Porque podemos afirmar que a França tem muita necessidade desse tipo de energia

a) Falso – A energia nuclear é uma grande fonte de conflito entre os países, pois existe a possibilidade real da produção de armas nucleares, fato que gera uma série de discussões internacionais.

b) Falso – A construção e operação de usinas nucleares apresentam valores extremamente elevados, cerca de três vezes maiores que os de uma usina hidrelétrica.

c) Verdadeiro – o urânio é um elemento químico relativamente barato, a geração de resíduos numa usina nuclear é bem pequena, no entanto, o lixo tóxico é extremamente perigoso.  Durante o processo de obtenção de energia nas usinas nucleares, não é gerado nenhum gás causador do efeito estufa, como, por exemplo, dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4).

d) Falso – Não há abundância de urânio em todo o mundo, os custos de implantação e operação de usinas nucleares são altos, sendo inacessíveis para países pobres.

e) Falso – A legislação ambiental não é rígida, e alguns países constroem usinas nucleares sem a devida inspeção por órgãos internacionais, como, por exemplo, o Irã.

Voltar a questão

Pa�ses europeus s�o os que mais utilizam energia nuclear

Levando-se em considera��o a produ��o total de energia el�trica no mundo, a participa��o da energia nuclear saltou de 0,1% para 17% em 30 anos, fazendo-a aproximar-se da porcentagem produzida pelas hidrel�tricas. De acordo com a Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (AIEA) no final de 1998 havia 434 usinas nucleares em 32 pa�ses e 36 unidades sendo constru�das em 15 pa�ses.

Em termos relativos, a regi�o que mais utiliza a nucleoeletricidade � a Europa Ocidental. Trinta por cento da energia el�trica � gerada por centrais nucleares, sendo esta a principal fonte de energia. A Am�rica do Norte fica com 17% e Extremo Oriente e Europa Oriental com 15%. Tr�s pa�ses respondem por 60% do total mundial de capacidade instalada em usinas nucleares e em gera��o de nucleoeletricidade (Jap�o, Fran�a e EUA). Entre estes, destacam-se a Fran�a, com 80% de sua energia gerada por 56 reatores nucleares, e o Jap�o, com 30%.

Ap�s alguns acidentes como o de Chernobyl (1986), diversos pa�ses diminu�ram os investimentos em seus programas de produ��o de energia nuclear, em especial a It�lia que desativou permanentemente os reatores e cancelou os projetos. Paralelamente, a ind�stria nuclear mundial passou a investir em seguran�a como forma de superar a decad�ncia com a qual se deparou este setor na d�cada de 80. Um dos pontos principais foi a automa��o para reduzir as possibilidades de falha humana.

Ainda assim, em setembro do ano passado o acidente na usina de Tokaimura (veja Ci�ncia Hoje, n�mero 156) demonstrou que o risco de acidentes � um fantasma que continua rondando esta alternativa de gera��o de energia.

Recentemente a Alemanha decidiu que n�o ser�o instalados novos reatores e que os reatores em funcionamento ser�o desativados ap�s completada a sua vida �til (32 anos neste caso). A Turquia tamb�m abandonou o projeto de construir sua primeira usina nuclear. No sentido oposto, o Brasil logo ap�s a inaugura��o de Angra 2 j� discute o projeto de Angra 3.

Apesar da "crise" na ind�stria nuclear, os pa�ses com maior necessidade desse tipo de energia, como o Jap�o ou a Fran�a, que n�o t�m outras alternativas, continuar�o investindo neste setor.

Os pa�ses da Organiza��o para a Coopera��o do Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) s�o os que concentram a maior capacidade instalada de usinas nucleares no mundo e s�o eles que continuar�o liderando o crescimento da energia nuclear a n�vel mundial.

A decis�o de construir usinas depende em grande parte dos custos de produ��o da energia nuclear...

