Porque meu filho de 2 anos grita muito?

O perigo não está nos altos decibéis, mas no exemplo que damos aos nossos filhos sobre como resolver algumas questões.| Foto: Bigstock

Sim, a parentalidade é uma tarefa complexa. Linda, mas complexa. E às vezes acabam escapando alguns gritos – o que, além de prejudicar nossos filhos, muitas vezes gera remorso para mães e pais. Mas como deixar para trás esse hábito?

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A jornalista Nancy Jergins, autora de Wise Words Mom: What to Say to Raise Kids Who Feel Accepted, Confident and Loved ("Mães de palavras sábias: o que dizer para criar filhos que se sintam aceitos, confiantes e amados", em tradução livre), elencou cinco passos que funcionaram com ela. E olha que não foi fácil: “Primeiro, deixe-me dizer que tenho um filho de 13 anos cuja maior alegria na vida parece ser me desafiar”, esclarece. Confira as suas dicas:

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  1. ntenda os danos de gritar com seus filhos

    O perigo não está nos altos decibéis. Não há mal nenhum gritar a plenos pulmões: “Eu te amo, meu amor!” Mas na maior parte do tempo os nossos gritos são de raiva, frustração ou irritação. “Gritar mostra aos nossos filhos que não há problema em perder o controle quando estamos nervosos”, diz Jergins. Continue gritando e pode garantir: quando ele for um jovem adulto, vai agir do mesmo jeito.

  2. Reconheça como é inútil gritar

    “Gritos são, na verdade, manipulação”, diz o especialista em educação dos filhos, Scott Turansky. “Estamos usando intensidade emocional para obter em resposta uma ação. O problema é que a intensidade emocional deturpa a mensagem. Há poder nas palavras e gritar diminui esse poder”. Você mesma, por experiência, deve ter percebido que os gritos não costumam resolver nada – pelo contrário, só desgastam a relação entre você e seus filhos.

  3. Lembre-se de seu papel

    “Às vezes você pode sentir que o seu grito é uma resposta à altura aos gritos e birras de seu filho”, comenta Jergins. Mas essa nunca é a solução. “Nunca me esqueço de quando minha filha, aos 11 anos, resolveu parar de falar comigo. Recorri ao meu tio, que é psicólogo infantil, e perguntei a ele: ‘Então, agora o que devo fazer é deixar de falar com ela também, certo?’ Ele respondeu calmamente: ‘Não. Você é a crescida aqui’”, conta a jornalista. Aja de forma razoável e madura.

  4. Acabe com a disputa antes de começar

    Um grito nunca vem do nada. “Uma vez que dissemos ao nosso filho o que esperamos dele e que deixamos ele se manifestar e expressar suas preocupações e dúvidas, precisa ficar claro que a discussão está encerrada. Se ele continuar a nos atacar repetindo perguntas e teimando, devemos reiterar calmamente que o assunto acabou”, orienta Jergins. “Se continuarmos dando corda, corremos o risco de perder o controle”.

  5. Trace um plano de fuga

    “Uma noite dessas, estava quase gritando com meus filhos. Estava cansada, estava de TPM e eles estavam me deixando maluca. Eu poderia respirar fundo e dizer tudo com calma mais uma vez, mas não estava apta para isso. Falei: ‘Vou dar uma saída. O papai está no quarto se precisarem dele’”, conta Jergins. Simplesmente dando uma volta, ela conseguiu tempo para se recompor e esfriar a cabeça. “Se você não pode se dar ao luxo de dar uma volta, pelo menos vá para outro cômodo, coloque fones de ouvido ou vá ao banheiro. Fuja da batalha antes que você a perca”, aconselha ela.

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  3. Você grita demais com seus filhos? Confira 5 passos para abandonar esse hábito

Bigstock/Sempre Família| Foto:

Você chega em casa depois de um dia puxado, com vontade de ver seus filhos e passar um tempo com eles – mas ai se eles saírem da linha. Se você costuma gritar com eles, saiba que o dano é irreversível, não apenas no nível das emoções e do relacionamento entre pais e filhos, mas afetando seriamente o desenvolvimento neurológico da criança.

