Quais cuidados a equipe de saúde necessita para acolher o paciente que vive com HIV?

O que é HIV e AIDS?

O HIV é um vírus da imunodeficiência humana. É o causador da AIDS, que destrói as defesas do sistema imunológico – responsável por defender o organismo das doenças. Quando se fala que alguma pessoa morreu de HIV é um equívoco, pois o paciente que tem o vírus morre em decorrência de seu corpo não conseguir se defender das doenças.

Existe uma distinção clara entre HIV e AIDS. O HIV é o estado do vírus que pode ser chamado de “encubação”, em que o indivíduo soropositivo pode viver anos sem apresentar qualquer sintoma da doença, mas isso não quer dizer que ele não possa passar o vírus para outras pessoas.

A AIDS é a doença em seu estado mais agressivo, já que o vírus não está mais encubado e com isso ele ataca o sistema imunológico, acarretando no enfraquecimento das defesas do corpo. Assim, o organismo fica suscetível a diversas doenças, das mais comuns como um resfriado até as mais graves como câncer, e o tratamento das doenças acaba sendo prejudicado.

Formas de contrair o vírus

As formas mais conhecidas de contração do vírus são por: sangue, esperma, secreção, leite materno e transfusão de sangue contaminado. Mesmo sem apresentar qualquer sintoma da AIDS, o portador do HIV ainda pode transmitir o vírus, por isso deve-se sempre fazer uso de preservativo em qualquer relação sexual.

As pessoas, de modo geral, são leigas e não entendem como o vírus não é transmitido. Eis algumas formas;

Sexo desde que se use corretamente a camisinha;

< > a dois;

Beijo no rosto ou na boca;

Suor e lágrima;

Picada de inseto;

Aperto de mão ou abraço;

< >< >

Assento de ônibus;

< >< >

Doação de sangue;

Pelo ar.

Enfermagem e o trato para pacientes com o vírus

O profissional de enfermagem que cuida de pacientes portadores do vírus HIV precisa ter conhecimento de que aquele indivíduo não possui a imunidade de uma pessoa comum. Por ser mais baixa, a assistência deve ser extremamente precisa.

O enfermeiro deve ser muito mais que um agente de saúde, ele deve ter alguns conhecimentos a mais, que são:

Amizade com o paciente: desenvolver uma relação de parceria e amizade com o paciente; conseguir que ele se sinta totalmente à vontade para conversar e se tratar com o enfermeiro.

Conhecimento sobre o HIV: o responsável pela enfermagem deve possuir conhecimento técnico sobre o HIV, aspectos clínicos da infecção e de diagnóstico, por exemplo.

Segurança do profissional: o enfermeiro possui, em relação a uma possível infecção, por exemplo, procedimentos de segurança a seguir, na relação cotidiana, ou em caso de algum acidente.

Parceria social: se preparar psicologicamente, para poder dar suporte ao paciente e exercer uma função importante na inserção social do soropositivo.

Cuidados gerais: quem presta essa assistência, tem como principal função os cuidados de rotina que são necessários para cada paciente, além de um acompanhamento para evitar qualquer tipo de complicação, já que o mesmo está propenso a ter infecções e doenças com facilidade.

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  • � BOM CONHECER ALGUNS MEDICAMENTOS
  • ALGUNS CONCEITOS
  • DOEN�AS
  • APRESENTA��O

    Cuidando de Algu�m com Aids

    Um dos melhores lugares para se cuidar de uma pessoa com aids � a pr�pria casa, onde se encontram os que lhe podem dar carinho e dedica��o.

    Ao contr�rio do que se penssava no in�cio da epidemia, a maioria das pessoas com aids, atualmente, pode ter uma vida ativa por per�odos prolongados. Na realidade, uma pessoa com aids n�o tem necessidade de hospitaliza��o na maior parte do tempo, freq�entemente se recupera da maioria das doen�as com mais rapidez e comodidade em casa, com o apoio de seus amigos e pessoas queridas. Al�m disso, os cuidados em casa podem reduzir a tens�o e os custos da hospitaliza��o.