Em termos de fontes energéticas, a energia nuclear consiste na produção de eletricidade a partir do processo de fissão nuclear e, em consequência, da reação de fissão nuclear em cadeia, o que libera uma grande quantidade de calor (energia térmica). Nesse sentido, as usinas nucleares ou usinas termonucleares são consideradas, atualmente, uma entre as principais opções para o desenvolvimento dos lugares a partir do fornecimento de estrutura energética.

O processo de fissão nuclear – ou seja, a divisão do núcleo atômico – foi descoberto no ano de 1938 e inicialmente utilizado para fins bélicos, cujo resultado mais expressivo foi a produção das bombas atômicas, entre outras armas nucleares e radioativas. Posteriormente, os estudos científicos avançaram e desenvolveram formas de expandir o emprego dessa tecnologia para fins pacíficos, principalmente para a obtenção de eletricidade.

A fissão do núcleo de átomos pesados, ou seja, que possuem uma grande quantidade de prótons e nêutrons, libera muito calor, que poderia ser, então, aproveitado no processo de conversão de energia térmica em elétrica. Em termos de comparação, o Urânio-235 – principal material radioativo utilizado na fissão nuclear das usinas termonucleares – libera 80 mil vezes mais energia do que a queima do carvão mineral, que é o principal material utilizado nas usinas termoelétricas convencionais.

A construção e uso das usinas termonucleares expandiram-se consideravelmente a partir da década de 1960, atingindo, nos dias atuais, quase 15% de toda a produção mundial de energia. No entanto, os riscos apresentados em relação a acidentes radioativos e a possíveis impactos ambientais dificultam a expansão dessa fonte energética, uma vez que existe muita pressão no mundo inteiro por parte de governos, instituições e grupos socioambientais para conter a sua utilização.

Além disso, os países que optam por desenvolver métodos e tecnologias referentes à energia nuclear sofrem com a desconfiança da Comunidade Internacional sobre a possibilidade de desenvolverem também armas nucleares de destruição em massa. Portanto, além de problemas sociais e ambientais, essa fonte de energia também sofre com questões da esteira política. É o caso, por exemplo, do Irã, que, segundo ele, passou a desenvolver tecnologia nuclear somente para a produção de energia. Todavia, esse fato gerou certa desconfiança internacional, o que fez com que o país passasse a sofrer uma série de sanções comerciais e econômicas, principalmente por parte dos Estados Unidos e da União Europeia.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Mesmo com todos esses problemas referentes às desvantagens das usinas nucleares, elas continuam em expansão em todo o mundo. O maior produtor mundial são os EUA, seguidos pela França e pelo Japão, que dependem muito dessa tecnologia para a manutenção de suas infraestruturas socioespaciais. Os franceses, por exemplo, contam com a energia nuclear para o suprimento de aproximadamente 75% de toda a eletricidade consumida no país.

O Brasil investe em energia nuclear desde a segunda metade da década de 1960, de forma que a primeira usina termonuclear construída no país, chamada de Angra I, foi inaugurada no ano de 1974. Na década de 1980, por sua vez, iniciou-se a construção da usina de Angra II, cuja operação comercial ocorreu somente a partir de 2001 em razão das sucessivas paradas na execução das obras. Atualmente, encontra-se em operação o projeto para a construção da usina de Angra III, que, assim como as demais, encontra-se no estado do Rio de Janeiro.


Usina Nuclear de Angra I no estado do Rio de Janeiro

Entre as vantagens das usinas nucleares, podemos citar o seu preço relativamente baixo em comparação a outras fontes, incluindo o petróleo; não emitem poluentes para a atmosfera; possuem um fácil transporte de suas matérias-primas; não ocupam grandes áreas; entre outros fatores. Já entre as desvantagens das usinas nucleares, podemos mencionar o fato de elas utilizarem fontes não renováveis; os riscos de acidentes; a poluição térmica dos rios gerada pelo descarte da água empregada nas usinas; o alto preço em termos de investimentos; além da dificuldade de descarte do lixo radioativo gerado.

Toplist

Última postagem

Tag