Como acabar com a birra de uma criança com apenas uma pergunta

“Por mais que logo nos desculpemos com eles por ter perdido a cabeça e demonstremos carinho, o dano está feito”, assegura a psicóloga Piedad Gonzáles Hurtado. Os contínuos gritos “têm seu impacto no cérebro humano e no desenvolvimento neurológico da criança, já que o ato de gritar tem uma finalidade muito concreta em todas as espécies, que é a de alertar um perigo. O nosso sistema de alarme se ativa e libera cortisol, o hormônio do estresse, que tem como finalidade habilitar as condições físicas e biológicas necessárias para fugir ou lutar”.

Quando os gritos são parte do dia-a-dia, a liberação excessiva e permanente de cortisol afeta diretamente a formação do cérebro da criança. O hipocampo – estrutura cerebral relacionada com as emoções e a memória – terá um tamanho mais reduzido. “O corpo caloso, ponto de união entre os dois hemisférios cerebrais, também recebe menos fluxo sanguíneo, afetando assim o seu equilíbrio emocional, a sua capacidade de atenção e outros processos cognitivos”, diz Gonzáles.

Você grita demais com seus filhos? Confira 5 passos para abandonar esse hábito

Um estudo conjunto da Universidade de Michigan e a de Pittsburgh, publicado na revista Child Development, verificou como isso afeta o comportamento das crianças. Em uma pesquisa com quase mil famílias compostas por pai, mãe e filhos entre 13 e 14 anos, os pesquisadores constataram que 45% das mães e 42% dos pais admitiram ter gritado com seus filhos e em alguns casos os insultado. Os adolescentes dessas famílias desenvolveram diversos problemas de conduta no ano sucessivo, diferentemente daqueles de famílias sem gritos – desde dificuldades no aprendizado e sintomas de depressão até brigas na escola e pequenos roubos em lojas.

“O problema é que algumas pessoas repetem o padrão educativo de seus pais e podem pensar que utilizar os gritos serve para manejar o comportamento inadequado de seus filhos”, diz Gonzáles. “Custa se desprender do que foi aprendido. Agora, adultos, são incapazes de usar outras ferramentas, outras alternativas mais úteis e respeitosas”.

“Mas é possível modificar condutas que reconhecemos que são daninhas para os nossos filhos”, garante a psicóloga. Ela recomenda que se aplique estratégias claras, como ficar atento, manter a calma e parar para refletir antes de reagir a alguma estripulia, bem como buscar distrações, canalizando a energia da ira para alguma atividade produtiva. Mas se o problema persistir e o grito for um padrão habitual de relacionamento com os filhos, é muito importante buscar ajuda psicológica.

Com informações de ABC.

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O que fazer quando uma criança de 2 anos não para de gritar?

Como lidar com a criança gritando Brinque com a altura da voz, comemore e grite com ela quando ela estiver feliz, ensine que fazer sons baixinhos também é uma boa forma para se expressar. Você pode tornar isso uma brincadeira, propondo quem grita mais alto ou de quem sussurra mais baixinho.

Porque crianças de 2 anos gritam tanto?

Ao contrário de que as pessoas naturalmente pensam, em geral, as crianças não gritam porque desejam aborrecer os pais. O que as crianças querem ao falar mais alto ou gritar é chamar atenção. Outro motivo que pode levar as crianças a gritar é o hábito da família.

Porque meu filho grita do nada?

A criança grita porque quer algo. Os pais, para evitarem a gritaria atendem, e isso a incentiva a seguir fazendo isso. Quando o cérebro da criança descobre que gritar, gritar e gritar pode trazer benefícios, isso se torna incentivo suficiente para que ela faça o tempo todo. A criança grita porque é uma arma poderosa.

Porque tem criança que grita muito?

Este comportamento não é adequado, mas é preciso entender o que está ocorrendo com a criança seja na escola, em casa. Muitas vezes o grito é um pedido de ajuda para algo que está acontecendo e como ela não tem estrutura psíquica para lidar com a frustração, ou entender não sabe a melhor maneira de externalizar.

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