    As pessoas com aids s�o afetadas pela doen�a de maneiras diferentes e em diferentes graus de gravidade. Voc� pode se manter informado pelo m�dico ou enfermeiro da pessoa de quem est� cuidando sobre a intensidade e o tipo de cuidados que ela necessita. Com freq��ncia, uma das coisas que a pessoa com aids mais encontra dificuldade � continuar sua rotina di�ria, como fazer compras, receber e responder correspond�ncias, pagar contas e p�r em ordem sua casa. Estas s�o algumas das tarefas onde voc� pode ter um papel importante.

    Pedro Chequer
    Coordenador Nacional de DST e Aids

    O QUE VOC� PRECISAR� FAZER?

    Se voc� se prop�e a cuidar de uma pessoa com aids em casa, ter� que ter um plano de cuidados domiciliares detalhado, que dever� constar de orienta��es dos profissionais que fazem seu acompanhamento. Procure a equipe - m�dico, psic�logo, enfermeiro, assistente social e outros profissionais que sejam necess�rios - e ou�a o que cada um tem a dizer. As instru��es devem ser claras e escritas, tanto em rela��o aos procedimentos na casa, quanto aos poss�veis contatos em caso de uma emerg�ncia.

    Prepare-se para manter informada a equipe sobre mudan�as que venham a ocorrer na sa�de ou no comportamento da pessoa. Por exemplo, tosse, febre, diarr�ia ou confus�o mental podem indicar uma complica��o que requeira uma interven��o imediata ou uma interna��o. O m�dico, da mesma forma, lhe informar� quais as poss�veis altera��es no estado da pessoa, indicadores de que os cuidados em casa j� n�o s�o a melhor op��o no momento.

    N�o se esque�a de que, mesmo recebendo cuidados domiciliares, h� um servi�o especializado onde a pessoa faz seu tratamento, e que deve lhe servir de refer�ncia quando necess�rio.

    Dependendo da cidade, voc� pode, tamb�m, conseguir ajuda de alguma Organiza��o N�o-Governamental (ONG) que trabalhe com aids, ou da Secretaria de Sa�de de seu Estado ou Munic�pio, para algum tipo de treinamento ou informa��es adicionais.

    COMO PROPORCIONAR APOIO EMOCIONAL AS PESSOAS COM AIDS

    importante pensar acerca do bem-estar emocional da pessoa que est� sob seus cuidados. Como as necessidades emocionais de cada pessoa s�o diferentes, n�o existe um enfoque aplic�vel para todos. Aqui h� algumas sugest�es baseadas na observa��o das principais dificuldades encontradas pelas pessoas com aids.
    • Estimule a pessoa com aids a se preocupar com o pr�prio cuidado, a estabelecer um programa e a tomar decis�es sempre que for poss�vel.
    • N�o evite a pessoa com aids. Inclua-a nas atividades pelas quais ela se interessar. Voc� n�o precisa falar constantemente: sua companhia pode ser mais importante. O mero fato de voc� estar presente enquanto l� ou v� televis�o pode ser apreciado.D�-lhe tempo para a tranq�ilidade: como todo mundo, a pessoa doente sente raiva, frustra��o e depress�o.
    • N�o tema falar da doen�a. Freq�entemente, a pessoa com aids precisa falar da sua doen�a para p�r em ordem o que lhe est� acontecendo. Se ela desejar, oriente-lhe como proceder para receber apoio psicol�gico profissional.
    • Permita que os profissionais que participam da assist�ncia entendam sua rela��o com a pessoa com aids e o seu papel como provedor de cuidados.
    • N�o tema tocar na pessoa com aids. A sensa��o do toque de carinho, dos abra�os, de uma massagem pode ser muito agrad�vel, mas h� pessoas que n�o querem aceitar a proximidade f�sica.

