física sistematizada.

Qual é a principal função da atividade física para o homem primitivo?

E era assim que as primeiras espécies praticavam esportes, sem sequer perceber: era uma forma de sobreviver, caçar e evitar virar alvo fácil para seus predadores.