    Algumas doen�as podem causar les�es cerebrais e dist�rbios que incluem, desde falta de clareza para raciocinar, at� mudan�as na afetividade e no humor. A pessoa com aids pode se apresentar confusa, com dificuldades de movimenta��o, de concentra��o, com lentid�o para falar e pensar. Pode n�o estar completamente alerta, perder o interesse pelo seu trabalho e por outras atividades, e ter atitudes imprevis�veis ou exageradas. S�o problemas que podem perturbar tanto a pr�pria pessoa, quanto os que a cercam, �s vezes, dificultando a manuten��o da rotina de cuidados e demandando interven��es m�dicas claras.

    COMO A AIDS SE TRANSMITE E COMO VOC� PODE EVIT�-LA

    O v�rus causador da aids se chama HIV, o que significa, nas iniciais do ingl�s, V�rus da Imunodefici�ncia Humana. O HIV est� presente no sangue, s�men e fluido vaginal das pessoas infectadas e, normalmente, ele se transmite:
    • por rela��es sexuais com penetra��o (anal ou vaginal) e sexo oral (boca/p�nis, boca/�nus, boca/vagina) com pessoa infectada pelo HIV, sem o uso de preservativos;
    • pelo uso de drogas injet�veis compartilhado com pessoa infectada pelo HIV;
    • de forma "vertical", isto �, da m�e para o filho durante a gravidez, o parto ou aleitamento;
    • por transfus�o de sangue contaminado.

    � importante que voc� tenha clareza de que o HIV n�o se transmite pelo contato social cotidiano, como pela respira��o, objetos (como pratos, talheres), alimentos, assentos de sanit�rios ou insetos.

    Entre os profissionais de sa�de que se acidentaram com agulhas usadas em pacientes com HIV ou com seu sangue sobre mucosas ou pele com feridas, o risco de infec��o � muito baixo (menos de 0,5%), logo, h� certas precau��es simples que podem reduz�-lo ainda mais.

    Usar luvas quando tiver que entrar em contato com o sangue, v�mito, urina ou fezes do paciente, como na situa��o de promover sua higiene, ou de limpar objetos que contenham esse material, � uma forma de evitar outros germes, pois n�o se tem registro de que o contato com a pele s� d� lugar � infec��o pelo HIV.

    Pode-se utilizar dois tipos de luvas, dependendo da tarefa. Quando voc� der cuidados de enfermagem, como puncionar uma veia ou fizer a higiene, deve usar luvas descart�veis que, como diz o nome, n�o devem ser utilizadas outra vez. Para as tarefas de limpar objetos com fluidos corporais, as luvas podem ser de borracha, caseiras, e lavadas ap�s seu uso. Assegure-se do bom estado das luvas.

    Retire o sangue das superf�cies e dos recipientes que contenham sangue, fezes, etc, com �gua e sab�o, e depois desinfete com solu��o normalmente utilizada na limpeza ou com uma solu��o de �gua sanit�ria e �gua.

    Ter cuidado ao manipular as agulhas e n�o as reencapar novamente com as m�os, n�o as retirar da seringa depois de usadas, n�o as quebrar, ou dobrar.

    Quando estiver manipulando uma seringa com agulha j� usada, segure no corpo da seringa e deixe-a cair com cuidado em recipiente � prova de espetadas. O servi�o que presta assist�ncia ao paciente deve oferecer um recipiente espec�fico, mas se isso n�o acontecer, use, por exemplo, uma lata de leite em p� contendo solu��o de �gua sanit�ria, por exemplo.

    Mantenha o recipiente no c�modo da casa onde se guardam e utilizam as agulhas e seringas, mas em local seguro e fora do alcance de crian�as. Procure descartar o recipiente antes que se encha de agulhas. Pe�a informa��es detalhadas � equipe m�dica em rela��o � forma e local de descartar esse material.

    No caso de acidente com agulha ou outro objeto cortante que entrou em contato com sangue da pessoa com HIV, lave profundamente o local com �gua e sab�o, e fa�a logo contato com seu m�dico para orienta��o.

    As roupas usadas pela pessoa doente com aids devem ser lavadas como as de todo mundo. A presen�a de sangue, s�men ou secre��o vaginal nas roupas n�o podem fazer nada al�m de manch�-las.

    Uma pessoa com aids n�o precisa e n�o deve ter seus pratos ou talheres separados, nem esses objetos requerem m�todos especiais de limpeza, devendo ser lavados de forma normal, com sab�o ou detergente.

    Uma pessoa com aids pode cozinhar para os outros sem restri��es. Lavar as m�os antes de come�ar a prepara��o dos alimentos � uma boa id�ia para quem cozinha.

    Uma pessoa com aids n�o deve compartilhar aparelhos de barbear ou escovas de dentes, porque tais objetos podem causar sangramento, embora, ainda, n�o se tenha confirmado nenhum caso de transmiss�o por essa via.

    Jogue no vaso sanit�rio todos os dejetos l�quidos que contenham sangue. Len�os de papel e similares que apresentem sangue, s�men, etc., podem ser descartados no vaso sanit�rio, enquanto fraldas, absorventes e gazes que contenham o mesmo material, para n�o entupirem o vaso, devem ser colocados em saco pl�stico e jogados no lixo. Como h� regulamenta��es sobre o lixo, consulte a equipe de sa�de para certificar-se de seu cumprimento.

    COMO PROTEGER AS PESSOAS  COM AIDS CONTRA INFEC��ES

    Uma pessoa com aids ou com doen�as relacionadas � aids tem dificuldades para combater certas infec��es. Ela deve evitar o contato estreito com quem esteja apresentando doen�as de f�cil cont�gio, at� que os sintomas tenham desaparecido

    No caso de infec��es como herpes ou herpes Zoster, deve-se evitar um contato estreito com a pessoa com aids. Se isso n�o for poss�vel, as les�es devem estar cobertas e o fato de lavar as m�os antes de tocar na pessoa, j� a est� protegendo.

    Todas as pessoas que convivem com algu�m com aids, mesmo se considerando saud�veis, devem pedir orienta��o m�dica especializada com rela��o � pr�pria sa�de.

    H� situa��es que podem ser prevenidas em caso de exposi��o inevit�vel, como, por exemplo, uma pessoa com aids � visitada por algu�m que, logo ap�s, se descobre com sarampo. H�, logo nas primeiras horas ap�s o contato, a possibilidade de um tratamento que pode ajudar a evitar que o sarampo se desenvolva. Isto � muito importante, principalmente, no caso das crian�as com aids.

    H� vacinas do calend�rio oficial de vacina��o que podem e devem ser administradas a crian�as com HIV/aids, como a Tr�plice (difteria, t�tano e coqueluche) e MMR (sarampo, caxumba e rub�ola). No entanto, crian�as e adultos sintom�ticos n�o devem receber BCG (vacina contra a tuberculose) intrad�rmica, nem a vacina oral contra a Poliomielite (Sabin), que dever� ser substitu�da pela Salk (injet�vel). A vacina Sabin deve ser contra-indicada at� mesmo para pessoas que tenham contato domiciliar com crian�as HIV+.

    A varicela, ou catapora, � uma doen�a produzida por um v�rus, e pode ser muito grave para as pessoas com HIV/aids. Quando a pessoa j� teve a doen�a, provavelmente, n�o volta a contra�-la, mas, de qualquer forma algumas precau��es devem ser tomadas para todos:

    • uma pessoa com varicela n�o pode estar no mesmo quarto que algu�m com aids, at� que todas as les�es da pele estejam cicatrizadas, com crostas ("casquinha").
    • uma pessoa com herpes Zoster tem esta mesma restri��o, pois o herpes Zoster � o mesmo v�rus da varicela e se transmite da mesma forma. No entanto, como o herpes Zoster � mais localizado do que a varicela, se o contato for inevit�vel, as les�es devem ser completamente cobertas e as m�os cuidadosamente lavadas para evitar a transmiss�o � pessoa com aids.
    • se, ainda assim, houver exposi��o da pessoa com HIV/aids a algu�m com varicela ou herpes Zoster, h� um tratamento, em forma de soro, que pode evitar complica��es, se administrado rapidamente.

    H� animais dom�sticos que podem transmitir infec��es, o que n�o impede que as pessoas com aids os tenham em casa e cuidem deles. No entanto, � preciso observar muitos cuidados com a limpeza das m�os ap�s o contato com os dejetos, assim como cuidados com a manuten��o da higiene do pr�prio animal. � importante que mesmo os animais aparentemente saud�veis sejam avaliados periodicamente pelo veterin�rio.

    A alimenta��o da pessoa com aids pode, virtualmente, ser igual a de qualquer pessoa, mas n�o custa lembrar algumas regras que tamb�m devem ser usadas por qualquer pessoa:

    • evitar o leite cru (n�o pasteurizado).
    • carnes em geral devem ser comidas bem cozidas assadas ou grelhadas.
    • frutas e legumes crus devem ser muito bem lavados, podendo ficar imersos em �gua com vinagre, numa bacia, durante meia hora, at� serem servidos.
    • lavar bem as m�os antes de manipular qualquer alimento, assim como quando passar de um alimento ao outro.
    • lavar, tamb�m, todos os utens�lios quando passar de um alimento ao outro.
    • evitar o contato de caldos aliment�cios n�o cozidos (sangue das carnes, �gua de frutos do mar) com outros alimentos.
    • usar t�buas de pl�stico para cortar os alimentos, por ser o pl�stico mais f�cil de limpar.

    OUTROS CUIDADOS

    � muito importante que a pessoa com aids receba aten��o e cuidados, mas estes devem ser proporcionais �s suas limita��es, porque faz parte do tratamento, o est�mulo � independ�ncia.

    Uma das situa��es em que h� que se prestar a maior aten��o � o respeito aos hor�rios dos medicamentos. Hoje, com o advento do "coquetel", que vem recuperando grande parte dos doentes com aids, dando espa�o a novos projetos, surge o risco, tamb�m crescente, do surgimento de v�rus resistentes aos medicamentos do "coquetel". Para reduzir isso, os rem�dios anti-retrovirais devem ser tomados respeitando rigorosamente a dose e os intervalos de tempo indicados na receita m�dica, bem como as exig�ncias de hidrata��o e alimenta��o relacionadas a algumas destas medica��es.

    Caso a pessoa n�o esteja tolerando essa carga de medicamentos, com v�mitos, dores de est�mago, c�licas ou alergia, � imprescind�vel o contato com o m�dico. N�o se deve suspender qualquer medica��o sem consulta m�dica, sob risco de ter outro epis�dio de nova infec��o ou reca�da de alguma j� tratada anteriormente.

    A pessoa com aids deve visitar o oftalmologista para realiza��o de exame de fundo de olho em cada quatro a seis meses, se n�o tiver sentindo nenhuma altera��o na vis�o. Mas diante da m�nima diferen�a, deve comunicar imediatamente o seu m�dico, para realizar exame especializado o quanto antes. A infec��o por CMV no olho n�o pode ser previnida, mas a sua gravidade vai ser tanto menor quanto mais rapidamente for tratada. J� existem alguns medicamentos para CMV dispon�veis no mercado, apesar de apenas um ser distribu�do na rede p�blica de sa�de, o que significa que CMV no olho n�o � mais sin�nimo de cegueira.

    A falta de algum dos medicamentos prescritos, no servi�o de sa�de, deve ser comunicada ao seu m�dico que prescreveu, para que se saiba da possibilidade de substitui��o e da urg�ncia em adquir�-lo.

    Pelo fato de a aids ser um conjunto de poss�veis doen�as, a repeti��o de um sintoma n�o significa, obrigatoriamente, a mesma doen�a. Portanto, a automedica��o deve ser evitada e o m�dico assistente, sempre comunicado do aparecimento de qualquer sintoma, mesmo que leve.

    Qualquer sintoma, mesmo que pare�a n�o pertencer � al�ada do infectologista ou cl�nico que est� acompanhando o tratamento, deve ser citado. Por exemplo, muitas vezes, quadros depressivos podem esconder algum problema neurol�gico e, mesmo n�o sendo esse o caso, h� diversos servi�os, gratuitos ou n�o, que oferecem psicoterapia, se for o caso.

    � BOM CONHECER ALGUNS MEDICAMENTOS


    Os anti-retrovirais agem diretamente na capacidade de multiplica��o do HIV. Basicamente, existem dois tipos de anti-retrovirais:

    - Inibidores de transcriptase reversa: AZT ou Zidovudina; ddI ou Didanozina; ddC ou Zalcitabina; 3TC ou Lamivudina; d4T ou Estavudina; e, mais recentemente, a Nevirapina, a Delavirdina e Efavirenz.- Inibidores de protease: Saquinavir, Indinavir, Ritonavir e Nelfinavir.

    SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIM: s�o usados, principalmente, no tratamento e preven��o (profilaxia) da pneumonia por Pneumocystis carinii, e na preven��o da toxoplasmose. Para se iniciar essa medica��o, h� crit�rios baseados na contagem de linf�citos T-CD4+ e nos sintomas cl�nicos do paciente.

    NISTATINA: tratamento da candid�ase oral. Pode ser usado sozinho, dependendo da resposta cl�nica.

    CETOCONAZOL: tratamento da candid�ase oral extensa, ou com acometimento do es�fago.

    FLUCONAZOL: tratamento de algumas infec��es causadas por fungos, como meningite por criptococo e nas manifesta��es graves de candid�ase oral ("sapinho"); e outras formas de candid�ases resistentes ao Cetoconazol; ou ainda quando existe contra-indica��o para o uso do Cetoconazol.

    ITRACONAZOL: tratamento alternativo de infec��es por fungos, ou quando n�o h� boa resposta ou disponibilidade � medica��o de escolha.

    ANFOTERICINA B: tratamento preferencial para infec��es graves por fungos, como meningite por criptococo e candid�ase disseminada. � uma medica��o eficaz , mas necessita de controle laboratorial devido a seus poss�veis efeitos t�xicos.

    SULFADIAZINA+PIRIMETAMINA: tratamento preferencial da toxoplasmose. Esta medica��o serve, depois, como manuten��o do tratamento, em dose menor, n�o podendo ser suspensa, pois previne a recidiva da doen�a.

    CLINDAMICINA: antibi�tico de amplo espectro de a��o, tamb�m utilizado como segunda op��o no tratamento da toxoplasmose e da pneumonia por Pneumocystis carinii, em associa��o com outras drogas.

    TUBERCULOST�TICOS: medicamentos utilizados no tratamento da tuberculose. H� v�rios esquemas terap�uticos, mas o mais usado � uma associa��o de tr�s medicamentos, chamada esquema tr�plice, ou RIP, que s�o: Rifampicina , Isoniazida e Pirazinamida.

    ALGUNS CONCEITOS

    CD4 - � uma mol�cula encontrada em algumas c�lulas de defesa, linf�citos, respons�vel pelo combate ao HIV, e que diminuem com o avan�o dessa infec��o, j� que a reprodu��o do v�rus acarreta a sua destrui��o. O exame de sangue atrav�s do qual se faz a contagem de CD4 � um dos melhores meios para se avaliar o estado do sistema imunol�gico do paciente.

    Carga viral - � a quantifica��o das part�culas de v�rus existente no sangue. Atrav�s desse exame, apura-se o n�vel de replica��o do HIV, servindo, portanto, para orientar a medica��o indicada.

    Soroconvers�o - � o momento em que o HIV passa a ser detect�vel atrav�s dos testes convencionais. Costuma ocorrer at� o terceiro m�s depois da infec��o, podendo se manifestar atrav�s de febre e outros sintomas tempor�rios.

    Aids - Conjunto de doen�as ocasionadas pela defici�ncia do sistema imunol�gico do indiv�duo,relacionada com a infec��o cr�nica pelo HIV.

    Meningite - Inflama��o das meninges (membranas que revestem o c�rebro). Na aids �, principalmente, provocada pelo criptococo, que n�o � transmiss�vel de pessoa a pessoa.

    Pneumonia - Inflama��o dos pulm�es, provocada por diversos tipos de microorganismos. Na aids, os agentes causadores de pneumonia s�o Pneumocystis carinii e o bacilo(bact�ria) da tuberculose.

    Sinusite - Infla��o dos seios da face, causada por bact�rias e funcos.


    DOEN�AS

    Retinite - Inflama��o da retina, podendo ser ocasionada pelo CMV (citomegalov�rus) e Toxoplasma gondii.

    Colite - Inflama��o do intestino grosso, causada por diversos microorganismos, prin-cipalmente o CMV.

    Esofagite - Inflama��o do es�fago, causada principalmente pela c�ndida, herpes e CMV.

    Dermatite seborreica - Descama��o da face, freq�en-temente acompanhada de infec-��o local por fungo.

    Neuropatia perif�rica - Inflama��o dos nervos, principalmente os dos membros inferiores, que provoca dores, formigamento e anestesia.

    Pancreatite - Inflama��o do p�ncreas, freq�entemente considerada um dos efeitos colaterais do uso do ddI.

    Aftas - Freq�entemente seu surgimento se deve a efeitos colaterais de medicamentos (ddC) pela a��o do pr�prio HIV.

    Sarcoma de Kaposi - Esp�cie de c�ncer de pele, caracterizado por les�es que v�o desde manchas viol�ceas at� tumores localizados na pele e nas mucosas e �rg�os internos.

    Linfoma - Tumor maligno, freq�entemente localizado no c�rebro g�nglios e tecidos linf�ticos.

    Neurotoxoplasmose - Infec��o causada pela reativa��o do protozo�rio Toxoplasma gondii. No paciente soropositivo para o HIV, costuma acometer o sistema nervoso.

    Tuberculose - Infec��o causada por bact�ria, que, no paciente com aids, pode se manifestar em diversos �rg�os do corpo, e n�o apenas nos pulm�es.

    Micobacteriose - Infec��o causada por bact�rias da "fam�lia" da tuberculose, que surge, frequentemente, quando h� um maior comprometimento do sistema imunol�gico.

    Bras�lia 1999

    Direitos de reprodu��o cedidos por GRUPO PELA VIDDA / Rio de Janeiro
    Tradu��o: Maria Regina Cotrim Guimar�es
    � 1999 - Minist�rio da Sa�de
    � permitida a reprodu��o parcial ou total, desde que citada a fonte.
    Tiragem: 4.000 exemplares

    Minist�rio da Sa�de
    Secretaria de Pol�ticas de Sa�de
    Coordena��o Nacional de DST e Aids

    Esplanada dos Minist�rios Bloco G - Sobreloja
    CEP 70058-900 Bras�lia-DF Brasil

    Disque Sa�de / Pergunte Aids: 0800 61 1997
    //www.aids.gov.br

    Publica��o financiada com recursos do BRA/94/851 Projeto UNESCO.

    Quais são os cuidados de enfermagem com paciente com HIV?

    Na consulta de enfermagem, cabe ao profissional repassar ao paciente de forma clara a importância da adesão ao tratamento, oferecendo-lhe orientações sobre a doença e ressaltando a importância do uso correto dos medicamentos antirretrovirais, como também um planejamento saudável para os hábitos alimentares.

    Qual a conduta do profissional de saúde diante de um resultado positivo para HIV?

    O profissional deve estar sempre buscando um atendimento reflexivo, com uma proposta dialogal que permita ao paciente falar de seus problemas, suas inquietações, possibilitando a percepção da gravidade que repercute o diagnóstico de infecção pelo HIV em múltiplos aspectos da vida do paciente e da sua família, sobretudo ...

    Quais os cuidados que devemos tomar para conviver com uma pessoa com o vírus HIV?

    Não tem cura, mas tem tratamento Embora ainda não tenha cura, é possível manter a qualidade de vida mesmo convivendo com o HIV. Para isso é fundamental receber um diagnóstico precoce e fazer o tratamento de maneira correta e ininterrupta.

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